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Projeções da Abimaq apontam expectativa de crescimento na receita total de máquinas e equipamentos em 2024

A AgroBrasília deste ano será realizada de 21 a 25 de maio e será uma grande oportunidade para adquirir máquinas e equipamentos agrícolas

A AgroBrasília completa 15 anos em 2024 e ao longo dessa jornada se despontou como uma grande oportunidade para o produtor rural adquirir máquinas e equipamentos agrícolas de última geração com condições especiais.

Apesar das adversidades e dos desafios enfrentados em 2023 pela indústria de máquinas e equipamentos, refletido na queda significativa na receita do mercado interno, as projeções para 2024 trazem otimismo, com uma expectativa de crescimento de 3,5% na receita total do setor. É o que apontam as projeções de Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).

A perspectiva positiva é respaldada por fatores como a inflação controlada, taxa de juros em queda, e melhora do poder de compra das famílias que contribuem na melhora da atividade da indústria de transformação e da construção civil.

A associação trabalhou com um cenário de inflação em 2024 próximo a meta, de 4,2%; redução da taxa Selic para 9,25% no final do ano; e um crescimento de PIB de aproximadamente 2%. Para a indústria de máquinas e equipamentos a expectativa é de crescimento da ordem de 5,5% nas receitas.

AgroBrasília impulsiona o agronegócio e oferece oportunidades

Considerada a maior feira de agronegócio do Planalto Central, a AgroBrasília movimentou R$ 4.8 bilhões em negócios somente na edição de 2023.

Diversas empresas de ponta do segmento de máquinas e implementos agrícolas estarão presentes entre os mais de 500 expositores do evento. Entre elas está a fabricante brasileira Casale, que celebra 60 anos de trajetória e apresentará o seu portfólio de máquinas para a pecuária de corte e leite na AgroBrasília.

O lançamento da Casale que aterrissa no Distrito Federal é o sistema de armazenamento Trato Fácil, o cocho de autoconsumo que combina inovação e facilidade para a maior produtividade no trato animal.

Outra novidade é o misturador de ração total Vertimix 35 AC, que funciona com baixo consumo de potência em sistema com uma rosca, projetada para trabalhar com fardos ou rolos de feno, ração e silagem. A solução conta ainda com um sistema exclusivo e independente de auto carregamento de silagem, para total precisão na pesagem, e permite a mistura do conteúdo volumoso de forma homogênea e em menor tempo e consumo de potência do mercado.

"O mercado de máquinas e equipamentos pecuários desempenha um papel essencial no fortalecimento do agronegócio em Brasília, contribuindo para a modernização e competitividade das fazendas, promovendo a sustentabilidade e o crescimento econômico do setor agropecuário na região", analisa Ronis Paixão, CEO da Casale.

O executivo acrescenta: "Ao oferecer tecnologias inovadoras e eficientes, adaptadas às necessidades locais e demandas do mercado, a Casale impulsiona a produtividade da produção pecuária e fortalece a posição de Brasília como um importante polo do agronegócio no Brasil, complementando sua destacada produção agrícola, que abastece tanto o mercado interno quanto às exportações, promovendo o crescimento econômico sustentável e garantindo a segurança alimentar, tanto nacional quanto internacionalmente".

Outra presença garantida na edição especial de 15 anos da Feira é a WAIG. Com 50 anos de mercado, as máquinas WAIG estão presentes em todo Brasil e são exportadas para a América Latina, América Central e África. A marca tem uma presença consolidada na produção permanente de peças de reposição e garantia para todos os componentes e assistência técnica efetiva.

Eduardo Sabugosa, gerente comercial da WAIG, garante que o produtor rural encontrará condições especiais de negócio durante a AgroBrasília e detalha uma das novidades que os visitantes poderão ver de perto:

 "Indicado para costura de sacos em geral, o Sistema de Costura Industrial CW980 Blindado e com corte da linha e fita de forma automática oferece alta produtividade com maior aproveitamento de tempo. Portanto, como resultado, costura em média 900 metros no período de uma hora. Toda essa eficiência e aproveitamento de tempo se torna possível pois o Sistema de Costura Industrial CW980 Blindado e Automático utiliza cones de linha POLIWAIG de 1,8kg", detalhou Sabugosa.

