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Distribuidores de aços planos têm alta de 6% em vendas em janeiro, importação cai

As vendas de aços planos por distribuidores em janeiro subiram 6% sobre um ano antes para 330 mil toneladas, em um mês marcado por forte queda nas importações, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela entidade que representa o setor, Inda.

Na comparação com dezembro, as vendas dos distribuidores subiram 25,1%, acima do esperado pela entidade, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, em apresentação a jornalistas.

Por dia útil, as vendas dos distribuidores corresponderam a 15 mil toneladas, valor mais alto desde as 16,2 mil toneladas de janeiro de 2021.

O setor terminou janeiro com estoque de 894,2 mil toneladas, avanço de 1,7% sobre dezembro e alta de 8,3% sobre o mesmo mês de 2023. O volume é suficiente para 2,7 meses de vendas.

A expectativa da entidade para fevereiro é de queda de 3% nas vendas ante janeiro.

"Estamos tendo um começo de ano melhor do que imaginávamos", disse Loureiro, citando uma expectativa de crescimento de vendas no primeiro bimestre de 7,5% sobre o mesmo período do ano passado.

"Quando se tem uma sensação de que os preços não vão mais cair, isso faz com que haja retomada dos estoques tanto da gente (distribuidores) quanto em nossos clientes", afirmou, citando que as siderúrgicas buscam elevar seus preços entre 5% e 6% em fevereiro ante janeiro.

IMPORTAÇÕES DESPENCAM

As importações de aços planos em janeiro também surpreenderam, mostrando queda de 25,6% ante um ano antes, para 131,82 mil toneladas.

Loureiro afirmou que como a diferença de preço entre o aço nacional e o importado, chamada pelo setor de prêmio, está em cerca de 15%, algo que considera como "não muito alto", isso não contribui para incentivar compras de material produzido fora do país.

"O consumo interno está bom, mas não está brilhante, somando-se a isso outros dados como volatilidade do dólar e o prazo de recebimento de cinco a seis meses, isso faz com que se tenha um certo cuidado sobre a importação", afirmou o presidente do Inda.

O executivo comentou que há pouca clareza atualmente sobre como virão as importações de fevereiro e que é preciso verificar os números ao final deste mês para se determinar que a queda nas importações de janeiro possa configurar uma tendência para este ano.

Siderúrgicas nacionais como Gerdau (BVMF:GGBR4), que na véspera afirmou que vai acelerar ajustes em sua capacidade no Brasil diante da demora do governo em impor medidas de defesa comercial, estão há meses cobrando a imposição de tarifa de importação de 25% sobre aço da China.

A queda na importação em janeiro "atrapalha a postura das usinas... quando isso cai, se perde um pouco o discurso", disse Loureiro.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2024

Lucro da Vale cai 53% em 2023, para US$ 7,9 bilhões; no 4º tri, cia lucra US$ 2,4 bilhões

O lucro líquido aos acionistas da Vale diminuiu 35,1% no quarto trimestre de 2023, para US$ 2,42 bilhões, enquanto a receita líquida cresceu 9,3%, para US$ 13,05 bilhões. Em 2023, o lucro líquido aos acionistas da mineradora totalizou US$ 7,9 bilhões, uma queda ante o resultado de US$ 16,7 bilhões em 2022.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em termos ajustados – que incluem dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures, mas excluem depreciação, exaustão e amortização e redução ao valor recuperável e baixa de ativos não circulantes – aumentou 36,9%, para US$ 6,334 bilhões. O ebitda ajustado proforma, que exclui despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho e às doações relacionadas à covid-19, subiu 34,6%, para US$ 6,73 bilhões, como resultado do melhor desempenho operacional e dos maiores preços de minério de ferro.

O ebtida ajustado proforma das operações continuadas de US$ 19,0 bilhões em 2023, 9% menor a/a, devido, principalmente, aos menores preços referência médios de minério de ferro, cobre e níquel durante o ano.

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, foi 5% menor t/t, atingindo US$ 20,8/t no 4T. Em 2023, o C1 totalizou US$ 22,3/t, ficando abaixo do guidance de US$ 22,5/t para o ano.

O Fluxo de Caixa Livre das Operações de US$ 2,5 bilhões no 4T, representando uma conversão de EBITDA em caixa de 37%..

A dívida líquida da companhia ao fim do quarto trimestre de 2023 cresceu 20,8%, para US$ 9,56 bilhões, o que equivale a 0,6 vez o ebitda ajustado em dólar acumulado pela Vale num período de 12 meses. Um ano antes, este índice era de 0,2 vez.

