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Setor de máquinas agrícolas deve crescer 9% este ano

Expectativa em relação à indústria de máquinas e implementos agrícolas para este ano é de um crescimento de 9%, afirmou nesta quarta-feira o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan.

A entidade divulgou neste dia 29 de junho os dados de desempenho do setor em maio e realizou entrevista coletiva online para esmiuçar os números.

De acordo com Marchesan, o setor agrícola vive hoje entre duas frentes. De um lado, os preços das commodities continuam sendo embarcados a preços elevados. De outro, há um aumento expressivo dos custos por causa dos insumos, que em grande parte são precificados em dólar.

Contudo, de acordo com Marchesan, o saldo líquido destes dois movimentos será a manutenção dos investimentos em máquinas e em implementos agrícolas com vistas ao aumento da produção. Para o executivo da Abimaq, a expectativa para o segmento é de aumento de áreas de plantio e de uma colheita de no mínimo 350 milhões de toneladas de grãos da safra que começa a ser plantada em setembro.

“Pegamos três anos positivos em função de tudo o que aconteceu, com a valorização das commodities agrícolas, expansão do meio monetário no mundo todo, o que movimentou o consumo de alimentos e assim por diante. Tivemos a covid, mas isso não atrapalhou e crescemos bastante no ano passado. Para este ano prevemos crescer por volta de 9%”, disse Marchesan.

Plano Safra

Para o presidente do Conselho da Abimaq, no front agrícola, o único fator que está gerando muitas expectativas é o Plano Safra 2022/2023, previsto para esta quarta-feira, para definir a quantidade de recursos com juros equalizados tanto para custeio quanto para investimentos.

“Pelo que estamos vendo, dinheiro para investimentos com juros equalizados só deverá ser para os pequenos e médios produtores agrícolas e o restante com juros livres de mercado, que os bancos particulares vão fazer e até os bancos oficiais”, disse acrescentando que no ano passado essa questão não foi tanto sentida porque além de os preços das commodities estarem valorizadas tinha o câmbio contribuindo para as exportações.

Para este ano, no entanto, de acordo com Marchesan, o setor convive com “essa ameaça” já que o dólar está mais baixo e as commodities com tendência à estabilização. Na falta de juros equalizados para os grandes, segundo Marchesan, os produtores terão de buscar outras fontes de financiamento ou promover investimentos com recursos próprios.

Fonte: Portal DBO
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 30/06/2022

CSN prepara um plano para ficar com Samarco

O grupo CSN, da família Steinbruch, que tem ambição de se tornar uma gigante mundial da mineração de ferro, está preparando um plano que seja uma solução para o imbróglio em que se transformou a recuperação judicial da Samarco Mineração. A produtora de pelotas de minério de ferro listou mais de R$ 50 bilhões em dívidas no pedido contra credores feito em 9 de abril do ano passado.

A ideia, apurou o Valor, é convergir os interesses tanto das acionistas Vale e BHP Billiton Brasil quanto dos credores financeiros da empresa. Os dois lados não chegaram a um acordo sobre o plano de recuperação elaborado pela Samarco, e suas donas. Fruto disso, ele foi rejeitado na assembleia de credores de 18 de abril.

A CSN contratou a consultoria de Ricardo K. - como antecipou o colunista Lauro Jardim, de O Globo -, especializada em reestruturações financeiras e disputas societárias, como se tornou o caso Samarco. A avaliação de uma fonte é que um acerto das partes é melhor do que uma judicialização de anos, o que poderá acontecer.

Contatos preliminares já foram endereçados tanto às sócias da Samarco quanto a representantes dos credores financeiros - 17 fundos estrangeiros conhecidos como “distressed funds”. Entre eles destacam-se Oaktree e Goldentree.

O grupo detém bonds emitidos pela empresa em valor acima de R$ 23 bilhões, referentes a empréstimos feitos antes de 2015. Esses credores não concordaram com os termos do plano da empresa e levaram ao juiz um Plano Alternativo, que está em análise.

O plano do grupo contempla, entre vários pontos, uma capitalização de 38% da dívida na forma de debêntures, o que tira Vale e BHP da gestão da mineradora. O plano é tratado como “Nova Samarco” e um objetivo é buscar, logo depois, um investidor estratégico - uma empresa de mineração. Um prato cheio para a CSN.

