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Construção civil projeta cenário otimista para o próximo ano

A construção civil está vivendo um bom momento e, de modo geral, a expectativa é de que os próximos meses sejam de resultados positivos para o setor. Os indicadores vêm, mensalmente, refletindo esse movimento otimista. Um deles é o que se refere aos empregos.

Recentemente, a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) revelou que, em julho, o Brasil teve um saldo positivo de 218.902 postos de trabalho, sendo a construção responsável por 32.082 destes. No Rio Grande do Sul, o saldo entre admissões e desligamentos no segmento foi de 931 postos, conforme a pesquisa.

“O Caged representa o índice de capacidade do setor. No Rio Grande do Sul, hoje, estamos com 130 mil empregos diretos e quase 800 mil somando os indiretos e empreiteiros trabalhando dentro do setor da construção civil. É um número expressivo que puxa a economia, refletindo o aquecimento vivenciado pelo mercado em 2021. Estamos acreditando muito que 2022 será um ano de estabilidade”, pontua Claudio Teitelbaum, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).

Outro indicador aponta para a mesma direção. O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV Ibre, medido a partir da sondagem com as empresas, subiu 1,4 ponto em agosto, para 98,2 pontos, registrando o maior nível desde dezembro de 2013 (98,3 pontos).

De acordo com o levantamento, a alta do ICST foi influenciada pelo momento atual e pelas perspectivas para os próximos meses.

“A confiança vem oscilando bastante nos últimos meses. Por um lado, ela está mostrando que realmente a atividade está crescendo. Está refletindo um ciclo de negócios do mercado imobiliário e de investimentos na infraestrutura. Por outro lado, ela mostra uma oscilação grande das expectativas. Em um ambiente que ainda é de muita incerteza, essas expectativas ora avançam de modo positivo, ora retroagem conforme o ambiente fica um pouco mais adverso”, observa a coordenadora de Projetos da Construção Civil do FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Um dos desafios do setor, avalia Ana, foi a alta dos custos da atividade registrada nos últimos dois anos, puxada por situações globais como a pandemia da Covid-19 e a Guerra na Ucrânia.

“Esse tem sido um grande problema, principalmente o custo com os materiais. Porém, mais recentemente, a mão de obra também passou a ser uma questão, porque, como o setor está um pouco mais aquecido, há uma necessidade de mão de obra qualificada. Além disso, no primeiro trimestre, os acordos salariais refletiram a inflação mais alta, pressionando também o custo”, explica.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que acompanha a evolução dos preços dos materiais, serviços e mão de obra mais relevantes para a construção civil, variou 0,33% em agosto, segundo o FGV-Ibre. O percentual foi inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 1,16%. Com isso, acumula alta de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice havia subido 0,56% no mês e acumulava alta de 17,05% em 12 meses.

A taxa do INCC relativa ao grupo Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,60% em julho para 0,14% em agosto. O índice referente à Mão de Obra variou 0,54% em agosto, após subir 1,76%, em julho.

De acordo com a especialista, a perspectiva é de desaceleração do INCC, que tende a fechar 2022 num patamar inferior ao ano passado.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 29/09/2022

MG: Indústrias da fundição instaladas no Estado registram crescimento de 16% no primeiro semestre

A produção da indústria da fundição em Minas Gerais cresceu 16% no primeiro semestre, quando comparada à do mesmo período no ano passado. Até maio, foram produzidas 290 mil toneladas de fundidos no Estado, enquanto o País respondeu por 940 mil toneladas – a produção mineira, segunda do Brasil, corresponde historicamente a 25% da nacional.

Até o fim de 2022, a expectativa do setor é continuar crescendo nos mesmos níveis, podendo chegar a um incremento de 18% na produção total de fundidos. “Devemos atingir os índices pré-pandemia este mês”, acredita o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga. Em 2019, a produção mineira de fundidos foi de cerca de 700 mil toneladas.

A indústria vive um bom momento, não só por atender à demanda reprimida – a indústria automobilística, principal cliente, chegou a parar linhas de produção nos piores momentos da pandemia. Mas também graças aos investimentos em produtividade realizados pelo setor. Os gargalos que enfrentava até pouco tempo estão sob controle, entre eles o preço do principal insumo de produção, o ferro-gusa.

“O gusa chegou a um patamar sustentável e nós acreditamos que ele irá se manter até o fim do ano. Nós chegamos a pagar até R$6,20 o quilo, preço que hoje está entre R$3,70 e R$4,00. Uma redução realmente muito expressiva, que nos permite manter os níveis projetados de crescimento”, revela Gonzaga.

