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Minério de ferro sobe 0,71% a US$ 118,40/t na bolsa de Dalian

Os preços dos contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, fecharam em alta. O preço do contrato mais negociado, com entrega para setembro de 2023, subiu 0,71%, para 851 iuanes (US$ 118,40) por tonelada, enquanto o do contrato para janeiro de 2024, que teve o segundo maior giro, avançou 0,65%, para 767,5 iuanes (US$ 107,47) por tonelada.

O minério negociado na bolsa de Dalian contém 62% de teor de ferro e é considerado fino - ou seja, pelo menos 90% do carregamento é composto por dez milímetros ou menos.

A taxa de câmbio usada para a conversão dos preços dos contratos de minério de ferro é a divulgada pelo Banco Central (BC) brasileiro para ontem, de 7,187 iuanes por dólar.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/07/2023

 

Goldman Sachs: Riscos do preço do aço cair ainda mais aumentaram e podem afetar Usiminas e CSN

Apesar da queda entre aproximadamente 20% e 30% dos preços do aço nacional desde o pico em maio do ano passado, devido a uma combinação de redução dos preços internacionais do aço e enfraquecimento da demanda, mais desvalorização é esperada – podendo afetar principalmente Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3).

Essa é a avaliação do Goldman Sachs. Segundo relatório do banco, a demanda continua fraca e a balança comercial é desfavorável, com os aços planos apresentando maior risco devido a um grande prêmio em relação à paridade de importação (atualmente em 30% em comparação com 5 a 10% normalizado).

Mais especificamente, as importações de aço plano aumentaram 72% em relação ao ano anterior em junho, enquanto as exportações caíram 60%. Ao mesmo tempo, as montadoras estão reduzindo a produção, as vendas de caminhões estão desacelerando e as vendas de eletrodomésticos retornaram aos níveis pré-pandemia.

De acordo análise do banco, as siderúrgicas domésticas têm resistido em oferecer descontos nos preços, possivelmente porque isso teria um impacto negativo nas negociações semestrais com o setor automotivo. No entanto, analistas acreditam que a atual paridade de importação em 30% não é sustentável e esperam que os preços domésticos do aço plano diminuam mais cedo do que tarde.

Com relação ao aço longo, o consumo aparente está em queda de 5% no acumulado do ano e a demanda por exportações é fraca, o que está exercendo pressão negativa sobre o equilíbrio entre oferta e demanda doméstica. Já o prêmio de paridade de importação em 7% está relativamente equilibrado, mas segundo verificações no setor,  descontos nos preços têm sido oferecidos para incentivar a compra.

Para as empresas ao mercado de aços do Brasil cobertas pelo Goldman Sachs, os analistas acreditam que a Usiminas e CSN estão mais expostas a potenciais quedas nos preços.

Especificamente para a Usiminas, as incertezas sobre os lucros permanecem elevadas, segundo analistas, pois a empresa está modernizando seu alto-forno principal (atualmente utilizando placas adquiridas no mercado).

Enquanto isso, os lucros da Gerdau (GGBR4) devem permanecer relativamente resilientes devido à exposição a mercados de aços longos relativamente melhores no Brasil e nos Estados Unidos. Contudo, não estão imunes à fraqueza do aço plano no Brasil (40% das vendas da empresa na região).

Os preços de exportação do aço plano da China, FOB (frete Free on board, com responsabilidade pelo transporte do cliente), subiram US$ 6 por tonelada em relação à semana anterior, para US$ 549 a tonelada (t), enquanto os preços domésticos do aço plano no Brasil se mantiveram na semana, em R$ 4.600/t (prêmio de paridade de importação de 30%).

No lado do aço longo, os preços de exportação da Turquia, FOB, caíram US$ 27/t em relação à semana anterior, para US$ 570/t, enquanto os preços domésticos do aço longo no Brasil ficaram estáveis na semana, em R$3.910/t (prêmio de paridade de importação de 7%).

O Goldman Sachs reitera recomendação de compra para ações da Usiminas, com preço-alvo de R$ 9,80, o que representa um potencial de alta de 36,9% frente a cotação de fechamento da última quinta-feira (20) de R$ 7,16.

Já para Gerdau, o banco americano mantém classificação neutra para Gerdau e preço-alvo de R$ 28, o que representa um potencial de alta limitado de 1,7% frente ao preço de fechamento da véspera (20) de R$ 27,52.

