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Produção mundial de aço cai 5,3% em 1 ano e soma 135,7 milhões de t em dezembro

A produção mundial de aço bruto dos 71 países que reportam dados da indústria siderúrgica foi de 135,7 milhões de toneladas em dezembro de 2023. O resultado representa uma redução de 5,3% na comparação com o mesmo mês de 2022, de acordo com o boletim mensal divulgado pela Worldsteel Association.

Segundo a entidade, a produção na China – maior produtora global – totalizou 67,4 milhões de toneladas em dezembro, uma queda de 14,9% ante o mesmo período de 2022.

Considerando o mesmo intervalo de comparação, a Índia, segunda maior fabricante de produtos siderúrgicos, registrou um volume de 12,1 milhões de toneladas, alta de 9,5%.

Nos países que integram o bloco da União Europeia, a produção de aço bruto somou 9,1 milhões de toneladas em dezembro, o que representa um aumento de 2,7% na comparação anual.

Já os Estados Unidos registraram um crescimento de 7,6% no mesmo período de comparação, alcançando 6,8 milhões de toneladas em volume produzido.

No Brasil, os dados do órgão apontam produção estimada de 2,5 milhões de toneladas em dezembro, uma alta de 0,9% ante um ano.

A América do Sul, por sua vez, produziu 3,2 milhões de toneladas no mesmo mês, queda de 3,2% na relação anual.

Fonte: Isto É Dinheiro
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/01/2024

 

Desastre de Mariana: Vale, BHP e Samarco condenadas a indenizar R$ 47,6 bilhões

A Justiça Federal condenou as mineradoras Vale, BHP e Samarco a indenizar R$ 47,6 bilhões por danos morais coletivos em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2019. O desastre deixou 19 mortos, 329 famílias desabrigadas e despejou 40 bilhões de litros de rejeitos de minério sobre os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa.

O valor da indenização será destinado a um fundo administrado pelo governo federal e deverá ser empregado exclusivamente em projetos realizados nas áreas impactadas pelo rompimento. A Defensoria Pública da União (DPU), que representou as vítimas na ação, afirma que a decisão é fundamental para a efetiva reparação coletiva do desastre.

O defensor regional de direitos humanos do Espírito Santo, Frederico Aluísio Carvalho Soares, explica que a população será beneficiada pela decisão em diferentes áreas. “A decisão é fundamental para a efetiva reparação coletiva do desastre nos eixos ambiental, de saúde e indenizações”. Ainda cabe recurso contra a decisão e o pagamento só deverá ser realizado após o trânsito em julgado.

A tragédia ocorrida em novembro de 2019, o rompimento da barragem de Fundão, considerado o maior crime ambiental do Brasil e um dos mais graves do mundo, resultou em 19 mortes, 329 famílias desabrigadas e o despejo de 40 bilhões de litros de rejeitos de minério sobre os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana (MG), e Gesteira, em Barra Longa (MG).

Fonte: Gazeta Brasil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/01/2024

Usinas terão dificuldade para implementar alta de preços, diz Inda

Os produtores de aço no Brasil terão dificuldade para implementar aumentos de preços neste início de ano em meio a importações ainda elevadas de aço no país, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços Planos, Inda, Carlos Loureiro.

Segundo o dirigente, "há rumores no mercado" sobre aumentos nos preços de aços planos das usinas nacionais da ordem de 5% a 7%, mas se referem à implementação em fevereiro.

"Com esse nível de preço (internacional) que está hoje, não dá para as usinas", disse Loureiro. "Vejo dificuldade em implantação de aumentos", afirmou em entrevista a jornalistas citando o contexto em que as siderúrgicas tentam convencer o governo a aumentar imposto de importação de aço para 25%.

O presidente do Inda comentou ainda que a alta no volume de importações de aço no Brasil em dezembro ante novembro "foi surpreendente" depois de sinalizarem desaceleração em outubro e novembro.

Segundo dados do Inda, as importações de aço plano pelo Brasil em dezembro somaram 276,9 mil toneladas, se aproximando do pico do ano passado registrado em setembro. Ante novembro, as importações de aços planos cresceram 30,6% e na comparação com dezembro de 2022 avançaram 67%.

Para Loureiro, porém, é "improvável" que as importações deste ano sejam maiores que as do ano passado, quando o mercado nacional registrou um incremento de 48% na internalização de aço produzido no exterior.

