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Minério avança com retomada da produção de aço da China

Os futuros do minério de ferro subiram com os sinais de que a produção de aço da China aumentará neste mês pela primeira vez desde maio.

A produção de aço bruto nos primeiros 10 dias de dezembro aumentou quase 12% em relação ao mês anterior, segundo pesquisa com usinas realizada pela China Iron & Steel Association. O volume de produtos siderúrgicos também cresceu.

Os números estão em linha com previsões de analistas de que os volumes deste mês devem se recuperar, já que usinas cortaram a produção acima das metas nos meses anteriores para cumprir a determinação do governo de reduzir os níveis em relação ao ano passado. A produção caiu 22% em novembro na comparação anual, para o patamar mais baixo para esta época do ano desde 2017.

Os futuros do minério de ferro apontam para a quinta semana de ganhos, o que seria o maior período de alta desde maio. O preço da commodity caiu mais da metade em relação ao pico no início do ano. O minério de ferro tem sido impulsionado por expectativas de estímulo fiscal do governo chinês para aquecer a economia e otimismo em relação à produção de aço em dezembro.

“Os ganhos do minério de ferro foram puxados pelo otimismo sobre as operações de usinas”, disseram analistas da corretora Dayou Futures. Ainda assim, operadores devem ser cautelosos pois outros fatores positivos, como a esperada política macroeconômica, levam pelo menos seis meses para que o impacto seja sentido no mercado, disseram.

O consumo de aço deve cair 4,7% em 2022 em relação ao ano anterior, disse o Instituto de Pesquisa e Planejamento da Indústria Metalúrgica da China, em relatório divulgado na quarta-feira. A demanda por aço na construção, contêineres e móveis provavelmente será menor, embora políticas para garantir a estabilidade da indústria continuem, disse o secretário-chefe do instituto, Li Xinchuang.

O minério de ferro mostrava alta de 3,4%, para US$ 116,35 a tonelada, às 15h15 de Singapura, rumo à maior cotação no fechamento desde outubro. Os preços subiram 3,7% em Dalian, enquanto o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente também avançaram em Xangai.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/12/2021

Estudo mostra que 95% pensam em comprar ou trocar de carro em 2022

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Webmotors anunciam os resultados da já tradicional pesquisa de intenção de adquirir veículos. Em comparação com o ano passado, o interesse em comprar e/ou trocar de veículos se mantém estável para 2022, com 95% – apenas um ponto abaixo de 2021. Já o intuito de adquirir carros usados e seminovos continua a crescer, como reflexo da crise de abastecimento do setor.

O estudo foi realizado com 2.426 usuários da Webmotors em todo o país, sendo 89% homens com idade entre 36 e 45 anos. A maioria é da região Sudeste (59%), seguido por Sul (18%) e Centro-oeste (11%). Com relação ao ano passado, houve aumento de 2 pontos percentuais na participação de mulheres (10%).

As respostas foram divididas entre os que têm um ou mais carros (77%) e os que não possuem veículo (23%). Entre os proprietários, a intenção de comprar um carro usado em 2022 aumentou 4 pontos percentuais (85%). A mesma tendência foi percebida entre aqueles que ainda não têm um veículo: 93% demonstraram interesse, um aumento de 5%.

A pesquisa revelou ainda que apenas 16% dos entrevistados efetuaram a compra ou troca de carro este ano, sendo mais da metade (54%) por ter conseguido uma boa oportunidade. “Acompanhamos, durante o ano, o aumento na compra de veículos usados e seminovos em resposta à falta de abastecimento de peças para as montadoras.  Acreditamos que esse setor deva se manter aquecido até, pelo menos, o fim do primeiro semestre de 2022, quando as montadoras esperam normalizar a produção”, explica o CEO da Webmotors, Eduardo Jucevic.

Já Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, reforça a importância da pesquisa para entender o comportamento do consumidor no cenário atual. “Buscamos entender quais são as necessidades do consumidor e identificar as tendências ou padrões. Acompanhamos de perto todas as movimentações no setor para termos um melhor entendimento do comportamento dos consumidores”, afirma.

Quando questionados sobre o tipo de motor, 66% dos usuários que já possuem carro demonstraram interesse em um modelo flex, 13% ficariam com os motores a gasolina e outros 11%, a diesel.  Os índices daqueles que não possuem carro foram 74%, 16% e 4%, respectivamente.

