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Arrecadação com extração mineral atingirá 2,11% do PIB até 2030, projeta economista da FGV

A arrecadação federal com a atividade de extração mineral deve superar o patamar de R$1 trilhão e representar 2,11% do Produto Interno Bruto brasileiro até 2030, segundo cálculos do economista Bráulio Borges, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, IBRE-FGV.

De acordo com a projeção, que tomou como base o Plano Decenal de Expansão de Energia 2031, da Empresa de Pesquisas Energéticas, o resultado deve ser impulsionado pela alta de 80% na extração de petróleo e gás no período. Já a estimativa de crescimento da produção de minério de ferro é de cerca de 30% até 2030, tomando por base cálculos da Vale usados no estudo.

O aumento na arrecadação com a extração de petróleo e gás nos próximos anos deverá vir principalmente do pré-sal, segundo o levantamento, cujas licitações seguem o regime de partilha, em que, além de bônus e royalties, as companhias se comprometem a entregar à União parte do “óleo-lucro” de suas operações. A receita associada ao “óleo-lucro” foi praticamente irrelevante até 2021, e a partir deste ano deverá ter crescimento robusto até 2030, segundo o estudo.

Além do pré-sal, Borges cita como fator de impulso a disparada nos preços internacionais do petróleo com a guerra na Ucrânia, que deve elevar as receitas federais associadas ao setor extrativo em 1,2 ponto percentual do PIB ao ano, em média, entre 2022 e 2030, em comparação com a média de 2011 a 2020.

Com o conflito no Leste europeu, os temores em relação à oferta do petróleo levaram à escalada nos preços internacionais da commodity. Em março, o barril do Brent atingiu as máximas de 13 anos, perto de US$140. Hoje, ronda o patamar dos US$105 o barril.

Segundo Borges, o estudo projeta cenário-base com o preço do petróleo Brent de volta ao patamar de US$65 o barril entre 2023 e 2024, média real observada no período de 1980 a 2021. No médio prazo, as projeções de mercado indicam preço de US$70 o barril. No caso do minério de ferro, o pesquisador estima valor de US$80 a tonelada no médio prazo, metade da média do ano passado.

De 2011 a 2020, enquanto a média de arrecadação do setor extrativo no Brasil representou 0,92% do PIB, o estudo de Borges projeta elevação para 2,11% do PIB entre 2022 e 2030, somando as receitas federais associadas de royalties, dividendos da Petrobras, óleo-lucro e tributos federais.

O conjunto arrecadatório da extração mineral atingiu 1,85% do PIB em 2021 e deverá chegar a 2,31% em 2022.

Variáveis e estimativas de longo prazo

Em entrevista ao portal da Mover, Borges pontuou que suas projeções podem ser impactadas pela volatilidade do setor, cujas receitas dependem das cotações das commodities minerais, metálicas e energéticas no mercado internacional, além da taxa de câmbio.

O economista ressaltou ainda que o salto da receita estimada para o setor de extração mineral não deve ser permanente, uma vez que a emergência climática e as questões socioambientais devem reprimir a demanda por petróleo e outros recursos no longo prazo.

Por fim, Borges enfatizou que o setor de extração mineral está associado à exploração de recursos naturais finitos. “Qual o melhor uso que a gente pode dar para as commodities? Porque as próximas gerações, daqui a 50, 100 anos, não vão poder contar com esses recursos, porque eles são finitos”, disse à Mover.

Fonte: Traders Club
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/07/2022

 

Plano Safra aquece mercado de tratores para agricultura familiar

O anúncio do Plano Safra 2022/2023 mostra que os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 36% em relação ao plano anterior.

No total, o Plano Safra 2022/2023 disponibiliza R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano, em um aumento de 36% em relação ao plano anterior.

Para o médio produtor, foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), aumento de 28% em relação à safra passada, com juros de 8% ao ano.

Além disso, serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com juros de 6% para investimentos como compra de maquinário agrícola.

