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Exportações de autopeças evoluem 21,7% no ano

Com a Argentina respondendo por 36,2% dos negócios totais, as exportações da indústria brasileira de autopeças seguem em alta, atingindo total de US$ 6,1 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, valor 21,7% superior ao registrado em idêntico período de 2021.

No mês passado, com US$ 775,7 milhões embarcados – o segundo melhor resultado do ano -, houve pqueno recuo de 5,1% em relação a agosto, mas no comparativo com setembro do ano passado verifica-se alta de 23,6y%, o que indica que a curva segue ascendente no ano.

As importações subiram em ritmo menor, na faixa de 17% até agora, mas com volume bem maior. Foram adquiridos US$ 15 bilhões em autopeças lá fora nos primeiros nove meses, uma alta de 17% em relação a igual intervalo de 2021. Houve aumento de 10,3% no confronto de setembro com o mesmo mês do ano passado, mas retraçlão de 8,9% em relação a agosto.

O resultado é um déficit comercial no ano de US$ 8,9 bilhões, com variação positiva de 13,9% frente a igual período do ano passado. Os dados foram divulgados esta semana no site do Sindipeças, a entidade que representa a indústria de autopeças no País. Em seu relatório da balança comercial do setor, a entidade destaca que a Argentina segue como principal destino dos componetes fabricados no Brasil, com acumulado de US$ 2,2 bilhões até setembro, valor 47% superior  ao registrrado de janeiro a setembro de 2021.

Na sequência vêm Estados Unidos , com US$ 985,5 milhões no ano, e México (US$ 55,1 milhões). O parceiro mais participativo nas importações em 2022 tem sido a China, que mandou pra o Brasil total de US$ 2,4 bilhões em autopeças, valor 18,3% superior ao verificado de janeiro a setembro do ano passado (US$ 2 bilhões). Complementam o ranking dos países que mais vendem autopeças para o Brasil os Estados Unindos (US$ 1,8 billhão até sestembro) e Alemanha (US$ 1,5 bilhão).

Fonte: AutoIndústria
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 20/10/2022

Demanda mundial por aço deve recuar 2,8% neste ano e avançar 1% em 2023, diz Worldsteel

A demanda global por aço vai recuar 2,3% neste ano. A previsão é da World Steel Association (Worldsteel), entidade da indústria siderúrgica, divulgada nesta manhã, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde está sediada a representante do setor.

No ano passado, houve crescimento de 2,8% sobre o volume de 2020. Para este ano, estima-se 1,797 bilhão de toneladas de consumo de produtos siderúrgicos acabados.

As informações fazem parte do relatório de perspectivas, Short Range Outlook (SRO), que é elaborado pela entidade nos meses de abril e outubro. O de hoje faz uma atualização dos números divulgados no início do ano pela Worldsteel. A entidade reúne os maiores fabricantes de aço do mundo (85% da produção).

O SRO também aponta previsão para o próximo ano. A previsão para 2023 é reversão do quadro deste ano, com uma recuperação de 1%, devendo atingir 1,815 bilhão de toneladas de aço consumido globalmente.

A previsão para 2022, destaca o SRO, com revisão para baixo em relação à anterior, reflete a repercussão da inflação persistentemente em alta e do aumento das taxas de juros globalmente.

“A inflação elevada, o aperto monetário e a desaceleração da China contribuíram para um 2022 difícil, mas a demanda por infraestrutura deve aumentar ligeiramente a demanda por aço em 2023”, informa o relatório.

Comentando as perspectivas, Máximo Vedoya, presidente da Ternium (siderúrgica do grupo ítalo-argentino Techint) e presidente do Comitê de Economia da Worldsteel, disse que “a economia global é afetada pela inflação persistente, aperto monetário dos EUA, desaceleração econômica da China e as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

O executivo destacou ainda os altos preços da energia, o aumento das taxas de juros e a queda da confiança que levaram a uma desaceleração nas atividades dos setores que utilizam o aço. “Como resultado, nossa previsão atual para o crescimento da demanda global por aço foi revisada para baixo em comparação com a anterior”, disse.