Menos otimista com a CSN, analistas reiteram recomendação de venda e preço-alvo de R$ 12,50, um potencial de desvalorização de 1,4% com relação ao preço de fechamento da véspera de R$ 12,68.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/07/2023

Minério de ferro apaga ganhos com restrições ao aço e fraqueza do setor imobiliário

Os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira após um breve salto na sessão anterior, puxados para baixo por um setor imobiliário vacilante e restrições à produção de aço.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 0,1%, a 846,5 iuanes (118,09 dólares) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto caiu 0,9% para 113,8 dólares por tonelada métrica.

De acordo com relatórios da Mysteel, a maioria das relaminadoras em Tangshan, principal centro de produção de aço, implementou restrições de produção na sexta-feira, resultando em queda da taxa operacional entre as 35 relaminadoras pesquisadas para 12,77%, de 46,81% na quarta-feira.

Algumas siderúrgicas em Tangshan receberam notificação oral para suspender um alto-forno até o final do mês, acrescentou a Mysteel.

No último relatório da Mysteel, sete alto-fornos em Tangshan, com uma capacidade de produção combinada de 26.000 toneladas por dia, estão programados para manutenção entre 21 e 31 de julho.

"Os preços do minério de ferro cairão para 100 dólares por tonelada até o quarto trimestre de 2023, à medida que a demanda de aço da China diminuir no segundo semestre do ano", disse o Commonwealth Bank of Australia em uma previsão na sexta-feira, assumindo impacto limitado de quaisquer medidas de apoio às políticas anunciadas nas próximas semanas.

"Nossa maior preocupação continua sendo o setor imobiliário da China, no qual as condições estão claramente piorando. Acreditamos que a confiança entre os compradores de imóveis levará tempo para se estabilizar."

Ainda assim, o banco atualizou sua perspectiva de preço do minério de ferro para 2024, esperando que a demanda por aço e o setor imobiliário da China se estabilizem no próximo ano.

A Moody's e a S&P Global enviaram alertas severos sobre a maior empresa imobiliária comercial da China, Dalian Wanda Group, na quinta-feira, aumentando a preocupação de que o país possa estar prestes a sofrer sua maior inadimplência desde o caso da Evergrande.

Fonte: Terra
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/07/2023

Setor de siderurgia e mineração segue com maior “short interest” da bolsa, diz Inter

Os níveis de SI ("short interest", volume de papéis vendidos em relação ao volume de ações disponíveis no mercado) do Ibovespa permaneceram estáveis na semana passada, aponta levantamento do Inter. O número se manteve em 4,4% entre os dias 7 e 14 após ter recuado 0,6 ponto percentual no último mês.

O setor de tecnologia apresentou a maior alta da semana anterior, avançando 0,5 ponto percentual, enquanto as posições vendidas em mineração e siderurgia e construção civil aumentaram 0,4 ponto. Na outra ponta, o setor de infraestrutura e transportes apresentou redução de 0,3 p.p. no período.

Em termos absolutos, o setor de siderurgia e mineração seguia liderando o ranking, com venda de 8,6% do seu volume de ações, seguido por óleo e gás (6,5%) e tecnologia (6,3%). Entre os setores com média menor, aparecem telecomunicações (1,8%), químicos (2,4%) e papel e celulose (2,4%).

Méliuz ON foi a empresa que teve maior variação altista no período, de 4,33 p.p., para 20,3%. EZTec ON subiu 1,87 p.p., para 23,8%, e Via ON avançou 1,82 p.p., alcançando 17,5%. Na outra ponta, Lojas Renner ON viu o indicador recuar 1,68 p.p., para 5,8%, em Marfrig ON o número caiu 1,34 p.p., para 13,2%, e, em Usiminas PNA, a queda foi de 1,24 ponto, para 16,6%.

Os maiores short interests do índice são IRB Brasil ON (25,2%), EZTec ON (23,8%) e Méliuz ON (20,3%). Em termos de ‘Taxa de Aluguel’ (o custo ao tomador para operar vendido em um papel), BRF ON (31,4%), MRV ON (13,4%) e CVC Brasil ON (7%) têm as maiores do referencial.