Fabricante de linhas de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas para o segmento, a Agritech está otimista com o cenário, avaliando se tratar de uma das principais fontes de incentivo ao produtor rural brasileiro.

“Com o aumento da disponibilidade de recursos de custeio e taxas de juros favoráveis, os produtores pequenos e médios continuam sendo prioridade no Plano Safra”, diz o coordenador de vendas e marketing da Agritech, César Roberto Guimarães de Oliveira.

“O mercado deve ficar aquecido até fevereiro do próximo ano, com boas expectativas de vendas”, acredita.

De acordo com Oliveira, a procura pelos tratores cabinados da Agritech para as culturas de café e frutas deve ser alta, especialmente após a Portaria nº 9, do Ministério do Trabalho e Previdência, que exige que a aplicação de defensivo agrícola somente seja realizada por meio de tratores com cabine fechada.

Os cabinados da Agritech, diz o executivo, “são equipados com estruturas monobloco de proteção contra capotamento, porta traseira ampla, controles do ar-condicionado com botões de comandos com fácil acesso, sistemas de ar frio e renovação do ar da cabine por meio de sistema elétrico”.

Fonte: Revista M&T
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/07/2022

Cadastro Rural já pode ser consultado e emitido

O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) referente ao exercício de 2022 já pode ser consultado e emitido. O documento comprova a inscrição das propriedades e posses rurais no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) – base de dados federal, gerenciada pelo Incra, com informações das áreas públicas e privadas.

Para obter o CCIR, o interessado deve acessar o banner indicativo no site do Incra ou diretamente no endereço https://sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao. Também pode baixar o aplicativo “SNCR Mobile” para uso em dispositivos móveis, como tablets e celulares.

Quem não tem acesso à internet conta com o serviço nas Salas da Cidadania das superintendências regionais e unidades avançadas do Incra ou em uma Unidade Municipal de Cadastramento (UMC), instalada em parceria com as prefeituras.

É necessário pagar a Taxa de Serviço Cadastral, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), emitida com o certificado. O valor depende do tamanho da área e deve ser quitado até 16 de agosto, sem cobrança de juros e correção, exclusivamente na rede de atendimento do Banco do Brasil.

Caso a quitação não ocorra até a data limite, haverá cobrança de multa e juros. Débitos da taxa de anos anteriores serão cobradas no atual certificado. Em caso de impressão de segunda via do documento já quitado, não será preciso pagar novamente a taxa.

Importância

O CCIR constitui prova do cadastro do imóvel rural no SNCR. É indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou judicial (sucessão causa mortis) de acordo com os parágrafos 1º e 2º do artigo 22 da Lei nº 4.947, de 6 de abril de 1966.

Sem a apresentação do certificado, os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural não poderão, sob pena de nulidade, realizar qualquer tipo de alteração na titularidade, dimensão da área, localização, tipo de exploração realizada e classificação fundiária. O CCIR também é obrigatório para o produtor solicitar crédito agrícola em bancos e instituições financeiras.

As informações constantes do documento são exclusivamente cadastrais e, nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, “não fazem prova de propriedade ou de direitos a ela relativos”.

Informações

Dúvidas sobre o CCIR podem ser esclarecidas junto ao Incra e às Unidades Municipais de Cadastramento (UMC).

O instituto disponibilizou, este ano, um canal de comunicação via mensagens instantâneas para orientar o titular de imóvel rural cadastrado sobre o CCIR (emissão, pagamento, atualização e outras questões).

O atendimento é via WhatsApp, por meio de assistente virtual. É necessário salvar no celular o telefone (61) 3411-7001 para iniciar a conversa via aplicativo de mensagem. Neste primeiro momento, todas as operações no WhatsApp são informativas.

