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Proconve 8 – A norma que deverá promover a renovação da frota de caminhões no Brasil

Em 1º de janeiro de 2023, todos os caminhões vendidos no Brasil deverão atender à norma Proconve 8, referente às emissões para veículos automotores pesados novos de uso rodoviário no Brasil. A seguir, conheça o histórico da norma que deverá promover a renovação brasileira da frota de caminhões em 2023.

Sobre a Proconve 8

Em 16 de novembro de 2018, o Conama – Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu a norma Proconve P-8, que se aplica a todos os veículos novos de passageiros e de carga equipados com motores de ignição por compressão ou centelha, e com peso mínimo de 3,856 toneladas.

A norma P-8 especifica limites máximos de emissão para gases de escapamento, partículas e ruído, bem como requisitos de durabilidade, sistemas de diagnóstico de bordo (OBD) e testes em uso, entre outras disposições. Ela equivale à norma Euro VI, de modo que alinhará a regulamentação para veículos pesados do Brasil à da União Europeia.

A adoção da P-8 no país segue avanços semelhantes de outros importantes mercados de veículos, a exemplo da Índia, China e México. Com isso, estima-se que entre 2020 e 2023, 70% dos novos veículos pesados a diesel em todo o mundo atenderão a padrões equivalentes aos da Euro VI, em comparação com 40% dos novos veículos pesados em 2018.

Com a adoção da P-8 no Brasil, 14 das economias do G20 terão adotado padrões equivalentes aos da Euro VI. Austrália, Argentina e Rússia estão na Euro V; e Indonésia, África do Sul e Arábia Saudita estão em estágios anteriores.

Impactos da regulação

A introdução da norma P-8 no Brasil trará extensos benefícios para o controle de emissões prejudiciais por veículos pesados e a redução dos impactos associados na qualidade do ar e na saúde pública.

“Em uma análise publicada em 2016 sobre os custos e benefícios da P-8 no Brasil, constatou-se que a introdução da Proconve 8 renderia 11 dólares americanos em benefícios à saúde para cada dólar investido em tecnologias mais avançadas de controle de emissões veiculares.

Após 30 anos da implementação da P-8, as emissões acumuladas de veículos pesados podem ser reduzidas em 130 mil t de MP2,5, 110 mil t de carbono negro, 12 milhões de toneladas de NOx, 2,7 milhões de toneladas de monóxido de carbono e 24 mil t de hidrocarbonetos”*.

Histórico

O Brasil tem controlado as emissões de veículos pesados por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) desde 1990, seguindo os precedentes europeus de limites de emissões e procedimentos de certificação.

As normas têm sido implementadas no Brasil com uma defasagem média de cinco anos em relação à Europa, sendo a mais recente a Proconve P-7, de 2012, que equivale à Euro V.

A tabela abaixo traz o cronograma de implementação das normas do Proconve para veículos pesados no Brasil

 

*Fonte: ICCT – The International Council on Clean Transportation (https://theicct.org/)
Fonte: Abifa
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 12/07/2022

 

Produção de implementos supera média mensal em junho

O total de emplacamentos de implementos rodoviários em junho superou a média mensal do primeiro semestre. No mês foram entregues ao mercado 13.133 unidades, enquanto a média é de 12.500 produtos.

No acumulado do ano, o total de produtos vendidos foi de 75.052 unidades. No segmento Pesado foram entregues 40.234 unidades enquanto no setor Leve 34.818 produtos.

“Estamos há dois meses consecutivos registrando volume de emplacamentos acima da média do período o que pode indicar a formação de uma curva positiva de crescimento“, explica José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

O mercado de implementos rodoviários em 2022 deverá ser de 165 mil unidades. O resultado deverá ficar próximo ao obtido em 2021, quando foram vendidos 163 mil implementos rodoviários. Na distribuição por segmento, a Anfir estima que poderão ser 80 mil Pesados e 85 mil Leves.
O segundo semestre apresenta dois fatores que devem concorrer favoravelmente para impulsionar as vendas. Um deles é o movimento de antecipação de renovação de frota de caminhões, que historicamente traz reflexos positivos às vendas de implementos rodoviários. A ação deverá acontecer porque em janeiro de 2023 entra em vigor o Proconve 8, que prevê como padrão para os caminhões a motorização Euro VI.

