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Ciclo de cortes na Selic chegou ao fim, dizem economistas em reunião com o BC

O espaço remanescente para reduções adicionais na Selic já se fechou, na avaliação de economistas de mercado que estiveram com diretores do Banco Central em reunião nesta segunda-feira. No momento em que as expectativas de inflação de médio prazo seguem em trajetória de alta, o Valor apurou que quase todos os analistas que estiveram presentes no primeiro encontro do dia disseram ver uma pausa no ciclo de flexibilização monetária, com a taxa básica de juros mantida em 10,5% a partir da reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

A primeira reunião do dia ocorreu entre 9h30 e 11h, no Rio de Janeiro, e contou com a presença dos diretores Diogo Guillen (política econômica) e Renato Dias Gomes (organização do sistema financeiro e resolução). E, nesse encontro, entre os economistas que expuseram seus cenários, quase todos avaliaram que o ciclo de ajuste na Selic chegou ao fim, com a taxa em 10,5%, e, entre os que avaliaram haver algum espaço para reduções adicionais, houve a ênfase de que esse espaço é pequeno, o que indicaria apenas um corte adicional de 0,25 ponto percentual no juro básico.

Os encontros ocorrem trimestralmente e são usados pela autoridade monetária para a confecção do Relatório de Inflação (RI), que será divulgado em junho. Nesse sentido, alguns participantes da reunião relataram alguma pressão por revisões nos modelos do BC para estimativas de juro neutro — o colegiado trabalha com uma taxa de 4,5% em termos reais — e de hiato do produto, que, nas contas do BC, tem indicado uma ociosidade maior na economia brasileira do que a estimada pelos agentes de mercado.

Os debates sobre a política monetária doméstica dominaram o encontro, assim como as discussões sobre a dinâmica futura das expectativas de inflação. De acordo com um dos presentes, o movimento adicional de desancoragem das expectativas foi visto como motivo de atenção pelos economistas e houve um debate sobre onde as projeções de inflação vão parar. “Duas pessoas disseram acreditar que as expectativas vão ficar próximas de 4% e algumas pessoas disseram colocar viés de alta para o IPCA do ano que vem, podendo revisar acima de 4%”, disse um dos presentes. O caráter benigno da inflação corrente também foi citado por alguns economistas.

Quanto ao cenário externo, que nas reuniões anteriores foi bastante comentado, o consenso entre os analistas que expuseram suas expectativas, aponta para dois cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), enquanto o Banco Central Europeu (BCE) deve começar a reduzir as taxas em junho. Houve quem dissesse não ter convicção de que os juros americanos estão em território suficientemente contracionista. Além disso, alguns participantes teceram comentários sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, com um dos analistas acreditando que o evento é inflacionário para o mundo via pressão nos preços de bens pela política fiscal expansionista e pelo efeito da desglobalização.

Além disso, o efeito das enchentes no Rio Grande do Sul no comportamento da atividade econômica, da inflação e da condução da política fiscal também foi debatido. Entre os economistas, esteve presente o receio de que a catástrofe no Sul do país possa ser usada para aumentar os gastos fiscais em ano eleitoral. Além disso, houve quem apontasse que a política fiscal se tornou “muito expansionista” diante da preocupação do governo com uma eventual desaceleração econômica, o que exige cautela ainda maior do BC na condução da política monetária.

Um dos presentes, inclusive, questionou quando o BC deve voltar a elevar os juros, ao ter em vista que as expectativas de inflação caminham para 4% e só devem ceder se houver sinais mais positivos quanto à condução das contas públicas à frente, ao avaliar que a desancoragem atual reflete a piora das expectativas fiscais e a composição futura do BC. Nesse sentido, de acordo com relatos obtidos pelo Valor, esse analista disse ter dúvidas sobre a nova função de reação da autoridade monetária, o que, para ele, impede uma queda das expectativas inflacionárias.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 21/05/2024

Governo quer publicar regulamentação de cotas de importação para aço no início de junho

O governo planeja publicar no início de junho a regulamentação da cota de importação de 11 itens da siderurgia, anunciada no final de abril. O estabelecimento de cotas — com imposto de importação majorado a 25% sobre o que entrar além do limite — foi definido pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas, para entrar em vigor, precisa ser regulamentado.