Questionado sobre as negociações de contratos de fornecimento de aços planos entre montadoras de veículos e siderúrgicas que vencem em janeiro, Loureiro afirmou que "houve pequenos ajustes negativos".

A expectativa do Inda para as vendas dos distribuidores de aços planos este ano é de crescimento de 3% ante o volume comercializado em 2023 de 3,8 milhões de toneladas, que por sua vez marcou alta de 1,9% ante 2022.

Parte da expectativa é explicada por previsões do setor automotivo, que espera incremento de vendas, e com recuperação no setor de máquinas e equipamentos, que responde por cerca de um terço da venda de aço no Brasil, disse Loureiro.

Em dezembro, a venda de aços planos por dia útil pelos distribuidores foi de 13,2 mil toneladas, maior nível para o mês desde as 13,3 mil toneladas de 2019.

No mês passado, as vendas dos distribuidores somaram 263,6 mil toneladas, alta de 2,6% ante dezembro de 2022, mas queda de 19,7% ante novembro.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/01/2024

Estudo aponta aumento na produção de aço em dezembro de 2023

Relatório divulgado pelo Instituto Aço Brasil, chamado Produção Siderúrgica Brasileira em dezembro de 2023, apontou que a produção brasileira de aço bruto atingiu a marca de 2,5 milhões de toneladas, marcando um aumento de 0,9% em comparação com o mesmo mês de 2022. A publicação ainda mostra que a produção de laminados também registrou crescimento significativo, totalizando 1,7 milhão de toneladas, um aumento notável de 16,0% em relação a dezembro de 2022. Além disso, os semi-acabados destinados às vendas alcançaram a marca de 827 mil toneladas, representando um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior.

O estudo apresenta dados sobre as vendas internas de produtos siderúrgicos, que apresentaram um avanço de 4,0% em dezembro de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando 1,4 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos, segundo a publicação, também teve um desempenho positivo, atingindo 1,9 milhão de toneladas, marcando um aumento de 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já sobre os dados de exportações de aço em dezembro de 2023, o relatório aponta que os números chegaram a 842 mil toneladas, representando um declínio de 10,6% em comparação com dezembro de 2022. Em termos de valor, as exportações alcançaram US$ 642 milhões, indicando uma queda de 21,7%, conforme apontado no estudo. No entanto, as importações apresentaram um cenário oposto, com um aumento de 51,2% em volume (511 mil toneladas) e 25,6% em valor (US$ 551 milhões) em comparação com dezembro de 2022, segundo os números divulgados no relatório.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquias na construção civil Franquias Trans Obra, afirma que o relatório oferece uma visão abrangente e atualizada do setor siderúrgico no país. José Antônio continuou dizendo que os dados revelam um aumento na produção de aço bruto, que atingiu 2,5 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 0,9% em relação a dezembro de 2022 e que esse incremento sugere uma tendência positiva e sinaliza uma recuperação na indústria. "Esse avanço pode ser interpretado como um indicativo de uma demanda sólida por produtos siderúrgicos, impulsionada por fatores como a retomada econômica e investimentos em setores consumidores de aço".

Ainda sobre a publicação, que pode ser analisada na íntegra através do link informado no início da matéria, apresentou outros dados para um período maior de referência sobre o setor. Considerando o acumulado de janeiro a dezembro de 2023, a produção brasileira de aço bruto totalizou 31,9 milhões de toneladas, registrando uma queda de 6,5% em relação ao mesmo período de 2022. A produção de laminados, no mesmo intervalo, foi de 21,8 milhões de toneladas, representando uma redução de 7,0%. No entanto, a produção de semi-acabados destinados às vendas aumentou, alcançando 9,6 milhões de toneladas, um incremento de 19,4%.

O relatório aponta ainda que as vendas internas, por sua vez, totalizaram 19,4 milhões de toneladas, indicando uma redução de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, nota-se dados sobre o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos, que apresentou um aumento de 1,5%, atingindo a marca de 23,9 milhões de toneladas. A publicação oferece também dados no contexto das importações e exportações do setor, mostrando que houve um aumento de 50,0% nas importações, totalizando 5,0 milhões de toneladas, enquanto as exportações alcançaram 11,7 milhões de toneladas, representando uma queda de 1,8% em volume e 9,7% em valor em comparação com o mesmo período de 2022.