O segundo fator é a realização da Fenatran, que costuma ser o polo atrativo de negócios para o setor. “Com esses dois fatores a indústria terá condições de minimizar as eventuais perdas e manter um patamar de unidades emplacadas semelhante a do exercício anterior“, conclui o presidente da Anfir.

Fonte: Revista M&T
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 12/07/2022

 

“Custo da Construção segue em alta”, diz economista da CBIC sobre INCC

Depois de registrar incremento de 2,28% em maio deste ano, o Índice Nacional de Custo da Construção, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (INCC/FGV) aumentou 2,14% em junho, o que correspondeu a sua terceira maior elevação, para esse mês, dos últimos 28 anos. Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, somente em junho de 1995 (+3,12%) e em junho de 2021 (+2,16%), as altas foram superiores. Com esse resultado, o indicador aumentou 7,53% no primeiro semestre de 2022 e 11,57% nos últimos 12 meses. “Particularmente em junho de 2022 o custo com materiais e equipamentos cresceu 1,07%, o custo com a mão de obra aumentou 3,35% e o custo com serviços 0,68%”, disse.

No custo com materiais e equipamentos, foi observado que os vergalhões e arames de aço ao carbono, depois de aumentarem 1,64% em abril, e 6,97% em maio, registraram alta de 3,06% em junho. “O cimento foi outro insumo que continuou aumentando: 5,38% em abril, 5,56% em maio e 3,15% em junho. No 1º semestre de 2022, o cimento já apresentou incremento de 16,84% em seus preços. Essas altas contribuem para manter o custo da construção em patamar elevado, prejudicando as atividades do setor, gerando incertezas, instabilidades e preocupação em relação aos futuros lançamentos. Vale destacar que há 24 meses consecutivos a alta dos insumos é um dos principais problemas enfrentados pela Construção”, afirmou Ieda.

Em junho de 2022, a variação de 3,35% registrada no custo com a mão de obra aconteceu em função do incremento observado em seis, das sete capitais componentes do INCC/FGV: Brasília (+1,57%), Rio de Janeiro (+2,37%), São Paulo (+5,09%), Salvador (+3,54%), Recife (+3,91%) e Porto Alegre (+2,26%).

“É importante ressaltar que é nos meses de maio e junho que se concentram as datas bases dos trabalhadores da Construção Civil nas cidades pesquisadas pelo INCC e, por esse motivo, historicamente, observa-se maior aumento do custo nesse período”, explicou.

A economista ainda mencionou que, desde julho de 2020, a Construção Civil vem sentindo as fortes elevações nos seus custos, especialmente em função das altas nos preços dos insumos. De julho de 2020 até junho de 2022, o INCC/FGV já aumentou 30,94%.

“Neste período, o custo com materiais e equipamentos cresceu 52,70%, o custo com a mão de obra registrou elevação de 18,46% e o custo com serviços aumentou 17,74%. Observa-se, portanto, que o incremento no custo com os insumos foi a maior fonte de pressão na elevação dos custos da construção. É importante ressaltar que, neste período em análise, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que é o indicador oficial da inflação no País, aumentou 21,23%”, apontou.

Levantamento nacional revela o custo médio da construção civil no Nordeste; veja posição da Paraíba

Um levantamento do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta semana, revelou que a Paraíba registrou o segundo maior custo médio da construção civil no Nordeste, em junho. O valor médio para construção por metro quadrado foi de R$ 1.552, 41, inferior apenas ao custo da Bahia (R$ 1.564,50), na região, conforme o Sinapi.