O Executivo precisava cumprir algumas etapas para publicar as regras, como obter o aval dos parceiros do Mercosul. Além disso, teve de estudar formas para evitar que uma corrida pela compra de produtos atropele importadores com menos capacidade. A medida terá validade de 12 meses, a partir da publicação da portaria.

A forma como o governo vai operacionalizar o regime de cotas é acompanhada com atenção e ansiedade pelo setor. Esse alerta foi dado nesta segunda-feira, 20, diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Em discurso no encontro promovido no Palácio do Palácio do Planalto, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, disse ser "imprescindível' que o sistema "cota-tarifa" seja eficiente e bloqueie as importações "predatórias".

"O sistema é novo no Brasil e precisará ser acompanhado e refinado", observou Lopes.

Técnicos já têm apontado nos bastidores que a implementação das cotas vai exigir monitoramento sob diversos aspectos. Por exemplo, o governo terá de verificar se o cálculo da cota — que é a média de importação entre 2020 e 2022 acrescido de 30% — está correto, superestimado ou subestimado.

A avaliação é que a metodologia poderá ser constatada como imprecisa, por exemplo, se a importação de nenhum dos aços afetados chegar ao limite da cota, porque dessa forma o governo não estaria conseguindo proteger efetivamente a indústria nacional das compras externas.

Além disso, a Camex ainda precisará monitorar o comportamento das outras NCMs não incluídas na decisão — pelo risco de a importação desses itens aumentar em substituição aos que terão sobretaxa ("NCM de fuga"). Por fim, a Camex também terá de dar uma resposta sobre os quatro produtos siderúrgicos que restaram na pauta para uma segunda avaliação. Entre eles estão aços usados em oleodutos ou gasodutos e em revestimento de poços.

Investimentos

Representantes da indústria do aço apresentaram ao presidente Lula investimentos de 100,2 bilhões (US$ 19,4 bilhões) em cinco anos no encontro desta segunda. A iniciativa foi condicionada à "eficácia" das medidas de controle e defesa comercial adotadas pelo governo.

Alckmin comemorou a previsão de investimentos pela indústria siderúrgica. Em conversa com a imprensa após reunião, ele listou medidas tomadas pelo governo para o setor.

"São R$ 100,2 bilhões de investimento anunciado hoje. Fizemos trabalho no Mdic estabelecendo cotas, por preocupação à importação de aço, que levou à ociosidade em indústria de base importante. Também agimos na defesa comercial, estabelecendo cinco mecanismos antidumping, comprovados os dumping, e dez investigações em curso (...). Isso foi entendido pela indústria e o resultado são R$ 100 bilhões de investimento, melhorando competitividade, gerando emprego e renda", disse Alckmin.

Ele avaliou a implementação do sistema cota-tarifa como um primeiro passo para combater o excesso das compras vindas da China e cobrou que o regime seja executado de forma eficaz e monitorada.

O vice-presidente afirmou ainda que Lula deve sancionar, na próxima semana, a depreciação acelerada para indústria, com incentivo fiscal para estimular a indústria a investir em novas máquinas e equipamentos.

A "depreciação acelerada" funciona como uma antecipação de receita para as empresas em um período de dois anos. O programa permite que as empresas abatam o valor das compras de um bem de capital (como maquinário e equipamentos) nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O texto foi aprovado no Congresso no final de abril. Pelo texto aprovado nas duas Casas, esse abatimento dos produtos comprados em 2024 poderá ser feito em dois anos, e não em até 25 anos, como previsto anteriormente. O projeto é uma das prioridades da agenda do Mdic.

O governo estimou uma renúncia fiscal de no máximo R$ 1,7 bilhão com o programa em 2024. Pelo texto aprovado na Câmara e no Senado, o valor poderá ser ampliado por meio de decreto caso haja espaço no Orçamento.

Patamar 'inaceitável'

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda que o consumo de aço no Brasil está baixo e vai aumentar. Ele deu a declaração durante a solenidade com representantes do setor.

"Tenho certeza que o consumo de aço vai aumentar muito, ele está num patamar inaceitável", declarou. Haddad afirmou que medidas na área microeconômica permitem o governo apoiar comércio, indústria e serviços.

Segundo o ministro, o Brasil será mais competitivo no mercado global de aço se mirar na produção verde. "O aço verde terá apelo no mercado internacional", disse, acrescentando que o produto deve se tornar o "carro-chefe."

