Notícias

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,96% para 3,98% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,8% para 3,85%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Em reunião na semana passada, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,08% para 2,09%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.
 
Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 25/06/2024

Produção brasileira de aço registra alta de 0,6% de janeiro a maio de 2024, diz IABr

Ante o mesmo período do ano passado. As vendas internas também deu uma leve arrefecida de 1,9% quando comparadas com o igual p erído em 2023. As exportações seguiram com quedas tanto no mês como no acumulado do ano, e as importações cresceram 7,1% no mês de maio e, 26,4% de janeiro a maio.

Em maio de 2024 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,6 milhões de toneladas, uma redução de 7,4% frente ao apurado no mesmo mês de 2023. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 1,9% inferior à registrada em maio de 2023. A produção de semiacabados para vendas foi de 586 mil toneladas, uma queda de 37,6% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2023, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr), divulgados no dia 18 de junho de 2024 (terça-feira).

Consumo e vendas — As vendas internas expandiram 0,4% frente ao apurado em maio de 2023 e totalizaram 1,7 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,1 milhões de toneladas, 4,9% superior ao apurado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de maio de 2024 foram de 954 toneladas, ou US$ 728 milhões, o que resultou em queda de 12,1% e de 25,7%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2023.

Importações — As importações de maio de 2024 foram de 561 mil toneladas e de US$ 535 milhões, um aumento de 44,4% em quantum e uma elevação de 7,1% em valor na comparação com o registrado em maio de 2023.

Produção — A produção brasileira de aço bruto foi de 13,6 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a maio de 2024, o que representa um aumento de 0,6% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 9,6 milhões de toneladas, crescimento de 3,2% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2023. A produção de semiacabados para vendas totalizou 3,4 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2024, uma redução de 14,6% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 8,3 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2024, o que representa uma elevação de 1,9% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 10,3 milhões de toneladas no acumulado até maio de 2024. Este resultado representa um aumento de 5,1% frente ao registrado no mesmo período de 2023.

Exportações — As exportações de janeiro a maio de 2024 atingiram 4,2 milhões de toneladas, ou US$ 3,4 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 16,0% e de 22,9% na comparação com o mesmo período de 2023.

Importações — As importações alcançaram 2,3 milhões de toneladas no acumulado até maio de 2024, um aumento de 26,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 2,3 bilhões e aumentaram 0,8% no mesmo período de comparação.

Rio de Janeiro — Atrás apenas de Minas Gerais, o Rio de Janeiro acumula 3,5 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses do ano. De janeiro a maio, estado registra crescimento de 2,6% na produção, na comparação com o mesmo período do ano passado.A produção de aço bruto no Rio de Janeiro acumula 3,5 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em maio, o estado produziu 698 mil toneladas de aço, respondendo por 27% da produção total do país. Os dados são do Instituto Aço Brasil(IABr) , que representa as empresas brasileiras produtoras de aço.

— A indústria siderúrgica exerce um papel relevante no desenvolvimento econômico, tanto do estado quanto do país. Mantém a economia em movimento, gera empregos, investimentos, fornece insumos para diversos outros setores, e contribui para o comércio exterior. Temos um importante parque siderúrgico instalado no estado e o crescimento da produção de aço reflete o avanço da economia fluminense — afirmou o governador Cláudio Castro.

De acordo com o Instituto Aço Brasil(IABr), em maio de 2024, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 7,4% na produção nacional frente ao apurado no mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, o país produziu 13,5 milhões de toneladas de aço bruto, o que representa um aumento de 0,6% ante o mesmo período de 2023.

— O Rio de Janeiro é o segundo maior produtor nacional de aço, essencial para a construção civil e obras públicas, e seu consumo tem ligação direta com o progresso econômico — explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Fernanda Curdi.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/06/2024

 

O potencial da mineração na transição energética

Estudo da EY em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) mostra alguns dados reveladores sobre a atratividade da mineração no Brasil.

