Notícias

Mercado de caminhões fecha o 1º semestre em alta de 10%

As vendas de caminhões no País encerraram o primeiro semestre com indicações robustas de ritmo acelerado. Ao fim do período, os emplacamentos somaram 55,4 mil unidades, 10,2% superior ao anotado um ano antes, quando acumulava 50,3 mil.

Somente em junho, com registro de 9,6 mil caminhões negociados, a alta foi de 3,25% em relação a maio (9,3 mil) e expressivos 25,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado (7,7 mil).

Segundo avaliação da Fenabrave, o segmento segue absorvendo de maneira positiva às demandas do agronegócio, construção, indústria e varejo.

“Os emplacamentos de caminhões dependem do PIB, do crédito para financiamentos e do movimento da economia. Esperamos um aquecimento ainda maior no segundo semestre”, resume José Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave.

Diante da trajetória positiva apresentada na primeira metade do ano e percepção de continuidade nos próximos meses, a Fenabrave reviu a projeção das vendas em 2024. Em vez da alta de 10% estimada em janeiro, para 110,5 unidades, agora a federação dos distribuidores de veículos aponta crescimento de 12%, para 116,6 mil caminhões emplacados.

Fonte: AutoIndústria
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 04/07/2024

 

Governo lança Plano Safra de R$ 400,5 bilhões para médios e grandes produtores

O governo federal lançou nesta quarta-feira (3/7) o Plano Safra 2024/25, destinando recursos no valor de R$ 400,59 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O financiamento abrange médios, enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e grandes produtores rurais até junho de 2025.

Do total disponibilizado para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões estão reservados para custeio e comercialização, o que representa um aumento de 8% em comparação ao ano anterior, e R$ 107,3 bilhões para investimentos, um crescimento de 16,5%.

O montante anunciado representa um aumento de aproximadamente 10% em comparação ao Plano Safra anterior, que disponibilizou R$ 364,2 bilhões. O governo também anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar, com um aporte de R$ 76 bilhões, totalizando assim R$ 476 bilhões para a safra 2024/2025.

Sob o lema “Plantar com responsabilidade, colher oportunidades”, o novo Plano Safra beneficia os produtores que optam por práticas agrícolas sustentáveis, proporcionando redução de até 1,0 ponto percentual na taxa de juros de custeio. Essa iniciativa, similar ao plano anterior, visa incentivar a adoção de técnicas que promovam a preservação ambiental e o uso eficiente dos recursos naturais.

O novo plano também ampliou os recursos destinados à construção de armazéns e à renovação de sistemas produtivos. O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) teve um incremento de aproximadamente 18,42% no volume de recursos, passando de R$ 3,8 bilhões na safra passada para R$ 4,5 bilhões no novo plano safra.

Taxa de juros

As taxas de juros aplicadas no Plano Safra 2024/25 variam conforme o tipo de financiamento. Para custeio e comercialização, os produtores enquadrados no Pronamp terão acesso a uma taxa de 8% ao ano, enquanto os demais produtores pagarão 12% ao ano.

Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12% ao ano, dependendo do programa específico de financiamento utilizado.

Moderfrota

No novo Plano Safra, o Moderfrota, programa voltado para a modernização da frota de tratores, implementos e colheitadeiras, contará com R$ 9,5 bilhões em recursos disponíveis. Os financiamentos serão oferecidos com uma taxa de juros de 11,5% ao ano, e os produtores terão um prazo máximo de até sete anos para efetuar o pagamento.

Para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), através do programa Moderfrota-Pronamp, serão disponibilizados R$ 2,8 bilhões com uma taxa de juros de 10,5% ao ano.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 04/07/2024

Produção de aço no mundo fica estável ante 2023, mas China volta a crescer em maio

Com o crescimento de 1,5% visto em maio na comparação anual, a produção mundial de aço bruto nos cinco primeiros meses de 2024 praticamente igualou os volumes produzidos globalmente no mesmo período do ano passado, em torno de 793,2 milhões de toneladas, segundo levantamento da World Steel Association (Worldsteel), cujos membros representam 85% da oferta mundial.

A expansão no mês foi puxada pela China, que voltou a acelerar a produção do insumo, com alta de 2,7%, para 92,9 milhões de toneladas. Índia e Turquia, que são ‘players’ importantes na indústria global, também seguem em rota de crescimento, neste caso desde o início do ano, mas ainda há incertezas quanto ao ritmo que será empregado pelas siderúrgicas chinesas nos próximos meses.

Do lado da economia doméstica, o gigante asiático segue dando sinais de fraqueza, o que indica menor consumo interno de aço. Do lado das exportações de produtos siderúrgicos, é crescente o número de países que têm adotados medidas de defesa comercial contra os chineses, o que poderia prejudicar novas altas expressivas nos embarques.