Essas e outras novidades estarão presentes na AgroBrasília 2024. A entrada é franca!

Serviço:

AgroBrasília 2024 – 15 anos

Data: terça-feira a sábado – 21 a 25 de maio;

Horário: 8h30 às 18h;

Local: Parque Tecnológico Ivaldo Cenci – AgroBrasília, BR 251 km 5 - PAD-DF, Brasília, Distrito Federal.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 21/05/2024

 

Guerra comercial entre EUA e China acirra e atinge veículos elétricos, baterias de lítio, aço e alumínio

Os EUA acirram a guerra comercial com a China. No último dia 14 de maio, Washington anunciou que novas tarifas de importação incidirão sobre produtos chineses, como veículos elétricos (VE), baterias de lítio, células fotovoltaicas, minerais críticos, semicondutores, aço e alumínio.

A taxa adicional fará com que as tarifas sobre as importações chinesas de VE aumentem para 100% este ano. A tarifa aumentará para 50% sobre as importações de células solares também em 2024. Já as tarifas sobre determinados produtos chineses de aço e alumínio subirão para 25% este ano, e as tarifas sobre semicondutores subirão para 50% até 2025.

As autoridades chinesas, claro, reagiram, elevando o tom. As ações unilaterais e protecionistas dirigidas à China pelos Estados Unidos expõem a perda de confiança e compostura por parte dos Estados Unidos e estão fadadas ao fracasso, declarou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à Agência Xinhua. Ele ainda observou que, recentemente, os Estados Unidos impuseram frequentemente sanções unilaterais à China, abusaram das tarifas da Seção 301 e suprimiram obsessivamente as atividades econômicas, comerciais e tecnológicas normais da China, representando a forma mais típica de intimidação hegemônica no mundo de hoje. A seção 301 refere-se à legislação comercial norte-americana, que prevê a adoção pelo governo dos Estados Unidos da América de medidas comerciais coercitivas, comumente  retaliações comerciais.

Ainda, segundo o ministro da China, a repressão inescrupulosa da China pelos Estados Unidos não prova a força dos EUA, mas, pelo contrário, expõe a perda da confiança e da compostura desse país. Tal comportamento não ajuda a resolver os problemas internos nos Estados Unidos, mas apenas resulta numa maior perturbação do funcionamento normal das cadeias industriais e de abastecimento internacionais. Ele acrescentou ainda que a medida dos EUA não impedirá o desenvolvimento e o rejuvenescimento da China.

Wang Yi ainda frisou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) deixou claro que as tarifas da Seção 301 impostas pelos Estados Unidos violam as regras da OMC e o direito internacional, dizendo que também as pessoas com bom senso básico no comércio internacional acreditam que a abordagem dos EUA só levará a uma situação em que todos perdem.

REFLEXOS – Em que pese o fato de as sanções impostas aos produtos de fabricação chinesa tornar mais aguda a guerra comercial entre os EUA e China, o impacto imediato para a economia chinesa pode ser relativamente pequeno, ao menos no se refere aos VE. A exportação de veículos elétricos da China para os EUA tem pouca relevância. Calcula-se que a União Europeia foi responsável por 36% das exportações chinesas de VE em 2023. Por outro lado, os Estados Unidos recebem somente 1,1% das exportações de VE da China. Isso equivaleria a menos de US$ 365 milhões.

Ao mesmo tempo em que a guerra comercial entre os EUA e a China cresce, Pequim está lançando um programa para ampliar o mercado interno de VE nas áreas rurais. O catálogo de promoção rural veículos elétricos engloba 99 modelos dos principais fabricantes de automóveis, abrangendo uma ampla gama de veículos para diversos setores, incluindo sedãs, SUVs e veículos multiuso. Esta linha diversificada inclui modelos de pesos pesados ??estatais, como o China First Automobile Group, até novas potências automobilísticas, como a Xpeng. O catálogo também inclui diversos produtos da BYD.

O programa destinado a ampliar o mercado de veículos elétricos para áreas rurais prevê ainda a organização de serviços de apoio, tais como os relacionados com carregamento, troca de baterias, seguros, sinistros, crédito e manutenção pós-venda, devendo estes serviços ser expandidos para áreas rurais para resolver as atuais deficiências de infraestrutura.

