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Entrevista com Alberto Ono: Usiminas deve aumentar preços do aço, com uma ressalva para as montadoras

Os preços do aço para as chamadas linhas comerciais, como construção civil, devem começar a sofrer reajustes por conta do aumento da demanda, diz Alberto Ono, CEO da Usiminas. A situação é diferente no caso das montadoras: para essas empresas, os preços vão continuar oscilando dependendo da situação do mercado. A Usiminas passou a negociar com essas companhias a cada seis meses para ter maior flexibilidade nos reajustes.

Num dos intervalos do Latam CEO Conference, evento promovido pelo Itaú BBA em Nova York, Ono disse ainda que a Usiminas está fazendo um dos maiores investimentos da sua história: a reforma do seu Alto Forno 3, na usina de Ipatinga, em Minas Gerais.

Fonte: Brazil Journal
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/05/2023

Indústria brasileira cresce 1,1% em março após duas quedas seguidas

A produção industrial brasileira teve alta de 1,1% em março deste ano, na comparação com o mês anterior. A alta veio depois de duas quedas consecutivas (em janeiro e fevereiro) e um mês de estabilidade (dezembro de 2022). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor também apresentou crescimento na comparação com março de 2022 (0,9%). No entanto, a produção acumula queda de 0,4% no ano e estabilidade no acumulado de 12 meses.

Na comparação com fevereiro deste ano, a indústria avançou em 16 dos 25 ramos pesquisados, com destaque para as atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,7%).

Outras influências relevantes para o crescimento da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), outros equipamentos de transporte (4,8%), produtos químicos (0,6%), couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).

Um segmento manteve-se estável (produtos diversos) e oito apresentaram queda, entre eles confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%), móveis (-4,3%) e produtos de metal (-1%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram alta de fevereiro para março: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (6,3%), bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (0,9%) e os bens de consumo duráveis (2,5%).

A exceção ficou com os bens de consumo semi e não duráveis, que recuaram 0,5% no período.

Segundo o pesquisador do IBGE André Macedo, apesar da alta de março, ela não foi suficiente para recuperar as perdas recentes. Ele afirma que há elementos na conjuntura do país que explicam parte das dificuldades na recuperação do setor industrial brasileiro.

“Ainda permanecem no nosso escopo de análise as questões conjunturais, como a taxa de juros em patamares mais elevados, que dificultam o acesso ao crédito, a taxa alta de inadimplência e o maior nível de endividamento por parte das famílias, assim como o grande número de pessoas fora mercado de trabalho e a alta informalidade”, informou o pesquisador, segundo nota divulgada pelo IBGE.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 11/05/2023

CSN espera preços de aço estáveis no 2º tri

A CSN espera preços estáveis de aço no segundo trimestre no Brasil, após promover reajustes em abril que ficaram abaixo do que pretendia no final do primeiro trimestre, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Barbosa Martinez, nesta quinta-feira.

A companhia também espera normalizar sua produção a partir deste mês após problemas internos de logística de insumos que fizeram a empresa reduzir volume produzido no primeiro trimestre, afirmou o executivo.

“Sobre preços, falei (em março) que ia aumentar de 7,5% a 10% em abril…mas ficamos em patamar abaixo de 7,5%. Fomos mais seletivos para capturar valor”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas.

“Em abril, tivemos preço médio majorado em 4,5%”, disse Martinez, afirmando que a companhia tem uma carteira de pedidos de 680 mil toneladas, suficiente para dois a três meses de comercialização.

A companhia divulgou na noite da véspera prejuízo de 822,5 milhões de reais no primeiro trimestre, com queda nas vendas de aço de 11% sobre o mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a empresa cometeu um “erro primário” de excesso de recebimento de insumos na usina siderúrgica da companhia em Volta Redonda que dificultou o fluxo de produção dentro da unidade.

“Passamos os quatro primeiros meses do ano à mercê deste problema, mas em maio voltamos à produção normal e espero conseguir reverter isso e que tenhamos em junho produção a pleno vapor”, disse Steinbruch durante a teleconferência.

A alavancagem da CSN, uma preocupação constante dos analistas, subiu no primeiro trimestre para 2,45 vezes dívida líquida sobre Ebitda, se afastando da meta da empresa de chegar até o final do ano com um nível de endividamento abaixo de duas vezes.

Porém, Steinbruch afirmou que a empresa segue comprometida com a meta e que com a esperada melhora dos resultados operacionais da empresa a partir do segundo trimestre, aliada com uma possível entrada de um sócio para as operações de energia elétrica, o nível de alavancagem deve ceder até o fim de 2023 para dentro da previsão.