Entre inúmeros aspectos favoráveis e desafios que impactam a atividade no país, a pesquisa destaca o potencial geológico, a disponibilidade de minérios e metais necessários para a transição energética, as medidas de descarbonização e a disponibilidade de capital de um setor que produz mais de 90 minerais e gera receitas anuais superiores a US$ 50 bilhões.

Um fator chave para o crescimento do setor é o mapeamento geológico, que atualmente descreve apenas 27% do território brasileiro em escalas adequadas para decisões de investimentos em prospecção mineral.

Melhorar o ecossistema de pesquisa geológica e os modelos de financiamento para a exploração são cruciais para o país, que conta com apenas 19 centros de pesquisas de tecnologia e inovação em geologia.

Mesmo com o potencial de exploração não completamente conhecido, a diversidade dos minerais críticos mapeados em território nacional permite que o Brasil tenha um papel de destaque no cenário global por suas reservas de minerais fundamentais para acelerar o processo de produção de energias limpas.

Onze dos principais minerais produzidos no Brasil (ferro, ouro, cobre, níquel, alumínio, estanho, manganês, nióbio, zinco, cromo e vanádio) somam aproximadamente 90% do valor da produção total, além de outros considerados estratégicos para o desenvolvimento de tecnologias de transição energética, como lítio, níquel, grafite e terras raras.

A necessidade global de substituir uma matriz energética focada em combustíveis fósseis por uma com baixas emissões de carbono, baseada em fontes renováveis, já está implicando em um aumento significativo na demanda por certos minerais críticos (como o lítio, grafite, cobalto e níquel) para os próximos anos. No caso do lítio, por exemplo, há projeções que indicam um potencial crescimento de demanda de até 42 vezes.

A matriz energética brasileira já conta com 87% do seu total gerado a partir de fontes renováveis, segundo os dados da Agência Internacional de Energia (IEA). Além disso, o Plano Decenal de Expansão de Energia do governo brasileiro estima um crescimento da capacidade total instalada em cerca de 19% até 2030.

A expansão da matriz renovável considera a construção e consolidação de hubs de hidrogênio de baixo carbono em todas as regiões do país. O Brasil possui vantagens competitivas para a sua geração, e o Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) identificou US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio anunciados para o Brasil, em diferentes estágios de maturação.

“É necessário ressaltar que tanto as grandes e pequenas companhias estão lidando com um ponto muito forte de inflexão. As práticas ESG estão se tornando uma prioridade cada vez maior para stakeholders e investidores. O crescimento acentuado desta bandeira tem forçado o setor a se adequar a um modelo produtivo necessariamente mais verde”, diz Afonso Sartorio, líder de energia e recursos naturais da EY.

Apesar de contar com uma matriz energética majoritariamente baseada em energias renováveis, o setor produtivo brasileiro não está imune à pressão global por descarbonização. O país vem dando importantes sinais de sua preocupação com a sustentabilidade e a descarbonização.

O Brasil concentrou 7% da emissão mundial de créditos de carbono entre os anos de 2018 e 2022, sendo que 48% dessas emissões foram provenientes de projetos com “Soluções Baseadas na Natureza”, que representam 74% do total de créditos emitidos no país.

Outro aspecto positivo destacado pelo estudo é a evolução da Licença para Operar (LTO). À medida que o envolvimento comunitário e a sustentabilidade ambiental se tornaram fatores críticos na operação minerária, o conceito evoluiu para a Licença Social para Operar (SLO), deixando de ser uma mera permissão formal para explorar para se tornar uma questão de aceitação e confiança da comunidade na capacidade do projeto em promover o desenvolvimento comunitário e territorial.

Na mais recente edição do estudo “Top 10 Risks and Opportunities in Mining & Metals”, em 2024, LTO ocupou a 1ª posição entre os respondentes do Brasil (e a 3ª posição globalmente), demonstrando a preocupação do setor local em contribuir para o desenvolvimento social, econômico e institucional das comunidades e do território.