Vedoya acrescentou que a perspectiva para 2023 depende do impacto do aperto das políticas monetárias e da capacidade dos bancos centrais de ancorar as expectativas de inflação. “Particularmente, as perspectivas da UE [União Europeia] estão sujeitas a mais riscos de queda devido à alta inflação e à crise de energia que foram exacerbadas pela guerra Rússia-Ucrânia”, afirmou o presidente do comitê.

Impacto da desempenho da China

A recuperação da demanda na China — maior produtor e consumidor de aço do mundo — no final de 2021 foi revertida no segundo trimestre de 2022, pois os repetidos bloqueios da covid levaram a um arrefecimento drástico da economia chinesa, destaca o SRO divulgado hoje.

“A queda no mercado imobiliário se aprofundou, com o investimento em imóveis desacelerando para o pior em 30 anos. Todos os principais indicadores do mercado imobiliário estão em território negativo, com a área em construção contraindo pela primeira vez em sua história moderna”, destaca o relatório, sobre um dos setores que mais consome aço na economia chinesa.

“Apesar dos esforços do governo para impulsionar o mercado imobiliário, não se espera uma grande reviravolta, uma vez que a confiança dos compradores continua fraca devido às medidas rígidas da covid e falências de desenvolvedores”, destaca.

O SRO aponta que o investimento em infraestrutura está se recuperando devido a medidas governamentais e fornecerá algum suporte à demanda por aço no final deste ano e em e 2023. “No entanto, enquanto o setor imobiliário permanecer deprimido, será difícil que a demanda por aço se recupere significativamente”, observa.

Conforme o relatório, a demanda na China contraiu 6,6% nos primeiros oito meses de 2022. Para todo o ano, a previsão é de recuo de 4% [ante 2021], com o baixo efeito do segundo semestre. Em 2023, novos projetos de infraestrutura e uma leve recuperação no mercado imobiliário pode evitar uma maior contração da demanda por aço.

“A desaceleração da economia global representa um risco negativo adicional para a China”, aponta.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 20/10/2022

Dicas para diminuir os custos de produção em 2023

Os custos de produção de um cultivo contemplam gastos com diversos produtos, como fertilizantes, sementes e inseticidas. Com algumas instabilidades internacionais, como a guerra na Ucrânia e os valores dos fretes, a tendência é que o preço destes insumos aumente no próximo ano. Para se ter uma ideia, estudo realizado pela Aprosoja/MS mostra que o produtor rural poderá encontrar uma aumento de cerca de 26,6% para implementar a safra de soja 2022/2023, em relação ao período anterior.

Para minimizar esse impacto dos custos de produção, o produtor rural precisa planejar detalhadamente todas as suas ações e evitar, ao máximo, os imprevistos. Em relação à máquinas agrícolas, é importante se atentar às paradas não programadas, que podem causar sérios prejuízos aos agricultores, uma vez que diminuem drasticamente o plantio e a colheita.

Nesse sentido, o recomendável é investir em um sistema inovador capaz de realizar a limpeza e descontaminação interna a seco e em poucos segundos das mangueiras hidráulicas. Desenvolvido e patenteado pela Ultra Clean Brasil, o UC System garante um melhor rendimento para as máquinas agrícolas, como colheitadeiras, pulverizadores e semeadoras.

Com resultados comprovados no campo, o UC System é um grande aliado contra as paradas não programadas das máquinas agrícolas uma vez que contribui para que elas fiquem sempre limpas, evitando prejuízos no campo e contribuindo diretamente para a preservação do ecossistema.

