Notícias

Puxada pelo mercado interno, produção de motos crescerá mais de 10%

 Nova projeção dos fabricantes prevê 1,32 milhão de unidades montadas até o fim do ano As vendas em alta levaram as fábricas de motos a revisar para cima suas projeções. A produção deve alcançar este ano 1,32 milhão de unidades, o que indicará crescimento de 10,5% na comparação com 2021. A estimativa inicial era de 1,29 milhão. Os números foram divulgados na terça-feira, 12, pela Abraciclo, associação que reúne os fabricantes do setor de duas rodas.

Para o mercado interno, a Abraciclo elevou a estimativa para 1,26 milhão de unidades e crescimento de 8,9%. No começo do ano essa expectativa era por 1,23 milhão.

“Temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de entrega e maior uso da moto nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Produção de motos cresce rumo ao patamar de 2011

O executivo recorda que as novas estimativas estão em linha com o crescimento esperado antes da pandemia de Covid-19. “Talvez em mais alguns anos o País volte ao patamar de 2 milhões de unidades como em 2011.”

Como foi o primeiro semestre

De janeiro a junho as fábricas instaladas em Manaus montaram  671,3 mil unidades, alta de 18% sobre iguais meses de 2021. O nível da produção local se mantém como o mais elevado desde 2015.

A análise isolada de junho indica 101,7 mil motos e queda de 21,6% em relação a maio. Segundo a Abraciclo, as fábricas pararam na última semana de junho, já como parte das férias coletivas, que normalmente se iniciam julho. “As fábricas aproveitam essa parada para realizar manutenções e ajustes em suas linhas de montagem”, garante o executivo.

Também neste primeiro semestre foram emplacadas 636,7 mil motos, o melhor resultado para o período em sete anos. Na comparação com a primeira metade de 2021 houve alta de 23,1%. Apesar da maior dificuldade de aprovação de crédito, a procura por motos aumentou no País porque os serviços de entrega não se restringem mais à alimentação e documentos. E a alta dos combustíveis também favoreceu as vendas do setor.

Exportações de motos

As fábricas instaladas em Manaus enviaram ao mercado externo 25,1 mil motos de janeiro a junho, o que revela pequena queda de 4,4% na comparação interanual. O maior mercado no período foi a Colômbia, com 7 mil unidades exportadas e 28,9% dos embarques. 

A Argentina ficou na segunda colocação, com 6,2 mil motos e participação de 25,5%. Para os EUA foram entregues 4,6 mil motos, 19,2% do total. “As exportações para os Estados Unidos cresceram 132,9%, o que comprova a qualidade do produto nacional em um dos mercados mais exigentes”, ressalta Fermanian.

Pela nova projeção da Abraciclo, o Brasil deve exportar até o fim do ano 56 mil motos e registrar pequeno aumento de 4,7%. A estimativa inicial era de 54 mil motos, quase uma repetição dos embarques de 2021 (53,5 mil).

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/07/2022

 

Toyota e empresas japonesas desenvolvem motores a hidrogênio para pesados

As empresas japonesas Isuzu Motors, Denso, Toyota, Hino Motors e a Commercial Japan Partnership Technologies (CJPT) revelaram que estão desenvolvendo motores a hidrogênio para veículos pesados. O objetivo é usar motores de combustão interna como base para o projeto e como opções "para atingir a neutralidade de carbono".

“Em busca de neutralizar a pegada de carbono, estamos desenvolvendo várias opções de trens de força para atender às necessidades dos clientes. Isso inclui motorizações híbridas, elétricas e de células de combustível, de acordo com as diferentes condições energéticas disponíveis nos países e com distintas aplicações”, declararam as empresas em comunicado oficial conjunto.

Toyota já faz testes com motores a hidrogênio

“Motores a hidrogênio surgem como uma opção importante. Um Toyota Corolla movido a hidrogênio participa da Super Taikyu Series (categoria de automobilismo do Japão) desde maio de 2021 e ajuda no desenvolvimento da tecnologia. Além disso, esforços para a popularização deste tipo de combustível estão em ascensão, incluindo medidas como o aumento no número de parceiros envolvidos na produção, transporte e no uso de hidrogênio”, diz o documento.