Fonte: Terra
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/01/2024

XP espera que Vale e CSN Mineração apresentem resultado sólidos, com possível aumento na demanda de aço e preços do minério de ferro

A XP Investimentos divulgou um relatório com suas perspectivas para os setores de Metais & Mineração e Papel e Celulose e os resultados dos balanços do último trimestre do ano passado, apontando que os estímulos governamentais chineses podem ter impactos importantes na demanda de aço e nos preços do minério de ferro, e o avanço nas discussões de um potencial aumento de tarifas de importação sobre produtos siderúrgicos no Brasil.

Com preços mais elevados de minério de ferro no quarto trimestre de 2023 e um ambiente desafiador para aumentos de preços na indústria siderúrgica, esperamos um melhor desempenho das mineradoras em comparação às siderúrgicas no Brasil”, destacou a corretora.

A XP espera que a Vale (BOV:VALE3) e a CSN Mineração (BOV:CMIN3) apresentem resultados sólidos, refletindo principalmente os preços realizados mais elevados durante o último trimestre de 2023. Por outro lado, a Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) deve ter resultados mais fracos no quarto trimestre de 2023, dada a perspectiva desafiadora para as vendas de aço devido à maior penetração de aço importado no Brasil e um trimestre mais fraco para a divisão da América do Norte, principalmente devido a volumes mais baixos e um ambiente de custos pressionado.

Para o setor de papel e celulose, a análise ressaltou que o último trimestre do ano passado foi melhor para as empresas expostas à celulose, devido aos preços mais elevados do BHKP, alta de 17% no trimestre, mas ruim para as empresas de embalagens. Do lado positivo, a corretora espera um balanço positivo da Suzano, dado um mix de maiores preços realizados de celulose, volumes e menores custos.

Já para Irani (BOV:RANI3), a XP acredita em um trimestre ligeiramente mais fraco, impactado por preços menores de caixas de papelão ondulado e menores resultados no segmento de resinas.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/01/2024

Mineração terá papel decisivo na nova política industrial brasileira

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, afirma que a mineração terá lugar de destaque na nova política industrial brasileira, que foi lançada no dia 22 de janeiro de 2024 pelo governo federal. Para Jungmann, “uma das missões da neoindustrialização do país, por exemplo, é composta pelos temas descarbonização e transição energética. São iniciativas que demandam oferta abundante de minérios considerados críticos para a transição a uma economia de baixo carbono. É o caso do lítio, do tântalo, do vanádio, do nióbio, e também do minério de ferro, cobre, bauxita (alumínio), elementos de terras raras, entre tantos outros”.

Em sua visão, isso significa que a matriz produtiva nacional precisa incorporar novas tecnologias e equipamentos que são desenvolvidos, obrigatoriamente, a partir da oferta de minérios. Porém, ele acrescentou que há obstáculos a superar com urgência “e podemos transformá-los em oportunidades para gerar negócios, atrair investimentos, e ampliar os empregos e proporcionar mais renda em nosso país”.

Entre os principais obstáculos mencionados por ele estão o baixo conhecimento geológico, já que somente 27% do território conta com algum tipo de informação sobre minérios, a falta de linhas de financiamento para projetos minerais, o licenciamento ambiental burocrático e moroso e deficiências graves no ambiente regulatório e fiscalizatório. “Se o Brasil quer uma indústria mais inovadora, digital, verde, exportadora e mais produtiva, tem que investir na expansão sustentável da produção mineral”, afirma o diretor-presidente do IBRAM.

Ele acrescentou que o IBRAM será parceiro do BNDES na estruturação de um fundo destinado a financiar a produção de minerais estratégicos para a transição energética e elogiou a iniciativa do Banco de estimular a criação de instrumentos de mercado de capitais voltados a essa transição, à descarbonização e à bioeconomia. “O fundo em parceria com o BNDES deverá ser anunciado ainda neste 1º trimestre”, comentou Jungmann.

O dirigente do IBRAM disse ainda que, além da descarbonização, a nova política industrial lista ações voltadas ao desenvolvimento até 2033 em áreas como agroindústria; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; bioeconomia; e tecnologia de defesa. “Em todos esses campos, a oferta crescente e perene de minerais se faz absolutamente necessária. A mineração é a base do processo industrial e crucial para outros segmentos produtivos, como a agropecuária”.

A política anunciada em Brasília também tem por meta ampliar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias. “Mais uma vez, os minérios portadores de futuro se tornam protagonistas para que esse objetivo seja alcançado. São utilizados para o desenvolvimento de tecnologias de ponta e a neodindustrialização brasileira precisará vencer a etapa de expansão da produção mineral”, concluiu Jungmann.

Fonte: Brasil 61
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/01/2024