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PIB da construção civil registra crescimento no RS

Apesar da crise causada pela tragédia climática de maio, com retração da comercialização e dos lançamentos de empreendimentos imobiliários no Estado, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil gaúcha registou incremento de 1,4%, no primeiro semestre de 2024. "Com todos os resultados de importantes indicadores demonstrando uma crescente linha de tendência, acreditamos em um resultado positivo no segundo semestre e talvez em percentual mais elevado do que no primeiro", afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Claudio Teitelbaum.

Segundo o consultor da Alphaplan, empresa parceira do sindicato na realização de pesquisas de mercado, Tiago Jung Dias, esse percentual do PIB está seguindo a inflação e crescendo junto com o mercado. "Não chega a ser um crescimento real, mas é importante registrar que não houve queda, como em anos passados", acrescenta. Sobre o mercado específico de Porto Alegre, o especialista diz que houve uma queda de 6% no Valor Geral de Vendas (VGV) de janeiro a junho. "Isso é bom porque a gente está consumindo o estoque de imóveis em Porto Alegre. Em 2023, foram consumidos R$ 6,8 bilhões em VGV, que é a soma de tudo que está à venda em Porto Alegre, caindo para R$ 6,5 bilhões em 2024", afirma.

Dias diz que houve uma redução grande em termos de lançamentos, o que ajudou o consumo de estoque de imóveis, pois o volume de vendas segue o mesmo. Em 2023, no primeiro semestre, foram vendidos R$ 3,2 bilhões e, neste ano, no mesmo período, foram R$ 2,1 bilhões. "Estamos vendendo no mesmo nível, mas como as construtoras lançaram menos, acabou consumindo o estoque, o que é positivo, pois sempre que temos redução do estoque é bom", diz o consultor.

No cenário específico da enchente, Dias afirma que houve uma redução na velocidade de Vendas Sobre Oferta (VSO), o que era esperado. "Chegamos a 5,6% de queda em maio, tomando como base a média móvel. Em março deste ano, que foi considerado um mês ruim, atingimos 4,9%, ou seja, chegou a ser pior, se eu pegar por média móvel, do que a própria enchente." Para ele, a queda foi pontual e logo o mercado se recuperou. "O que sentimos mesmo no mercado e que não tem a ver com a enchente é que já vinha reduzindo muitos lançamentos, desde 2023, em função da taxa de juros elevada."

O presidente do Sinduscon-RS avalia que os meses de crescimento do setor se devem, em parte, à função da reconstrução, tanto de moradias quanto de infraestrutura, mas acrescenta que ainda há muito a se fazer no processo de retomada. "Este crescimento poderia ser maior se não fossem justamente as enchentes e os desafios econômicos, como a alta taxas de juros, os entraves na liberação de financiamentos imobiliários, incluindo as habitações de interesse social, a alta nos valores de insumos e a escassez de mão de obra", opina Teitelbaum.

Para Dias, o volume de vendas se manteve, mas o esforço na comercialização foi elevado. "Tem muito mais esforço comercial para fazer a mesma venda." Em abril, foram vendidos R$ 357 milhões em VGV, em maio, caiu para R$ 241 milhões e, em junho, subiu de novo para R$ 306 milhões, julho, R$ 391 milhões, agosto, R$ 523 milhões e R$ 428 milhões em setembro. "A recuperação foi muito rápida se olharmos para o mês de fevereiro, quando vendemos R$ 174 milhões, bem menos do que em maio", finaliza Dias. Teitelbaum afirma que o mercado imobiliário está se acomodando.

"Em Porto Alegre, são meses de altos e baixos. As vendas em patamares melhores do que os lançamentos, estes que realmente são responsáveis pela dinâmica do setor. O mesmo cenário acontece em outras localidades do Estado atingidas pelas enchentes. Em compensação, regiões como o Litoral Norte estão com uma performance elevada no setor."

