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Como a tecnologia amplia a produtividade com qualidade

A agricultura de precisão (AP) consiste em utilizar a tecnologia por meio de ferramentas de controle que monitoram processos produtivos e colaboram com análises de dados, auxiliando no entendimento das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas. Esse processo resulta diretamente no aumento da capacidade produtiva, com eficiência e sustentabilidade, preservando recursos ambientais e econômicos.

O Brasil é um dos países que mais inova em tecnologia na agricultura. De acordo com o Radar Agtech Brasil 2020/2021, iniciativa que conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e empresas privadas, o País possui atualmente 1.574 startups, que são agtechs que impulsionam recursos tecnológicos no agronegócio. Esse avanço é motivado pela necessidade de ampliar o controle produtivo e a rastreabilidade do alimento, desde o cultivo até a mesa do consumidor. E é com esse objetivo que a agricultura de precisão vem impulsionando novas iniciativas no agronegócio brasileiro.

Nesse contexto, a Agrivale, um dos maiores produtores de uvas de mesa do Brasil com sede no Vale do São Francisco, em Petrolina-PE, tem trabalhado com AP em seu cultivo. Por meio de investimentos em novas tecnologias que monitoram todo o ciclo produtivo das uvas, a empresa realiza o controle de qualidade dos processos e proporciona a rastreabilidade do produto, desde o cultivo até a disponibilização na gôndola do supermercado.

Sistema de irrigação eficiente

A eficiência da irrigação no plantio de uvas exige uma análise constante das condições climáticas, de solo, entre outras variáveis. De acordo com Nami Ando, gerente de Produção da Agrivale, o monitoramento constante possibilita a tomada de decisões de forma mais assertiva.

“Temos uma estação meteorológica que fornece dados de temperatura, umidade, vento, precipitação pluviométrica, entre outros. Com essas informações, podemos calcular a necessidade de água da planta conforme a fase em que ela se encontra. Caso esteja no início da brotação, é necessário um volume menor, já na fase de enchimento de fruto, a demanda de água aumenta. Como os solos não são iguais em todos os pontos, precisamos fazer alguns ajustes, em solos mais arenosos que têm menor retenção de água, utilizamos cobertura morta (bagaço de cana) para que haja maior retenção de água e, consequentemente, menor desperdício”, explica Nami.

Rastreabilidade no campo

A agricultura de precisão é um sistema que gere as lavouras em todos os seus aspectos para garantir a sua produtividade. Dessa forma, quanto maior o número de dados coletados, maior será a assertividade na decisão e economia do sistema produtivo. Para isso, a Agrivale tem investido em tecnologias para gestão de sua propriedade quanto à utilização dos insumos e de manejo, o que permite uma economia de tempo e dinheiro, o que também contribui com o aumento da produtividade e sustentabilidade na plantação.

A utilização da telemetria nos tratores da empresa dispõe de um controle que realiza a coleta e o compartilhamento de dados no campo, que são enviados de forma remota para o agricultor. Deste modo, tanto o agricultor, quanto o tratorista, conseguem fazer o monitoramento e o diagnóstico da lavoura e das operações realizadas.

Dando suporte ao monitoramento realizado pela telemetria dos tratores, a Agrivale também faz o uso de drones para monitorar a área de cultura, o que permite uma visualização detalhada da propriedade com localização georreferenciada e contribui para a melhoria das atividades agrícolas e seu manejo.

Qualidade na produção de uvas

Para dar suporte ao controle de qualidade e rastreabilidade das uvas produzidas, a Agrivale faz uso dos softwares da PariPassu, agritech integrante do Genesis Group. “Com os processos automatizados, por meio dos softwares, conseguimos acompanhar de forma criteriosa e ágil a qualidade das uvas que produzimos. Isso nos permite ter um maior controle da produção, reduzir perdas, além de possibilitar a tomada de decisões de forma rápida e com segurança”, afirma Luzineide Silva, Supervisora de Controle de Qualidade na Agrivale.

A rastreabilidade é fundamental no que se refere à segurança alimentar, conceito que engloba a produção do alimento, transporte e armazenamento seguindo os requisitos de controle de qualidade. A Agrivale disponibiliza, por meio de um QR Code no rótulo da embalagem das suas uvas, informações da empresa produtora, a especificação técnica da uva, data de colheita e todo o caminho percorrido desde o cultivo até a distribuição.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 29/09/2022

Construção civil projeta cenário otimista para o próximo ano

A construção civil está vivendo um bom momento e, de modo geral, a expectativa é de que os próximos meses sejam de resultados positivos para o setor. Os indicadores vêm, mensalmente, refletindo esse movimento otimista. Um deles é o que se refere aos empregos.

