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Produção mundial de aço cai 6,1% em janeiro

A produção de aço bruto no mundo registrou uma queda de 6,1 % no mês de janeiro de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021, segundo dados da World Steel Association. Foram produzidos 155 milhões de toneladas (mt) de aço durante o primeiro mês do ano. 

O resultado negativo foi puxado pelo mal desempenho da indústria do aço na Ásia, que registrou queda de -8,2% com uma produção de 111,7 mt. Além do continente asiático, a América do Sul também fechou o mês com saldo negativo, pois registrou uma queda de  -3,3% com uma produção de 3,7 mt.

Entre os países que são os maiores produtores de aço do mundo, a China, líder no ranking, registrou queda de -11,2%. O país produziu 81,7 mt de aço em janeiro. Já a Índia, segundo maior produtor de aço do planeta, teve um aumento na produção de 4,7% e produziu 10,8 mt de aço. Os Estados Unidos também fecharam o primeiro mês de 2022 com saldo positivo. A maior economia do mundo registrou alta de 4,2% na produção de aço com 7,3 mt.  E o Brasil, nono no ranking de maiores produtores de aço do mundo, registrou uma queda de -4,8% e produziu no período 2,9 mt de aço.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/02/2022

Entenda por que a inflação continua alta, mesmo com aumento dos juros e o dólar em queda

A taxa de juros já está acima dos dois dígitos, o dólar acumula uma queda de quase 10% neste ano e a economia anda em marcha lenta. Mesmo assim, a inflaçãobrasileira não dá sinais de trégua. A cada dia surgem novas projeções para o IPCA, o índice oficial de inflação do País, este ano - e as revisões são sempre para cima. 

Na terça-feira, 22, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou sua previsão para a inflação em 2022 de 4,9% para 5,6%. No último Relatório Focus, divulgado na segunda-feira, 21, pelo BC, a projeção para o IPCA avançou pela sexta semana consecutiva, para 5,56%, ante uma estimativa de 5,15% há apenas um mês. A meta do BC para este ano é de 3,5%, com intervalo tolerância entre 2% e 5%. No ano passado, o IPCA avançou 10,06%, ante uma meta de 3,75%, chegando quase ao dobro do teto de tolerância, de 5,25%. 

Segundo analistas, essas previsões têm como base as altas recentes nos preços de commodities (como petróleo e minério de ferro), dos bens de consumo industriais e dos alimentos, que mantêm a inflação pressionada. Mas os números podem ser ainda piores, uma vez que ainda não consideram os riscos decorrentes dos rumos da política fiscal durante um ano eleitoral e do agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia. Um eventual conflito poderia pressionar mais o valor de produtos como o petróleo, com reflexo sobre a gasolina, segundo economistas.

“Havendo uma guerra, provavelmente isso vai ter uma repercussão negativa no preço do barril (de petróleo), que já vem avançando, já está na casa de US$ 100, e que pode pressionar mais ainda por reajuste doméstico. Ainda que o real tenha se valorizado, e não foi uma valorização qualquer, isso não vai impedir reajuste nos preços dos derivados do petróleo, porque ele avançou muito mais”, apontou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

“Nós começamos o ano com projeção de 5,5% para o IPCA, agora está em 6%. Uma das coisas é a pressão de custos que vêm do atacado e que podem chegar ao varejo. Por exemplo, a gente teve uma surpresa com relação ao cenário de petróleo, mais pesado do que se imaginava. A perspectiva de um conflito entre Rússia e Ucrânia, tomara que não ocorra, mas evidentemente o petróleo subiria ainda mais. Não estou colocando no cenário, mas é um risco. Petróleo já ficou mais pesado do começo do ano pra cá do que se imaginava, o mesmo vale para minério de ferro, que agora está perdendo um pouco de força em dólar, mas mostrou recomposição importante”, disse Fábio Romão, economista da LCA Consultores.