Bruno Ract, diretor de marketing da Ultra Clean Brasil , observa que o UC System tem vários cases de sucesso no agronegócio brasileiro, com clientes de diferentes perfis, de vários Estados brasileiros. “Um produtor rural que tem dez máquinas agrícolas nos contou recentemente que chegou a economizar mais de R$ 1 milhão, durante o ano safra, ao usar a tecnologia da Ultra Clean Brasil. Isso ocorreu porque ele não teve que retificar a bomba hidráulica e conseguiu manter o maquinário em pleno funcionamento”, conta.

Evite prejuízos

O diretor de marketing da Ultra Clean Brasil orienta os produtores rurais a adquirirem o sistema UC System para garantir, com a utilização de três projéteis, o melhor nível de limpeza, antes de instalar a mangueira na máquina agrícola. “Essa limpeza evitará que a sujeira danifique o sistema hidráulico e cause prejuízos de cerca de R$ 80 mil reais por máquina durante o ano safra.”

 
Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/10/2022

Produção de estruturas de aço supera 1 milhão de toneladas em 2021

Com crescimento de 37,5% no faturamento, as empresas da construção industrializada em aço apontam cenário otimista para os próximos anos.

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) – entidade gerida pelo Instituto Aço Brasil – em parceria com a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM), finalizou as edições de 2022 das pesquisas anuais feitas com os fabricantes.

Realizados pela e8 inteligência, os estudos referentes a 2021 apresentam números consideráveis de crescimento, com destaque para o aumento no faturamento e geração de emprego.

A pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Estruturas de Aço” considera dados de estruturas metálicas, torres de energia para transmissão, torres para energia eólica, estrutura para parque de energia solar e defensas metálicas.

Em 2021, as 334 empresas participantes do cenário pesquisado produziram 1,04 milhões de toneladas de aço, um crescimento de 1,7% em relação a 2020, sendo 550,4 mil toneladas em produção de obras de estrutura metálica, 462 mil toneladas em produção para obras do segmento de energia e 32,2 mil toneladas em produção de defensas metálicas.

Esse montante levou a um crescimento de 37,5% no faturamento das empresas, saltando de 10,4 bilhões para 14,3 bilhões de reais no período.

Os dados apontam que, nos últimos 4 anos, o faturamento das empresas mais que triplicou. Também foi observado um aumento relacionado aos empregos, com crescimento de 0,7% na quantidade de colaboradores, chegando a 31,3 mil profissionais, o número mais alto nos últimos 5 anos.

Cerca de 36,5% dos fabricantes aumentaram seus quadros, reflexo do aumento da demanda.

Também realizada pelo CBCA em parceria com a ABCEM, a pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Telhas de Aço e Steel Deck” analisou 108 empresas, com 88% delas atuando exclusivamente na produção de telhas de aço e 9% com telhas de aço e steel deck.

Nessa área, houve crescimento de 61,4% no faturamento das empresas em relação a 2020, o que corresponde a aproximadamente 7,1 bilhões de reais.

Já o estudo “Cenário dos Fabricantes de Perfis Galvanizados – Light Steel Frame e Drywall” mostrou crescimento de 10,3% (Light Steel Frame) e 7,4% (Drywall) na produção em relação a 2020, com expectativas otimistas para os anos seguintes.

As 35 empresas participantes apresentaram um faturamento de 1,4 bilhão de reais, um crescimento de 40,2% em relação ao ano anterior.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 20/10/2022

 

Geração solar por consumidores ultrapassa capacidade de Itaipu, diz associação

A geração solar distribuída, modalidade na qual os próprios consumidores geram a energia que consomem, ultrapassou a marca de 14 gigawatts (GW) de potência instalada no Brasil e já é maior do que a usina binacional de Itaipu, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

De acordo com a entidade, o Brasil tem, hoje, mais de 1,3 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que atendem a 1,7 milhão de unidades consumidoras. Desde 2012, os investimentos nesse setor somam R$ 76,7 bilhões. O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, afirma que, até o momento, este já é o melhor ano da energia solar no país na última década.