A companhia reportou investimentos de US$ 2,1 bilhões no 4T, um aumento de US$ 331 milhões a/a, principalmente como resultado dos maiores investimentos nos projetos de Soluções de Minério de Ferro, especialmente Capanema e Estrada de Ferro Carajás, e aos maiores investimentos para melhorar nossas operações de mina de Metais para Transição Energética.

A dívida bruta e arrendamentos de US$ 13,9 bilhões em 31 de dezembro de 2023, US$ 113 milhões menor t/t; e a dívida líquida expandida de US$ 16,2 bilhões em 31 de dezembro de 2023, US$ 670 milhões maior t/t, principalmente devido ao incremento de provisão de US$ 1,2 bilhão relacionada à Fundação Renova e a um potencial acordo global. A meta de dívida líquida expandida da Vale continua a ser de US$ 10-20 bilhões.

“2023 foi um ano marcante para a Vale. Nossos resultados traduziram a evolução da nossa transformação cultural voltada para a segurança e o nosso progresso em direção à excelência operacional. Nossa produção de minério de ferro de 321 Mt em 2023 superou nosso guidance e forneceu evidências de uma maior confiabilidade de ativos e processos. Além disso, inauguramos nossa 1 planta de briquetes e firmamos uma parceria com a Anglo American em uma operação de classe mundial, passos importantes para sustentar nosso crescimento em volumes com qualidade”, comentou Eduardo Bartolomeo, presidente da companhia.

Em relação à transformação do negócio de Metais para Transição Energética, o executivo também destacou que a produção de cobre teve um crescimento impressionante de 50% no 4o trimestre, enquanto a produção de níquel ficou em linha com o guidance.

Sobre os compromissos judiciais da Vale, a empresa disse que 2023 “foi um ano de progresso substancial nas reparações de Brumadinho e Mariana.” O Acordo de Reparação Integral de Brumadinho continua progredindo com 68% dos compromissos acordados concluídos e dentro dos prazos estabelecidos. Na reparação de Mariana, a Fundação Renova acelerou a restituição do direito à moradia, entregando 575 soluções de moradia de um total de 675 previstas.

Conselho aprova remuneração de R$ 2,7 por ação aos acionistas

O conselho de administração da Vale aprovou, na data de hoje, a distribuição de dividendos no valor total bruto de R$ 2,738617408 por ação, apurados conforme o balanço de 31 de dezembro de 2023. O valor distribuído está em linha com a Política de Remuneração aos Acionista da companhia.

A data de corte para pagamento dos dividendos aos detentores de ações de emissão da Vale negociadas na B3 será o dia 11 de março de 2024, com pagamento a ocorrer em 19 de março de 2024. A record date para pagamento dos dividendos aos detentores de American Depositary Receipts (“ADRs”) negociados na New York Stock Exchange (“NYSE”) será o dia 13 de março de 2024, com pagamento a partir de 26 de março de 2024.

O valor de dividendos a ser pago por ação pode sofrer pequena variação até as datas de corte em decorrência do programa de recompra de ações, que impacta o número de ações em tesouraria.

Conselho aprova proposta de incorporação da subsidiária Florestas Rio Doce

O conselho de administração da Vale aprovou, na data de hoje, a proposta de incorporação de Florestas Rio Doce S.A., empresa não operacional e subsidiária 100% controlada pela Vale, para redução de custos e simplificação da estrutura do Grupo Vale.

Essa proposta será submetida à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, com realização prevista para 26 de abril.

Fonte: Agência CMA
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2024

 

Vale compra 15% do Minas-Rio da Anglo American; produção no ativo poderia dobrar

A Vale (BVMF:VALE3) informou nesta quinta-feira que fechou um acordo com a Anglo American (JO:AGLJ) para adquirir 15% de participação no complexo Minas-Rio e estabelecer uma parceria no ativo, em operação que contará com recursos de minério de ferro da companhia brasileira do depósito de Serra da Serpentina.

O negócio envolve um desembolso de caixa de 157,5 milhões de dólares, sujeito a ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro na data do fechamento. Um ajuste no valor de pagamento será realizado para a Anglo American ou Vale, dependendo da variação do preço do minério de ferro.

A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar Minas-Rio, incluindo qualquer futura expansão.

Segundo o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, Minas-Rio vai se beneficiar de grandes sinergias com o depósito de Serpentina, enquanto uma possível expansão futura poderá contar com a logística da empresa brasileira.

"Estamos confiantes de que essa parceria destravará valor significativo para todos os nossos stakeholders. Nós planejamos destinar nossa parcela do pellet feed de alta qualidade para nossas plantas de pelotas no Brasil e, no futuro, para os Mega Hubs, produzindo briquetes de minério de ferro", disse Bartolomeo.

O depósito da Serra da Serpentina é contínuo ao complexo Minas-Rio e possui recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas, o que "oferece consideráveis oportunidades de expansão, incluindo o potencial para duplicar a produção, que Anglo American e Vale avaliarão nos termos da transação", conforme nota divulgada pela companhia nesta quinta-feira.