Embora uma minoria tenha demonstrado desejo de comprar um carro híbrido ou elétrico, é possível observar que o consumidor já conhece os benefícios, como economia de combustível, conservação do meio ambiente e redução de ruído. Em média, 60% considerariam pagar um valor mais elevado por esse tipo de tecnologia.

Carroceria

Entre os entrevistados que já têm carros, 37% possuem modelo hatch ou sedã (32%).  Embora a pesquisa revele um aumento de 5% na vontade de adquirir um modelo SUV (41%), os modelos hatch (16%) e sedã (30%) aparecem como as compras prováveis por causa dos preços mais acessíveis. Para os 23% de entrevistados que não têm um automóvel, a opção por um modelo hatch fica em destaque (39%), seguido pelos sedãs (32%). O modelo SUV aparece em terceiro lugar, com 21%.

Para realizar a compra, 84% dos participantes pretendem dar o carro atual como forma de pagamento, mesmo comportamento registrado em 2021. Sobre outras formas de pagamento, as opções de financiamento parcial (57%) e total (8%) ainda aparecem como destaque (65%), ante 31% dos que pagariam à vista, seguido por 4% que fariam um consórcio ou leasing. Entre os entrevistados que não possuem carro, 41% optaram pelo crédito parcial, 27% pelo pagamento à vista e 26% pelo crédito total.

Em relação ao ano anterior (44%), notou-se uma diminuição de 4% na intenção de adquirir um financiamento parcial (41%), com um aumento de 3% para aqueles que desejam financiar todo o valor.

“Embora haja diferenças entre as formas de pagamento desejadas por usuários que têm ou não um carro, ainda vemos um cenário de desconfiança quanto à economia, com aumento de até 4 pontos percentuais na intenção de comprar o carro à vista – no caso daqueles que têm carro – para não acumular dívidas longas”, aponta Jucevic.

Do total de entrevistados, 5% declararam não ter intenção de comprar ou trocar de automóvel em 2022. Os principais motivos para a decisão são: a alta dos preços (53%), dos juros bancários (23%) e dos combustíveis (15%), reflexos da pandemia no Brasil (15%) e a incerteza financeira/manutenção do emprego (11%). Em 2020, dentro do cenário mais duro da pandemia, as razões para não comprar um veículo no ano seguinte refletiam a insegurança financeira e outras formas de mobilidade. O reflexo da pandemia, anteriormente citado por 33% dos respondentes, este ano caiu para 15%.

Os consumidores receosos consideram investir o dinheiro (58%) ou viajar (24%). Indagados sobre quais tipos de ações de bancos, governo e montadoras poderiam fazê-los mudar de ideia, os destaques foram redução nos impostos (54%), no combustível (46%) e nas taxas de juros (39%).

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 16/12/2021

 

Previsão da Caixa para 2022 estima que sua carteira de crédito cresça até 15%

A Caixa Econômica Federal divulgou, na última segunda-feira (13), suas expectativas para 2022, que estimam crescimento de 10% a 15% somente na carteira de crédito — um recorde desde o ano passado. A previsão se deu mesmo com a atual conjuntura de altas taxas. “Apesar de altas dos juros e da inflação, a demanda por crédito segue muito forte”, ressaltou o presidente do banco, Pedro Guimarães.

O banco estatal já havia conquistado um recorde de crescimento na carteira de crédito, especialmente na modalidade imobiliária, ao equiparar os números de 2020 com os de 2019 — quando alcançou 10% de crescimento. Guimarães espera um número ainda maior para 2022, mesmo com a elevação da inadimplência em 2021, que ele explicou ser natural, devido aos efeitos econômicos negativos da pandemia de Covid-19.

Falando sobre a previsão de juros de 10 anos, o presidente ainda discordou dos analistas de mercado que apostaram em 12,5% há cerca de um mês. "A equipe da Caixa nunca acreditou numa taxa de 12%, 12,5%. A previsão é de 10% nos juros de 10 anos", ressalta. Ele explicou que o crédito imobiliário da Caixa tem um prazo de 35 anos e vida média de 10 anos — e, por isso, a priorização da análise dos juros de 10 anos ao invés das oscilações de curto prazo da taxa Selic.