Questionado sobre eventual interesse da companhia em ativos siderúrgicos da alemã ThyssenKrupp, o vice-presidente de finanças, Marcelo Cunha Ribeiro, disse que “ativos bons que vão a mercado são poucos e raros, mas nesse caso não temos nada a comentar”.

A Reuters publicou em março que a CSN estava entre os interessados na divisão de siderurgia do grupo alemão de engenharia. Na Alemanha, a CSN já controla a produtora de aços longos SWT, comprada em 2012, quando a empresa não tinha embarcado na estratégia atual de redução e controle de endividamento.

“A gente sempre tem atenção às oportunidades, principalmente de ativos diferenciados como os da ThyssenKrupp em mercados importantes como os da Europa e dos Estados Unidos, mas não temos nada de concreto”, disse o executivo.

“Nosso foco total é melhorar o desempenho operacional e ter no segundo trimestre resultados melhores”, acrescentou.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 05/05/2023

Agrishow: participação do agro cresce no mercado de equipamentos

O agronegócio tem sido priorizado pelas fabricantes de máquina de linha amarela (movimentação de terra), tanto no oferecimento de tecnologia, como no acompanhamento de pós-venda e serviços. Essa realidade pode ser comprovada na Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação. 

De acordo com Carlos França, líder da CASE Construction Equipament para a América Latina, o agronegócio é hoje um dos seus principais mercados. Atualmente, 15% do volume de máquinas da CASE atende o mercado agrícola. “A Agrishow é uma vitrine das mais avançadas tendências e inovações para o agronegócio. Cada vez mais as máquinas de construção são requisitadas pelo produtor rural, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de operação no campo”, destacou. 

Igor Leão, gerente de vendas nacionais da LiuGong da América Latina diz que, já no terceiro dia de evento, o resultado superou o planejamento da empresa. “Vimos para cá com toda a capacidade que a empresa tem em atender todos os segmentos do agro, como o da construção, na oferta dos maquinários pesados”, informa Leão. “Estar aqui é sempre uma boa iniciativa que nos orgulha”, declara. 

Na New Holland Construction, o agro representou 16% das vendas da marca nos primeiros quatro meses de 2023, um crescimento de cerca de 3% em relação a todo ano de 2022. Segundo Paula Araújo, líder da New Holland Construction para a América Latina, “os produtores rurais passam a contar com a solução que facilita a gestão de frota e torna a operação das máquinas ainda mais eficiente. Tudo isso nos traz à Agrishow”, emenda. 

Já a Komatsu, de acordo com Chrystian Garcia, diretor de marketing e vendas, vem acompanhando o crescimento nas vendas para o setor ano a ano e, em 2022, registrou 20% das vendas da empresa em equipamentos de construção para o segmento”, diz Garcia, afirmando que estar na feira possibilita informar o produtor e realizar negócios.

Fonte: Agrolink
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 05/05/2023

Brasil produziu 2,7 milhões de toneladas de aço em março

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, em março de 2023 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, uma queda de 8,7% frente ao apurado no mesmo mês de 2022. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 9,9% inferior à registrada em março de 2022. A produção de semiacabados para vendas foi de 563 mil toneladas, uma redução de 17,6% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2022.

Consumo e vendas

As vendas internas cresceram 1,0% frente ao apurado em março de 2022 e atingiram 1,9 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 5,1% superior ao apurado no mesmo período de 2022.

Exportações e importações

As exportações de março de 2023 foram de 1,3 milhão de toneladas, ou US$ 1,1 bilhão, o que resultou em aumento de 0,6% e de 7,6%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2022.

Já as importações de março de 2023 foram de 333 mil toneladas e de US$ 478milhões, um aumento de 36,4% emquantume de 27,5%
em valor na comparação com o registrado em março de 2022.

Acumulado no ano

A produção brasileira de aço bruto foi de 8,0 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a março de 2023, o que representa uma queda de 6,8% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 5,6 milhões de toneladas, redução de 7,6% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2022. A produção de semiacabados para vendas totalizou 2,2 milhões de toneladas de janeiro a março de 2023, um aumento de 5,6% na mesma base de comparação.

As vendas internas foram de 5,0 milhões de toneladas de janeiro a março de 2023, o que representa uma ampliação de
2,0% quando comparadas com igual período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicosfoi de 5,9 milhões de toneladas no acumulado até março de 2023. Este resultado representa uma elevação de 3,4% frente ao registrado no mesmo período de 2022.