Numa conjuntura macro, o presidente Teitelbaum afirma que os indicadores nacionais importantes do setor têm justificado as perspectivas de fechar 2024 com crescimento acima da média da economia nacional. "No acumulado do ano fechado em agosto, em relação ao mesmo período de 2023, registrou-se um aumento de 4,3% na produção de insumos típicos da construção, segundo o IBGE", diz Teitelbaum. Também segundo o IBGE, a venda de materiais de construção no varejo cresceu 3,5%. No País, segundo dados do novo Caged/MTE, o setor registrou, em agosto, 2,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada no Brasil. No Rio Grande do Sul, foram 141.300 e, em Porto Alegre, 30.462, patamares recordes desde o início do novo Caged em janeiro de 2020.

Para Teitelbaum, o ano de 2025 será pautado pelo funding (recursos de poupança) e pelo desempenho macroeconômico. "Não há como fugir desses temas, que geram uma dificuldade em prever com maior assertividade como será o desempenho para 2025. Reforma tributária, taxa de juros e comportamento dos preços dos insumos são questões que estamos acompanhando. Mas confiamos sim em crescimento, talvez mais tímido do que neste ano."

O Sinduscon-RS tem promovido ações que visam buscar oportunidades em cenários de incertezas. "Na questão da falta de mão de obra e efeitos climáticos, estamos promovendo eventos que trazem melhores práticas nacionais e internacionais. Foi o que ocorreu recentemente no Greenbuilding Council Brasil 2024 Inovar Sinduscon-RS", afirma o dirigente.

Segundo ele, é um forte propósito do Sinduscon-RS contribuir para um maior engajamento do setor, por meio da liderança da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e da parceria com o Green Building Council Brasil (GBC Brasil) para ampliar o impacto das certificações de sustentabilidade em empreendimentos que sejam economicamente viáveis e com benefícios sociais, como geração de empregos e arrecadação de impostos.

Fonte: Jornal do Comércio
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 19/11/2024

 

Falta mão de obra: Seis em cada dez empresas têm dificuldade para contratar ou reter profissionais

Com o mercado de trabalho aquecido e o desemprego nas mínimas históricas, está difícil encontrar mão de obra qualificada. Seis em cada dez empresas já relatam dificuldades para contratar ou reter trabalhadores, e entre essas, 77,2% indicam a contratação como o principal desafio na gestão de mão de obra. Os dados são de uma pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), obtida com exclusividade.

O levantamento foi conduzido em outubro e entrevistou 3.707 empresas dos setores de indústria, comércio, serviços e construção civil. A pesquisa surgiu após o economista Rodolpho Tobler, coordenador das sondagens empresariais do instituto, observar um aumento no número de empresas de construção e serviços que relataram a escassez de mão de obra como entrave ao crescimento nos últimos meses.

De acordo com a pesquisa, 58,7% das empresas no país enfrentam dificuldades para absorver ou reter talentos, percentual que sobe para 60,4% no setor da construção civil.

— As empresas têm dificuldade para encontrar a mão de obra e, quando encontram, muitas vezes precisam contratar a um valor mais alto. Isso pode levar ao repasse de custos para o produto final, gerando inflação em um segundo momento. E esse fenômeno está espalhado entre os setores — alerta Tobler.

Entre as que enfrentam esse desafio de mão de obra, contratar novos colaboradores é o principal entrave (77,2%). O indicador é ainda maior na construção, onde oito em cada dez empresas não encontram gente para trabalhar.

Segundo o economista, a construção civil é um setor mais afetado do que os demais. Ele explica que, após um ciclo negativo, a atividade começou a se recuperar no ano passado. Medidas de estímulo do governo, como a expansão do programa Minha Casa Minha Vida, impulsionam o setor, mas a oferta de mão de obra não tem crescido na mesma proporção que a demanda.

Pressão por salários maiores

Conseguir mão de obra qualificada é a principal dificuldade dos setores econômicos (64,9%). É o caso de um engenheiro, responsável por projetos na construção. Ou de um técnico na indústria que tem conhecimento para operar determinado maquinário, por exemplo.