“Muitas vezes, essa questão da inflação já teve o seu pique e você já está na verdade com uma redução esperada por todo o mercado, então isso já está precificado. Do ponto de vista do crédito imobiliário, estamos bem, com uma taxa de inadimplência maior do que em 2019, claro que sim, a Covid-19 impacta, mas uma taxa totalmente precificada e que não impacta o resultado do banco”, afirmou, justificando os financiamentos com altos volumes de recursos depositados nas poupanças.

Em suma, o sentimento para o próximo é de otimismo: Pedro Guimarães prevê avanços na economia brasileira em 2022, mesmo que outras previsões falem em estabilidade. Ele conta que a expectativa é de 2% de crescimento, baseada no microcrédito, e uma expansão para além do eixo Rio-São Paulo-Brasília.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 16/12/2021

Levantamento aponta que 2021 foi marcado pelo aumento no custo da construção

Desde o início do segundo semestre de 2020, o custo dos materiais de construção vem registrando forte crescimento — um índice que tem preocupado o setor e que se repetiu no ano de 2021, conforme pesquisa feita pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A entidade realizou um estudo batizado de “Construção Civil: desempenho 2021 e cenário para 2022”, que, como o próprio nome diz, esmiuçou as nuances do setor durante o ano de 2021. Um exemplo dos dados coletados é o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que cresceu 13,46% durante o intervalo de janeiro a novembro deste ano — o maior registro desde 2003. 

A análise foi feita em colaboração com a Ecconit Consultoria, que também determinou que o crescimento do INCC Materiais e Equipamentos foi de 42,25% entre julho de 2020 e novembro de 2021. “O grande vilão que tivemos foi o aumento de custos. Esse crescimento fora do propósito de insumos gera um descasamento da renda da população com o preço dos imóveis, o que é preocupante”, destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.

Os insumos que apresentaram as maiores elevações de preço foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (+92,44%), condutores elétricos (+72,10%), tubos e conexões de PVC (+69,09%), eletroduto de PVC (+53,94%), esquadrias de alumínio (+44,40%), compensados (+43,32%), produtos de fibrocimento (+39,53%) e tijolos e telhas cerâmicas (+38,75%).

A elevação não significa, contudo, um cenário negativo para a construção: a previsão é de crescimento de 7,6% durante todo o ano de 2021 — o melhor desempenho dos últimos dez anos. Ainda assim, Martins reiterou que a circunstância permanece preocupante, já que o setor persiste 27,44% inferior ao seu pico de atividades, conquistado no início de 2014. “Podemos dizer que 2021 foi o ano do mercado imobiliário como reflexo do que aconteceu em 2020. A venda de hoje é o emprego de amanhã. O crescimento foi sustentado pelo que já estava contratado e não será possível manter o atual nível de desempenho do setor se não forem tomadas medidas urgentes para repor a capacidade de compra das famílias de baixa renda”, afirmou.

Corroborando a positividade da conjuntura, um dos destaques do ano de 2021 foi a geração de empregos. Foram criados cerca de 285 mil novos empregos formais no setor, somente nos primeiros dez meses do ano. Os dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho exibiram saldos positivos e quase 2,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada — uma elevação que não acontece desde 2016. “Tivemos um excelente desempenho com a construção civil, que registra — há dez meses consecutivos — admissões superiores a demissões, nosso melhor resultado da última década. Além disso, a média do salário no setor [R$ 1.858,43] fica maior que a média nacional, perdendo somente para o setor de serviços [R$ 1.924,00]. Em 2022, essa questão salarial será a fonte de maior pressão no custo da construção”, explicou a economista Ieda Vasconcelos, da CBIC.

O mesmo desempenho foi dado pelo mercado imobiliário em 2021, que registrou grande estímulo nos lançamentos e vendas. A quantidade de unidades lançadas, por exemplo, está 24,59% maior que a do ano de 2019, bem como a venda de imóveis novos, que cresceu 42,29% em relação ao mesmo período. Apenas a oferta não apresentou progresso, com declínio de 3,39%. A preocupação, nesse quesito, está no preço dos imóveis, que deve sofrer reajuste nos próximos meses. Para o presidente da CBIC, o preço não acompanhou o aumento do INCC, portanto, a elevação do custo da construção acabou não sendo repassada ao consumidor.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 16/12/2021

Energia limpa no mapa do Brasil

Grande território com enorme disponibilidade de recursos naturais, o Brasil é uma referência em energias renováveis. As fontes de energia são diversas, advindas do sol, vento, água e cana-de-açúcar, por exemplo.