Os números das altas de preços divulgados neste início de ano pelo IBGE mostram que esse é um problema importante. O IPCA-15, prévia da inflação de fevereiro, divulgado nesta quarta-feira, 23, ficou em 0,99%, acima das previsões do mercado. Em janeiro, o IPCA ficou em 0,54%, a maior elevação para o mês desde 2016. A taxa acumulada em 12 meses até janeiro acelerou a 10,38%.

“Meu número para a inflação deste ano é de 5,8%, e não acho que minha revisão vá parar por aí. Vai depender da condução de algumas tarifas públicas, para as quais não temos muita previsibilidade para o futuro. A primeira delas é a energia, que provavelmente vai ter uma bandeira tarifária menos onerosa a partir de maio, mas não sei qual bandeira vai finalizar o ano, se amarela ou vermelha patamar 1, e isso faz toda diferença”, apontou André Braz, acrescentando também ter dúvidas sobre os reajustes que serão aplicados nas passagens de ônibus e na gasolina.

O Ipea lembra que o cenário atual no País combina pressões persistentes de commodities, cadeias produtivas desreguladas ainda como reflexo da pandemia de covid-19 e problemas climáticos afetando o cultivo de alimentos e o custo da energia. Segundo Maria Andréia Parente Lameiras, uma das autoras da Carta de Conjuntura publicada pelo Ipea na terça-feira, caso haja um agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, a projeção para a inflação de 2022 deve aumentar. “Essa convergência da inflação para o centro da meta só vai acontecer lá para 2023 mesmo”, previu.

Efeito do dólar em queda 

A valorização recente do real em relação ao dólar pode ajudar a conter uma piora nas projeções para a inflação, segundo o economista-chefe da corretora Necton Investimentos, André Perfeito. Ele projeta um IPCA de 5,7% este ano, seguido de alta de 4% em 2023. Ele também crê que o temor de economistas sobre a situação fiscal do País tenda a arrefecer, qualquer que seja o vencedor do próximo pleito à Presidência da República, incluindo os possíveis candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, embora o cenário seja de elevadas incertezas, Perfeito vê possíveis contribuições de baixa ao longo do ano.

“O dólar está caindo, isso pode ajudar a atenuar movimento de alta de commodities, atenuar outros problemas no setor de bens industriais. Vejo a inflação ainda preocupante. O Banco Central não vai conseguir cumprir a meta este ano mais uma vez, mas acho que, ao longo das próximas semanas, os economistas talvez tendam a revisar não para baixo, mas vai parar de piorar (de subir projeção de inflação)”, avaliou Perfeito.

Analistas do mercado financeiro estimam que a taxa básica de juros, hoje em 10,75%, ainda suba a 12,25% ao ano, conforme a mediana obtida pelo último Boletim Focus. Economistas lembram, porém, que a política monetária tem efeito limitado sobre o cenário inflacionário do momento, uma vez que os aumentos persistentes de preços decorrem mais de choques de oferta do que de demanda.

“Quando você tem um cenário inflacionário em que grande parte é choque de oferta, a potência da política monetária fica mais reduzida. Neste momento, o aumento na taxa de juros serve muito mais para ancorar expectativas futuras do que para resolver o problema atual. Porque não adianta mexer em juros se você tem o barril de petróleo crescendo sem parar, se você tem pressão de commodities. Agora, (o aperto monetário) serve no sentido de que você consegue atrair mais dólares, mais investimentos, então isso ajuda a sua taxa de câmbio, e serve para ancorar expectativas”, concluiu Lameiras, do Ipea.

Fonte: Estadão
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 24/02/2022

O que está em jogo para a economia mundial com as sanções à Rússia

inda se recuperando da covid-19, a economia mundial enfrenta agora a ameaça de um aumento nos preços da energia à medida que o impasse entre o Ocidente e a Rússia aumenta. Os EUA e seus aliados anunciaram sanções limitadas na terça-feira em resposta à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer duas repúblicas separatistas na Ucrânia, e alertaram que penalidades mais duras poderão ser impostas.