Com relação ao mês anterior, houve um acréscimo de 0,63%, o segundo menor reajuste entre os estados nordestinos. No acumulado do ano, o custo da construção já aumentou 8,22% e, nos últimos 12 meses, 13,94%. O aumento do custo da construção civil em 12 meses supera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, o qual registrou, índice de 11,89%.

No Brasil, o Sinapi cresceu 1,65%, em junho, com desaceleração sobre o índice registrado em maio, que foi de (2,17%). No acumulado do ano, o Sinapi aponta um aumento de 7,52%. Nos últimos 12 meses, o custo médio da construção civil acumula alta de 14,53%, índice um pouco menor do que os 15,44% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, o índice havia sido de 2,46%.


Com agˆências de notícias (CBIC e PB Agora)
Fonte: Infomet
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 12/07/2022

Vendas de cimento fecham o semestre em queda

Após um primeiro semestre difícil para a economia brasileira marcado por juros altos e em ascensão, inflação elevada e massa salarial em patamares ainda preocupantes, a indústria do cimento espera para os próximos meses um cenário econômico e político ainda mais turbulento e observa com preocupação o comportamento do consumo de cimento no país. 

As vendas do insumo, após seis meses de retração, acumulam 30,8 milhões de toneladas, uma queda de 2,7% com relação ao primeiro semestre de 2021. O mês de junho atingiu 5,2 milhões de toneladas comercializadas registrando uma perda de 5,3% se comparada ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento — SNIC. Ao se analisar o despacho de cimento por dia útil em junho de 225,4 mil toneladas, há uma diminuiçãode 5%sobre junho do ano passado e de 3,4% em relação ao primeiro semestre de 2021. 

O conflito entre Rússia e Ucrânia e a imprevisibilidade de seu fim segue pressionando os insumos energéticos. O preço do coque de petróleo, principal fonte de energia para a indústria do cimento subiu 73,5% nos últimos 12 meses. No âmbito doméstico, energia elétrica, frete, sacaria, gesso e refratários também vem tendo forte incremento de preços. 

O endividamento das famílias continua elevado?1; e a inflação insiste em permanecer em 2 dígitos. A taxa de juros em ascensão está em 13,25%, o que deixa o financiamento habitacional ainda mais caro ocasionando diminuição nas vendas de unidades imobiliárias. Isso já reflete na quantidade de unidades financiadas pelo SBPE2 – que depois de subir 298,6% no ano passado, apresenta desempenho de 7,1% no acumulado até maio deste ano – e nos lançamentos imobiliários3 que apresentaram queda de 2,6% no 1º trimestre 2022 com relação ao 1º trimestre de 2021. Esse comportamento de alta de vendas e queda de lançamentos imobiliários reduz o estoque de obras, comprometendo o desempenho da indústria do cimento a curto e médio prazo, segundo Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Em contraposição, o mercado de trabalho voltou a dar sinais de recuperação. A taxa de desemprego atingiu o menor valor desde início de 2016 (9,8% em maio/22,) colaborando para um leve crescimento da massa salarial – mesmo com uma remuneração mais baixa e informal. 

Além disso, a adoção pelo governo federal de medidas pontuais como a liberação do FGTS e a antecipação do 13º no INSS somadas ao aumento do valor do auxílio Brasil, estimularam a economia nesse 1º semestre. Para os próximos meses, a redução do ICMS sobre os combustíveis deve ajudar a situação econômica e financeira dos agentes econômicos. 

” Ao longo do ano com o sucessivo agravamento do ambiente econômico, altas das taxas de juros, inflação e preço das commodities somadas a instabilidade geopolítica, causada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, têm impactado a economia e todo setor industrial brasileiro. Diante desse cenário, a expectativa da indústria do cimento em assegurar os ganhos obtidos de 2019 a 2021 caminha para uma indesejável frustração”
Paulo Camillo Penna — Presidente do SNIC

A PREOCUPANTE E INCERTA SEGUNDA METADE DE 2022

Tudo leva a crer que a boa performance do triênio 2019/2021 está longe de se repetir frustrando o setor que estima uma queda para este ano entre 1% e 2%. 