Analistas preveem que a China poderá incentivar ainda mais a exportação de veículos elétricos para outros mercados, como o da União Europeia, que já encontra dificuldades para competir com os fabricantes chineses.

“Os EUA enviaram uma mensagem muito clara de que querem uma participação mínima da China na sua transição verde”, declarou Yanmei Xie, analista de geopolítica da Gavekal Research, ao Financial Times. “Sendo a União Europeia o grande mercado desenvolvido com ambições verdes e subsídios generosos, será um mercado obrigatório para os exportadores chineses de produtos de energia limpa.”

A escala de produção de produção de veículos elétricos da China impressiona. Em 2023, a produção e as vendas de veículos na China atingiram níveis recordes, ultrapassando os 30 milhões de unidades cada, de acordo com dados da CAAM, a China Association of Automobile Manufacturers. A produção e vendas de veículos elétricos ultrapassaram, respectivamente, 9,58 milhões e 9,49 milhões de unidades, ficando em primeiro lugar globalmente pelo nono ano consecutivo.

No mês de abril, conforme a CAAM, a produção de veículos elétricos atingiu 870 mil unidades e as vendas atingiram 850 mil unidades, aumentando respectivamente 35,9% e 33,5% ano a ano.

Fonte: IPESI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 20/05/2024

 

Minério de ferro sobe perto de US$ 120 com medidas imobiliárias na China

O minério de ferro subiu pela terceira sessão seguida e voltou a ser negociado perto de US$ 120 a tonelada, na esteira do anúncio das medidas mais fortes até agora para enfrentar a crise imobiliária na China.

O governo em Pequim lançou um amplo pacote de resgate do setor imobiliário na sexta-feira (17), incluindo 300 bilhões de yuans (US$ 41 bilhões) em financiamento para ajudar estatais a comprarem unidades que as incorporadoras não conseguiram vender.

Os futuros de minério de ferro acumulam queda de 15% este ano, diante do impacto negativo da crise imobiliária sobre a demanda por aço para construção.

Embora ainda haja uma dose de ceticismo em relação à eficácia das medidas mais recentes do governo, o anúncio pelo menos demonstrou uma maior determinação em combater a crise.

A cotação do minério chegou a subir 2% em Singapura nesta segunda-feira (20), para US$ 119,70 a tonelada. Os futuros de vergalhão de aço subiram até 1,3% em Xangai, e acumulam uma recuperação de quase 10% desde o início de abril.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/05/2024

 

Reconstrução no Rio Grande do Sul deve levar uma década, avalia setor de infraestrutura e indústria de base

O desastre climático no Rio Grande do Sul deverá demandar ao menos uma década para a reconstrução da infraestrutura local, mas a priorização dos recursos para esse processo é inevitável, avalia Venilton Tadini, presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

A entidade ainda está formulando o diagnóstico final dos impactos na infraestrutura do Estado, mas a maior preocupação é com o “dia seguinte”, segundo ele. “A questão é o cenário de médio e longo prazo”, afirma.

Os cálculos sobre o custo dessa reconstrução ainda são incertos para a Abdib, mas Tadini destaca que são recursos que necessariamente terão que ser alocados, independentemente da situação fiscal. “Não há o que fazer. Os mais céticos em relação a questões fiscais sabem que esses recursos efetivamente vão ter que ser gastos”, diz ele.

“Agora, também isso não é da noite para o dia. Para recuperar aquilo vai precisar de uma década. O que é ruim, mas é assim, infelizmente. Não se refaz do dia para noite. O desastre provocado pelo [furacão] Katrina em Nova Orleans levou dez anos para se reconstruir, e isso na economia americana. Então isso é um problema grave que vai trazer sequelas e vai exigir recursos. Ninguém sabe quanto, mas vamos ter que fazer porque é uma situação inaceitável, e mais inaceitável é deixar que ocorra novamente daqui a um ano”, diz ele.

Além disso, Tadini afirma que os investimentos também trarão uma renovação da infraestrutura local e deverão gerar demanda para a indústria e para a cadeia de fornecedores como um todo.

Em relação à necessidade de mitigar impactos climáticos no restante do país, ele avalia que é preciso acelerar as ações. “Está um pouco tarde para resolver toda a questão, vamos ter sequelas de qualquer maneira, mas quanto mais tarde focarmos nisso, maior será o sacrifício e a dificuldade de retomada da economia”, afirma.

