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Queda no valor das commodities deve beneficiar construtoras de baixa renda

O Itaú BBA reuniu profissionais do setor da construção para analisar as perspectivas para o segundo semestre. Além dos analistas da corretora, participaram representantes da construtora Rocontec e do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon).

Houve consenso que haverá queda nos preços das matérias-primas à medida que a economia global desacelera e o ciclo da habitação torna-se negativo. Também foi destacado que a mão de obra não deve ser um problema significativo no curto prazo, uma vez que a atividade habitacional já está, sem dúvida, em seu pico. "A menor produtividade do trabalho e as negociações contratuais podem afetar os resultados", apontaram.

Para a analista do Itaú BBA, Laura Pitta, a dinâmica de demanda que levou ao rali de commodities está desacelerando. Os componentes do PMI da demanda futura e o tempo de entrega de mercadorias aponta para uma contração, enquanto a demanda por mercadorias nos EUA também está desacelerando.

"Os preços de commodities podem diminuir em 25% a 30%. Para minério de ferro, no entanto, a dinâmica dos preços deve ser diferente diante da expectativa de normalização nos níveis de estoque e atividade de construção na China", explica Pitta.

Segundo Mario Rocha, da Rocontec, as construtoras de baixa renda devem se beneficiar mais do que seus pares de média renda devido ao maior peso que a matéria-prima tem nos custos das empresas de baixa renda.

"As construtoras de baixa renda utilizam métodos de construção mais industrializados, enquanto as empresas de média renda dependem mais da mão de obra. Os custos do aço e do cimento devem cair antes dos custos trabalhistas", explica Rocha.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 18/07/2022

Comissão Europeia aprova pacote de 5,4 bi de euros para o desenvolvimento de projetos de hidrogênio

 Um dos principais objetivos é acelerar o fim da dependência da UE de combustíveis fósseis; plano prevê a construção de eletrolisadores para a produção de 10 gigawatts de energia de hidrogênio A Comissão Europeia aprovou um projeto de 5,4 bilhões de euros para o desenvolvimento de projetos que envolvam hidrogênio. O pacote envolve 15 países da União Europeia e visa o desenvolvimento de infraestruturas e o financiamento de pesquisas para o uso de combustíveis de hidrogênio.

Um dos objetivos da proposta é acelerar o fim da dependência da UE de combustíveis fósseis, em especial o gás natural, que vem sendo alvo de disputas nos últimos meses, com a Rússia ameaçando cortar o fornecimento para a Europa em retaliação às sanções impostas a Moscou por conta da guerra da Ucrânia.

Para além do financiamento público, o projeto visa arrecadar cerca de 8 bilhões de euros em investimentos privados para apoiar cerca de quarenta projetos que ajudarão a implantar infraestrutura de hidrogênio no bloco, segundo comunicado da Comissão Europeia.

O plano prevê a construção de eletrolisadores para a produção de 10 gigawatts de energia de hidrogênio, o que vai envolver cerca de 5 bilhões de euros de financiamento público.

“Promover o desenvolvimento e a implantação de hidrogênio limpo na Europa é essencial para nossa segurança energética, nossa descarbonização e a competitividade de nossa indústria”, disse Thierry Breton, comissário de mercado interno da UE, em comunicado. “A Europa tem a visão e a capacidade para alcançar a liderança industrial em tecnologias verdes estratégicas.”

O anúncio da Comissão Europeia ocorre no momento em que a UE procura acelerar rapidamente o fornecimento e o uso de hidrogênio verde, visto como uma tecnologia-chave para ajudar a descarbonizar as indústrias mais intensivas em energia, como aço e cimento.

O combustível é produzido usando eletricidade renovável e não tem emissões de dióxido de carbono, mas o processo para fazê-lo pode ser complicado e caro.

A proposta agora precisa ser aprovada internamente entre os países da União Europeia para então ser ratificada no Parlamento Europeu, quando o projeto de fato pode começar a ser desenvolvido.