Já no critério ‘Days to Cover’ (quantos dias levaria para os investidores se desfazerem das posições vendidas a partir da média de volume de negociação do papel), Santander units (18,9), Taesa units (17,2) e Eletrobras PNB (14) lideram.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/07/2023

Faturamento da mineração tem alta de 12% em Minas

O faturamento da indústria de mineração em Minas Gerais cresceu 12% nos primeiros seis meses de 2023. O Estado saiu de um resultado de R$ 45,2 bilhões no primeiro semestre de 2022 para R$ 50,5 bilhões neste ano. O resultado acompanhou o movimento de alta apurado pelo setor mineral brasileiro, mesmo diante do menor volume exportado e da cotação cambial inferior ao mesmo período do exercício passado.

As receitas da atividade chegaram a R$ 120 bilhões em âmbito nacional. Assim, Minas Gerais respondeu por 42% do montante total, permanecendo à frente do Pará, que, com R$ 39,8 bilhões, respondeu por 33% do resultado. O faturamento naquele estado, inclusive, caiu 4% na comparação semestral.

A avaliação do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), no entanto, é que esse movimento não deve perdurar pelo restante de 2023. Isso porque, segundo o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios da entidade, Julio Nery, o aumento da participação de Minas Gerais e a queda da fatia do Pará nos primeiros seis meses deste ano ocorreram em função, principalmente, das chuvas ocorridas no acumulado de janeiro a março.

“Ao longo dos próximos meses, o Pará deve retomar o percentual observado no ano passado”, disse em entrevista coletiva a jornalistas.

Cfem acompanha aumento

Com a liderança de Minas Gerais no faturamento, o recolhimento da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) também foi impactado. Conforme o balanço da entidade, baseado nos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), na primeira metade de 2023, Minas Gerais arrecadou R$ 1,56 bilhão. O montante é 10,5% maior que o apurado em igual época do ano passado, quando os royalties da mineração no Estado haviam chegado a R$ 1,41 bilhão.

Novamente, o Estado ocupou a primeira posição entre as Unidades Federativas (UF) com recolhimentos. O Pará, por sua vez, arrecadou R$ 1,2 bilhão frente aos R$ 1,29 bilhão do acumulado de janeiro a junho do exercício anterior. Neste caso, houve baixa de 3,6%. Já o resultado nacional foi de R$ 3,4 bilhões – mesmo patamar de igual época de 2022.

Balança da mineração tem impacto do preço do insumo siderúrgico

A balança comercial do setor indicou que as exportações minerais em toneladas aumentaram 10,2%, mas caíram 5,77% em valores, devido aos preços das commodities bem mais baixos que o apurado no primeiro semestre de 2022. Ao todo, os embarques somaram 169,6 milhões de toneladas e US$ 13,7 bilhões neste exercício, contra 154,4 milhões de toneladas e US$ 15 bilhões no ano passado.

Já as importações caíram 34,2% em valor e 6% em toneladas. Foram 20,91 milhões de toneladas e US$ 6,2 bilhões, contra 22,25 milhões de toneladas e US$ 9,4 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial foi de US$ 13,66 bilhões, ou seja, 30% do saldo da balança comercial brasileira no período.

Na avaliação do diretor-presidente do Instituto, Raul Jungmann, o desempenho da mineração ao longo do primeiro semestre foi positivo, especialmente, em que pese a queda do valor do preço do minério em termos globais. Para se ter uma ideia, o preço do minério de ferro ficou cerca de 15% menor que nos primeiros seis meses de 2022.

“O preço do minério foi o grande impacto do período. Aumentamos a produção e tivemos crescimento discreto no faturamento. Entre os minerais, apenas o ouro teve variação positiva (3,7%). Já o efeito do dólar foi muito pequeno”, afirmou.

Preço deve permanecer acima de US$ 100 a tonelada

Para os próximos meses, Julio Nery adiantou que o Instituto estima um preço acima de US$ 100 – mas nada muito acima deste patamar.

Além disso, o setor manteve a previsão de investimentos para os anos seguintes. Entre 2023 e 2027 estão previstos US$ 50 bilhões. Minas Gerais, que já foi o principal destino das cifras no passado, segue na segunda posição, com US$ 11,4 bilhões estimados. O Pará deve receber, neste período, US$ 13,9 bilhões, conforme o Ibram.