As empresas ainda afirmaram que a redução de emissões de CO2 nos setores de transportes e logística consistem em um problema social. Segundo as companhias, essa questão "precisa ser resolvida com a colaboração de parceiros que compartilham uma visão em comum em relação a uma vida com neutralidade de carbono". O comunicado ainda acrescenta: "Acreditamos que os motores a hidrogênio são uma solução para este problema e pretendemos aproveitar a tecnologia, além de estudar o potencial dos motores a hidrogênio em veículos comerciais pesados.”

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/07/2022

 

Abimaq: linha Moderfrota deve se esgotar em 2 meses; com juros altos

Sem holofotes no anúncio do Plano Safra 2022/23, o principal programa governamental de estímulo à aquisição de máquinas agrícolas, o Moderfrota, mais uma vez não terá recursos suficientes nem para a demanda do primeiro semestre desta safra.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão Bastos de Oliveira, estima que o dinheiro deva acabar dentro de dois meses, assim como outras fontes de crédito para aquisição de máquinas com taxas mais baixas, como o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).

A partir do segundo semestre da safra, o primeiro de 2023, o ritmo das vendas de tratores, colheitadeiras e outros equipamentos pode diminuir, a depender da rentabilidade obtida por produtores e dos juros cobrados pelo mercado, avalia Oliveira.

“Este ano (2022) não vai ser ruim, tem um arrasto da carteira (de pedidos que ainda serão faturados), mas a hora que acabar a carteira, em novembro, dezembro, talvez o mercado fique mais restritivo. Estamos no terceiro ano de vendas excepcionais, mas 2023 vai depender da rentabilidade dos produtores, que depende dos preços das commodities, dos insumos, das safras americana e brasileira, da demanda chinesa”, disse Oliveira ao Broadcast Agro. “Se 2023 for um ano muito bom de preços de commodities, pode ser razoável (em vendas de máquinas agrícolas)”, continuou.

O montante definido pelo governo para o Moderfrota na safra 2022/23, R$ 10,16 bilhões, é 35% maior do que os R$ 7,53 bilhões anunciados na temporada 2021/22, mas muito inferior aos R$ 32 bilhões solicitados pela Abimaq ao governo federal.

A entidade também pediu mais R$ 11 bilhões somente para financiamento de máquinas agrícolas pelo programa Pronaf Mais Alimentos.

A taxa de juros estabelecida para o Moderfrota no ciclo de plantio atual, de 12,5% ao ano com prazo de pagamento de no máximo sete anos, é a mais alta de todo o Plano Safra, ainda que inferior à Selic, atualmente em 13,25% ao ano.

Bastos avalia que a taxa seja alta para o produtor, considerando que é prefixada e ao longo dos sete anos de amortização o cenário de juros pode mudar. “Se olharmos para frente, a perspectiva é de que a inflação comece a cair entre 2023 e 2024, enquanto o juro estabelecido para o Moderfrota é fixo. Então o produtor vai ficar pagando sete anos essa taxa”, disse o executivo da Abimaq.

Apesar disso, como as taxas cobradas por bancos em linhas comerciais de longo prazo são ainda mais altas, de até 17%, os R$ 10,16 bilhões do Moderfrota devem se esgotar rapidamente, assim como no ano passado. Em 2021, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)anunciou no fim de setembro, somente três meses após o início da safra 2021/22, a suspensão de novas solicitações de crédito pelo Moderfrota, em virtude do nível de comprometimento de recursos.

No segundo semestre de 2022, a perspectiva de oferta de crédito para maquinário agrícola preocupa menos a Abimaq do que o primeiro semestre de 2023 (segundo do ano-safra 2022/23).

A entidade prevê para o ano um mercado de R$ 90 bilhões, considerando a receita das empresas da CSMIA, crescimento de 9% sobre 2021.

Entre janeiro e maio, a indústria faturou 11,5% acima do contabilizado em igual período do ano passado (valor real, descontada a inflação) e 35% mais em termos nominais (em valor de faturamento), de acordo com o executivo.