Minas-Rio é uma operação integrada de minério de ferro com capacidade nominal de produção de pellet feed de alta qualidade de 26,5 milhões de toneladas por ano e com potencial de expansão para até 31 milhões de toneladas na configuração atual.

"A escala e a qualidade do corpo mineral de Serpentina oferecem valor significativo, incluindo a possibilidade de expandir a produção de produtos de pellet feed de qualidade superior que vendemos aos clientes da siderurgia, uma vez que estes focam na descarbonização de seus próprios processos nas próximas décadas", disse o presidente global da Anglo American, Duncan Wanblad.

Após a conclusão da transação, prevista para o quarto trimestre deste ano, a Vale receberá sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio.

EXPANSÕES E LOGÍSTICA

A mineradora terá ainda uma opção de compra de mais 15% na operação ampliada de Minas-Rio, mediante desembolso de caixa e ocorrência de eventos relacionados à futura expansão do complexo, como recebimento da licença ambiental.

A operação de Minas-Rio ampliada terá a opção de utilizar a linha férrea próxima da Vale e o porto de Tubarão (ES) para transportar a produção expandida como uma alternativa à construção de um segundo mineroduto para a atual instalação portuária da Anglo American no Açu.

"Todas as soluções logísticas viáveis serão consideradas e avaliadas durante a pré-viabilidade", disse a Vale em nota.

O mineroduto Minas-Rio existente cruza a rede ferroviária da Vale a jusante do ativo da Anglo American, "permitindo que um segundo mineroduto muito mais curto se conecte com a ferrovia Vitória-Minas até o porto de Tubarão".

A transação não inclui ou afeta a participação de 50% da Anglo American na unidade de exportação do minério de ferro no Porto do Açu, esclareceu a Vale.

Segundo comentário do Itaú BBA, o acordo é "pequeno, mas estrategicamente positivo".

"Em nossa opinião, esta transação está alinhada aos esforços da Vale para melhorar a qualidade média de seu portfólio, dada a alta qualidade do material produzido pela Minas Rio (pellet feed)", disseram os analistas, acrescentando que ativo Serpentina, que será cedido à Anglo American, não era um projeto próximo a ser desenvolvido pela Vale.

"Portanto, na nossa opinião, parece ser uma decisão estrategicamente acertada rentabilizar esse ativo. O impacto da operação no desembolso de caixa e na alavancagem é insignificante", comentou o Itaú BBA em relatório.

A Vale seria responsável por 15% do investimento futuro, que provavelmente incluiria aportes na logística, seja em um mineroduto ou um ramal ferroviário mais curto para conectar à ferrovia, segundo o banco de investimento.

Fonte: Investimentos e Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2024

Gerdau prevê investir R$ 6 bilhões com projetos de ‘manutenção’ e ‘competitividade’ em 2024

O conselho de administração da Gerdau (GGBR4) aprovou nesta terça-feira (20) o plano de investimentos da companhia referente a 2024.

A empresa siderúrgica tem projeção de desembolsos de R$ 6 bilhões em investimentos (capex) voltados à manutenção e à competitividade para este ano, de acordo com documento divulgado ao mercado.

Os projetos de manutenção estão associados ao prolongamento de vida útil e às melhorias operacionais dos equipamentos.

Já os projetos de competitividade estão relacionados ao crescimento de produção, aumento de rentabilidade e modernização das plantas, tendo como premissas o aprimoramento das práticas ESG e o desenvolvimento sustentável e econômico do negócio.

Segundo a Gerdau, do total previsto para o ano de 2024, aproximadamente R$ 1,3 bilhão se refere a investimentos com retornos ambientais (expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, redução de emissões de gases do efeito estufa e incrementos tecnológicos) e projetos voltados para a “segurança de nossas Pessoas”.

Os desembolsos estarão diretamente relacionados às condições do mercado e do cenário econômico dos países em que as companhias operam e dos setores em que atuam.

A Gerdau reforça que as informações representam mera estimativa, dados hipotéticos que de forma alguma constituem promessa de desempenho.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/02/2024

 

Projeto de níquel da Horizonte dobra de custo e ações caem 60% nesta terça-feira

A mineradora de níquel Horizonte Minerals, na qual a Glencore tem participação, advertiu que precisará de outra injeção de dinheiro, depois de divulgar que o custo para construir seu principal projeto no Brasil dobrou.

A empresa, negociada em Londres, registrou aumento de 87% no custo para construir a mina de níquel Araguaia, de US$ 537 milhões para US$ 1 bilhão.