Captação de recursos – Nos últimos 3 anos, o volume de recursos movimentados por países que possuem um mercado de mineração mais estruturado foi significativamente maior quando comparado ao volume movimentado no Brasil.

Neste período, as empresas brasileiras do setor captaram um total de US$ 9,6 bilhões – cerca de 81% em dólar. As emissões das grandes empresas representam 74% desse total. Já as empresas menores captaram apenas US$ 722 milhões em moeda brasileira, o que representa apenas 8% do volume total.

Como os minerais são commodities, o uso do dólar americano como moeda para captação de recursos é uma prática bastante comum tanto para as grandes empresas quanto para as menores, acessando bolsas competitivas e mercados mais maduros que conhecem e aceitam os riscos inerentes ao setor.

Uma análise sobre as 69 captações das mineradoras brasileiras desde 2021, mostra que o custo de captação das grandes empresas é aproximadamente 35% inferior às captações das menores. Além disso, o prazo médio das operações é aproximadamente 37% mais longo, apresentando uma média de 8 anos para 5 anos, respectivamente.

O estudo mostra ainda que a extração mineral brasileira é realizada, predominantemente, por empresas de mineração de grande porte e com operações ao redor do mundo. Apenas 27% do aporte investido é atribuído a corporações menores, que geralmente atuam na fase de exploração dos recursos e mais interessadas no desenvolvimento de novos projetos de descobertas minerais.

“As empresas maiores possuem projetos em diferentes fases de operação e, portanto, captam com riscos e garantias corporativas. Com isso, conquistam mais confiança do mercado, têm acesso a um maior número de investidores e maiores montantes. As empresas menores, que tipicamente possuem todos os fluxos atrelados a um projeto pré-operacional, acabam tendo o seu custo de captação agravado por conta dos riscos inerentes ao empreendimento”, explica Sartório.

O estudo conclui que o esforço coordenado entre governo, indústria, academia e sociedade pode posicionar o Brasil como líder na produção de minerais estratégicos, apontando que esse caminho envolve inovação contínua, investimentos estratégicos e compromisso inabalável com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

Fonte: Revista M&T
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/06/2024

 

Serralheria repaginada: 5 novos jeitos de usar ferro e aço

Conferindo um quê industrial ou uma nostalgia moderna aos espaços, ferro e aço dão forma a estantes, esquadrias e divisórias nos projetos mais atuais. Inspire-se com as propostas a seguir.

 

No lugar das esperadas cores primárias, panos de vidro incolor (8 mm) liso, martelado e canelado distribuem-se na caixilharia de ferro fundido, feita artesanalmente. Não por acaso, o movimento modernista De Stijl, cujo principal representante foi o pintor Piet Mondrian (1872-1944), serviu de referência para o arquiteto Léo Shehtman desenhar o fechamento de seu ambiente na edição 2017 da mostra Casa Cor São Paulo. A porta pivotante (2 x 2,70 m) se destaca em meio à divisória de 2,70 x 5 m. “Ela é o grande início e o fim triunfal, pois é a primeira e a última coisa que se vê ao chegar e sair do ambiente”, diz o autor do proposta.
Foto: Divulgação/Renato Navarro / Casa.com

 

Separar a sala do quarto sem bloquear a passagem de luz é o principal mérito da divisória (2,30 x 2,65 m) idealizada pela arquiteta Marcela Madureira para este apartamento. No trabalho de serralheria, duas telas de aço nervurado – sobrepostas e soldadas – foram fixadas em um perfil U de chapa de ferro dobrada, que faz as vezes de moldura. 'Parafusada diretamente no piso e na laje, esta grelha metálica ganhou firmeza”, completa. A pintura com esmalte sintético preto arrematou a proposta. “A releitura de um material bruto, usado na construção civil, se encaixava muito bem no projeto de interiores”, conclui.
Foto: Divulgação/Ana Mello / Casa.com

 