“Do final de 2021 até outubro deste ano, a geração própria de energia solar saltou de 8,4 GW para 14 GW de potência instalada, um crescimento 66,7%, enquanto os investimentos saltaram neste período de R$ 42,4 bilhões para R$ 76,7 bilhões, um aumento de 80,9%”, afirma Sauaia.

O presidente do conselho de administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, afirma que o crescimento este ano está ligado a fatores como o alto custo da energia elétrica no país e o barateamento dos preços do sistema solar. Além disso, consumidores que instalarem um sistema solar até janeiro de 2023 conseguem a manutenção das regras atuais de isenção de algumas cobranças até 2045.

Na geração distribuída, o consumidor gera a própria energia com a instalação de placas fotovoltaicas em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos.

Fonte: Valor
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 20/10/2022

Mineradoras: manutenção de investimentos, exportações, faturamento e perdas no mercado à vista

Mineradoras veem manutenção de investimentos independentemente de eleições, diz Ibram

As mineradoras brasileiras preveem um cenário de manutenção de investimentos no setor independentemente do resultado das eleições, afirmou nesta quinta-feira o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Julio Nery.

"As duas posições, mesmo sendo bastante diferentes, em uma a gente teria uma certa continuidade da política atual, a gente não espera grandes mudanças, e na outra seria algo que já foi observado", afirmou Nery, comentando as diferenças entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Vamos dizer assim, um governo Lula... o que a gente espera é que ele seja mais ou menos na mesma linha do que foi nos anteriores. Então por isso a gente não espera que haja uma fuga de investimentos devido à eleição."

Segundo estimativas do Ibram, a indústria da mineração irá investir cerca de 40 bilhões de dólares no Brasil entre 2022 e 2026, sendo cerca de 4 bilhões de dólares em investimentos socioambientais.

Apesar das declarações, o Ibram já se colocou contra pelo menos uma das propostas incluídas no programa de governo do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que seria a cobrança de uma taxa adicional de mineradoras que atuam em áreas de maior rentabilidade.

Mas o diretor do Ibram não deu mais detalhes nesta quinta-feira sobre as impressões do setor diante das eleições.

Os comentários de Nery ocorreram durante coletiva on-line para comentar os resultados da indústria mineral brasileira no terceiro trimestre.

RESULTADOS TRIMESTRAIS

A receita do setor caiu 30% entre julho e setembro ante um ano antes, para 75,8 bilhões de reais, apesar de um leve aumento na produção, devido a um recuo de 37,3% dos preços do minério de ferro no período, apontaram dados do Ibram.

O minério de ferro representou, no terceiro trimestre, 64% do faturamento total da indústria da mineração.

"Nossos resultados ao final do ano devem ser mais modestos do que foram em 2021", disse Nery, pontuando acreditar que haja estabilidade dos preços do minério de ferro pelo menos até o final deste ano.

Os preços da commodity foram impactados com a redução da produção e da demanda de aço na China, apontou o diretor. Restrições à produção industrial na China em razão da Covid-19 e fenômenos climáticos, como tufões e chuvas intensas, também influenciam o mercado e a produção de aço naquele país, que é o principal consumidor de minério de ferro brasileiro.

Nery destacou ainda que as consequências do conflito na Ucrânia também impactaram os mercados, com reduções na oferta de minério e crise de energia reduzindo a produção de aço na Europa.

As demais commodities também tiveram preços médios mais baixos que no terceiro trimestre de 2021, exceto níquel e zinco.

No total, a produção mineral somou 365 milhões de toneladas no terceiro trimestre, alta de 3% na comparação com um ano antes.


Exportações minerais somam US$ 11,62 bi no terceiro trimestre

As exportações minerais brasileiras somaram US$ 11,62 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que indica uma retração de 36,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação ao trimestre anterior de 2022, houve aumento de 0,4%. 