Indústria da mineração questiona artigo 20 da reforma tributária

Por fim, os dirigentes também falaram sobre as preocupações acerca do texto aprovado na Câmara dos Deputados para a reforma tributária. No geral, os representantes do setor aprovam a proposta, porém, repudiam a inclusão do artigo 20. Eles já falam em “revisão pelo Senado Federal”. Conforme a entidade, o ponto é desastroso para o setor produtivo e as exportações.

“Contraria a própria reforma, aumenta a carga tributária e põe sob risco severo a competitividade internacional da mineração do Brasil, justamente em um momento em que o País precisa expandir essa atividade. É um contrassenso, portanto”, reforçou Jungmann.

Na prática, o artigo 20 permite instituir contribuição sobre produtos primários e semielaborados, produzidos nos respectivos territórios, para investimento em obras de infraestrutura e habitação, em substituição à contribuição a fundos estaduais.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/07/2023

Empresas brasileiras de mineração e metais estão investindo para reduzir pegadas ambientais

As empresas brasileiras de mineração e metais têm anunciado várias iniciativas recentemente para reduzir seus impactos ambientais e continuar a transição para energia limpa à medida que aumenta a pressão para tornar suas operações mais sustentáveis.

Empresas como CSN, Alcoa e Vale informaram que farão novos investimentos para realizar as mudanças necessárias em suas instalações.

A siderúrgica brasileira CSN informou que investirá R$ 700 milhões (US$ 145 milhões) em esforços para melhorar a qualidade do ar no município de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro.

As obras incluem a substituição de precipitadores eletrostáticos (filtros) na área de sinterização da Usina Presidente Vargas e a instalação de canhões de névoa no interior da usina, considerada uma das áreas mais críticas para a dispersão de poluentes da produção.

O anúncio foi feito após os executivos da empresa realizarem uma reunião com representantes da prefeitura de Volta Redonda e do governo do estado do Rio de Janeiro para discutir medidas para reduzir a quantidade de poeira na cidade em meio a crescentes reclamações dos moradores.

A CSN também está utilizando um polímero em estoques de insumos como carvão, coque e minério de ferro para reduzir a emissão de material particulado, bem como em áreas onde a dispersão de poeira está concentrada.

ALCOA

A unidade brasileira da gigante americana de alumínio Alcoa anunciou recentemente a aceleração de sua transição para energia limpa na mina de bauxita de Juruti, no estado do Pará.

A empresa mudará suas operações para trabalhar com fornecimento de energia conectado à rede, em vez de geração de energia local a partir de combustível fóssil.

“O projeto de três anos tem um custo estimado de US$ 23 milhões e deve ser concluído em 2026. A redução de gases de efeito estufa está prevista para ser de aproximadamente 35%, enquanto a redução do custo de energia da usina será de cerca de 40% no futuro”, disse o empresa em um comunicado.

A energia do porto e da lavanderia da Alcoa em Juruti vem de geradores movidos a óleo diesel. As instalações não estão atualmente conectadas à rede.

A Alcoa disse que assinou um contrato com uma parte não identificada para a construção de uma linha de transmissão e subestação de 51 km. Uma vez concluído, o projeto será abastecido com eletricidade gerada a partir de fontes hidrelétricas.

VALE

A gigante da mineração brasileira Vale anunciou na terça-feira (18) que atingiu a capacidade máxima em seu complexo de energia solar Sol do Cerrado, no estado de Minas Gerais, um dos maiores parques solares da América Latina.

“A empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a operação comercial da última usina fotovoltaica de um total de 17 do projeto. É um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com capacidade instalada de 766 megawatts de pico, o equivalente ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. Operando a plena capacidade, o complexo solar fornecerá 16% de toda a energia consumida pela Vale no Brasil”, disse a empresa em comunicado.

“O Sol do Cerrado, cujos investimentos totalizaram cerca de 3 bilhões de reais, é um passo importante para ajudar a Vale a atingir suas metas climáticas de reduzir as emissões líquidas de carbono (escopos 1 e 2) em 33% até 2030 e reduzi-las a zero até 2050”, acrescentou a empresa.

A Vale iniciou as operações no Sol do Cerrado em novembro de 2022, com a energização de quatro das 17 usinas ou subparques fotovoltaicos do complexo.

O projeto também inclui uma linha de transmissão de 15 km que liga as subestações coletoras Sol do Cerrado e Jaíba, de onde a energia é injetada na rede elétrica nacional.

 
Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/07/2023