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Vendas globais de veículos cresceram 3,5% até maio

As vendas globais de veículos cresceram 3,5% no acumulado do ano até maio, na comparação com o mesmo período no ano passado. Foram negociadas, portanto, 34,8 milhões de unidades em todo o mundo.

Segundo dados da Global Data, houve aumento de 3,3% nos volumes de vendas da China no período, somando 9,1 milhões de unidades.

No Japão, por outro lado, as vendas caíram 15% até maio, totalizando 1,7 milhão de unidades. O resultado é reflexo da parada de produção de algumas montadoras no período.

Já as vendas nos Estados Unidos cresceram 4% no janeiro-maio de 2024, somando 6,5 milhões de unidades. As vendas no Canadá alcançaram 708 mil unidades, alta de 6%.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 21/06/2024

 

Produção agroindustrial cresce 12,1% em abril, maior aumento desde 2013

A pesquisa sobre agroindústria, do FGVAgro, revela que a produção agroindustrial registrou uma expansão de 12,1% em abril frente ao mesmo mês de 2023. Esse foi o maior crescimento para o mês desde 2013.

No acumulado no ano, a produção agroindustrial acumulou uma alta de 4,1% frente ao mesmo período de 2023, correspondendo ao melhor primeiro quadrimestre para a Agroindústria desde 2018.

A alta da Agroindústria, nesse início de 2024, vem sendo derivada tanto do segmento de Produtos Não-Alimentícios (1,3%) como, principalmente, do de Produtos Alimentícios e Bebidas (6,1%). Desde 2023, o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas vem apresentando um desempenho positivo, o que continuou ao longo de 2024.

Já o segmento de Produtos Não-Alimentícios operou com dificuldades em 2023, fechando o ano com contração (de -2,1%), contudo, esse início de ano vem sendo mais favorável ao segmento, de tal forma que o único setor dentro desse segmento que não está operando em campo positivo é o de Insumos Agropecuários.

Na divulgação do próximo mês, serão divulgados os dados da Agroindústria considerando os primeiros impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Diante disso, será possível entender quanto do crescimento acumulado nos primeiros meses de 2024 terá sido perdido com a crise, dado que o estado gaúcho está entre os cinco mais relevantes para a Agroindústria brasileira.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 21/06/2024

Brasil segue como principal fornecedor de açúcar no mercado internacional

O Brasil continua a consolidar sua posição como um dos principais fornecedores de açúcar bruto no cenário internacional. Recentemente, os preços do açúcar bruto têm sido fortemente influenciados pela especulação e pelas expectativas otimistas em relação ao último relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Este relatório destacou o nível do mix de açúcar, um fator crucial para a indústria.

Segundo o relatório, a variação esperada no mix de açúcar oscilou entre 51,7% e 51%. No entanto, essa variação teve pouco impacto na produção total, que se manteve robusta entre 41,5 e 42 milhões de toneladas (Mt). Esses números reafirmam o papel do Brasil como um fornecedor essencial de açúcar no mercado global, sustentado pela robustez da produção nacional.

Preço do açúcar

Desde o início de maio, os preços do açúcar bruto têm permanecido dentro de uma faixa estabelecida, com um piso de aproximadamente 18 centavos por libra (c/lb). A especulação sobre possíveis compras por parte da China é um fator que tende a aumentar os preços quando estes se aproximam desse nível.

Entretanto, a redução na necessidade de importações chinesas sugere que os preços se alinhem mais estreitamente aos níveis do ZCE (Zhengzhou Commodity Exchange), situados entre 17 e 17,5 c/lb.

Clima e fatores globais

O clima também surge como um tema central nas discussões atuais sobre o mercado de açúcar. O inverno brasileiro e os desenvolvimentos do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENSO) são fatores críticos que podem afetar as colheitas. Além disso, as condições das colheitas no Hemisfério Norte também desempenham um papel significativo na determinação dos preços e da oferta global de açúcar.

Com esses fatores em mente, é evidente que o mercado de açúcar continua a ser influenciado por uma combinação de variáveis climáticas e econômicas. A produção robusta e as estratégias de mercado posicionam o Brasil como um ator-chave na dinâmica global do açúcar, mantendo sua relevância e capacidade de atender à demanda internacional.

Em resumo, o Brasil segue firme como um dos principais fornecedores de açúcar bruto no mundo, com uma produção estável e uma posição estratégica no mercado global, apesar das variáveis climáticas e da especulação econômica que influenciam os preços.