Ele defendeu a criação da cota-tarifa para importação de aço e disse que os países centrais da economia global estão mais protecionistas. "O Mdic foi muito bem em eliminar concorrência desleal (em aço)." Haddad também afirmou que o País precisa ficar atento para mudanças geopolíticas. Segundo ele, isso não é adotar "dogmas sem olhar o comportamento dos parceiros".

O ministro afirmou que o Brasil tem a capacidade de alavancar sua produção de aço com medidas voltadas à indústria automobilística e com o Minha Casa, Minha Vida.

Ele ainda pediu apoio dos industriais para a regulamentação da reforma tributária no Congresso e para a votação do marco dos seguros. De acordo com Haddad, os Três Poderes estão construindo um novo cenário econômico em aliança com a iniciativa privada. Ele disse que "o trabalho tem que continuar", sem se deixar levar por "vozes dissonantes."

Fonte: Estadão
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/05/2024

 

Tratores pequenos e médios ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro

A indústria de máquinas agrícolas investe cada vez mais no lançamento de tratores pequenos e médios. Isso porque essas categorias, que chegam até 200 cv, têm boa aceitação nos mais diversos tipos e portes de produção agrícola, desde as pequenas até as grandes propriedades.

Além disso, os modelos também são muito úteis para operações na agricultura de precisão, pois podem ser equipados com modernos sistemas de GPS e piloto automático, por exemplo. Dessa forma, eles se tornam ideais para operações como cultivo em fileiras estreitas, aplicação de fertilizantes e pesticidas em áreas específicas, e até mesmo para a colheita seletiva.

Outro ponto importante é que, ao lançar equipamentos dessas categorias, a indústria não capta apenas a atenção dos pequenos agricultores, mas de todo o agronegócio.

“Costumo dizer que não existe um trator específico para o pequeno, médio ou grande produtor. Isso porque o modelo não pode ser atrelado exclusivamente ao tamanho da propriedade e, sim, à atividade desenvolvida”, afirma Astor Kilpp, gerente de Marketing e Vendas da LS Tractor.

Para ilustrar, ele conta que um dos maiores produtores de soja do Brasil tem mais de 50 unidades do modelo U60 da marca, um trator pequeno, de apenas 65 cv, que é usado para diversas tarefas de apoio.

Principais características de tratores pequenos e médios

Versatilidade:

Tratores dessas categorias, especialmente os de pequeno porte, são projetados para lidar com uma grande variedade de aplicações, desde o preparo de solo e plantio até a colheita, inclusive no transporte da produção e manutenção do terreno.

Manobrabilidade:

Os tratores pequenos e médios são menos pesados que os modelos de grande porte, o que permite mais agilidade para operar em espaços apertados para manobras, como em pomares e até mesmo em estufas.

Dimensões compactas:

Os modelos têm tamanho reduzido, o que facilita o tráfego em áreas com espaço limitado, como nas plantações de café e de fumo, e em áreas de hortifrutigranjeiros e viticultura, onde há não apenas restrição de largura como também de altura.

Compatibilidade com diversos implementos:

A potência mecânica desses tratores permite o tracionamento de arados, subsoladores, semeadoras, plantadeiras, adubadoras entre outros muitos implementos e acessórios agrícolas.

O modelo R50 da LS Tractor, por exemplo, tem um motor 50 cv, com quatro cilindros e três opções de tomada de força, que é aquele dispositivo para acionar um implemento que precisa de movimento, além de contar com uma transmissão de 32 velocidades.

Uma observação importante, segundo Astor Killp, é que até hoje existem tratores de 150 cv que não possuem essa gama de velocidade. A marca decidiu oferecer essa quantidade de opções pensando justamente no pequeno produtor, que geralmente tem um único trator para desempenhar diversas tarefas e, para cada uma, ele precisa de uma velocidade específica.

O especialista em marketing de produto da Mahindra, Gilberto Dutra, complementa a lista de características fundamentais dos tratores pequenos e médios ressaltando a simplicidade operacional e a grande capacidade de adaptação a diferentes terrenos e condições.

“Quando são combinadas, essas características fazem dos tratores pequenos e médios ideais para uma grande variedade de tarefas agrícolas, atendendo às mais distintas necessidades dos produtores rurais”, pontua o executivo da Mahindra.