Segundo o dirigente, as empresas mineiras de fundição estão com sua capacidade tomada e esperam crescer ainda mais em 2023. O que significa grandes volumes de investimento. “Precisamos buscar equipamentos que substituam a mão de obra, que está em falta. E procuramos também melhorar em termos de qualidade e sustentabilidade, ou seja, há uma evolução extremamente benéfica para o setor e para os compradores”, avalia.

Qualificação profissional

Em relação à mão de obra, ele diz que o grande problema é que estão faltando pessoas para qualificar. “Nós disputamos, principalmente no chão de fábrica, com a construção civil, que também está em alta e demandando profissionais”, aponta Gonzaga. “O que temos procurado fazer é melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e, com isso, atrair pessoas para trabalhar conosco e, consequentemente, aumentar a produção”, acrescenta.

Para isso, dois cursos estão em andamento no Senai de Itaúna, preparando técnicos no setor de Fundição. Outro, já programado, tem 45 inscrições de futuros profissionais, que irão atender à região Centro-Oeste, maior polo do Estado em número de empresas. A região de Divinópolis, Itaúna e Cláudio, entre outras cidades, concentra 176 das 275 plantas mineiras de fundição. Mas a maior parte da produção sai dos fornos das empresas de fundição na região Central, em Betim, Contagem, Igarapé e Belo Horizonte.

O principal cliente continua sendo a indústria automobilística, que consome 46% da produção de fundidos do Estado. O restante vai para a agroindústria, mineração, setor ferroviário e de utensílios domésticos.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Metalurgia
Publicação: 29/09/2022

 

Trabalhadores rejeitam proposta da Gerdau e entram em estado de greve

Os metalúrgicos da Gerdau, na zona sul de São José dos Campos, entraram em estado de greve nesta terça-feira (27). Os trabalhadores rejeitaram a proposta do grupo patronal de trefilação e laminação, que quer empurrar apenas a inflação para os salários.

Os trabalhadores da fábrica reivindicam aumento real e a volta do vale-refeição. Com o aviso de greve aprovado, a empresa tem 48 horas para apresentar uma proposta superior à do grupo patronal.

No dia 21, a categoria já havia rejeitado em assembleia geral o índice proposto pelos empresários do setor, de 8,83%. A Gerdau e Armco são as principais fábricas de trefilação e laminação da região.

No segundo trimestre de 2022, o grupo Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões – o melhor para o período em toda a sua história. Portanto, não há motivo para aplicar apenas a inflação aos salários.

“A rejeição à proposta foi por unanimidade e isso mostra que os trabalhadores estão mesmo dispostos a ir pra cima da empresa e lutar por aumento real. Os metalúrgicos estão de parabéns”, afirma o diretor do Sindicato Marco Antônio Ribeiro, o Marcão.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

 

Workshop discute utilização de agregado siderúrgico em obras de infraestrutura

Com o apoio da ABM e do Instituto Aço Brasil, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) realizará o workshop  ‘O agregado siderúrgico na infraestrutura de transportes’. 

O evento, gratuito, será realizado no auditório do DNIT em Brasília, no dia 28 de setembro, a partir das 9h20, e terá transmissão ao vivo no canal oficial do DNIT no Youtube. O objetivo é divulgar aplicabilidades e a importância do uso dos agregados siderúrgicos nos projetos e obras públicas de ferrovias e rodovias no país.

Para acessar a programação completa e obter mais informações, clique aqui.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

Bemisa inicia investimentos de US$ 1,85 bi em mina, ferrovia e porto

A mineradora Brasil Exploração Mineral (Bemisa) deu início a um processo para investir um total de R$ 10 bilhões (US$ 1,85 bilhão) em uma mina de minério de ferro com uma ferrovia nos estados do Piauí e Pernambuco e um terminal portuário, disse um porta-voz da empresa à BNamericas.

A ideia é conectar sua mina de minério de ferro no Piauí ao Porto de Suape, em Pernambuco, permitindo que a Bemisaexporte o minério de ferro que produz em Curral Novo, onde tem um depósito estimado em 800 Mt (milhões de toneladas) de minério, acrescentou o porta-voz.

O primeiro passo da iniciativa foi dado nesta semana, quando a empresa assinou um acordo com o governo de Pernambuco para construir um terminal de granéis sólidos no complexo industrial portuário de Suape, sob um contrato de arrendamento de 30 anos no valor de R$ 184 milhões.

A Planalto Piauí Participações e Empreendimentos, subsidiária da Bemisa, investirá R$ 1,5 bilhão no terminal, que será construído no formato de Terminal de Uso Privado (TUP).