Estevão estima que, dos R$ 90 bilhões, R$ 80 bilhões correspondam a vendas de máquinas “inteiras” e R$ 10 bilhões, de peças.

Ele lembra que metade dos R$ 80 bilhões corresponde a vendas feitas no primeiro semestre. Faltariam ser faturados portanto, entre julho e dezembro, os outros R$ 40 bilhões em vendas, das quais 70%, ou R$ 28 bilhões, devem precisar de financiamento, seja com taxas subsidiadas ou livres.

Outros 30% do valor de vendas, ou R$ 12 bilhões, serão viabilizados com recursos próprios dos produtores.

Dentro dos R$ 28 bilhões, algo em torno de R$ 17 bilhões poderão ser financiados com taxas mais baixas, subsidiadas pelo governo, e R$ 11 bilhões a taxas de mercado.

No bolo dos R$ 17 bilhões estão, além dos R$ 10,16 bilhões do Moderfrota, em torno de R$ 3 bilhões que devem ser reservados pelo governo para o Pronaf Mais Alimentos, prevê Oliveira, com base na média histórica do montante alocado para a linha.

O total a ser destinado ao programa ainda não foi divulgado porque o governo dependia da aprovação do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 18, que prevê crédito suplementar de R$ 1,2 bilhão para equalização das taxas de juros de diversas linhas do Plano Safra 2022/23 – o que ocorreu na quarta-feira. O texto do PLN aguarda agora sanção presidencial.

A Abimaq considera que poderá contar, ainda, com cerca de R$ 3 bilhões para o segmento rural do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), também com taxas mais baixas.

Do lado dos recursos com taxas livres, sem subsídio, estão linhas de crédito de bancos privados, do Banco do Brasil e da Caixa, assim como do próprio BNDES, que criou o BNDES Crédito Rural para suprir a escassez de recursos para o segmento.

“Quando chegar em setembro, se quiser adquirir máquina, o produtor vai ter de tomar recursos do mercado, que custam entre 12,5% e 17% ao ano, dependendo do rating (perfil de crédito do produtor) e da instituição financeira”, pontuou Oliveira. Em todo o ano de 2022, o peso dos negócios fechados com caixa dos próprios agricultores também deve girar ao redor de 30% do total de R$ 90 bilhões, ou R$ 27 bilhões. O restante precisará de algum tipo de financiamento.

“No primeiro semestre do ano que vem teremos que ficar espertos, porque não vai ter mais recursos com taxas equalizadas. Talvez algo do FCO”, disse Oliveira, acrescentando que o orçamento de 2023 do Fundo Constitucional do Centro-Oeste só deve ser conhecido em novembro.

Na avaliação do executivo, a falta de crédito com taxas mais baixas não é ruim apenas para a indústria, mas para os produtores. “Sempre tem máquina que vai ficando velha. Quando uma janela atual é ruim (cenário de rentabilidade do produtor e de taxas de juros) não significa que não terá renovação de maquinário, só terá uma renovação menor”, ponderou.

No fim de abril, na cerimônia de abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto, o presidente do Conselho da Abimaq, João Carlos Marchesan, defendeu a proposta da entidade para o Plano Safra 2022/23, argumentando que 50% das máquinas que estão no campo no Brasil têm mais de 15 anos de idade e que “o parque precisa ser modernizado”.

Fonte: Estadão
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 14/07/2022

BNDES anuncia R$ 25 bi para Plano Safra que está em vigor

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ontem, em comunicado, que vai ofertar R$ 25 bilhões em crédito para o setor agropecuário brasileiro no âmbito do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/23, mais conhecido como Plano Safra. O plano tem vigência entre 1º de julho de 2022 e 30 de junho de 2023. Em 2020/21, o montante foi de R$ 19,8 bilhões.

No comunicado, a instituição de fomento detalhou que, do total, R$ 18,6 bilhões serão destinados a linhas de investimento e R$ 6,4 bilhões a operações de custeio. No Plano Safra, são 11 programas operados pelo BNDES.