Fonte: Datagro
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/07/2022

 

Índice Geral de Preços acumula alta de 9,18% no ano

O Índice Geral de Preços–10, medido pela Fundação Getúlio Vargas, variou 0,60% em julho. O resultado representa uma desaceleração em relação a taxa de 0,74% medida em junho. Com isso, o IGP-10 acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses. O Indicador de inflação IGP-10 monitora o comportamento dos preços na passagem entre o dia 10 de um mês e a mesma data do mês seguinte. Ele é calculado a partir de outros três subindices.

No período avaliado, O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede a oscilação de preços no atacado, variou 0,57%, sob influência dos alimentos e combustíveis. Os destaques foram o leite industrializado, registrando alta de 16,30%, e o Diesel, com aumento de 10,91%. De acordo com os especialistas da FGV, a inflação ao produtor só não foi mais intensa porque algumas commodities importantes registraram queda, como o Minério de ferro, o milho e o algodão.

Já o Índice de Preços ao Consumidor, que calcula a inflação no varejo, desacelerou para 0,42% em julho, após sete das oito classes de despesa registrarem decréscimo em suas taxas. As principais contribuições para este movimento, vieram da gasolina, que caiu 1,49%; das passagens aéreas, que subiram menos, e dos artigos de higiene e cuidado pessoal. Em contrapartida, os alimentos ficaram 1,48% mais caros, puxados principalmente pelos laticínios,  com alta de 8,81%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção subiu 1,26% no período apurado, também abaixo da medição de 3,29% feita em junho.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022

 

Brasil ganha competitividade com aprovação de decreto que reduz uso de HFCs

Maior competitividade no mercado internacional de refrigeração, economia para os consumidores na conta de energia elétrica e redução da emissão de gases que causam aquecimento global. Esses são os principais benefícios apontados pela indústria da aprovação, pelo Senado Federal, do decreto legislativo que ratifica o acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), o PDL 179/2022.

Usados como fluido de refrigeradores, ar-condicionado e em alguns produtos aerossóis, os HFCs causam elevado impacto no sistema climático global. Sua redução em nível mundial está prevista na chamada “Emenda de Kigali’, um adendo ao Protocolo de Montreal que inclui o controle desses gases e estabelece obrigações de redução gradativa para seu consumo e produção.

De acordo com o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, a aprovação do decreto estimula a promoção de tecnologias mais avançadas em refrigeração e ar-condicionado, alinhando o mercado brasileiro às melhores práticas internacionais e tornando o país apto à competição no mercado externo.

Além disso, possibilita acesso aos recursos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal - cerca de US$ 100 milhões - destinado à adoção de fluidos refrigerantes mais sustentáveis e menos agressivos ao clima. A CNI estima que a medida também contribui para a qualificação de cerca de 80 mil microempreendedores individuais para trabalharem na modernização de sistemas de climatização.

Para o consumidor, a redução do uso desses gases nos refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado se reflete na conta de luz, resultando em menor consumo de energia e, consequentemente, economia nos gastos. Isso ocorre em função da adoção de tecnologias com maior eficiência energética na indústria de refrigeração e climatização. Em 15 anos, estima-se uma economia de R$ 152 bilhões para os consumidores nas contas de energia elétrica.

O que a adoção da Emenda pelo Brasil possibilita, entre 2021 e 2035 (*):

R$ 152 bilhões de economia para os consumidores nas contas de energia elétrica
R$ 81 bilhões de economia em investimentos necessários para aumento da capacidade instalada da indústria
326 TWh em economia de eletricidade (equivale a 65,6% do consumo de todo o país em um ano)
11,3 GW de demanda evitada no setor elétrico (equivale a 6% de toda a capacidade instalada no Brasil em 2022)
Evita emissão de 60 milhões de toneladas de CO2

Sobre a Emenda de Kigali

A Emenda de Kigali é um adendo ao Protocolo de Montreal (tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal) que inclui o controle dos gases hidrofluorcarbonos (HFCs) e estabelece obrigações de redução gradativa para seu consumo e produção. Foi assinada em 2016 por 119 países. Das 144 nações em desenvolvimento, só o Brasil e o Iêmen ainda não haviam ratificado ou enviado carta-compromisso sobre a Emenda de Kigali à ONU.