Em segundo lugar está a procura por mão de obra não qualificada (18,5%), com destaque para os setores de indústria e serviços, que registram os percentuais mais elevados. Outro desafio é pagar salários mais altos (9,4%), um desafio que é mais evidente no setor de serviços, onde o índice chega a 10,9%.

Tobler destaca que, no caso dos serviços, há uma demanda por salários mais altos especialmente na área de tecnologia da informação, onde a competição por talentos e a possibilidade de trabalho remoto pressionam os salários.

Veja detalhes: PPSA, estatal do pré-sal, anuncia seu primeiro concurso público para cargos de nível superior

O impacto direto desses custos acaba sendo repassado ao consumidor, o que aumenta a inflação de serviços, considerada mais difícil de controlar pelo Banco Central, diz ele.

Capacitação e benefícios viram alternativas

A pesquisa do FGV IBRE também perguntou como os empresários estão fazendo pra resolver esse problema de escassez de mão de obra. A saída tem sido investir em capacitação interna (44%) ou oferecer mais benefícios (32%). Na indústria, mais da metade (56,2%) estão adotando a prática de qualificação.

Por último, a sondagem identificou como a falta de profissionais para contratar vem impactando as entregas. Por enquanto, quase metade (47,7%) assinalaram que não vêm encontrando dificuldades neste quesito, o que ainda sinaliza um cenário mais favorável. No entanto, já há empresas apontando impactos negativos, o que serve de atenção para os próximos meses, diz Tobler.

Cerca de 21,5% das empresas ampliaram a carga horária de seus funcionários, enquanto 17% registraram atrasos nas entregas.

Atraso de entregas e repasse de custos

A situação é ainda mais crítica no segmento da construção, em que 21,1% das empresas estão atrasando entregas e 18% estão rejeitando novos contratos e operando abaixo de sua capacidade ideal. Percentual bem superior quando considerados todos os setores, em que a taxa ficou em 8,4%.

Para Tobler, os dados emitem um sinal de alerta sobre o impacto que a baixa qualificação traz sobre o nível de produtividade da economia brasileira.

— O crescimento potencial do Brasil poderia ser maior se tivéssemos mão de obra qualificada que conseguisse atender toda essa demanda. Enquanto não temos, isso reforça nossos problemas estruturais. Apesar do aumento da escolaridade, muitas vezes essa qualificação não é direcionada para as demandas do mercado, o que compromete os ganhos de produtividade.

Fonte: O Globo
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/11/2024

 

A produção de aço da China conseguirá sustentar o crescimento com novos estímulos de mercado?

Um relatório da Bloomberg revela que a produção de aço chinesa se recuperou em outubro após quatro meses consecutivos de declínio, impulsionada por margens melhores e pelos esforços de recuperação econômica de Pequim.

As siderúrgicas produziram 81,88 milhões de toneladas, um aumento de 6,2% em relação a setembro e 2,9% a mais que no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do departamento de estatísticas divulgados na sexta-feira.

O declínio acumulado na produção de aço no ano caiu para 3% em comparação a 2023, marcando uma mudança no sentimento do setor.

Apesar dessa recuperação, o setor enfrenta desafios significativos.

A fraca demanda do setor imobiliário e as perdas contínuas em muitas usinas ressaltam a fragilidade da recuperação.

Analistas atribuem o aumento na produção ao aumento de pedidos de manufatura e projetos de construção apoiados pelo estado, juntamente com um aumento nas exportações.

Produção de aço aumenta, mas desafios permanecem

A recuperação de outubro sinaliza melhores condições para as siderúrgicas chinesas, graças a melhores margens.

No entanto, grande parte do setor ainda está operando sob pressão financeira, com a fraca demanda imobiliária continuando a pesar no desempenho.

Embora as medidas de estímulo de Pequim tenham proporcionado um impulso temporário, analistas alertam sobre a falta de impulsionadores de demanda sustentáveis.

O mercado imobiliário, tradicionalmente um contribuinte significativo para o consumo de aço, continua sob pressão, e projetos de infraestrutura em larga escala ainda não atingiram níveis que possam garantir crescimento a longo prazo.