Dez desses programas são voltados à agricultura empresarial, e terão R$ 14,1 bilhões no total e taxas de juros anuais entre 7% e 12,5%. Outro é para a agricultura familiar - o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que terá um total de R$ 5,7 bilhões e taxas anuais de juros entre 0,5% a 6%.

O BNDES lembrou que os recursos poderão ser emprestados a produtores rurais, cooperativas e empresas do setor, e destinados a projetos de investimento, aquisição de máquinas e equipamentos e também a aportes em sustentabilidade, armazenagem, inovação, modernização e custeio.

O BNDES realçou, ainda, que mantém o programa BNDES Crédito Rural, destinado tanto à agricultura familiar quanto empresarial e que também concede crédito para as finalidades previstas nos demais programas agropecuários federais. Contudo, o programa não conta com equalização de taxas de juros pelo Tesouro Nacional, o que permite ao BNDES garantir a oferta de recursos ao longo de todo o Plano Safra.

O BNDES detalhou, finalmente, que a liberação de crédito se dá por meio de rede de agentes financeiros credenciados, incluindo agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos. A data de abertura dos pedidos de financiamento, contudo, ainda não foi definida.

Em boa medida, ela dependerá do desfecho do imbróglio envolvendo o crédito rural subsidiado. Para o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), esses recursos deverão estar à disposição nos bancos em cerca de 15 dias. O Congresso já aprovou o PLN que prevê R$ 1,2 bilhão para a equalização dos juros.

Fonte: Valor
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 14/07/2022

 

Número de distratos no mercado imobiliário cresceu no primeiro trimestre

 De acordo com a Abrainc, o número de quebra de contrato de compra de imóveis aumentou 33% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado Com a escalada na taxa de juros e da inflação, a imprevisibilidade de comprar um imóvel na planta tem atingido em cheio os consumidores. Compradores que se planejaram para contratar o financiamento imobiliário após a entrega das chaves viram as taxas dispararem e acabaram tendo o distrato como uma solução.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o número de quebra de contrato de compra de imóveis aumentou 33% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Enquanto nos primeiros três meses de 2021 foram 720 contratos desfeitos, em 2022, neste mesmo período, 1.061 foram destratados, de acordo com a Abrainc. Os dados levam em consideração apenas imóveis do segmento de médio e alto padrão. A associação aponta a inflação e as altas taxas de juros como os principais responsáveis por esse crescimento.

O diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci), Noel Silva, é mais específico. Para ele, o grande vilão tem sido o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que é o fator acrescido à prestação para que a construtora não tenha que arcar sozinha com inflação do preço dos materiais para a obra.

“Quem comprou na planta em 2020 comprou em uma realidade, com INCC baixo, ano passado ele disparou. Muita gente tem ficado assustada com as parcelas. Tem casos de pessoas que pagavam R$ 6,5 mil de parcela, e passaram a pagar quase R$ 7,8 mil, uma diferença de 27%. Nem todo mundo consegue encaixar essa diferença no orçamento, então é natural que os distratos aumentem”, explica Silva.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/07/2022

 

Inflação da construção civil registra queda em junho

 O resultado foi de 1,65% no sexto mês do ano. Em maio, esse número ficou em 2,17% O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou declínio nas taxas para o mês de junho. O resultado foi de 1,65% durante o sexto mês do ano. Em maio, esse número foi de 2,17%.

Os números de junho, entretanto, representam a segunda maior taxa de 2022 — ficando atrás somente do resultado de maio. Assim, o indicador passa a acumular taxa de 7,52% no primeiro semestre e 14,53% em 12 meses. Em junho de 2021 o índice havia sido de 2,46%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a alta, o custo nacional da construção por metro quadrado passa a ser de R$ 1.628,25 em junho — sendo R$ 974,47 relativos aos materiais e R$ 653,78 à mão de obra.

O metro quadrado da mão de obra registrou elevação de 2,35% no mês, ao passo que materiais de construção tiveram alta de 1,19%.

Assim, o primeiro semestre do ano ficou em: 7,08% (materiais) e 8,17% (mão de obra). Os acumulados em 12 meses ficaram em 17,53% (materiais) e 10,32% (mão de obra), respectivamente.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 14/07/2022