As novas necessidades de investimento deverão se somar às antigas demandas da infraestrutura brasileira. Em seu relatório anual de 2023, a Abdib estimou uma lacuna anual de R$ 249 bilhões nos investimentos em transportes, energia elétrica, saneamento e telecomunicações. O hiato representa a diferença entre o montante investido no ano passado (de R$ 213,4 bilhões) e o valor anual de investimento que a entidade calcula ser necessário para que os gargalos sejam mitigados (R$ 462,3 bilhões).

Questionado sobre como a emergência dos novos projetos de mitigação dos impactos climáticos podem impactar essa demanda anterior, em um momento de crise fiscal, Tadini afirma que a maior parte dos investimentos previstos no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deverá vir do setor privado, e não do orçamento.

Na quinta-feira (23), a Abdib deverá realizar seu fórum anual, em Brasília, no qual deverá debater o andamento e resultados dos programas federais de infraestrutura e de neoindustrialização. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá fazer a abertura do evento.

Fonte: Valor
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 20/05/2024

 

Os EUA se cansaram das regras comerciais que ajudaram a criar após 1945

Os Estados Unidos estão em uma corrida consigo mesmos para ver qual partido consegue empreender a desglobalização mais rapidamente. Na terça-feira (17), Joe Biden impôs tarifas sobre uma série de produtos chineses, inclusive uma de 100% sobre os veículos elétricos. Isso não é nada, disse Donald Trump, que prometeu tarifas de 200% sobre os carros chineses, mais 10% sobre todas as importações de todas as partes do mundo. Biden promete mais.

Nesse ritmo, a dissociação entre os EUA e a China será definida em uma seara bipartidária até novembro. A escolha será entre Biden selar um divórcio ordenado, ou Trump fazê-lo de uma forma caótica, aos trancos a barrancos.

É claro que há muito mais em jogo nas eleições americanas do que aquilo que resta das regras comerciais globais. Se a guerra comercial de Biden ajudar a derrotar Trump em novembro, a observação do passado o julgará gentilmente. O custo de impor novos impostos à classe média americana e adiar a transição dos EUA para a energia verde terá sido compensado pelo benefício de salvar a democracia americana.

Mas não se sabe se a medida de Biden vai se refletir nas pesquisas de intenção de voto. Como Trump sempre fará um lance mais ousado, alguns eleitores poderão optar pela realidade. Em 2019, Biden criticou a guerra comercial de Trump com a China, dizendo que ela prejudicava os agricultores e fabricantes dos EUA. “É fácil ser durão quando outra pessoa é que vai sofrer”, disse Biden. Após uma revisão de quatro anos, Biden disse esta semana que manterá todas as tarifas impostas à China por Trump e aumentará outras.

Seja como for, o sentido de deslocamento dos EUA é agourento. A uma velocidade ou outra, republicanos e democratas são, agora, a favor de erguer barreiras em torno dos EUA. Os argumentos econômicos e sobre as mudanças climáticas de Biden falham pelos seus próprios méritos. A barreira protecionista de Biden eventualmente criará e apoiará “milhares de empregos sindicalizados”, como ele disse. Mas isso vai impor um custo a milhões de empregos existentes que dependem de insumos baratos de aço e alumínio para o que produzem. Isso sem contar o custo das prováveis medidas retaliatórias da China que visarão as exportações dos EUA.

Como Biden sabia em 2019, mas parece ter esquecido, os custos das tarifas recaem sobre os consumidores, e não sobre os importadores. Os principais alvos de Biden são os painéis solares, baterias e carros elétricos. Estes são bens de capital intensivo. O emprego no setor industrial vem caindo no mundo todo, inclusive na própria China. Para obter o ganho simbólico de um punhado de empregos vigorosos, Biden está impondo um amplo imposto sobre a classe média e minando a competitividade dos EUA.