As importações somaram US$ 4,77 bilhões no terceiro trimestre deste ano, com aumento de 86,7% sobre o resultado apurado em igual trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, a queda atingiu 23,2%.

Os números foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O saldo mineral (a diferença entre exportações e importações de minérios), é de 51% do saldo Brasil no terceiro trimestre de 2022, o que representa US$ 13,4 bilhões. Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 56,4% em dólar.

O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery, atribuiu essa forte queda nas importações ao aumento do preço internacional das commodities minerais, principalmente do potássio, em função da guerra na Ucrânia. O potássio representa grande potencial nas importações brasileiras. Contribuiu também para a redução das compras no exterior o aumento do câmbio.

As exportações minerais para a China, principal comprador do Brasil, tiveram queda de 43,6% em valor, em relação ao terceiro trimestre de 2021, e aumento de 2,9% em toneladas. Já na comparação com o segundo trimestre deste ano, houve expansão de 34,3% em toneladas e de 6,9% em valor.

MINÉRIO DE FERRO

O minério de ferro, principal produto do setor exportado pelo Brasil, teve redução no preço de 37,3% no terceiro trimestre de 2022, comparativamente a igual período do ano passado, e queda de 25,8% ante o segundo trimestre deste ano. Os dados do Ibram revelam que, à exceção de níquel e zinco, as demais commodities minerais também apresentam preços inferiores aos do terceiro trimestre de 2021.

No que tange às exportações de minério de ferro em especial, a queda em valor atingiu 44,7% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve retração também em valor de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2022. Em termos de toneladas, foi registrada aumento de 1,5% e de 23,3%, respectivamente. As exportações de minério de ferro corresponderam a 70,5% das exportações brasileiras em dólar.

Em tonelagem, a redução nas importações minerais feitas pelo Brasil atingiu 20,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e 23,3% ante o segundo trimestre deste ano. Também ocorreu aumento significativo em valor nas importações de potássio em relação ao terceiro trimestre de 2021 da ordem de 132,96%, de acordo com o Ibram. O potássio respondeu pela maior parcela das importações minerais (62,1%), seguido pelo carvão (24,3%).

APLICATIVO

O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, anunciou para o dia 17 de novembro o lançamento de um aplicativo, disponível para download na loja Google Play e App Store, que vai permitir às comunidades próximas às barragens do setor e também a “qualquer cidadão do Brasil e do exterior” tomar conhecimento da situação em que se encontram as barragens no país. Além disso, o aplicativo ficará à disposição do celular de qualquer pessoa e indicará onde buscar informações se algo acontecer, além de combater fake news (notícias falsas), e para saber rotas de fuga, por exemplo.

Foi aprovada ontem em reunião da direção do Ibram a constituição de um comitê de crise, que atuará não só em crises relacionadas aos associados, como também ao setor.


Faturamento da mineração pode ficar até 40% menor em 2022

O setor extrativo mineral deve encerrar 2022 com faturamento até 40% menor do que o apurado em 2021. Somente no terceiro trimestre deste ano, em Minas Gerais, um dos maiores produtores do País, o faturamento registrado teve uma queda expressiva de 38% frente a igual período do ano passado. O balanço, divulgado ontem, consta no estudo trimestral do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). 

Entre julho e setembro do ano passado, a receita do Estado foi da ordem de R$ 47,81 bilhões, enquanto neste exercício ficou em R$ 29,73 bilhões. Por outro lado, na comparação com o trimestre anterior, o setor em Minas teve uma melhora de 19%.

O diretor de Assuntos Minerários e Sustentabilidade do Ibram, Julio Nery, explica que algumas particularidades devem ser avaliadas. Segundo ele, o instituto não avalia o desempenho do Estado isoladamente, mas o setor produtivo como um todo. E diz que, mesmo que tenha havido queda de 38% no faturamento do terceiro trimestre de 2022 sobre o mesmo período de 2021, houve alta no comparativo entre os segundos trimestres de ambos os exercícios, com faturamento em torno de 33% maior. 