A crise elevou os preços do petróleo perto dos US$ 100 o barril e provocou tremores também em outros mercados de commodities, ameaçando causar outra onda de pressões sobre os preços, além da já alta inflação causada pela pandemia. A Rússia é uma potência das commodities e grande fornecedor de energia para a Europa.

As nações ocidentais estão agora entre o desejo de endurecer sanções e a preocupação de que elas próprias venham a sofrer os efeitos delas. Por enquanto a Europa e os EUA evitam bloquear as exportações de energia da Rússia. Mesmo assim, o presidente dos EUA, Joe Biden, alertou os americanos que haverá um preço a pagar nas bombas de gasolina em casa.

Segue o detalhamento de como a crise na Ucrânia afeta a economia mundial e quem deve perder mais.

1. Europa exposta

Embora não tenha havido uma interrupção dos fluxos de commodities, os temores de uma escalada provocaram nas últimas semanas uma disparada nos preços de tudo — de petróleo e gás a trigo, fertilizantes e metais industriais. Na Europa, que compra da Rússia mais da metade do petróleo e gás que consome, famílias já pagam contas de luz e aquecimento maiores.

Custos da energia responderam por mais da metade da inflação recorde registrada na zona do euro em janeiro. As incertezas quanto ao futuro dos suprimentos russos poderão tornar esse aperto ainda pior. Autoridades do Banco Central Europeu (BCE) afirmam que os preços da energia persistentemente altos podem desacelerar a recuperação da economia ao deixar as famílias com menos dinheiro para gastar em outras coisas e corroer as margens de lucro das empresas.

Economistas do JP Morgan reduziram previsões de crescimento da zona do euro no primeiro trimestre de 1,5% para 1%, embora ainda acreditem que a economia voltará ao caminho do crescimento pré-pandemia até o fim do ano.

A Alemanha, que pretende desativar todas as suas usinas nucleares até o fim do ano, é particularmente dependente da importação de gás, motivo pelo qual investiu no gasoduto Nord Stream2 de US$ 11 bilhões para dobrar o fornecimento da Rússia. O projeto foi concluído em 2021 e aguarda aprovação das autoridades reguladoras, mas agora ele foi suspenso como parte das medidas contra a Rússia.

2. Segurança alimentar

Rússia e Ucrânia são grandes fornecedores de trigo e os preços aumentaram com os operadores preocupados com a possibilidade de interrupção dos embarques pelo Mar Negro. Isso é especialmente preocupante para países do norte da África, onde a alta dos custos do pão desencadeou no passado distúrbios e a queda de governos.

As economias em desenvolvimento, onde os preços dos alimentos e da energia pesam mais sobre o orçamento familiar, já vinham se recuperando mais lentamente da pandemia do que as economias desenvolvidas. Elas também tiveram de aumentar as taxas de juros mais rapidamente para conter a inflação e evitar a fuga de capitais.

Uma grande escalada no impasse na Ucrânia, que está aumentando os preços da energia e dos alimentos, poderá “exigir outra rodada de aumentos”, disse Elina Ribakova, vice-economista-chefe do International Institute of Finance (IIF) de Washington.

3. Metais são área de risco

O conflito militar ou sanções mais punitivas poderão interromper as exportações russas de paládio – metal usado na produção de catalisadores que reduzem as emissões de poluentes dos automóveis -, alumínio e aço, segundo afirma um relatório recente do Rabobank. A importância estratégica desses materiais poderá torná-los menos propensos a serem alvos das sanções ocidentais.

4. Riscos políticos para Biden

Ao contrário da Europa, os EUA são um grande produtor e exportador de energia, de modo que sua economia está menos exposta. Mesmo assim há riscos políticos para Biden — cujos colegas democratas terão de defender suas apertadas maiorias no Congresso nas eleições deste ano — com o aumento do preços da gasolina. No pronunciamento que fez na terça-feira, Biden disse que os EUA estão trabalhando com outros países para amenizar quaisquer impactos. No entanto, ele não deu detalhes.