A Associação Chinesa de Ferro e Aço (CISA) alertou os produtores para manterem níveis de produção disciplinados, observando que a recente recuperação dos preços não reflete uma mudança fundamental nas condições de mercado.

Exportações e crescimento do setor manufatureiro

Um ponto positivo para a indústria siderúrgica foi o aumento nas exportações e a retomada dos pedidos de fabricação.

Projetos de infraestrutura liderados pelo estado também desempenharam um papel fundamental, ajudando a compensar a fraca demanda doméstica por moradia. No entanto, esses ganhos podem não ser suficientes para impulsionar o crescimento sustentado.

Pequim sugeriu a possibilidade de novas medidas de estímulo em 2024, mas especialistas do setor continuam céticos de que essas políticas reavivarão as fontes tradicionais de demanda do mercado, como novos empreendimentos imobiliários e projetos de infraestrutura de larga escala com uso intensivo de aço.

Alumínio e outros materiais registram ganhos

A produção de alumínio da China aumentou 1,6% em relação ao ano anterior em outubro, impulsionada pela demanda sazonal e pela capacidade adicional entrando em operação.

As fundições reiniciaram algumas instalações de produção ociosas, e novas plantas iniciaram operações para atender à crescente necessidade de metais leves em vários setores.

Enquanto isso, a produção de combustíveis energéticos apresentou crescimento notável.

A produção de carvão aumentou 4,6%, e a produção de gás natural aumentou 8,4%, à medida que a China reforçou a oferta antes do pico de demanda no inverno.

No entanto, o refino de petróleo bruto caiu 4,6% devido às margens baixas, destacando o desempenho misto entre os setores relacionados à energia.

As perspectivas de longo prazo permanecem incertas

Embora a recuperação de outubro ofereça algum otimismo, a perspectiva mais ampla para a indústria siderúrgica da China continua obscura.

Desafios persistentes no setor imobiliário, juntamente com o crescimento limitado em áreas de demanda tradicional, continuam a diminuir as expectativas de uma recuperação robusta.

O foco do governo em impulsionar as exportações e a manufatura pode proporcionar alívio a curto prazo, mas especialistas do setor e analistas enfatizam a necessidade de reformas estruturais para abordar problemas mais profundos no setor.

Enquanto Pequim avalia medidas de estímulo adicionais, os próximos meses serão cruciais para determinar se a recuperação recente poderá ser sustentada.

Fonte: Invezz
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/11/2024

Governo e setor imobiliário buscam convergência sobre reforma tributária

Em uma tentativa de superar as divergências sobre a proposta de reforma tributária que tramita no Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu, na última quinta-feira, com líderes de associações de construtoras. O encontro teve como principal objetivo resolver as tensões sobre os impactos do novo texto no mercado imobiliário, especialmente nas áreas de incorporação, loteamento e locação.

Nos últimos meses, as discussões entre o governo e os empresários têm se intensificado, com o setor da construção civil apontando que a redução de 40% na alíquota proposta não seria suficiente para garantir a neutralidade da carga tributária. Para manter essa neutralidade, segundo os empresários, o desconto necessário seria de 60% para o segmento de incorporação e loteamento, e de 80% para o setor de locação. Esses números são baseados em estudos encomendados pelas consultorias Tendências e FM/Derraik, que analisaram os efeitos da reforma sobre o setor.

Por outro lado, o governo, que defende o modelo proposto, garante que a reforma não causará aumento da carga tributária e, portanto, não há necessidade de elevar os descontos previstos na proposta. A proposta atual, segundo os representantes do Executivo, não implica em custos adicionais para as empresas do setor, o que gera uma disparidade de interpretação entre as partes.

O presidente executivo do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Ely Wertheim, confirmou que a redução da alíquota foi um dos pontos abordados na reunião. Em entrevista ao Estadão, Wertheim afirmou que as discussões avançaram, mas que ainda faltam ajustes técnicos no texto da reforma.