Os planos da Bemisa também envolvem a construção de uma linha férrea de 717 km que custará R$ 5,7 bilhões e seguirá de Curral Novo, no Piauí, até o complexo de Suape. Também gastará outros R$ 2,8 bilhões na adaptação da mina para otimizar a produção de minério.

O cronograma exato do valor a ser desembolsado em cada fase dos investimentos planejados não foi divulgado.

A Bemisa foi formada em 2007 e opera como braço de mineração do banco local Opportunity.

 
Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

Investimentos em infraestrutura podem reduzir gargalos logísticos

No segundo dia da Rio Oil & Gas 2022, realizado na terça-feira (27), os painelistas concordaram que o gargalo logístico pode promover a competição entre os agentes e a redução de custos a partir de investimentos em infraestrutura, sendo estes importantes, também, para uma transição energética responsável e planejada.   

O painel “A expansão da infraestrutura logística na promoção da concorrência e competitividade” teve como convidados Bruno Eustáquio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura; Camila Affonso, sócia executiva da Leggio Consultoria; Heloísa Borges Esteves, diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Marcelo Bragança, vice-presidente de operações e logística da Vibra Energia e Victor Bomfim, CEO da Vast Infraestrutura. 

O secretário do MInfra apontou que o planejamento nacional do ministério leva em consideração os ditos “corredores estratégicos”, sendo os combustíveis um dos vetores importantes. Ele espera que R$ 200 bilhões sejam investidos nos próximos anos em ferrovias, a partir de aproximadamente 80 pedidos regulatórios em aprovação ou já aprovados, devido ao marco regulatório ferroviário.

Uma das preocupações, segundo Eustáquio, é de inverter o perfil da matriz de transporte, elevando para 31% o número de ferrovias que conduzem os combustíveis. Ele ressaltou que a integração modal (ferrovia, cabotagem, dutos, etc) irá trazer a redução de emissões na cadeia energética brasileira, e que o MInfra está preocupado em retomar as obras inacabadas desses modais, a fim de fazer uma articulação entre o interior e a costa do Brasil.

Por sua vez, a sócia da Leggio apresentou um estudo elaborado junto ao IBP, noticiado anteriormente pelo PetróleoHoje, onde investimentos multissetoriais de aproximadamente R$ 109 bilhões, com acréscimo de R$ 8,7 bilhões em infraestrutura dedicada ao setor, poderão promover a redução anual de R$ 2,6 bilhões no custo total de distribuição de derivados a partir de 2035. Segundo Affonso, o Brasil ainda está em um momento de construção logística, logo os investimentos são importantes.

Já Bonfim argumentou que cabe aos investidores brasileiros investirem na infraestrutura para dar conta do crescimento do mercado, pois a exportação brasileira tem aumentado e, consequentemente, tem feito a operação do Porto do Açu, administrada pela Vast, crescer. A companhia possui um projeto de investimento, anteriormente exposto na Prumo Day, em um parque de tancagem, para realizar conexões dutoviárias que diminuam a pegada de carbono.

Em sua fala, Bragança afirmou que existe a possibilidade de investimento no Terminal Portuário de Santarém da Vibra, com expectativa de mudá-lo de polo secundário para polo primário de distribuição. Além disso, o executivo acredita que não há uma única energia como protagonista, mas uma diversidade de energias, tanto que a Vibra apostou em empresas comercializadoras de energia, de biogás, etanol e na oferta de biocombustíveis avançados. 

O representante da Vibra defendeu que sem uma logística eficiente e uma infraestrutura adequada não há como realizar as operações de distribuição de derivados, e que é necessário um ambiente estável para essa injeção de capital e para atrair fontes de financiamento competitivas. Bragança também chamou a atenção para os seguintes tópicos, relacionados às propostas de eliminação de gargalo logístico: redução de burocracia, uma atenção pós leilão, preços a mercado e uma segurança jurídica e regulatória.

Transição energética

A importância de uma boa infraestrutura logística para realizar a transição energética foi consenso entre os painelistas. Marcelo Bragança demonstrou que a consistência nas ações é fundamental para a transição, onde boas regulações ajudam, facilitam e aceleram o processo. Ele também defendeu que deve haver uma evolução regulatória precedida do debate com todos os agentes, para que não ocorram confusões.

“Toda transição tem que ser bem planejada e todos os atores têm que ser responsáveis”, disse Victor Bomfim, CEO da Vast. Ele expôs que é necessário pensar em caminhos para descarbonização do setor, além da capacitação visando o futuro.

Fonte: Petróleo Hoje
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/09/2022