Embora antes do alerta as ações já estivessem abaixo de 10 pence, em razão de fortes quedas em outubro, os papéis caíram mais de 60% na tarde desta terça-feira (20), para 3,29 pence.

O valor de mercado da empresa, negociada no AIM, mercado alternativo da bolsa londrina, voltado à pequena empresa, caiu para menos de 10 milhões de libras esterlinas (US$ 12,7 milhões). Antes das quedas em outubro, era de 400 milhões de libras.

Em outubro, as ações entraram em queda livre depois de a empresa anunciar que os investimentos em bens de capital na mina se excederiam em pelo menos 35% e que o início da produção seria adiado para o terceiro trimestre de 2024.

O início agora está previsto para o primeiro trimestre de 2026, desde que o financiamento consiga ser assegurado.

Segundo o executivo-chefe interino da Horizonte Minerals, Karim Nasr, a empresa procura uma solução de financiamento completa, que será concluída nas próximas semanas.

Ele disse, porém, que “não há garantia de sucesso” e que será necessário financiamento provisório além dos US$ 20 milhões que a empresa conseguiu de seus três maiores investidores - La Mancha Resource Capital, Glencore e Orion Resource Partners — no fim de 2023, após uma reformulação na equipe executiva.

A empresa planeja trabalhar de perto com esses acionistas e credores para conseguir o financiamento, que pretende acertar antes do fim de junho. Também será discutida a reestruturação de linhas de crédito, segundo a Horizonte Minerals.

O estouro do orçamento é um golpe para a Glencore, que detém 17,7% das ações da empresa e tem direito ao fornecimento futuro da mina por dez anos.

Também é um revés para a La Mancha Resource Capital, o fundo de investimento em mineração criado pelo bilionário egípcio das telecomunicações Naguib Sawiris, que detém 23% do grupo, e para a Orion Resource Partners, que detém 10,5%.

A mina, que pretende produzir ferro-níquel, usado no aço inoxidável, poderia ajudar a diversificar o fornecimento mundial do metal, hoje muito concentrado da Indonésia, que produz mais da metade do níquel do mundo.

No entanto, o aumento nos custos derrubou a confiança dos investidores no setor mundial de níquel, justo em um momento de preocupação com um excedente estrutural na produção, diante do aumento da oferta na Indonésia.

Na semana passada, a BHP, maior produtora de níquel do mundo, contabilizou uma baixa de US$ 3,5 bilhões na unidade Nickel West, na Austrália.

Na terça-feira, também reiterou que vê riscos de excesso de oferta do metal, também usado em baterias de veículos elétricos, pelo resto da década.

Fonte: Financial Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/02/2024

Exportações de sucata ferrosa iniciam o ano com alta de 104%, mercado interno segue retraído

Após baterem recorde em 2023, com um total de 800 mil toneladas, as exportações de sucatas ferrosas, insumo usado na fabricação de aço, iniciaram este ano com volume expressivo.  As vendas externas em janeiro atingiram 77.504 toneladas, um aumento de 104,5% em relação ao mesmo mês de 2023, quando somaram 37.891 toneladas.

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia, Secex. No ano passado, as exportações já tinham se expandindo em 116% em relação a 2022, diante da retraída procura pelo insumo no mercado interno.

“O ano começou e permanecem as dificuldades para empresas de reciclagem de sucatas, com baixa demanda por parte das usinas siderúrgicas. As exportações continuam sendo a alternativa para manter a subsistência do ciclo da reciclagem e operações das empresas recicladoras, essencial para o sustento de mais de 5 milhões de pessoas que vivem dessa atividade”, afirma Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas recicladoras que praticam a economia circular, reinserindo insumos no ciclo da transformação.

O cenário ruim no Brasil se torna ainda mais preocupante diante da falta de sensibilidade do governo e boa parte de representantes do Congresso Nacional, que vêm deixando de atender aos pleitos de associações de classes para incremento da reciclagem. O setor é fundamental na preservação do meio ambiente e ao incremento da economia circular.

Evidência do desinteresse pelo segmento foi a ausência de estímulo à reciclagem na reforma tributária.  Caso não haja mudanças no texto, a PEC/45-2019, aprovada no Congresso, deverá onerar o setor em 27,5% de imposto.

A reforma tributária, quando implementada, vai substituir cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – em uma cobrança única. No âmbito federal, haverá a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e nos Estados e Municípios o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Embora a alíquota desses impostos ainda não esteja definida, a estimativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é que fique em torno de 27,5%.

Atualmente, as empresas e cooperativas de reciclagem não pagam PIS e Cofins, em função de um benefício concedido pelo governo há mais de 15 anos, e têm o ICMS diferido dentro do estado de São Paulo. No caso do PIS e Cofins, a cobrança poderá voltar, caso seja mantida a decisão do STF de 2022, que proíbe a isenção.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/02/2024