O desempenho total da indústria minerária brasileira no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 57 bilhões, enquanto de julho a setembro de 2021 o saldo foi de R$ 108,7 bilhões. 

Segundo o estudo do Ibram, Minas, tecnicamente, tem a mesma representação significativa que o Pará, com 39% de participação no faturamento da mineração brasileira. Em seguida, com 4%, aparece o território de Goiás, depois os estados da Bahia, São Paulo e Mato Grosso, com fatias de 3% cada. Outros 9% são compostos por cidades com atividades minerárias nos demais estados do País. 

Julio Nery explica que a queda do faturamento está relativamente ligada à cotação do minério de ferro. “Nós estamos com uma cotação do minério de ferro na faixa dos 40% em relação ao ano de 2021. A substância metálica é um produto que representa 64% do setor produtivo de mineração e qualquer mudança que aconteça acaba mudando bem esse resultado”, explica.

Assim como o minério de ferro foi responsável por 64% do faturamento do setor entre julho e setembro, o minério de ouro consta com 8% de participação, enquanto o minério de cobre representa 5% do total. O calcário dolomítico aparece com 4%, a bauxita com 3%, o granito com 2% e outras substâncias representam os 14% restantes. 

Tributação 

O Ibram também divulgou que a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) teve queda expressiva na arrecadação em relação ao minério de ferro em todo o País. No comparativo de julho a setembro deste ano com o mesmo período de 2021, o produto apurou retração de 43,8%. Neste intervalo do ano passado, a arrecadação do tributo foi de R$ 2,9 milhões, enquanto no mesmo período deste ano o recolhimento foi de R$ 1,6 milhão. 

Assim como o minério de ferro, os minérios de ouro, cobre e outros também registraram baixas. Já a bauxita, apresentou aumento na arrecadação de 44% do terceiro trimestre de 2022 com o mesmo cenário em 2021. Em relação ao segundo trimestre de 2022, o estudo aponta aumentos para ouro, ferro, cobre e bauxita. O saldo total de arrecadações no País foi de R$ 3,2 milhões no terceiro trimestre de 2021, enquanto, no mesmo período deste ano, a soma foi de R$ 1,9 milhão.

No ranking de 12 estados brasileiros com 2.610 cidades que foram beneficiadas com a Cfem no terceiro trimestre de 2022, Minas Gerais aparece no topo da lista, com 502 municípios. A contraprestação paga ao Estado equivale a 59% do recolhimento da exploração mineral de todo o País. Em balanço de arrecadação, a soma total em Cfem foi de R$ 1,96 bilhão de julho a setembro, o que equivale a uma queda de 40,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram recolhidos R$ 3,30 bilhões em compensações. 
 

Minério de ferro amplia as perdas no mercado à vista rumo a US$ 90 por tonelada
O minério com teor de 62% recuou 2,5% no norte da China, para US$ 91,40 por tonelada, o menor nível desde 19 de novembro de 2021

Os preços do minério de ferro ampliaram as perdas no mercado à vista, diante da piora das perspectivas para a demanda de aço no mundo e da maior oferta da matéria-prima.

Depois de Vale e Rio Tinto terem elevado a produção na comparação com o segundo trimestre, a BHP informou, nesta quarta-feira (19), que também ampliou os volumes produzidos entre julho e setembro.

Segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% recuou 2,5% no norte da China, para US$ 91,40 por tonelada, o menor nível desde 19 de novembro de 2021.

Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço passou a exibir desvalorização de 4,7% no acumulado de outubro. No ano, as perdas foram elevadas a 23,2%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, para janeiro, recuaram 3,1%, a 667 yuan por tonelada.

 

*Com agências de notícias (Reuters, Agência Brasil, Diário do Comércio e Valor)
Fonte: Infomet
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/10/2022