Fonte: Agro2
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 20/06/2024

 

Vendas de imóveis novos crescem 43,1%, aponta indicador Abrainc

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 43,1% no acumulado de 12 meses, encerrados em março de 2024.

Ao todo, foram comercializadas 177.350 unidades, aponta o indicador Abrainc-FIPE. Esse foi o melhor resultado da série histórica iniciada em 2014. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou bom desempenho nas vendas, com aumento de 15,2% no volume de unidades comercializadas e de 27% no valor de vendas.

O valor total lançado no período registrou uma alta significativa de 18,5%, indicando uma retomada robusta nos lançamentos para o segmento.

Atualmente, a duração dos estoques está em 12 meses, em comparação com os 24 meses registrados no início de 2023, o que mostra que os estoques voltaram a níveis saudáveis, permitindo o retorno dos lançamentos.

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou um aumento significativo tanto na quantidade de unidades vendidas (56,4%) quanto no valor total de vendas ao longo dos doze meses (66,4%).

Além disso, registrou-se um acréscimo expressivo de 43,6% no valor de venda dos lançamentos. Vale salientar que as últimas medidas do governo, como o FGTS Futuro, seguem reforçando o mercado de habitação popular, ampliando o acesso à moradia para famílias de menor renda.

1° Trimestre – Em números gerais, o fechamento do primeiro trimestre de 2024 teve um crescimento de 43,9% na comparação com o mesmo período de 2023.

O resultado positivo abrangeu tanto o segmento residencial de Médio e Alto Padrão (MAP), com aumento expressivo de 145,7%, quanto os imóveis lançados sob o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com alta de 35%.

Neste intervalo, o número de unidades vendidas também superou igual período de 2023 em 35,1%. Entre os segmentos residenciais, esse crescimento abrangeu as vendas de unidades de MAP (+20,5%) e MCMV (+39,6%).

“A oferta de financiamento para a classe média precisa ser ampliada para acompanhar o crescimento do mercado imobiliário. O declínio dos recursos de poupança está tornando o crédito mais caro e menos acessível. É necessário aumentar a oferta de crédito através da liberação de recursos do compulsório sobre depósitos de poupança, conforme proposto pela Abrainc e ABECIP.

Além disso, precisamos avançar no Programa Acredita para estimular a securitização de créditos, permitindo a reciclagem das carteiras bancárias e a emissão de financiamentos pelas incorporadoras, com o apoio da reformulada Emgea. Essas ações são essenciais para elevar a relação crédito imobiliário/PIB, alinhando o Brasil aos níveis de financiamento imobiliário observados na União Europeia e no Reino Unido”, explica Luiz França, presidente da Abrainc.

A relação distrato sobre venda no segmento de médio e alto padrão permanece em um patamar baixo de 11,6% para os 12 meses encerrados em março, evidenciando a eficácia do marco legal estabelecido em 2018. É importante ressaltar que, quando a Lei dos Distratos foi sancionada, essa relação era de cerca de 40%.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 20/06/2024

 

Minério de ferro fica sem direção única, com expectativa de corte na produção de aço da China pesando

Os contratos futuros do minério de ferro reduziram os ganhos iniciais da sessão desta quarta-feira e tiveram dificuldades para encontrar uma direção clara, já que as conversas no mercado sobre possíveis cortes na produção siderúrgica na China, maior mercado consumidor do minério, pesaram sobre os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,36%, a 824 iuanes (113,55 dólares) a tonelada, depois de atingir uma alta intradiária de 835,5 iuanes a tonelada no início da sessão.

Da mesma forma, o minério de ferro referência para julho na Bolsa de Cingapura reduziu os ganhos, sendo negociado em alta de 0,5%, a 107 dólares por tonelada, depois de subir mais de 1%.

Rumores de mercado sobre cortes na produção em mais regiões pesaram sobre os preços no pregão da tarde, disseram analistas.

As informações surgiram após uma reunião entre autoridades relevantes da província de Fujian, no sul do país, e as siderúrgicas locais na segunda-feira para discutir as restrições de produção para o ano.

O Departamento Provincial de Indústria e Tecnologia da Informação não respondeu a um fax da Reuters pedindo comentários.

"Exceto Fujian, não vemos nenhum motivo para outras negociações, mas elas impactaram o movimento dos preços em algum grau", disse um analista de Pequim que pediu anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa.

Ambos os índices de referência do minério foram sustentados mais cedo por um dólar norte-americano mais suave e pela esperança de demanda sustentada de curto prazo.