Depois, há o impacto sobre sua política para as mudanças climáticas. O custo de todas as formas de energia renovável despencou na última década, principalmente por causa da China. Parte da vantagem competitiva da China foi obtida com subsídios. O resto se deu devido à feroz concorrência interna e a escala de seu mercado interno. Os EUA estão seguindo a página errada do livro da China. O efeito Biden será aumentar os preços no mercado interno dos veículos elétricos, painéis solares e outros insumos verdes, além de atrasar a transição energética do país. Isso também irá afastar os EUA dos mercados de exportação. A China continuará vendendo barato seus veículos elétricos e suprimentos de energias renováveis para o resto do mundo.

Biden não ofereceu nenhuma lista das medidas que a China deveria adotar para se enquadrar nas regras dos EUA. Isso porque não há regras. Sucessivos governos americanos incapacitaram as operações da Organização Mundial do Comércio (OMC) que teriam julgado injustos os subsídios chineses. O próprio Biden está subsidiando a energia verde nos EUA com a Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês) de 2022. Na verdade, a humanidade como um todo está se beneficiando da corrida dos subsídios à energia verde.

Infelizmente, os EUA não estão executando sua política industrial tão bem quanto a China. Quase dois anos depois da aprovação da IRA, os EUA instalaram apenas sete novas estações de recarga de veículos elétricos cobrindo um total de 38 pontos para os motoristas. Isso não cobriria um subúrbio de Luxemburgo.

Segurança nacional

O outro motivo para o protecionismo dos EUA é a segurança nacional. Isso explica o chamado “quintal pequeno, cerca alta” de Biden, que proíbe a exportação para a China de semicondutores de ponta e equipamentos que possam ser usados com fins militares e também com propósitos civis. Ainda não se sabe se isso vai desacelerar a expansão militar da China ou acelerar sua mudança interna na curva do valor agregado. Mas a tese de Biden é sólida. Não faz sentido vender tecnologia militar para um inimigo em potencial.

Contra isso, porém, estão os custos incontáveis da desglobalização para a segurança nacional. A última vez que o mundo se deparou com uma ascensão do populismo foi na década de 30. A resposta inicial dos EUA foi piorar a situação. A Lei Smoot-Hawley de 1930 aumentou as barreiras tarifárias dos EUA e desencadeou o protecionismo do tipo “empobreça seu vizinho” em outras partes do mundo. Desta vez, novamente, o instinto dos EUA é se desengajar: Trump em todas as frentes, incluindo as alianças militares; Biden apenas na frente econômica.

Os EUA cansaram de defender as regras que criaram na esteira da mais devastadora guerra da História. As armas nucleares provavelmente garantirão que não haja uma repetição da Segunda Guerra porque isso equivaleria a um suicídio coletivo. Hoje, a maior ameaça é o aquecimento global. Na terça-feira (14), Biden desacelerou a transição dos EUA para a energia verde e levou o país um passo mais perto de uma disputa de soma zero com a China. A única justificativa convincente é que isso poderá ajudá-lo nas urnas
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Fonte: Financial Times
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/05/2024

 

UE inicia investigação sobre importação de aço da China

A União Europeia (UE) lançou uma nova investigação sobre dumping de importações de aço, do tipo folha de flandres, da China, informou nesta quinta-feira um porta-voz da Comissão Europeia para o comércio.

Segundo o anúncio, foram encontradas “evidências” de dumping “e, portanto, os perseguimos seguindo nossos procedimentos habituais em conformidade com a legislação da Organização Mundial do Comércio".

Em comunicado, a Eurofer, a associação comercial da UE de produtores de aço, elogiou a nova medida, afirmando que é um passo importante para restaurar condições de concorrência equitativas para os produtores do bloco.

"Ao longo dos últimos quatro anos, as usinas chinesas têm inundado o mercado da UE com suas capacidades excedentes de folha de flandres a preços de dumping, colocando uma pressão imensa sobre os produtores da UE, que foram forçados a reduzir seus preços independentemente da evolução dos custos", disse Axel Eggert, diretor-geral da Eurofer.

"Como o aço está no cerne de muitas cadeias de valor, o impacto de produtos de aço despejados por países terceiros não é apenas um problema para nosso setor, mas é sistêmico para a economia e o emprego mais amplo da UE", alertou no comunicado.

A investigação é uma das várias medidas de defesa comercial que a Comissão Europeia recentemente empregou contra importações chinesas, seguindo uma postura mais rígida em relação às práticas comerciais de Pequim.

 
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/05/2024