Três benefícios econômicos e operacionais de tratores pequenos e médios

1. Custos mais baixos de aquisição: quando comparados aos tratores de grande porte, acima de 200 cv, os pequenos e médios apresentam preços mais atrativos e, muitas vezes, tem parte do valor de compra subsidiado pelo governo.
2. Consumo de combustível mais eficiente: os modelos oferecem potência e torque adequados para a realização de diversas tarefas de forma eficiente, o que ajuda a diminuir o consumo de combustível.
3. Menor impacto ambiental: por serem mais leves, máquinas agrícolas menores diminuem a compactação do solo, permitindo operações agrícolas mais eficientes e sustentáveis.

Tendências no mercado de tratores pequenos e médios

No mercado desse tipo de tratores, diversas tendências vêm surgindo no que diz respeito a avanços em tecnologia, e a principal delas é a conectividade.

Na Agrishow 2024, a John Deere anunciou que tratores de pequeno porte passariam a sair de fábrica já com conectividade. Além disso, a companhia introduziu recentemente no Brasil os pacotes PUK (Precision Upgrades Kits). Eles permitem que tecnologias avançadas sejam incorporadas em equipamentos mais antigos e até mesmo em máquinas agrícolas de outros fabricantes. Essas medidas fazem parte da estratégia da marca em conectar 1,5 milhão de máquinas até 2026.

“A conectividade promove práticas agrícolas mais sustentáveis e aumenta a rentabilidade das operações. Atualmente, no Brasil, são mais de 22 milhões de hectares conectados ao John Deere Operations Center, juntamente com 43 Centros de Soluções Conectadas (CSC). Mais de 85% dos serviços são realizados de forma remota ou têm início dessa maneira através desses Centros. Essa abordagem híbrida/remota reduz, em média, 60% do tempo necessário para atendimento ou reparo”, pontua Marcos Cassol, gerente de Marketing Tático para Culturas Especiais da John Deere Brasil.

Além da conectividade, Astor Kilpp, da LS Tractor, ressalta que para tornar os tratores de pequeno e médio portes mais eficientes, é preciso que os sistemas de transmissão sejam igualmente eficientes, ou seja, que conduzam o movimento com o mínimo de perda de energia.

“Acredito que todo equipamento vai passando por uma evolução natural e as novas tecnologias vão seguir este percurso: investimento em soluções de transmissão e motores com maior capacidade de geração de potência e menor consumo de combustível”, conclui.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 21/05/2024

Projeções da Abimaq apontam expectativa de crescimento na receita total de máquinas e equipamentos em 2024

A AgroBrasília deste ano será realizada de 21 a 25 de maio e será uma grande oportunidade para adquirir máquinas e equipamentos agrícolas

A AgroBrasília completa 15 anos em 2024 e ao longo dessa jornada se despontou como uma grande oportunidade para o produtor rural adquirir máquinas e equipamentos agrícolas de última geração com condições especiais.

Apesar das adversidades e dos desafios enfrentados em 2023 pela indústria de máquinas e equipamentos, refletido na queda significativa na receita do mercado interno, as projeções para 2024 trazem otimismo, com uma expectativa de crescimento de 3,5% na receita total do setor. É o que apontam as projeções de Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).

A perspectiva positiva é respaldada por fatores como a inflação controlada, taxa de juros em queda, e melhora do poder de compra das famílias que contribuem na melhora da atividade da indústria de transformação e da construção civil.

A associação trabalhou com um cenário de inflação em 2024 próximo a meta, de 4,2%; redução da taxa Selic para 9,25% no final do ano; e um crescimento de PIB de aproximadamente 2%. Para a indústria de máquinas e equipamentos a expectativa é de crescimento da ordem de 5,5% nas receitas.

AgroBrasília impulsiona o agronegócio e oferece oportunidades

Considerada a maior feira de agronegócio do Planalto Central, a AgroBrasília movimentou R$ 4.8 bilhões em negócios somente na edição de 2023.

Diversas empresas de ponta do segmento de máquinas e implementos agrícolas estarão presentes entre os mais de 500 expositores do evento. Entre elas está a fabricante brasileira Casale, que celebra 60 anos de trajetória e apresentará o seu portfólio de máquinas para a pecuária de corte e leite na AgroBrasília.

O lançamento da Casale que aterrissa no Distrito Federal é o sistema de armazenamento Trato Fácil, o cocho de autoconsumo que combina inovação e facilidade para a maior produtividade no trato animal.