"O mercado não tem confiança no controle do aço bruto este ano, mas tem fortes expectativas de melhora da economia na segunda metade do ano, o que explica em parte por que o minério de ferro pode ser tão resistente", disseram os analistas da Jinrui em uma nota.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/06/2024

 

Após medidas do governo, siderúrgicas revisam projeções

A decisão do governo federal de estabelecer cotas para importação de 11 tipos de produtos siderúrgicos, com alíquota de 25% sobre o volume excedente, trará melhorias, ainda que moderadas, para a indústria brasileira no decorrer do segundo semestre, avalia o Instituto Aço Brasil.

Embora as importações ainda tenham crescido até maio, em meio ao excesso de oferta no mercado mundial e às práticas de concorrência desleal adotadas por alguns países produtores, a expectativa da entidade setorial é que a partir da adoção das medidas, neste mês, 1,5 milhão de toneladas deixem de ser importadas no ano.

“Não é o melhor [acordo], nem aquele que queríamos inicialmente. Mas acreditamos que é um acordo que, funcionando, já vai melhorar muito a situação da indústria do aço no Brasil”, disse o presidente do conselho diretor do Aço Brasil e presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula.

De janeiro a maio, as importações de produtos siderúrgicos subiram 26,4%, para 2,3 milhões de toneladas, enquanto a produção nacional teve leve alta de 0,6% e 13,6 milhões de toneladas. Em todo o ano passado, as importações somaram 5 milhões de toneladas, a maior parte com origem na China, 50% acima do visto em 2022, e a produção doméstica encolheu 6%.

De acordo com o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, o acréscimo de 30% à média das importações de produtos siderúrgicos entre 2020 e 2022 para definição das cotas não era exatamente o que buscava a indústria brasileira. “A cota é generosa, além daquilo que achávamos que tinha de ser dado para regularizar o mercado, por causa desse delta de 30%”, afirmou.

Representantes do setor vão se reunir na próxima semana com o governo para discutir os resultados da medida até o momento e eventuais correções, se necessárias - a indústria já detectou, por exemplo, um avanço nas importações de vergalhões, que não estão contemplados na lista inicial de produtos sujeitos às cotas.

Ainda assim, haverá ganhos e as siderúrgicas revisaram para cima as previsões para 2024. Agora, projetam expansão de 0,7% na produção de aço, a 32,2 milhões de toneladas, contra estimativa anterior de queda de 3%. Para as importações, a projeção, que ao fim de 2023 era de crescimento de 20%, passou para queda de 7%, a 4,7 milhões de toneladas. Já as vendas internas devem crescer 2,5%, para 20 milhões de toneladas, contra previsão inicial de retração de 6%.

Conforme De Paula, o consumo de aço não teve crescimento importante nos primeiros meses do ano, mas é possível que, em base acumulada, encerre 2024 com expansão de 1% a 3%. Essa leitura leva em conta o bom desempenho da construção civil, com mais obras no Minha Casa, Minha Vida e a retomada de lançamentos imobiliários, e o mercado automotivo, de leves e pesados, mais aquecido.

A expectativa é que, com o reflexo das medidas no mercado doméstico, o setor gradualmente reduza a ociosidade e mantenha o pacote de investimentos programados de R$ 100 bilhões para os próximos cinco anos. Questionado sobre aumentos de preço do aço no mercado interno, que já começaram a ser anunciados, o comando da associação recorreu à economia de mercado.

“Não foi dito que não haveria aumento de preços. Uma coisa era a alegação de setores consumidores de que a indústria queria alavancar preços. Especulação de preços não está no radar, mas numa economia de mercado, as empresas terão de fazer ajustes”, disse Marco Polo.

Uma comprovação de que as usinas brasileiras seguem o mercado internacional, conforme o Aço Brasil, é a queda de 12,7% no preço doméstico das bobinas a quente de janeiro de 2023 a meados de junho deste ano, em linha com o praticado em outros países.

“Nesses dez meses [de conversas com o governo], falou-se muito sobre preço. Mas o preço é definido pelo mercado e foi acordado que nossos preços serão os de mercado”, reiterou De Paula.

Diante do avanço do importado a partir do fim de 2022, a indústria pleiteava junto ao governo alguma iniciativa de defesa comercial. Em fevereiro deste ano, o Aço Brasil pediu a adoção do sistema de cota-tarifa para 18 tipos (NCMs) de produtos siderúrgicos e conseguiu para 9 deles. Duas NCMs referentes a tubos foram aprovadas também.

Agora, disse Marco Polo, a indústria e o governo estão monitorando outras 27 NCMs para evitar que as importações de produtos parecidos, e fora da lista sujeita a cotas, tentem driblar as regras.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/06/2024