Segundo a Worldsteel, o volume de aço ofertado pelas siderúrgicas chinesas no acumulado de janeiro a maio ainda é menor na comparação anual. No intervalo, foram produzidas 438,6 milhões de toneladas nas usinas locais, 1,4% menos do que o visto em 2023. Esse volume equivale a pouco mais de 55% da produção mundial do insumo nos cinco primeiros meses do ano.

Ainda assim, para fontes da indústria ouvidas pelo Valor, a China deve seguir recorrendo às exportações de forma a manter um ritmo de operação “mínimo” para seus planos de crescimento econômico em 2024, mesmo com as barreiras impostas a seus produtos. “É uma política de Estado”, avalia uma das fontes. Além disso, não é só o aço chinês que tem entrado no mercado brasileiro com preços predatórios.

Recentemente, o Brasil se juntou ao grupo de países que adotou medidas para proteger sua indústria da concorrência desleal no mercado de aço. O estabelecimento de cotas para importação de 11 tipos de produtos siderúrgicos, com alíquota de 25% sobre o volume excedente, foi bem recebido pelo setor, mas ainda não teve resultados concretos, inclusive porque acaba de entrar em vigor.

Para o Instituto Aço Brasil, a melhora deverá ser vista no decorrer do segundo semestre e já se traduziu em projeções mais otimistas para as siderúrgicas instaladas no país, que esperam que o mercado brasileiro deixe de receber 1,5 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos até o fim de 2024, na esteira das medidas de defesa comercial.

Com isso, o setor passou a projetar expansão de 0,7% na produção de aço neste ano, a 32,2 milhões de toneladas, contra previsão anterior de queda de 3%. Para as importações, a estimativa, que era de crescimento de 20%, agora é de queda de 7%, a 4,7 milhões de toneladas. Já as vendas internas devem crescer 2,5%, para 20 milhões de toneladas, em comparação à previsão inicial de retração de 6%.

Mas todo cuidado é pouco, alertaram as siderúrgicas. Até maio, conforme o Aço Brasil, as importações de produtos siderúrgicos seguiram em alta acentuada, de 26,4% no acumulado dos cinco meses, para 2,3 milhões de toneladas, enquanto a produção nacional ficou praticamente estável, com leve alta de 0,6% e 13,6 milhões de toneladas.

Além disso, após a vitória junto ao governo, os esforços das siderúrgicas estão voltados a monitorar a eficiência das medidas e se os exportadores ao Brasil estão buscando brechas à lista contemplada na medida. Isso significa acompanhar as importações de outras 27 NCMs “de fuga”, que podem ser usadas para burlar o sistema de cota-tarifa. Neste caso, o sinal amarelo já está aceso para vergalhões, que não aparecem na lista original do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/07/2024

 

Índice de Confiança da Construção registra estabilidade em junho, aponta FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST) ficou estável em 96,4 pontos em junho, informou na semana passada a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, porém, houve recuo de 0,1 ponto.

A estabilidade nesta leitura refletiu o comportamento antagônico dos componentes do ICST: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) variou 0,2 ponto, atingindo 95,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 0,3 ponto, para 97,5 pontos.

“As empresas da construção chegaram ao final do primeiro semestre um pouco mais confiantes do que estavam em dezembro. Houve melhora, especialmente, na percepção referente à situação atual dos negócios”, resumiu, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.

Ela avalia que o maior aquecimento da atividade se traduziu também em dificuldades com a mão de obra qualificada, o que já está pressionando os custos de obras.

“No entanto, o semestre terminou também com o fim do ciclo de queda da Selic, que mesmo sem ter efeito imediato sobre a atividade, deve arrefecer o ânimo com os negócios à frente”, acrescenta.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção, por sua vez, variou 0,2 ponto nesta leitura, atingindo 80,1%.

O Nuci de mão de obra subiu 0,3 ponto, a 81,5%, enquanto o Nuci de Máquinas e equipamentos contraiu 0,9 ponto, a 74,4%.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 03/07/2024

 

Produção de aço bruto registra 4,7 milhões/t em abril na América Latina, diz Alacero

A Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, compartilha os dados atualizados sobre o comércio e consumo de março de 2024, bem como os resultados da produção de aço correspondente a abril de 2024. Esses números oferecem uma visão detalhada do estado atual da indústria do aço e sua evolução nos últimos meses, segundo dados divulgados pela Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero), no dia 27 de junho (quinta-feira).

A produção de aço bruto em abril de 2024 foi de 4,7 milhões de toneladas (Mt), o que representa uma diminuição de 5,3% em relação a abril de 2023 e um aumento de 1,2% em comparação com o mês anterior. Considerando o acumulado do ano (19,2 milhões de toneladas de janeiro a abril), a produção está 2,1% abaixo do mesmo período de 2023.