Outra novidade é o misturador de ração total Vertimix 35 AC, que funciona com baixo consumo de potência em sistema com uma rosca, projetada para trabalhar com fardos ou rolos de feno, ração e silagem. A solução conta ainda com um sistema exclusivo e independente de auto carregamento de silagem, para total precisão na pesagem, e permite a mistura do conteúdo volumoso de forma homogênea e em menor tempo e consumo de potência do mercado.

"O mercado de máquinas e equipamentos pecuários desempenha um papel essencial no fortalecimento do agronegócio em Brasília, contribuindo para a modernização e competitividade das fazendas, promovendo a sustentabilidade e o crescimento econômico do setor agropecuário na região", analisa Ronis Paixão, CEO da Casale.

O executivo acrescenta: "Ao oferecer tecnologias inovadoras e eficientes, adaptadas às necessidades locais e demandas do mercado, a Casale impulsiona a produtividade da produção pecuária e fortalece a posição de Brasília como um importante polo do agronegócio no Brasil, complementando sua destacada produção agrícola, que abastece tanto o mercado interno quanto às exportações, promovendo o crescimento econômico sustentável e garantindo a segurança alimentar, tanto nacional quanto internacionalmente".

Outra presença garantida na edição especial de 15 anos da Feira é a WAIG. Com 50 anos de mercado, as máquinas WAIG estão presentes em todo Brasil e são exportadas para a América Latina, América Central e África. A marca tem uma presença consolidada na produção permanente de peças de reposição e garantia para todos os componentes e assistência técnica efetiva.

Eduardo Sabugosa, gerente comercial da WAIG, garante que o produtor rural encontrará condições especiais de negócio durante a AgroBrasília e detalha uma das novidades que os visitantes poderão ver de perto:

 "Indicado para costura de sacos em geral, o Sistema de Costura Industrial CW980 Blindado e com corte da linha e fita de forma automática oferece alta produtividade com maior aproveitamento de tempo. Portanto, como resultado, costura em média 900 metros no período de uma hora. Toda essa eficiência e aproveitamento de tempo se torna possível pois o Sistema de Costura Industrial CW980 Blindado e Automático utiliza cones de linha POLIWAIG de 1,8kg", detalhou Sabugosa.

Essas e outras novidades estarão presentes na AgroBrasília 2024. A entrada é franca!

Serviço:

AgroBrasília 2024 – 15 anos

Data: terça-feira a sábado – 21 a 25 de maio;

Horário: 8h30 às 18h;

Local: Parque Tecnológico Ivaldo Cenci – AgroBrasília, BR 251 km 5 - PAD-DF, Brasília, Distrito Federal.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 21/05/2024

 

Guerra comercial entre EUA e China acirra e atinge veículos elétricos, baterias de lítio, aço e alumínio

Os EUA acirram a guerra comercial com a China. No último dia 14 de maio, Washington anunciou que novas tarifas de importação incidirão sobre produtos chineses, como veículos elétricos (VE), baterias de lítio, células fotovoltaicas, minerais críticos, semicondutores, aço e alumínio.

A taxa adicional fará com que as tarifas sobre as importações chinesas de VE aumentem para 100% este ano. A tarifa aumentará para 50% sobre as importações de células solares também em 2024. Já as tarifas sobre determinados produtos chineses de aço e alumínio subirão para 25% este ano, e as tarifas sobre semicondutores subirão para 50% até 2025.

As autoridades chinesas, claro, reagiram, elevando o tom. As ações unilaterais e protecionistas dirigidas à China pelos Estados Unidos expõem a perda de confiança e compostura por parte dos Estados Unidos e estão fadadas ao fracasso, declarou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à Agência Xinhua. Ele ainda observou que, recentemente, os Estados Unidos impuseram frequentemente sanções unilaterais à China, abusaram das tarifas da Seção 301 e suprimiram obsessivamente as atividades econômicas, comerciais e tecnológicas normais da China, representando a forma mais típica de intimidação hegemônica no mundo de hoje. A seção 301 refere-se à legislação comercial norte-americana, que prevê a adoção pelo governo dos Estados Unidos da América de medidas comerciais coercitivas, comumente  retaliações comerciais.

Ainda, segundo o ministro da China, a repressão inescrupulosa da China pelos Estados Unidos não prova a força dos EUA, mas, pelo contrário, expõe a perda da confiança e da compostura desse país. Tal comportamento não ajuda a resolver os problemas internos nos Estados Unidos, mas apenas resulta numa maior perturbação do funcionamento normal das cadeias industriais e de abastecimento internacionais. Ele acrescentou ainda que a medida dos EUA não impedirá o desenvolvimento e o rejuvenescimento da China.