Apesar da leve alta no número unidades imobiliárias vendidas, os lançamentos registraram queda no início de 2022, já refletindo as incertezas geradas pelo ambiente macroeconômico. O destaque negativo ficou por conta do programa Casa Verde Amarela com desempenho aquém do esperado. Por outro lado, há a promessa do Governo em ampliar o subsídio e reduzir a taxas de juros desse programa, podendo trazer um alento ao setor da construção. 

AS TRANSFORMAÇÕES DA INDÚSTRIA DO CIMENTO

De acordo com estudo promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), a partir dos dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ao longo dos anos o brasileiro está gastando menos com obras em suas moradias. Segundo as conclusões apontadas na pesquisa, se no final dos anos 1990, cerca de 6% da renda familiar era direcionada para obras, reformas e pequenas melhorias, em sua última edição (2018) a constatação foi de que apenas 1,9% de todos os ganhos tiveram o mesmo destino. 

Diante dessa mudança no perfil de consumo da população brasileira, além de estimular obras e reformas, é fundamental ter indutores de demanda por cimento, como a ampliação do investimento em infraestrutura e habitação. 

EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Para o setor cimenteiro, que tem como uma das suas prioridades a pauta ambiental, avançar ainda mais na redução de sua pegada de carbono e em direção a sua neutralidade é fundamental.

Na agenda de sustentabilidade, a indústria brasileira do cimento deu um importante passo no mês passado junto à Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA), sendo escolhido como um dos 5 países a integrar o programa global de elaboração de roadmaps nacionais Net Zero em Carbono. 

O setor já tinha lançado o seu Roadmap de Redução de Carbono em 2019, fruto da cooperação com importantes instituições internacionais como Agência Internacional de Energia, Banco Mundial e Conselho Empresarial Mundial de Desenvolvimento Sustentável. O projeto, pioneiro entre os setores industriais nacionais, propõe até 2050 a redução de mais 33% sobre a sua já baixa intensidade de emissões, atualmente a menor do mundo. 

Agora a atividade cimenteira se antecipa novamente ao dar início a este ambicioso projeto, ampliando o alcance do Roadmap original não somente sobre o processo produtivo do cimento, mas sobre o uso do produto no concreto e na construção, de forma a alcançar a neutralidade em carbono no seu ciclo de vida até 2050. 

A iniciativa vem num momento mais do que oportuno, quando se discute no âmbito nacional a descarbonização dos setores industriais — e da economia como um todo — através da implementação de um mercado de carbono no Brasil, seja pelo PL 2.148/15 que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, seja pelo Decreto 11.075/2022, publicado em maio e que estabelece, dentre outros, a necessidade de se elaborarem Planos Setoriais de Mitigação de Gases Efeito Estufa. 

Uma das principais ferramentas para a descarbonização do setor passa pela substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos, através da atividade conhecida como coprocessamento, que alcançou 28% de participação na matriz energética – antecipando a meta prevista no Roadmap para 2025.

Fonte: Jornal Dia Dia
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 12/07/2022

Atraso no crédito afeta pequenos produtores

O agricultor Júlio César Trevisan, de Dilermando de Aguiar, na região central do Rio Grande do Sul, aguardava a liberação dos recursos do novo Plano Safra para comprar os insumos necessários para o plantio de soja. Por enquanto, ele segue na espera. Com o atraso na definição sobre as linhas de crédito rural com subvenção - que representam um terço do Plano Safra 2022/23, que prevê R$ 340 bilhões ao campo -, ele agora pretende reduzir a aplicação de insumos e aceitar que terá produtividade menor nos cerca de mil hectares que deve semear. “Não posso reduzir a área por causa de compromissos que já assumi”, diz. “O produtor é, como sempre, o que mais contribui e o que menos se beneficia neste país. É difícil”.