Os HFCs foram adotados como alternativa aos clorofluorcarbonos (CFCs), banidos pelo Protocolo de Montreal, e são utilizados como gases refrigerantes em equipamentos como câmaras e balcões frigoríficos, refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado. Apesar de não causarem danos à camada de ozônio, apresentam elevado impacto no sistema climático global.

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo dos HFCs. Segundo o texto, países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão “congelar” seu consumo do gás HFC até 2024; reduzir seu consumo em 10% até 2029; e reduzir em 85% até 2045. Já os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir seu consumo de HFCs em 10% em 2019 até alcançar menos de 85% em 2036.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022

Mercado financeiro prevê inflação de 7,54% em 2022. O cálculo para a cotação do dólar ao fim do ano apresentou estabilidade fechando a R$ 5,13

 O mercado financeiro manteve estável, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a taxa básica de juros (Selic) de 2022, que deve fechar o ano em 13,75%. Para 2023, são previstos 10,75%, percentual acima do projetado há uma semana (10,5%) O mercado financeiro reduziu, pela terceira semana consecutiva, a expectativa para os índices inflacionários projetados para 2022. De acordo com o Boletim Focus, divulgado ontem (18), em Brasília, pelo Banco Central, o ano deve fechar com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,54%. O IPCA é a inflação oficial do país. Na semana passada, a previsão era de uma inflação de 7,67%; e há quatro semanas, as projeções estavam em 8,27%.

Para 2023, a previsão de inflação aumentou agora de 5,09% para 5,20%. É a 15ª semana seguida de previsões de alta deste índice. Há quatro semanas estimava-se inflação de 4,83% para o próximo ano. Para os anos de 2024 e 2025 não há diferenças nas estimativas inflacionárias: 3,3% e 3%, respectivamente.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

PIB TEM ALTA

Pela terceira semana seguida, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), apresentam alta. Na semana passada, a estimativa era de um crescimento de 1,59% em 2022, índice que subiu para 1,75% nesta semana. Há quatro semanas, o mercado financeiro projetava um PIB de 1,5% para o mesmo ano.

Não houve alterações nas projeções de PIB para 2023, 2024 e 2025, na comparação com os índices apresentados na semana passada. Para 2023, a expectativa é de um PIB de 0,5%. Em 2024, a projeção se mantém em 1,8%; e para 2025, em 2%.

TAXA DE JUROS

O mercado financeiro manteve estável, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a taxa básica de juros (Selic) de 2022, que deve fechar o ano em 13,75%. Para 2023, são previstos 10,75%, percentual acima do projetado há uma semana (10,5%).

Há quatro semanas, a previsão era de que 2023 fecharia com uma Selic de 10,25%. Para 2024 e 2025, a previsão se manteve estável: 8% e 7,5%, respectivamente.

DÓLAR

O cálculo para a cotação do dólar ao fim do ano apresentou estabilidade na comparação com a semana passada, com a moeda norte-americana fechando o ano a R$ 5,13. Há quatro semanas, o cálculo era que a moeda norte-americana fecharia em R$ 5,06.

Ainda segundo o Boletim Focus, o dólar fechará 2023 em R$ 5,10 - o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda custaria R$ 5,10 ao final do próximo ano.

Para 2024, a expectativa de cotação é ligeiramente abaixo da projetada na semana passada, passando de R$ 5,06 para R$ 5,05. É a terceira semana seguida que se registra previsão de recuo do valor da moeda norte-americana na comparação com o real.

Há quatro semanas, o mercado previa uma cotação de R$ 5,07 para o dólar ao fim de 2024. Para 2025, espera-se que ele feche em R$ 5,14. Há uma semana, a projeção era de que a moeda encerraria o ano cotada a R$ 5,15.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022