Com puxador cavado e soldas aparentes, a porta de aço bruto envernizado (1,75 x 2,40 m) ora integra, ora não a suíte à área social neste apartamento reformado pela equipe do Sub Estúdio. Entre o quarto e o banheiro, a divisória (2,40 x 3,50 m) vai ao encontro da arquitetura brutalista: o caixilho repete o material da porta e arremata os panos de vidro leitoso. “Ela é dividida em três folhas. Apenas a primeira é fixa e esconde o boxe do chuveiro”, explica a arquiteta Isabel Nassif, uma das sócias do escritório paulistano. Acima das portas e da divisória alinhadas, bandeiras fixas contornam a viga no alto e vedam a abertura até a laje.
Foto: Divulgação/Ana Mello / Casa.com

 

No apartamento localizado no edifício Lausanne, um dos mais icônicos da paisagem paulistana, a estante de chapa de aço pintada de branco traz um toque de contemporaneidade ao projeto. Desenhada em L, a estrutura perpassa o estar e a sala de jantar até alcançar a cozinha, totalizando 13,40 m de comprimento por 2,60 m de altura. Solta da parede e do forro, “ela é sustentada por dois perfis paralelos de aço (2 x 2 mm cada), soldados na base da peça e parafusados no chão”, diz a arquiteta Marina Acayaba, que assina a reforma com o sócio Juan Pablo Rosenberg, ambos do escritório AR Arquitetos.
Foto: Divulgação/Maíra Acayaba / Casa.com

 

Logo na entrada do apartamento, o vão generoso no centro da estrutura feita de vergalhões de aço (execução de Ricardo Costa) dá as boas-vindas a quem chega e oferece descanso no banco de compensado revestido de freijó (Visual Móbile Marcenaria). Prateleiras de tela metálica perfurada se estendem em L pela sala, completando a estante de 2,75 x 3,48 m nesse trecho. “Essa armação foi chumbada no piso, na laje e na parede. O segredo para que a peça fique estática é o correto travamento”, diz o arquiteto Guilherme Ortenblad, do escritório Zoom Urbanismo, Arquitetura e Design, que assina a criação.
Foto: Divulgação/Ana Mello / Casa.com

 
Fonte: Terra
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 25/06/2024

 

Produção mundial de aço cresce 1,5% em maio

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto somou 165,1 milhões de toneladas em maio de 2024, um aumento de 1,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A produção na Ásia e Oceania somou 122,1 milhões de toneladas, o que corresponde a um incremento de 1,6% na comparação com maio de 2023. Dentre os países asiáticos, a China produziu 92,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 2,7% sobre maio de 2022, enquanto Japão e Coreia do Sul atingiram 7,2 milhões de toneladas e 5,2 milhões de toneladas, reduções de 6,3% e 10,9%, respectivamente. Em contrapartida, a Índia produziu 12,2 milhões de toneladas, um incremento de 3,5% sobre maio de 2023. 

Os países do bloco europeu produziram 11,7 milhões de toneladas de aço, 1,8% a mais na comparação com maio de 2023, com destaque para a Alemanha, com produção de 3,2 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 1,9% sobre o mesmo mês do último ano. Os países que não pertencem à UE (Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia, Reino Unido) produziram 3,9 milhões de toneladas de aço bruto, um avanço de 6,2% na comparação com maio de 2023. Já os países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) produziram 7,7 milhões de toneladas de aço bruto em maio de 2024, o que significa um resultado 2,8% superior sobre o mesmo mês de 2023. O destaque ficou para a Rússia, com produção estimada de 6,3 milhões de toneladas e ligeira retração de 0,9% na comparação com maio do último ano.  

Já a África (Egito, Líbia, África do Sul) produziu 1,8 milhão de toneladas em maio de 2022, um crescimento de 0,9% em relação a maio de 2023, enquanto os países do Oriente Médio produziram 5,2 milhões de toneladas, 4,6% a mais do que em maio do ano passado. O Irã teve produziu 3,3 milhões de toneladas de aço e registrou aumento de 2,1% em relação a maio de 2023.  