Recentemente, a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) revelou que, em julho, o Brasil teve um saldo positivo de 218.902 postos de trabalho, sendo a construção responsável por 32.082 destes. No Rio Grande do Sul, o saldo entre admissões e desligamentos no segmento foi de 931 postos, conforme a pesquisa.

“O Caged representa o índice de capacidade do setor. No Rio Grande do Sul, hoje, estamos com 130 mil empregos diretos e quase 800 mil somando os indiretos e empreiteiros trabalhando dentro do setor da construção civil. É um número expressivo que puxa a economia, refletindo o aquecimento vivenciado pelo mercado em 2021. Estamos acreditando muito que 2022 será um ano de estabilidade”, pontua Claudio Teitelbaum, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS).

Outro indicador aponta para a mesma direção. O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV Ibre, medido a partir da sondagem com as empresas, subiu 1,4 ponto em agosto, para 98,2 pontos, registrando o maior nível desde dezembro de 2013 (98,3 pontos).

De acordo com o levantamento, a alta do ICST foi influenciada pelo momento atual e pelas perspectivas para os próximos meses.

“A confiança vem oscilando bastante nos últimos meses. Por um lado, ela está mostrando que realmente a atividade está crescendo. Está refletindo um ciclo de negócios do mercado imobiliário e de investimentos na infraestrutura. Por outro lado, ela mostra uma oscilação grande das expectativas. Em um ambiente que ainda é de muita incerteza, essas expectativas ora avançam de modo positivo, ora retroagem conforme o ambiente fica um pouco mais adverso”, observa a coordenadora de Projetos da Construção Civil do FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Um dos desafios do setor, avalia Ana, foi a alta dos custos da atividade registrada nos últimos dois anos, puxada por situações globais como a pandemia da Covid-19 e a Guerra na Ucrânia.

“Esse tem sido um grande problema, principalmente o custo com os materiais. Porém, mais recentemente, a mão de obra também passou a ser uma questão, porque, como o setor está um pouco mais aquecido, há uma necessidade de mão de obra qualificada. Além disso, no primeiro trimestre, os acordos salariais refletiram a inflação mais alta, pressionando também o custo”, explica.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que acompanha a evolução dos preços dos materiais, serviços e mão de obra mais relevantes para a construção civil, variou 0,33% em agosto, segundo o FGV-Ibre. O percentual foi inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 1,16%. Com isso, acumula alta de 8,80% no ano e 11,40% em 12 meses. Em agosto de 2021, o índice havia subido 0,56% no mês e acumulava alta de 17,05% em 12 meses.

A taxa do INCC relativa ao grupo Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,60% em julho para 0,14% em agosto. O índice referente à Mão de Obra variou 0,54% em agosto, após subir 1,76%, em julho.

De acordo com a especialista, a perspectiva é de desaceleração do INCC, que tende a fechar 2022 num patamar inferior ao ano passado.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 29/09/2022

MG: Indústrias da fundição instaladas no Estado registram crescimento de 16% no primeiro semestre

A produção da indústria da fundição em Minas Gerais cresceu 16% no primeiro semestre, quando comparada à do mesmo período no ano passado. Até maio, foram produzidas 290 mil toneladas de fundidos no Estado, enquanto o País respondeu por 940 mil toneladas – a produção mineira, segunda do Brasil, corresponde historicamente a 25% da nacional.

Até o fim de 2022, a expectativa do setor é continuar crescendo nos mesmos níveis, podendo chegar a um incremento de 18% na produção total de fundidos. “Devemos atingir os índices pré-pandemia este mês”, acredita o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga. Em 2019, a produção mineira de fundidos foi de cerca de 700 mil toneladas.

A indústria vive um bom momento, não só por atender à demanda reprimida – a indústria automobilística, principal cliente, chegou a parar linhas de produção nos piores momentos da pandemia. Mas também graças aos investimentos em produtividade realizados pelo setor. Os gargalos que enfrentava até pouco tempo estão sob controle, entre eles o preço do principal insumo de produção, o ferro-gusa.

“O gusa chegou a um patamar sustentável e nós acreditamos que ele irá se manter até o fim do ano. Nós chegamos a pagar até R$6,20 o quilo, preço que hoje está entre R$3,70 e R$4,00. Uma redução realmente muito expressiva, que nos permite manter os níveis projetados de crescimento”, revela Gonzaga.