Peter Harrell, uma autoridade do Conselho de Segurança Nacional, disse à Bloomberg Television que as medidas contra a Rússia não deverão afetar muito as cadeias de suprimentos dos EUA. “Fizemos um exercício de mapeamento muito bem pensado nos últimos dois meses para entender onde temos dependências da Rússia, e trabalhamos com as empresas para diversificá-las”, disse ele.

5. Resiliência global

Mesmo assim, a maioria dos economistas acredita que eventuais picos de preços decorrentes do impasse na Ucrânia terão vida curta, o que significa que eles não alimentarão as expectativas salariais, nem levarão a uma inflação duradoura. Isso permitiria aos bancos centrais se ater aos planos atuais, que envolvem o aperto da política monetária o suficiente para amortecer as pressões sobre os preços, mas não a ponto de inviabilizar a recuperação pós-covid.

“As preocupações do mercado com o cenário mais extremo provavelmente são exageradas”, diz Paul Donovan, economista-chefe global do UBS em Londres. “Os mercados se esquecem que as pessoas se adaptam às crises e encontram eficiências. Na Europa, poderemos ver campanhas para que as pessoas desliguem os termostatos ou trabalhem de casa. Isso não pararia a economia.”

6. Fortaleza Rússia?

As sanções pela anexação da Crimeia, em 2014, colocaram a Rússia em recessão e seu sistema financeiro em crise. Desde então, o governo vem trabalhando duro para tornar a economia à prova de sanções. Ele encorajou a produção interna, reduziu a dívida externa e aumentou suas reservas em moeda estrangeira, que agora poderão ser ainda mais reforçadas graças ao aumento dos preços da energia.

A não ser que haja um grande conflito militar, a economia da Rússia deverá continuar crescendo, embora a Capital Economics preveja que o crescimento poderá cair para menos de 1%.

7. China como vencedora?

Mesmo sem uma escalada nos combates ou uma rodada mais dura de sanções, a Rússia poderia se voltar para o leste em busca de alívio econômico, na medida da deterioração de seus laços com o Ocidente. A China já é o maior parceiro comercial da Rússia e os dois países vêm discutindo a construção de novos gasodutos para o transporte de gás russo.

A Rússia também vem trabalhando com a China na construção de sistemas de pagamentos internacionais que possam contornar o dólar e assim reduzir a capacidade dos EUA de aplicar pressão por meio de sanções, além de reduzir suas próprias posições em dólar.

8. Guerras são imprevisíveis

Os impasses geopolíticos e os conflitos militares são inerentemente difíceis de prever. As tensões entre a Rússia e o Ocidente poderão evoluir de maneiras que não parecem prováveis agora, como um êxodo em grande escala de refugiados da Ucrânia para a Europa ocidental. “As guerras evoluem de maneiras imprevisíveis”, escreveu David Kelly, principal estrategista global da JP Morgan Asset Management, em uma nota recente a investidores. “Ninguém deve presumir que pode ver todos os impactos de uma guerra desde o início.”

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 24/02/2022

Distribuição: Vendas e importação de aço registram alta em janeiro/22

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou os resultados do mês de janeiro de 2022 através de videoconferência da coletiva de imprensa no dia 22 de fevereiro (terça-feira), em que apresentou o desempenho do setor referente a distribuição de aços planos, os quais pode-se verificar a seguir..

Compras — As compras do mês de janeiro registraram alta de 21,7% perante a dezembro, com volume total de 302,4 mil toneladas contra 248,6 mil. Frente a janeiro do ano passado, —35,9 mil toneladas— e apresentou queda de 10%.

Vendas — As vendas de aços planos em janeiro contabilizaram alta de 14,2% quando comparada a dezembro, atingindo o montante de 298,5 mil toneladas contra 261,5 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 324,6 mil toneladas, registrou queda de 8,1%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de janeiro obteve alta de 0,5% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 818,1 mil toneladas contra 814,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,7 meses.

Importações — (chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletro- galvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume). As importações encerraram o mês de janeiro com alta de 5,5% em relação ao mês anterior, com volume total de 169,9 mil toneladas contra 161 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (161,4 mil toneladas), as importações registraram alta de 5,3%.