O atraso na definição sobre a oferta de crédito rural com subsídio em 2022/23 não chega a ser um problema incontornável para os grandes produtores de grãos do país, responsáveis diretos pelos sucessivos recordes de produção e exportações do agronegócio brasileiro, já que eles conseguem se financiar de outras formas. São os pequenos e médios produtores os mais afetados, como atestam relatos como o de Trevisan.

Em Mato Grosso, Estado que virou sinônimo de agricultura de larga escala para exportação, os grandes produtores admitem que a demora não chega a afetá-los. Já os pequenos lamentam. “O crédito está atrasado. A maioria dos produtores ligados à entidade enfrenta dificuldades para acessar recursos”, diz Reginaldo Gonçalves Campos, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT).

O Plano Safra 2022/23 entrou em vigor em 1º de julho com a previsão de oferecer R$ 115,8 bilhões em recursos equalizados. Desse total, mais de R$ 35 bilhões serão para operações de custeio e investimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Isso significa que, sem a liberação, ainda pendente de trâmites no Congresso e no governo (leia mais abaixo), simplesmente não há oferta de crédito subsidiado para os pequenos produtores, que acessam essas linhas.

“Em Mato Grosso, toda vida foi essa dificuldade. A maioria dos produtores não consegue ter acesso [aos recursos]”, conta Eliane Barros, que, como funcionária do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Campo Verde, acompanha os relatos dos produtores de pequeno porte do município, localizado a 130 quilômetros de Cuiabá. “Eles [o governo] lançam um valor, mas quando chega aqui embaixo, a realidade é bem diferente”.

No caso da soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, qualquer dia de atraso acentua o risco de o produtor ter prejuízo. A guerra na Ucrânia limitou a oferta de insumos como os fertilizantes, como tem informado o Valor. Com menos adubo, o volume que existe é insuficiente para todos os interessados. Quem tem acesso a crédito consegue comprar antes ou negociar melhor os preços. Quem não tem, reduz as aplicações ou fecha negócio oferecendo a produção em troca de insumos por preços que nem sempre são os ideais. A depender do comportamento das cotações na temporada, o produtor pode perder dinheiro.

A demora para a definição sobre o subsídio ao crédito rural é inédita. “Em 2022, já temos meio ano de atraso no Pronaf. Isso nunca tinha acontecido”, relata Marcos Rochinski, coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf Brasil). Ele faz menção ao congelamento das linhas do crédito rural, por falta de recursos, que o Tesouro determinou em fevereiro. O Pronaf não foi o único programa afetado, mas é, proporcionalmente, o que mais depende desses recursos.

O fato de o atraso do crédito rural subsidiado ter impacto mais forte sobre pequenos e médios produtores rurais não faz desse um problema secundário. Afinal, se não é o bastião de defesa dos saldos da balança comercial brasileira, a agricultura familiar gera cerca de 80% dos empregos no campo e assegura a oferta de 60% da oferta de alimentos no mercado interno.

Remi Beck, que produz leite e grãos em Augusto Pestana (RS), é um dos muitos produtores que seguem à espera de recursos subsidiados para a safra. “Não pode atrasar tanto”, afirma. “A natureza não perdoa. Quando chega a hora de plantar, tem que plantar”.

Fonte: Valor
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 12/07/2022

New Holland expande rede no Mato Grosso

A New Holland contará com mais duas revendas no Estado do Mato Grosso, em parceria com o seu distribuidor Parecis Máquinas Agrícolas, que opera no principal Estado produtor de grãos do País. Uma unidade será inaugurada em Nova Maringá na terça-feira, 12, e a outra loja será aberta na quinta-feira, 14, em Comodoro.

Com as duas novas unidades a rede de distribuição de máquinas New Holland da Parecis no MT chegará a seis revendas.

Fonte: Autodata
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 12/07/2022