Quanto à produção de aço laminado, em abril de 2024 foi de 4,3 milhões de toneladas , 3,0% inferior à de abril de 2023 e 1,6% superior a do mês anterior. No entanto, o acumulado de janeiro a abril de 2024 (17,4 milhões de toneladas implica uma queda de 2,1% comparado ao ano passado.

Consumo de Aço Laminado em março de 2024

O consumo de aço laminado em março registrou um crescimento de 9,2% em relação a fevereiro, alcançando 6,0 milhões de toneladas — Destacam-se os aços planos com um aumento de 11,5% no mês (chegando a 3,5 milhões de toneladas, enquanto os aços longos registraram um crescimento de 7,0% (2,4 milhões de toneladas). Contudo, os tubos sem costura registraram uma redução de 23,2% (50,8 mil toneladas).

Em comparação com março de 2023 o consumo apresentou uma queda de 6,3%. Porém, ao analisarmos o período do primeiro trimestre, em 2024 houve uma queda de 0,1% (17,5 milhões de toneladas), apresentando uma certa estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior.

Análise Balança Comercial em março de 2024

O déficit (-1,7 milhões de toneladas) continua elevado e registrou um aumento de 21,3% em relação a fevereiro, explicado pelo grande volume de importações em março, que aumentaram 18,1% em relação ao mês anterior. Este é um ponto negativo porque a participação das importações no consumo tem aumentado e, consequentemente, reduz o crescimento da produção da região.

As importações extrarregionais representaram 92,5% das importações totais em março, uma diminuição de 0,3 pontos percentuais (pp) em relação ao mês anterior, e próximo da média de 92% de 2023. As importações totais representaram 40% do consumo aparente em março, frente a 37% em fevereiro. Este número é muito elevado, 2pp acima da média registrada em 2023, o que demonstra que o aumento do consumo na região tem sido impulsionado pelas importações.

—O crescimento do consumo em nossa região tem sido impulsionado principalmente pelas importações, que representaram 40% do consumo aparente em março. É crucial que tomemos medidas para equilibrar esta balança e fomentar o desenvolvimento da produção local — afirmou Ezequiel Tavernelli, diretor-executivo da Alacero.

Análise dos Setores Consumidores de Aço 

A maioria dos setores consumidores de aço na América Latina apresentou variações negativas. Após dez meses consecutivos de crescimento, a construção recuou em março em termos anuais, e foi arrastada pela forte contração na Argentina, representando a baixa mais significativa desde maio de 2020. Peru e Brasil também registraram quedas, após dois e três meses de crescimento, respectivamente. Colômbia e Chile mantiveram em março o mau desempenho dos últimos meses. Em contrapartida, o México se manteve em terreno positivo, embora desacelerando.

A atividade industrial também se contraiu durante o terceiro mês do ano em todos os países, após um bimestre positivo. O pior desempenho ocorreu na Argentina, comparável apenas com as quedas durante os primeiros meses da pandemia em 2020. México, Brasil, Chile e Colômbia reverteram a expansão de fevereiro com variações negativas. No Peru, a atividade caiu pelo décimo quarto mês consecutivo.

O setor de produção de maquinário foi o mais afetado, com retrocessos na Argentina, Colômbia e Chile. A fabricação de aparelhos de uso doméstico também foi uma das mais impactadas e sofreu uma contração após oito meses de expansão. Além disso, a produção automotiva também caiu em março, mas se recuperou em abril graças ao bom desempenho do Brasil e México.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/07/2024

 

Aço barato da China prejudica indústria na América Latina

O setor siderúrgico da América Latina está enfrentando uma crise, devido às práticas comerciais desleais da China, que inundou o mercado com aço barato, ameaçando os empregos e a subsistência dos produtores regionais, informou Rádio França Internacional.

“A produção da China afeta as economias latino-americanas, colocando em risco 1,4 milhão de empregos no setor siderúrgico, forçando a suspensão das operações de várias empresas e demissões em massa”, explicou à Diálogo, em 28 de maio, Gabriela Fajardo Mejía, especialista em relações internacionais e doutoranda em Direito da Sociedade Global, da Universidade de Navarra, na Espanha. “[A produção] não está sujeita a padrões ambientais e de qualidade. As empresas chinesas não cumprem as regras de transparência e regulamentação.”

A estratégia da China de vender seus produtos abaixo dos preços de mercado desencadeou uma situação de dumping que afeta gravemente a América Latina. No caso do aço, a produção do país asiático atinge 54 por cento da capacidade global. Somente entre janeiro e abril de 2024, produziu 343,7 toneladas métricas, de acordo com dados da Associação Mundial do Aço.