Projeções — Para fevereiro de 2022, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 5% em relação com janeiro — conclui o presidente-executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Jorge Loureiro.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/02/2022

Siderúrgicas “reduzem descontos” de preços de aço plano em fevereiro

Os produtores de aços planos do país começaram em fevereiro a rever seus preços no mercado interno, após enfrentarem alta de importações no final do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela associação de distribuidores, Inda.

As importações de aços planos no Brasil tiveram um pico em novembro, acima de 200 mil toneladas, e leve alta em janeiro, segundo os dados apresentados pela entidade.

“Não se trata de aumento de preços, mas de retirada de descontos que foram dados em relação aos aumentos aplicados no ano passado”, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, a jornalistas.

“Esse movimento de retirada dos descontos começou agora em fevereiro. Em tese, todas (as siderúrgicas) anunciaram movimentos nesse sentido”, acrescentou Loureiro. Segundo ele, porém, a revisão nos preços ainda está em uma fase volátil, “só vamos sentir a efetividade do movimento mais para o final do mês”, afirmou.

Em relação aos picos registrados em meados do ano passado, os preços de aços planos atualmente estão 12% a 15% menores, de acordo com ele.

Mas no setor automotivo, que costuma acertar contratos mais longos, o ano começou com alta de 60% a 70% nos preços do aço em janeiro para cerca de um terço do volume que costuma ser vendido às montadoras de veículos, disse o presidente do Inda.

Os comentários ecoam declarações do diretor comercial da Usiminas, Miguel Homes, que afirmou mais cedo neste mês que a empresa tinha aplicado o percentual a alguns clientes do setor automotivo em janeiro e buscava implementar o mesmo nível de reajuste aos clientes restantes com contratos a partir de abril.

“Não vislumbramos, no momento, nenhuma situação em que este aumento não seja implantado”, afirmou Loureiro.

Em janeiro, o setor de distribuição de aço, responsável por cerca de um terço das vendas das usinas siderúrgicas, encerrou com alta de aproximadamente 19% no volume de estoques sobre o mesmo mês do ano passado, a 818,1 mil toneladas. Ante dezembro, o volume ficou praticamente estável. O volume é suficiente para 2,7 meses de vendas ante 2,1 meses em janeiro de 2021.

As vendas de aços planos pelo setor somaram 298,5 mil toneladas em janeiro, queda de 8,1% no comparativo anual, mas alta de 14,2% sobre dezembro. Já as compras caíram 10% ante janeiro do ano passado, mas avançaram 21,7% ante dezembro, para 302,4 mil toneladas, segundo o Inda.

Para fevereiro, a entidade estima que as compras e vendas tenham uma alta de 5% cada em relação a janeiro.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2022

Aço pode ficar mais caro com tensão na Ucrânia, diz Inda

A escalada da tensão entre a Rússia e a Ucrânia pode resultar na elevação dos preços internacionais do aço devido à importância dos dois países na cadeia de produção. “É possível que sanções à Rússia influenciem positivamente as cotações do aço, o que tende a beneficiar também as exportações brasileiras”, apontou Carlos Loureiro, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, Inda, em coletiva de imprensa nesta terça-feira.

Para fevereiro, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas cresçam 5% em relação a janeiro. O Inda também informou que o diferencial de impacto do custo de matéria-prima no preço do aço, denominado spread, voltou a subir em 2022, sinalizando que não deve haver quedas maiores na cotação dos produtos siderúrgicos.

As compras de aço plano em janeiro registraram alta de 21,7% ante dezembro, com volume total de 302,4 mil toneladas. As vendas contabilizaram alta mensal de 14,2% e atingiram 298,5 mil toneladas, apesar da queda de 8,1% na comparação com janeiro de 2021.

O estoque dos distribuidores avançou 0,5% em relação a dezembro e chegou a 818,1 mil toneladas, enquanto o giro de estoque fechou em 2,7 meses. As importações, por vez, encerraram janeiro com alta mensal de 5,5%, o equivalente a 169,9 mil toneladas.

Fonte: Traders Club
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2022