Vale e BHP, que aportaram R$ 24 bilhões na Samarco, apoiaram um segundo plano alternativo - bem menos radical que o dos credores - de dois sindicatos de trabalhadores de Minas Gerais e do Espírito Santo. Basicamente, eles fizeram algumas melhorias no plano de recuperação feito pela Samarco.

Entregues em 17 de maio ao juiz de Belo Horizonte responsável pelo caso Samarco, uma decisão ainda pode demorar de 45 a 60 dias, segundo fonte a par do andamento. Hoje está marcada audiência pública de conciliação de acionistas e credores com o juiz. Num primeiro momento, o que se busca é definir se vai haver ou não processo de mediação.

A CSN tem uma tarefa difícil pela frente - convencer, principalmente, a Vale a ouvir sua proposta, que compreende a injeção de recursos e compra de créditos dos fundos. Uma operação em que a CSN seria o “Stalking Horse”, operação conhecida no mercado financeiro e usada na Oi. A mineradora é refratária. Os demais parecem mais abertos. “Vale e BHP correm o risco de serem ‘tratoradas” pelos bondholders se não acharem uma solução”, diz fonte.

Se tiver êxito com uma proposta atrativa será uma grande oportunidade de a CSN assumir o controle da Samarco. É sabido que o dono da CSN, Benjamin Steinbruch, não entra num negócio se não for para ser sócio majoritário.

A Samarco tem condições de voltar a ser, em cinco anos, a grande produtora de pellets que foi antes de 2015, quando se afundou na lama que saiu da barragem de Fundão rio Doce abaixo. A empresa, apta a fazer 30 milhões de toneladas por ano, só voltou a operar no fim de 2020.

As pelotas, ou pellets, como são conhecidas, são um produto premium no mercado mundial.

A CSN Mineração, que abriu o capital em fevereiro de 2021 e que já produz em torno de 33 milhões de toneladas de minério ao ano, vai passar a fazer material superfino (pellet-feed) em grande quantidade em Congonhas (MG). Esse minério é matéria-prima na fabricação de pelotas. Dessa forma, a empresa integraria sua produção, como já faz a Vale.

Congonhas fica distante 45 km, em linha reta, e 69 km por rodovia, de Mariana, onde estão as instalações de beneficiamento do minério da Samarco, que é transformado em polpa e levado por mineroduto até Anchieta (ES).

Sobre o propósito do grupo de Steinbruch, BHP e Vale se manifestaram em nota conjunta. “BHP Brasil e Vale informam que a Samarco não está à venda e reafirmam seu apoio ao plano de reestruturação protocolado pelos sindicatos de empregados da Samarco e outros credores em 18 de maio. Ambos acionistas estão focados nos preparativos para a audiência de conciliação amanhã [hoje] e em garantir a sustentabilidade da Samarco e sua responsabilidade com os esforços de reparação, que não são endereçados pelo plano dos credores.”

Procurados, CSN, os credores financeiros e Ricardo K. não se pronunciaram sobre o assunto.


Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/06/2022

Indique para um amigo do mercado

Minério de ferro se recupera na bolsa de Cingapura, mas perdas em Dalian aumentam

Os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram na bolsa de Cingapura nesta terça-feira após uma série de vendas generalizadas (sell-off) desencadeadas pelo pessimismo quanto à demanda da China, maior produtora de aço do mundo. Já em Dalian, os preços permaneceram sob pressão.

O contrato do ingrediente siderúrgico para o mês de julho na Bolsa de Cingapura subiu 2,7%, a 113,95 dólares a tonelada, após uma queda de oito sessões que havia eliminado os ganhos deste ano.

Na Dalian Commodity Exchange, o contrato de minério de ferro mais negociado para setembro encerrou as negociações diurnas em queda de 3,1%, a 749 iuanes (111,85 dólares) a tonelada, depois de atingir 728,50 iuanes, seu menor nível desde 2 de março.

Um número crescente de produtores de aço chineses está paralisando os altos-fornos devido à demanda lenta e lucros fracos, que podem persistir por mais algum tempo à medida que a estação chuvosa interrompe a atividade de construção e os riscos de lockdown contra a Covid-19 permanecem.