As importações alcançaram 1,0 milhão toneladas no acumulado até março de 2023, um aumento de 22,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 1,3 bilhão e avançaram 10,5% no mesmo período de comparação

Já As exportações de janeiro a março de 2023 atingiram 3,2 milhões de toneladas, ou US$ 2,7 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 6,1% e de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2022.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/04/2023

Vendas de aços planos sobem nas distribuidoras

Diante dos anúncios de reajustes nos preços do aço, que irão variar de 4% a 7,5% dependendo da siderúrgica e do produto, as compras e vendas por parte das distribuidoras de aços planos superaram as expectativas em março. De acordo com os dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), as compras tiveram alta de 29,3% e as vendas subiram 25,7% perante fevereiro.

Apesar do incremento, as estimativas são cautelosas em relação ao resultado de abril. Com a alta nos custos, demanda enfraquecida e menos dias úteis é esperado recuo de 11% nas vendas e nas compras ao longo do quarto mês de 2023. 

Conforme os dados do Inda, em março, as compras das empresas distribuidoras aumentaram 29,3%, na comparação com fevereiro, chegando a um volume total de 360,7 mil toneladas de aços planos, contra 279 mil registradas no mês anterior. Frente a março do ano passado, quando foram compradas 345,9 mil toneladas, a alta foi de 4,3%. 

Com o resultado de março, as compras do setor nos últimos 12 meses acumulam alta de 2,01%. No primeiro trimestre, período em que foram adquiridas 959,4 mil toneladas de aços planos, foi registrada variação positiva de 1,8% nas compras do setor se comparadas com igual intervalo de 2022. 

“A grande motivação para essa compra maior em março é a discussão dos aumentos de preços que aconteceram e estão acontecendo agora em abril. Isso fez com que as empresas tentassem comprar um pouco mais de material nos preços antigos”, explicou o diretor executivo do Inda, Carlos Loureiro. 

Em relação às vendas de aços planos, em março, houve uma alta de 25,7% quando comparada a fevereiro, atingindo o montante de 370,3 mil toneladas, contra 294,5 mil vendidas em fevereiro. Já sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 382,9 mil toneladas, o volume de vendas recuou 3,3%.

“Em vendas, ao longo de março, também tivemos uma surpresa, provavelmente, pela mesma razão que levou ao aumento das nossas compras. Os nossos clientes aumentaram as compras antes dos reajustes. Nossa estimativa era crescer 15% e fechamos março com 25,7% de alta sobre fevereiro. É um número relativamente bom tendo em vista a situação geral do mercado”, apontou.

Nos últimos 12 meses, as vendas das distribuidoras de aço cresceram 3,2% e somam 3,7 milhões de toneladas. No trimestre, as vendas estão praticamente estáveis, com pequena queda de 0,6%.

“Encerramos o primeiro trimestre com queda de 0,6%. Analisando mais o mercado, isso nos leva a reduzir a previsão de crescimento – que era de 2,5% a 3% – para um zero a zero ou no máximo 1% de crescimento em 2023 frente a 2022”.

O estoque de março retraiu 1,2% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 800,6 mil toneladas, contra 810,2 mil. O giro de estoque fechou em 2,2 meses, o que é considerado baixo para a média do setor.

“Apesar da compra ter sido boa em março, ela foi quase 10 mil toneladas menor que as vendas. Isso fez com que nosso estoque caísse. A rotação de 2,2 meses é um número bem baixo tendo em vista a nossa média de 2,9 a 3 meses. Realmente, os distribuidores estão com bastante cuidado em relação ao aumento do estoque. Isso é resultado da situação de juros do mercado, que faz com que o estoque a mais, que não gira, tenha um custo bastante elevado”, completou o representante do Inda.

Expectativa para abril 

Para abril de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 11% em relação ao mês de março. Além de abril ter menos dias úteis, o aumento dos preços dos produtos anunciados pelas siderúrgicas e o mercado enfraquecido irão impactar na demanda.

“Vemos os aumentos como necessários para as usinas, mas,por outro lado, temos um mercado muito fraco. Então, isso vai significar uma grande dificuldade das distribuidoras repassar estes aumentos. Vai ter que ser repassado porque no momento estamos trabalhando com margens muito baixas e não será possível absorver esses aumentos. A grande briga da distribuição será repassar os aumentos”, finalizou Loureiro.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/04/2023