Outro tema relevante que esteve na pauta do encontro foi o período de transição entre os regimes tributários, que está previsto para durar nove anos. Este ponto é especialmente sensível para o setor de construção, uma vez que a execução de projetos imobiliários envolve ciclos longos de compra de terrenos, construção e venda dos imóveis, com prazos que podem ultrapassar os cinco anos.

Apesar de não ter solicitado uma ampliação do prazo de transição, o setor espera que detalhes técnicos relacionados à contabilidade durante esse período sejam melhor esclarecidos.

Fonte: Portal IN
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 18/11/2024

 

As 100 maiores empresas do Brasil

Petrobras, JBS e Raízen são as três maiores empresas do Brasil, com exceção dos bancos, com base na receita líquida de cada uma, segundo o Ranking Valor 1000 de 2024.

Vale, Vibra e Cosan, que seguem logo atrás, tiveram uma queda da receita líquida entre 2022 e 2023, mas mantiveram sua posição no ranking.

Dentre as 100 maiores empresas do Brasil, 50 companhias subiram na lista em 2024, enquanto outras 38 perderam posições. Além disso, a Antem, empresa de Petróleo e Gás, foi adicionada ao ranking apenas nessa edição, ocupando a 94° colocação com uma receita líquida de R$ 12,1 bilhões.

A Prio, também de Petróleo e Gás, avançou 90 colocações, e chegou ao 99° lugar, apresentando uma receita líquida de R$ 11,9 bilhões. ComexPort, Rede D’Or e Localiza&Co também tiveram avanço de destaque.

Na contramão, 38 empresas perderam posições na lista. A Yara Brasil, do setor de Química e Petroquímica, caiu da 42° para a 72° colocação.

As top 100 empresas no Brasil somam R$ 4,8 trilhões em receita líquida, divididos entre 24 setores da economia.

Veja a lista completa com as 100 maiores empresas do Brasil:

As 100 maiores empresas do Brasil

Classificação em 2023 Classificação em 2022 Empresa Sede Setor de atividade Receita líquida (em R$ milhões) Var. (em %) Lucro líquido (em R$ milhões)
1 1 Petrobras RJ Petróleo e Gás 511.994,00 -20,2 125.166,00
2 2 JBS SP Alimentos e Bebidas 363.816,50 -2,9 -729,1
3 3 Raízen RJ Petróleo e Gás 220.454,20 -10,3 614,1
4 4 Vale RJ Mineração 208.066,00 -8,1 40.554,00
5 5 Vibra RJ Petróleo e Gás 162.947,00 -10,2 4.766,00
6 6 Cosan SP Petróleo e Gás 149.940,00 -7,4 1.094,00
7 8 Marfrig SP Alimentos e Bebidas 132.218,00 5,5 -3.621,20
8 7 Ultrapar SP Petróleo e Gás 126.048,70 -12,2 2.517,80
9 9 Cargill SP Agronegócio 124.134,40 0,7 2.427,90
10 10 Grupo Carrefour Brasil SP Comércio Varejista 109.859,00 6,8 -639
11 14 Bunge Alimentos SC Agronegócio 81.704,40 3,8 2.618,90
12 13 Ambev SP Alimentos e Bebidas 79.736,90 0,04 14.960,50
13 17 Stellantis MG Veículos e Peças 75.546,40 9,1 -
14 18 Cofco International SP Agronegócio 72.161,40 16,3 392,7
15 11 Braskem BA Química e Petroquímica 70.569,00 -26,9 -4.530,00
16 15 ArcelorMittal MG Metalurgia e Siderurgia 69.821,30 -2,6 4.146,90
17 12 Gerdau SP Metalurgia e Siderurgia 68.916,40 -16,4 7.537,00
18 21 Assaí RJ Comércio Varejista 66.503,00 22 710
19 16 Copersucar SP Bioenergia 54.075,40 -22,9 280,6
20 22 BRF SC Alimentos e Bebidas 53.615,40 -0,4 -1.868,90
21 19 Shell RJ Petróleo e Gás 52.606,00 -14,2 8.167,00
22 25 Telefônica Brasil SP TI & Telecom 52.100,20 8,4 5.040,00
23 55 Rede D'Or SP Serviços Médicos 46.508,60 102,3 2.113,70
24 31 Claro Participações SP TI & Telecom 45.759,00 7,2 2.978,10
25 28 CSN SP Metalurgia e Siderurgia 45.438,00 2,4 402,6
26 26 Amaggi MT Agronegócio 44.866,10 -5,3 1.697,20
27 30 Neoenergia RJ Energia Elétrica 44.343,00 3,6 4.527,00
28 20 Acelen BA Petróleo e Gás 43.793,30 -23,5 -816,3
29 27 Louis Dreyfus Company SP Agronegócio 42.872,00 -5,8 687,3
30 24 Grupo Enel RJ Energia Elétrica 41.374,60 -16,4 2.628,40
31 47 Equatorial Energia MA Energia Elétrica 40.985,10 51,1 2.876,30
32 23 Suzano BA Papel e Celulose 39.755,60 -20,2 14.106,40
33 32 CPFL Energia SP Energia Elétrica 39.743,20 1 5.537,20
34 43 Mercado Livre SP Comércio Varejista 37.935,00 29,6 -
35 36 Eletrobras RJ Energia Elétrica 37.158,90 9,1 4.394,90
36 35 Cemig MG Energia Elétrica 36.849,80 6,9 5.766,80
37 33 Magazine Luiza SP Comércio Varejista 36.768,10 -1,4 -979,1
38 45 Volkswagen SP Veículos e Peças 34.800,00 23,4 -
39 44 RD Saúde SP Comércio Varejista 33.973,80 16,9 1.087,10
40 41 WEG SC Mecânica 32.503,60 8,7 5.867,60
41 53 Grupo Simpar SP Transportes e Logística 31.843,60 32,2 -651,9
42 60 Latam SP Transportes e Logística 29.468,70 28,9 3.501,80
43 73 Localiza&Co. MG Transportes e Logística 28.902,30 62,5 1.803,10
44 39 Grupo Casas Bahia SP Comércio Varejista 28.847,00 -6,6 -2.625,00
45 48 Energisa MG Energia Elétrica 28.531,90 7,7 2.583,50
46 29 Mosaic Fertilizantes SP Química e Petroquímica 28.400,10 -32,5 -
47 50 Coamo PR Agronegócio 28.223,90 8,2 2.323,70
48 57 Honda SP Veículos e Peças 27.681,20 23,6 -
49 37 Usiminas MG Metalurgia e Siderurgia 27.638,30 -14,9 1.640,40