Fonte: Valor
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 18/07/2022

 

Mineradoras, siderúrgicas e indústria de bens de capital devem registrar queda de lucro, aponta BTG

O BTG Pactual estima que as companhias do setor de mineração e siderurgia, além de bens de capital, devem registar queda de lucro, de acordo com relatório de prévias para o segundo trimestre deste ano.

Segundo os analistas, o maior impacto deve ser da CSN, com queda de 88% no lucro em relação ao segundo trimestre de 2021. Também devem registrar queda no resultado CSN Mineração (-85,4%), Usiminas (-70,8%) e CBA (-47,9%). A menor perda deve ser da Gerdau com recuo de 9,8% no lucro entre os trimestres.

O resultado também deve ser negativo para companhias de bens de capital, como as industriais Marcopolo, Iochpe-Maxion e WEG. O lucro líquido estimado das companhias, de acordo com projeções do BTG Pactual, deve recuar 93,5%, 40,7% e 24,6%, respectivamente. As exceções são Fras-le e Tupy, com variação estimada em 22,5% e 165,8%.

Já no setor de saúde, a exceção é a operadora de planos de saúde odontológicos Odontoprev, que deve ter alta de 14% no lucro de acordo com as projeções do BTG. Já a Hapvida deve ter queda de 89,7% nos ganhos, acompanhada pelas redes de hospitais Rede D’Or (-60,5%) e Mater Dei (-22,6%).

Dentre as chamadas blue chips, a Petrobras deve reportar um balanço positivo e a receita está estimada em R$ 150,3 bilhões, o que representa alta de 35,7% ante o mesmo período do ano passado.

O lucro líquido da petroleira deve ficar em torno de R$ 34,6 bilhões, segundo os analistas, representando recuo de 19,4% em relação ao segundo trimestre de 2021.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/07/2022

 

Vale deve ter semestre fraco e corte de projeções de produção, diz Citi

 “A empresa poderia optar por cortar a projeção e enquadrar isso como disciplina de produção", escrevem os analistas A Vale deve reportar produção de minério de ferro no segundo trimestre de 76 milhões de toneladas, estável em base anual e levando a uma queda no semestre, com o mercado parecendo já estar considerando uma redução nas projeções pela empresa, diz o Citi, em relatório.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Wesott escrevem que a produção do primeiro semestre deve somar 140 milhões de toneladas, 4 milhões abaixo do mesmo período do ano anterior, com a projeção de alcançar entre 320 milhões e 335 milhões de toneladas parecendo difícil de alcançar, após 316 milhões de toneladas em 2021. A Vale divulgará seus dados de produção dia 19 de julho.

“A empresa poderia optar por cortar a projeção e enquadrar isso como disciplina de produção. Historicamente, US$ 100 por tonelada era um preço muito alto para suportar, mas os custos hoje são significativamente mais altos, especialmente para produtos de qualidade inferior”, escrevem os analistas

Para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do segundo trimestre, o Citi prevê US$ 6,4 bilhões, com o preço de ferro realizado impactado por cerca de US$ 12 por tonelada de efeitos provisórios negativos.

Os analistas afirmam ainda ter uma visão relativamente positiva sobre os preços do minério de ferro, esperando acima de US$ 100 por tonelada até o final de 2023. Com isso, as projeções para Ebitda de 2022 e 2023 foram reduzidas em 3%, para US$ 26,4 bilhões e US$ 22,8 bilhões, respectivamente, com base em pequenas mudanças nas premissas sobre preços e custos, dizem eles.

O Citi tem recomendação de compra para os recibos de ações da Valenegociados na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 16, potencial de alta de 28% ante o valor de US$ 12,45 negociado no momento.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/07/2022

 

CSN Mineração oferta R$ 1,4 bilhão em debêntures

A CSN Mineração iniciou nesta quarta-feira (13) as apresentações de “roadshow” da oferta pública de distribuição de debêntures simples, não conversíveis em ações, em até duas séries, de sua segunda emissão. Conforme o prospecto preliminar disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), serão ofertadas inicialmente 1,4 milhão de debêntures, no valor nominal unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 1,4 bilhão.