A América do Norte produziu 9,4 milhões de toneladas de aço em maio de 2024 (-0,9%), onde os Estados Unidos responderam por 6,9 milhões de toneladas e registrou decréscimo de 1,5% no mês. Já a América do Sul produziu, em maio, 3,3 milhões de toneladas, 8,2% a menos que em maio de 2023. A produção brasileira estimada somou 2,6 milhões de toneladas, queda de 7,4% sobre maio do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2024, a produção mundial de aço bruto somou 793,2 milhões de toneladas, 0,1% inferior ao mesmo período do ano passado.
 
Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/06/2024

 

Abimaq pede R$ 15 bilhões no Plano Safra para reduzir déficit em silos

O presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (Cseag), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Paulo Bertolini, afirmou que são necessários investimentos anuais de R$ 15 bilhões para que o setor acompanhe o crescimento da agricultura do país, evitando um aumento do déficit de armazenagem de grãos.

Esse valor considera tanto os custos com equipamentos quanto as despesas com obras civis e infraestrutura e deveria estar contemplado no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que faz parte do Plano Safra 2024/25, a ser apresentado na próxima semana pelo governo federal.

A quantia desejada pela Câmara Setorial de Armazenagem seria mais do que o dobro do valor anunciado no ano passado para as duas modalidades do PCA: o principal, com R$ 3,8 bilhões, e o PCA até 6 mil toneladas, com R$ 2,85 bilhões. “Sem esses investimentos, o déficit de armazenagem só vai aumentar, resultando em prejuízos para os agricultores que não têm onde estocar sua produção”, alertou Bertolini.

Ele também mencionou a competição por recursos dentro do PCA como um desafio para o setor de armazenagem. Em sua visão, grandes cooperativas e usinas, que têm melhor acesso a financiamentos, muitas vezes consomem uma parcela significativa dos recursos, deixando pequenos e médios produtores sem acesso ao crédito necessário. “Isso é um problema recorrente e impede o avanço na capacidade de armazenagem, prejudicando especialmente os médios produtores, que dependem desses recursos”, explicou. Uma saída, em sua visão, seria reduzir o limite por tomador, hoje em R$ 50 milhões.

Para resolver essas questões, Bertolini sugere algumas medidas. Uma delas é dar prioridade ao financiamento de armazéns dentro das propriedades agrícolas. Atualmente, apenas 15% da capacidade de armazenagem está localizada nas fazendas.

Ele cita exemplos de países onde essa participação é muito maior, como os Estados Unidos, onde é superior a 60%. “Armazenar dentro da fazenda é essencial para reduzir custos e melhorar a eficiência logística”, defendeu.

Outra sugestão é reduzir o prazo de pagamento dos financiamentos do PCA, que atualmente é de 12 anos. Bertolini argumenta que os bancos geralmente não financiam por mais de nove anos, o que torna o prazo de 12 anos irrealista e provoca efeitos negativos no cálculo da subvenção. “Reduzindo o prazo para oito ou nove anos, podemos otimizar a aplicação dos recursos e atender mais produtores”, afirmou.

Para ele, a principal preocupação do setor é o déficit de armazenagem de grãos, que tem se acentuado ao longo dos anos, prejudicando a eficiência e a competitividade da agricultura brasileira. Bertolini ressaltou que o PCA é fundamental para enfrentar esse desafio. No entanto, ele aponta que os recursos disponíveis têm sido insuficientes para atender à crescente demanda. “A agricultura brasileira cresce em média 10 milhões de toneladas por ano, mas a capacidade de armazenagem aumenta apenas metade disso, aumentando o déficit a cada ano”, afirmou.

Atualmente, o déficit de armazenagem é de 120 milhões de toneladas, de acordo com o dirigente.

Fonte: Canal Rural
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 24/06/2024