No mercado spot, o minério de ferro com teor de 62% com destino à China caiu 2 dólares, para 117,50 dólares a tonelada nesta terça-feira, após uma baixa de 10 dólares na sessão anterior que havia levado o preço ao nível mais fraco desde meados de dezembro, segundo dados da consultoria SteelHome.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/06/2022

Exportações do Brasil à China caem 11% por conta de lockdowns

Lockdowns promovidos recentemente pela China devido à pandemia da Covid-19 causou prejuízos à balança comercial brasileira. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério da Economia, o volume total de produtos exportados do Brasil para a China recuou 11,2% entre janeiro e maio de 2022 quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com a Secex, o produto mais afetado foi o minério de ferro, com queda de 7,76%. Enquanto de janeiro a maio de 2021, o volume exportado foi de 84,15 milhões de toneladas, no mesmo período de 2022 esse número foi de 77,62 milhões.

Xangai, a maior cidade da China, ficou em lockdown por dois meses e as restrições foram suspensas somente no último dia 1 para cerca de 23 milhões de pessoas. No entanto, na semana seguinte, a administração da cidade ordenou o fechamento de sete distritos por conta do aumento de novos casos da doença.

Saldo de outros continentes

A Ásia teve queda significativa nas compras feitas do Brasil, reduzindo sua participação nas exportações de 51% do total em maio de 2021 para 41,8% no mês passado.

A fatia da América do Norte nas exportações brasileiras subiu de 13,5% para 14%, enquanto a Europa teve alta de 17,4% para 20,3% e a América do Sul, de 10,6% para 12,2%.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o saldo comercial brasileiro ficou positivo em 25,129 bilhões de dólares. Na divulgação dos dados de março, o Ministério da Economia revisou a projeção para o resultado da balança em 2022, impulsionada por melhor perspectiva para as exportações. De acordo com a estimativa da pasta, o saldo comercial do ano deve ficar positivo em 111,6 bilhões de dólares ante projeção de 79,4 bilhões de dólares feita em janeiro.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/06/2022

 

Índice de Confiança do Micro e Pequeno Empresário registra otimismo

O Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) registrou seu quarto resultado positivo consecutivo. Segundo a Sondagem Econômica das Micro e Pequenas Empresas, o indicador avançou 1,8 ponto em maio, e chegou aos 98,1 pontos — o maior nível desde outubro de 2021 (98,9 pontos).

A pesquisa, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), indicou que os dois principais fatores para mais um resultado positivo são a maior circulação de pessoas — após um confinamento de dois anos devido à pandemia de Covid-19 — e a prorrogação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até 2024.

Segundo o Sebrae, todos os setores que compõem o IC-MPE — comércio, serviços e indústria de transformação — apresentaram uma recuperação contínua na última avaliação. Entre eles, o de comércio foi o de maior destaque: após indicar declínio em abril, o índice que diz respeito aos empresários desse segmento voltou a aumentar em maio, quando chegou aos 91,4 pontos (elevação de 5,5 pontos).

No setor de serviços, a atividade de transporte foi a de maior evidência, ao passo que, no setor de indústria de transformação, ainda que ele tenha registrado neutralidade, o realce foi no ramo do vestuário.

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o ânimo dos empresários foi influenciado tanto pela situação atual quanto pelas expectativas de curto prazo. Melles, entretanto, pondera que ainda é preciso ter cautela. “Mesmo com esse cenário de melhora no ânimo por parte das empresas, a parcimônia tem sempre que prevalecer, já que ainda enfrentamos problemas conjunturais, como a escassez de insumos, prognósticos de alta de inflação e taxas de juros”, argumentou.

Fonte: AECWeb
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/06/2022

 

Por que as indústrias de aço e alumínio estão consumindo menos energia?

 Dados da CCEE indicam freio na produção As indústrias do aço e do alumínio botaram um freio na produção.

Os dados preliminares do consumo de energia complicados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mostram que o segmento de produção de ferroligas consumiu 2,4% menos energia em maio do que em relação ao mesmo período do ano passado.

A indústria fabricante de laminados planos de aço apresentou redução de 1,9% e o setor de beneficiamento do alumínio e suas ligas registrou queda de 0,5%.

A CCEE, que reúne o mercado livre, avalia que um dos principais motivos foi a queda do preço do aço na China, que enfrentou uma nova onda de Covid-19 e promoveu lockdowns.

Fonte: Veja
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/06/2022