A quantidade de debêntures inicialmente ofertadas poderá ser aumentada em até 4,65%, ou seja, em até 65.100 debêntures.

O “roadshow” vai até 26 de julho, e o período de reserva ocorre entre os dias 20 e 26 do mesmo mês. O procedimento de coleta de intenções de investimentos (“bookbuilding”) será no dia 27 de julho. Ainda conforme o cronograma, o registro da oferta na CVM está previsto para 11 de agosto.

Segundo a companhia, os recursos líquidos captados por meio da emissão de debêntures serão destinados para investimento, pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas ao projeto de investimento em infraestrutura portuária, no setor de logística e transporte, denominado "Projeto Expansão TECAR - Terminal

Portuário de Granéis Sólidos - Porto de Itaguaí - Segunda Etapa", proposto pela empresa.

Os coordenadores da oferta são XP Investimentos, BTG Pactual, UBS BB e Banco Safra.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/07/2022

 

AGCO anuncia investimentos de R$ 340 milhões no País

A AGCO, fabricante e distribuidora mundial de máquinas agrícolas e tecnologia de agricultura de precisão, reforçou nesta quinta-feira (14 de julho), durante evento em Brasília (DF), seu compromisso com o agronegócio brasileiro, a partir de investimentos de R$ 340 milhões em novas tecnologias e linhas de montagens em suas fábricas no país.

O anúncio foi feito pelo Chairman, Presidente e CEO da AGCO, Eric Hansotia; e pelo Gerente Geral AGCO e Vice-presidente Massey Ferguson América do Sul, Rodrigo Junqueira.

“Os agricultores enfrentam hoje uma pressão significativa para produzir mais alimentos usando menos insumos. Estamos comprometidos em fornecer as tecnologias inovadoras de agricultura de precisão que eles precisam para aumentar a renda agrícola, minimizando os insumos e o impacto”, afirma Hansotia.

A companhia, que detém as marcas Fendt, Massey Ferguson, Precision Planting e Valtra, vai aumentar a capacidade de montagem de tratores de linha pesada na unidade Mogi das Cruzes (SP), ampliando sua área de 42.000m?2; para 57.000m?2; e criando um centro logístico inteligente para armazenamento de peças, com AGVs (sigla em inglês para Veículo Guiado Automaticamente) e robôs colaborativos.

“É o primeiro passo para ter no futuro a fabricação nacional dos tratores Fendt Vario 900 e MF 8700 S Dyna-VT. Nosso objetivo é transformar a fábrica de Mogi das Cruzes em uma das mais tecnológicas do grupo no mundo”, explica Junqueira.

Na fábrica de Ibirubá (RS), os recursos serão utilizados para a fabricação dos novos modelos da plantadeira Momentum.

Projeto 100% nacional, o implemento foi lançado em 2019 e revolucionou mercado de plantadeiras no Brasil, abrindo um novo segmento de máquinas transportáveis, de alto rendimento e que entregam um resultado altíssimo para o produtor.

Além da ampliação da área de 7.000m?2; para 20.000m?2;, a unidade gaúcha receberá modificações para tornar o processo de fabricação mais sustentável.

A iniciativa é pautada na estratégia de sustentabilidade AGCO, que busca oferecer soluções focadas no agricultor para alimentar nosso mundo de forma sustentável.

Serão implantados sistema de reaproveitamento de água, painéis solares e novo processo de pintura, com menor emissão de voláteis orgânicos, melhor ergonomia para o colaborador, mais automação e ganho de 40% na capacidade de peças pintadas.

Zero emissões

Durante o evento, a AGCO também informou que, a partir deste ano, suas operações no Brasil vão utilizar apenas energia de fontes renováveis.

A iniciativa inclui as nove unidades da empresa no país, entre fábricas, centros de distribuição e escritórios, que consomem 42 mil MWh por ano.

Essa mudança contribuirá positivamente para as metas declaradas da AGCO de reduzir a intensidade das emissões de gases do efeito estufa em 20% e atingir 60% de energia renovável nas operações globais.

Fonte: Portal DBO
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 15/07/2022

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