O cuidado com esses recursos é de extrema importância para o país crescer como um produtor, consumidor e exportador energético.

“Na área de sustentabilidade, o Brasil é uma potência mundial. A matriz de energia elétrica no Brasil é composta por 84% de fontes renováveis e limpas, enquanto a média mundial é de 25%. A principal fonte é a hidráulica, e também tem a biomassa que tem grande participação e é importantíssima, principalmente derivada da cana-de-açúcar, com participação muito efetiva”, disse Anísio Coelho, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e presidente do conselho temático de Meio Ambiente da federação.

Globalmente, o mundo vive um período de transição energética, em função das mudanças climáticas.

Durante todo o século 19, a economia era praticamente toda movida a combustíveis fósseis, que contribuem para a elevação dos gases de efeito estufa na atmosfera.

“Estamos vivendo fenômenos climáticos cada vez mais graves e frequentes. Isso gera um custo econômico e social grande, por isso a humanidade vai ter que mudar sua matriz energética. Nessa transição, as nações estão procurando fontes de energia limpas e renováveis, e, nesse sentido, o Brasil é um exemplo para o mundo”, afirma Coelho.

Fonte: Folha de Pernambuco
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 16/12/2021

 

Minério perde terreno com foco em produção de aço na China

O minério de ferro reverteu os ganhos do início da sessão com investidores de olho no mercado de aço na China, maior fornecedor mundial. Em novembro, a produção caiu para o nível mais baixo para esta época do ano desde 2017.

A produção de aço bruto do país pode totalizar 1,03 bilhão de toneladas este ano, abaixo do recorde de 1,065 bilhão de toneladas em 2020, de acordo com um executivo da China Iron & Steel Association. Com base neste número e dados oficiais que mostram 946,4 milhões de toneladas produzidas nos primeiros 11 meses, a produção em dezembro pode totalizar 83,6 milhões de toneladas em comparação com 69,3 milhões de toneladas no mês passado.

Embora seja difícil calcular nesta fase qual será a produção real no mês de dezembro, há um consenso de que o volume será maior porque as siderúrgicas já fizeram mais do que o suficiente para cumprir a promessa de reduzir o aço produzido em relação ao ano passado. No entanto, a necessidade de céu azul durante a Olimpíada de Inverno no início de 2022 pode impor mais limites à produção.

“A produção de aço deve aumentar marginalmente, embora a Olimpíada de Inverno limitará qualquer aumento”, disseram analistas da corretora GF Futures. “Os preços do minério de ferro devem ser voláteis, com baixa limitada devido às margens saudáveis das usinas e o valor relativo do material em relação a outros produtos ferrosos.”

Mesmo com a queda na quarta-feira, os futuros do minério de ferro ainda mostram ganhos pela quinta semana, depois de perderem mais da metade do valor desde maio. Os preços subiram com o otimismo em relação ao aumento da produção de aço e com expectativas de que a China injetará estímulos fiscais no ano que vem para impulsionar a economia.

Setor imobiliário

Os desafios enfrentados pela China são destacados pelos dados mais recentes. A economia do país foi impactada no mês passado pela desaceleração contínua do mercado imobiliário e surtos esporádicos de Covid, o que leva economistas a alertarem que as recentes medidas de flexibilização podem não ser suficientes para estabilizar o crescimento.

As vendas de imóveis residenciais e a área de novas moradias iniciadas por incorporadoras caíram cerca de 20% em relação ao ano anterior, o que reduziu o ritmo dos investimentos. O setor imobiliário responde por um terço da produção de aço.

O minério de ferro caía 0,5% para US$ 112,30 a tonelada às 15h16 de Singapura, depois de subir 1,6%. Os preços fecharam em queda de 0,2% em Dalian, enquanto o vergalhão de aço e a bobina laminada a quente subiram em Xangai.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/12/2021