50 40 Samsung AM Eletroeletrônica 27.625,00 -7,9 -
51 38 Minerva Foods SP Alimentos e Bebidas 26.891,60 -13,2 395,5
52 61 Grupo Mateus MA Comércio Varejista 26.773,60 23 1.234,60
53 34 Natura SP Farmacêutica e Cosméticos 26.737,30 -8,5 2.974,50
54 51 Votorantim Cimentos SP Mat. de Constr. e de Acabamento 26.682,10 3,4 2.617,90
55 54 Embraer SP Veículos e Peças 26.110,50 11,4 784,4
56 58 Sabesp SP Água, Saneamento e Serviços Ambientais 25.568,70 15,9 3.523,50
57 46 Syngenta SP Química e Petroquímica 24.254,20 -13,9 -
58 62 TIM RJ TI & Telecom 23.833,90 10,7 2.837,40
59 56 C. Vale PR Agronegócio 23.780,60 6 342,9
60 63 Lar PR Agronegócio 23.314,50 5,5 506,1
61 65 Nestlé SP Alimentos e Bebidas 22.961,00 12,9 -
62 59 Copel PR Energia Elétrica 21.479,50 4,6 2.327,20
63 52 Basf SP Química e Petroquímica 20.562,30 -15,9 835,6
64 64 Aurora SC Alimentos e Bebidas 20.114,10 -1,4 -137,9
65 79 Coca-Cola Femsa Brasil SP Alimentos e Bebidas 19.497,20 15,5 1.030,90
66 75 GPA SP Comércio Varejista 19.250,00 11,1 -2.134,00
67 68 Correios DF Serviços Especializados 19.243,40 -2,9 -596,6
68 49 Fertipar PR Química e Petroquímica 19.038,00 -27,8 1.393,00
69 69 Grupo CCR SP Transportes e Logística 18.932,70 -1,3 1.854,50
70 87 Gol Linhas Aéreas SP Transportes e Logística 18.774,00 23,5 -1.222,30
71 80 Azul SP Transportes e Logística 18.554,40 16,3 -2.380,50
72 42 Yara Brasil RS Química e Petroquímica 18.163,00 -39 -853,2
73 67 Klabin SP Papel e Celulose 18.023,70 -10 2.847,40
74 76 EDP SP Energia Elétrica 17.792,60 2,9 1.385,10
75 112 Comexport SP Comércio Atacadista e Exterior 17.707,80 74,5 625,1
76 66 CNH MG Veículos e Peças 17.681,00 -12,3 -
77 70 Volvo do Brasil PR Veículos e Peças 16.949,00 -11 -
78 84 PagBank SP Serviços Financeiros 16.509,30 7,3 1.134,30
79 95 ECTP SP Comércio Atacadista e Exterior 15.602,50 28,6 127,2
80 88 Globo RJ Comunicação e Gráfica 15.133,90 0,1 838,7
81 78 Iochpe-Maxion SP Veículos e Peças 14.955,20 -11,8 105,9
82 89 Renault PR Veículos e Peças 14.700,60 2,8 953,7
83 92 Grupo Dasa SP Serviços Médicos 14.252,20 8,6 -1.129,80
84 74 Petrogal RJ Petróleo e Gás 14.167,50 -20 3.574,00
85 91 Grupo Light RJ Energia Elétrica 14.116,30 6,5 255,2
86 93 Drogarias DPSP SP Comércio Varejista 13.989,50 8,7 75,9
87 77 Itaipu DF Energia Elétrica 13.830,00 -18,5 -
88 82 ALE Combustíveis RN Petróleo e Gás 13.806,10 -11,3 -164,8
89 90 Lojas Renner RS Indústria da Moda 13.647,80 2,8 976,3
90 81 Nexa Resources MG Mineração 12.863,00 -18 -1.447,00
91 85 Comigo GO Agronegócio 12.765,70 -16,7 944,2
92 83 Volkswagen Caminhões e Ônibus SP Veículos e Peças 12.460,30 -19,7 -
93 109 Cocamar PR Agronegócio 12.200,10 18,2 602,9
94 - Atem AM Petróleo e Gás 12.113,60 -8,2 584,5
95 86 Novelis SP Metalurgia e Siderurgia 12.081,80 -20,6 -
96 114 Grupo Águia Branca ES Transportes e Logística 12.039,20 18,9 261,1
97 100 Anglo American Minério de Ferro Brasil MG Mineração 11.954,90 6,1 5.168,00
98 104 Sotreq RJ Comércio Atacadista e Exterior 11.915,40 9,6 876
99 189 Prio RJ Petróleo e Gás 11.905,00 87,1 5.179,90
100 106 Whirlpool SP Eletroeletrônica 11.488,00 6,4 254,1