Wang Yi ainda frisou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) deixou claro que as tarifas da Seção 301 impostas pelos Estados Unidos violam as regras da OMC e o direito internacional, dizendo que também as pessoas com bom senso básico no comércio internacional acreditam que a abordagem dos EUA só levará a uma situação em que todos perdem.

REFLEXOS – Em que pese o fato de as sanções impostas aos produtos de fabricação chinesa tornar mais aguda a guerra comercial entre os EUA e China, o impacto imediato para a economia chinesa pode ser relativamente pequeno, ao menos no se refere aos VE. A exportação de veículos elétricos da China para os EUA tem pouca relevância. Calcula-se que a União Europeia foi responsável por 36% das exportações chinesas de VE em 2023. Por outro lado, os Estados Unidos recebem somente 1,1% das exportações de VE da China. Isso equivaleria a menos de US$ 365 milhões.

Ao mesmo tempo em que a guerra comercial entre os EUA e a China cresce, Pequim está lançando um programa para ampliar o mercado interno de VE nas áreas rurais. O catálogo de promoção rural veículos elétricos engloba 99 modelos dos principais fabricantes de automóveis, abrangendo uma ampla gama de veículos para diversos setores, incluindo sedãs, SUVs e veículos multiuso. Esta linha diversificada inclui modelos de pesos pesados ??estatais, como o China First Automobile Group, até novas potências automobilísticas, como a Xpeng. O catálogo também inclui diversos produtos da BYD.

O programa destinado a ampliar o mercado de veículos elétricos para áreas rurais prevê ainda a organização de serviços de apoio, tais como os relacionados com carregamento, troca de baterias, seguros, sinistros, crédito e manutenção pós-venda, devendo estes serviços ser expandidos para áreas rurais para resolver as atuais deficiências de infraestrutura.

Analistas preveem que a China poderá incentivar ainda mais a exportação de veículos elétricos para outros mercados, como o da União Europeia, que já encontra dificuldades para competir com os fabricantes chineses.

“Os EUA enviaram uma mensagem muito clara de que querem uma participação mínima da China na sua transição verde”, declarou Yanmei Xie, analista de geopolítica da Gavekal Research, ao Financial Times. “Sendo a União Europeia o grande mercado desenvolvido com ambições verdes e subsídios generosos, será um mercado obrigatório para os exportadores chineses de produtos de energia limpa.”

A escala de produção de produção de veículos elétricos da China impressiona. Em 2023, a produção e as vendas de veículos na China atingiram níveis recordes, ultrapassando os 30 milhões de unidades cada, de acordo com dados da CAAM, a China Association of Automobile Manufacturers. A produção e vendas de veículos elétricos ultrapassaram, respectivamente, 9,58 milhões e 9,49 milhões de unidades, ficando em primeiro lugar globalmente pelo nono ano consecutivo.

No mês de abril, conforme a CAAM, a produção de veículos elétricos atingiu 870 mil unidades e as vendas atingiram 850 mil unidades, aumentando respectivamente 35,9% e 33,5% ano a ano.

Fonte: IPESI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 20/05/2024

 

Minério de ferro sobe perto de US$ 120 com medidas imobiliárias na China

O minério de ferro subiu pela terceira sessão seguida e voltou a ser negociado perto de US$ 120 a tonelada, na esteira do anúncio das medidas mais fortes até agora para enfrentar a crise imobiliária na China.

O governo em Pequim lançou um amplo pacote de resgate do setor imobiliário na sexta-feira (17), incluindo 300 bilhões de yuans (US$ 41 bilhões) em financiamento para ajudar estatais a comprarem unidades que as incorporadoras não conseguiram vender.

Os futuros de minério de ferro acumulam queda de 15% este ano, diante do impacto negativo da crise imobiliária sobre a demanda por aço para construção.

Embora ainda haja uma dose de ceticismo em relação à eficácia das medidas mais recentes do governo, o anúncio pelo menos demonstrou uma maior determinação em combater a crise.

A cotação do minério chegou a subir 2% em Singapura nesta segunda-feira (20), para US$ 119,70 a tonelada. Os futuros de vergalhão de aço subiram até 1,3% em Xangai, e acumulam uma recuperação de quase 10% desde o início de abril.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/05/2024