“A desaceleração dos negócios imobiliários e de construção da China fez com que a demanda interna por aço diminuísse, deixando os produtores dependentes de outros países para compensar o déficit”, disse à Diálogo Henry Ziemer, investigador associado do Programa das Américas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. “Como o mercado dos EUA parece cada vez mais desfavorável aos produtores de aço chineses, eles agora estão procurando os países latino-americanos com menos barreiras comerciais para se livrar do excesso de capacidade.”

Além disso, o governo chinês subsidiou a produção e as exportações de aço durante a pandemia. Isso desencadeou uma onda de aço chinês barato que se espalhou por todo o mundo, explicou a mídia colombiana El Tiempo.

México, Chile e Brasil aumentaram significativamente as tarifas sobre as importações de aço provenientes da China, para proteger as empresas nacionais, e outros países da região provavelmente seguirão seu exemplo.

O aço chinês barato está afundando a indústria siderúrgica latino-americana, fazendo com que várias das grandes empresas da região congelem ou encerrem suas operações, disse a Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), em um comunicado. Para Alejandro Wagner, o diretor executivo da Alacero de 1º de junho de 2021 a 1º de junho de 2024, a situação está criando um “processo de desindustrialização na região”, disse à BBC.

Em março, a Compañía de Aceros del Pacífico (CAP) do Chile suspendeu as operações em sua emblemática planta industrial de Huachipato, alegando sua incapacidade de competir com os preços chineses e enfatizando que o dumping da China afetou o desenvolvimento econômico e social da região.  A empresa retomou suas operações depois que o governo impôs um aumento da sobretaxa sobre as importações de aço chinês. O conselho de administração de Huachipato expressou sua esperança de que a medida se torne definitiva.

Além disso, na Colômbia, a indústria siderúrgica pede que a concorrência no setor seja justa, pois estão sofrendo devastadores efeitos econômicos. “Estamos sofrendo uma concorrência desleal há dois anos, por meio de importações maciças da China e da Rússia a preços predatórios, até 40 por cento abaixo dos preços internacionais e de mercado”, disse Fabio Galán, presidente da Acerías Pazdelrío, ao jornal El Colombiano.

“No passado, houve relatos de que as minas de ferro no México, invadidas por cartéis do crime organizado, desempenharam um papel importante no envio à China de navios de minério de ferro saqueado, que foi então convertido em aço”, afirmou Ziemer. “Esses relatórios fornecem mais evidências de que as práticas comerciais injustas e opacas da China criam incentivos perversos no hemisfério, que podem encorajar as organizações criminosas e minar a qualidade da governança.”

A siderúrgica Gerdau do Brasil anunciou a suspensão de trabalhadores em sua usina de São José dos Campos, em São Paulo, devido à concorrência desleal do aço chinês. Gustavo Werneck, presidente da empresa, disse à mídia brasileira InfoMoney que essas medidas são apenas o primeiro passo para conter a onda chinesa.

“Além disso, a China subsidia suas empresas do setor, o que lhes permite reduzir seus custos. É principalmente preocupante que os padrões de qualidade e ambientais para essa produção não sejam um fator levado em conta pelo governo chinês, mas é ainda mais preocupante que não sejam um fator a ser considerado pelos compradores de aço nos países latino-americanos, que, em detrimento de sua própria indústria local, são influenciados principalmente pelo preço baixo”, acrescentou Fajardo Mejía. “Enquanto as siderúrgicas latino-americanas emitem 1,55 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por tonelada de aço produzido, a China emite 2,24 toneladas de CO2, o que representa 45 por cento a mais de poluição”.

A imposição de tarifas sobre o aço da China como resposta a suas práticas desleais também ressalta o potencial de tensões comerciais entre os países latino-americanos e a China, com a possibilidade de retaliação do país asiático, conhecido por sua diplomacia coercitiva.

Por exemplo, a China proibiu em 2016 produtos à base de soja provenientes da Argentina, em resposta a ações antidumping de longo alcance, explicou o jornal argentino La Nación. Em 2019, após a prisão de uma executiva da Huawei em Vancouver, a China suspendeu todas as compras de sementes de canola canadense, informou a rede de notícias AP.

“A China produz mais aço do que os seguintes nove países produtores de aço juntos, o que lhe dá uma ferramenta poderosa para influenciar os preços e desestabilizar as economias locais”, concluiu Ziemer. “No entanto, o fato de essa última rodada ter como alvo países como Chile e México, pode representar uma oportunidade para que os Estados Unidos coordenem com os países latino-americanos formas de mitigar as práticas comerciais desleais da China e proteger suas indústrias nacionais.”

Fonte: Diálogo Chino
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/07/2024