 
Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/11/2024

 

Quais medidas o governo brasileiro tomou para combater a concorrência com o aço chinês?

O mercado de aço, um dos pilares industriais de qualquer economia global, enfrenta desafios expressivos no cenário atual. O aço chinês, com sua produção em massa e preços competitivos, tem se destacado como um dos principais atores desse setor, impondo desafios significativos a outros países produtores.

Essa predominância, resultado de uma estratégia bem delineada de expansão, tem deixado marcas profundas na dinâmica global do aço.

A dinâmica comercial entre a China e o Brasil não é recente e, frequentemente, gera desequilíbrios. O aço chinês, produzido com custos mais baixos graças a uma combinação de inovação tecnológica, subsídios estatais e economia de escala, tem sido uma competição difícil para a indústria siderúrgica brasileira.

No Brasil, a importação massiva de aço chinês tem gerado preocupações tanto do ponto de vista econômico quanto estratégico. Para entender melhor essa dinâmica, é crucial explorar o impacto direto que essa concorrência exerce sobre a indústria nacional e as medidas que o governo brasileiro tem implementado para proteger seu mercado interno.

O impacto da concorrência desleal do aço chinês na indústria brasileira

A concorrência desleal advinda do aço chinês afeta a indústria brasileira de várias maneiras. Primeiramente, a baixa nos preços do aço importado pressiona as margens de lucro das siderúrgicas nacionais, que enfrentam dificuldades para competir em igualdade de condições. Esse cenário leva à redução da capacidade produtiva e, em casos extremos, ao fechamento de empresas no setor.

Em segundo lugar, essa competição intensa resulta na perda de empregos. Com a redução de operações, menos trabalhadores são necessários, gerando uma onda de desemprego entre aqueles que dependem dessa indústria. Além disso, a falta de competitividade afeta diretamente os investimentos em inovação, uma vez que as empresas priorizam a sobrevivência financeira imediata.

Outro impacto significativo é a redução dos investimentos em infraestrutura e tecnologia. As empresas locais, sob constante pressão para reduzir custos, muitas vezes não conseguem alocar recursos suficientes para o desenvolvimento sustentável e tecnológico. Esse ciclo negativo afeta não apenas o setor siderúrgico, mas também a economia brasileira como um todo.

Medidas tarifárias e antidumping adotadas pelo Brasil

Entre as principais estratégias adotadas para lidar com o aço chinês, estão as medidas tarifárias e antidumping. Estas medidas incluem a implementação de tarifas adicionais sobre produtos de aço importados da China para nivelar o campo de jogo para os produtores locais.

O processo de antidumping é complexo e envolve uma série de etapas, começando com a identificação de práticas comerciais desleais por parte de produtores estrangeiros. Após a coleta de provas suficientes, o governo brasileiro pode aplicar tarifas que visam reduzir a competitividade dos produtos importados vendidos abaixo de seu valor justo.

Estas medidas, porém, são apenas uma parte do arsenal disponível. O governo tem trabalhado em outros aspectos de sua política comercial para garantir que essas ações não sejam vistas como barreiras ao comércio internacional, mas sim como ferramentas legítimas para manter a concorrência justa.

Políticas de incentivo à indústria siderúrgica nacional

Apoiar a indústria siderúrgica nacional não é apenas sobre protecionismo; envolve também criar um ambiente propício para que possam prosperar sob novas realidades de mercado. Políticas de incentivo são fundamentais para garantir que essas indústrias se mantenham competitivas globalmente.

Tais políticas incluem incentivos fiscais, redução de burocracias e programas de financiamento a baixo custo. Ao reduzir o ônus regulatório e oferecer suportes financeiros, o governo espera permitir que as indústrias modernizem e expandam suas operações, gerando emprego e crescimento econômico.

Além de incentivos diretos, o governo também prioriza investimentos em infraestrutura, o que indiretamente beneficia a indústria siderúrgica ao criar demanda constante para seus produtos. Essas políticas têm sido continuamente ajustadas para responder às dinâmicas do mercado internacional de aço.

Parcerias internacionais e acordos comerciais para proteger o mercado interno

As parcerias internacionais desempenham um papel crucial na defesa do mercado siderúrgico. O Brasil tem colaborado com outros países afetados pela concorrência desleal do aço chinês, buscando criar frentes comuns que possam abordar a situação em fóruns multilaterais.

Acordos comerciais bilaterais e multilaterais foram estabelecidos visando fortalecer laços comerciais que colocam restrições justas sobre a importação de aço sem comprometer completamente as relações diplomáticas ou comerciais com a China.

Uma abordagem colaborativa permite que o Brasil compartilhe experiências e melhores práticas na vigilância de práticas comerciais injustas, além de construir um consenso global contra produtores que abusam das normas internacionais de comércio.

Fonte: Cidades & Minerais
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/11/2024