Segundo o dirigente, as empresas mineiras de fundição estão com sua capacidade tomada e esperam crescer ainda mais em 2023. O que significa grandes volumes de investimento. “Precisamos buscar equipamentos que substituam a mão de obra, que está em falta. E procuramos também melhorar em termos de qualidade e sustentabilidade, ou seja, há uma evolução extremamente benéfica para o setor e para os compradores”, avalia.

Qualificação profissional

Em relação à mão de obra, ele diz que o grande problema é que estão faltando pessoas para qualificar. “Nós disputamos, principalmente no chão de fábrica, com a construção civil, que também está em alta e demandando profissionais”, aponta Gonzaga. “O que temos procurado fazer é melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e, com isso, atrair pessoas para trabalhar conosco e, consequentemente, aumentar a produção”, acrescenta.

Para isso, dois cursos estão em andamento no Senai de Itaúna, preparando técnicos no setor de Fundição. Outro, já programado, tem 45 inscrições de futuros profissionais, que irão atender à região Centro-Oeste, maior polo do Estado em número de empresas. A região de Divinópolis, Itaúna e Cláudio, entre outras cidades, concentra 176 das 275 plantas mineiras de fundição. Mas a maior parte da produção sai dos fornos das empresas de fundição na região Central, em Betim, Contagem, Igarapé e Belo Horizonte.

O principal cliente continua sendo a indústria automobilística, que consome 46% da produção de fundidos do Estado. O restante vai para a agroindústria, mineração, setor ferroviário e de utensílios domésticos.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Metalurgia
Publicação: 29/09/2022

 

Trabalhadores rejeitam proposta da Gerdau e entram em estado de greve

Os metalúrgicos da Gerdau, na zona sul de São José dos Campos, entraram em estado de greve nesta terça-feira (27). Os trabalhadores rejeitaram a proposta do grupo patronal de trefilação e laminação, que quer empurrar apenas a inflação para os salários.

Os trabalhadores da fábrica reivindicam aumento real e a volta do vale-refeição. Com o aviso de greve aprovado, a empresa tem 48 horas para apresentar uma proposta superior à do grupo patronal.

No dia 21, a categoria já havia rejeitado em assembleia geral o índice proposto pelos empresários do setor, de 8,83%. A Gerdau e Armco são as principais fábricas de trefilação e laminação da região.

No segundo trimestre de 2022, o grupo Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões – o melhor para o período em toda a sua história. Portanto, não há motivo para aplicar apenas a inflação aos salários.

“A rejeição à proposta foi por unanimidade e isso mostra que os trabalhadores estão mesmo dispostos a ir pra cima da empresa e lutar por aumento real. Os metalúrgicos estão de parabéns”, afirma o diretor do Sindicato Marco Antônio Ribeiro, o Marcão.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

 

Workshop discute utilização de agregado siderúrgico em obras de infraestrutura

Com o apoio da ABM e do Instituto Aço Brasil, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) realizará o workshop  ‘O agregado siderúrgico na infraestrutura de transportes’. 

O evento, gratuito, será realizado no auditório do DNIT em Brasília, no dia 28 de setembro, a partir das 9h20, e terá transmissão ao vivo no canal oficial do DNIT no Youtube. O objetivo é divulgar aplicabilidades e a importância do uso dos agregados siderúrgicos nos projetos e obras públicas de ferrovias e rodovias no país.

Para acessar a programação completa e obter mais informações, clique aqui.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

Bemisa inicia investimentos de US$ 1,85 bi em mina, ferrovia e porto

A mineradora Brasil Exploração Mineral (Bemisa) deu início a um processo para investir um total de R$ 10 bilhões (US$ 1,85 bilhão) em uma mina de minério de ferro com uma ferrovia nos estados do Piauí e Pernambuco e um terminal portuário, disse um porta-voz da empresa à BNamericas.

A ideia é conectar sua mina de minério de ferro no Piauí ao Porto de Suape, em Pernambuco, permitindo que a Bemisaexporte o minério de ferro que produz em Curral Novo, onde tem um depósito estimado em 800 Mt (milhões de toneladas) de minério, acrescentou o porta-voz.

O primeiro passo da iniciativa foi dado nesta semana, quando a empresa assinou um acordo com o governo de Pernambuco para construir um terminal de granéis sólidos no complexo industrial portuário de Suape, sob um contrato de arrendamento de 30 anos no valor de R$ 184 milhões.

A Planalto Piauí Participações e Empreendimentos, subsidiária da Bemisa, investirá R$ 1,5 bilhão no terminal, que será construído no formato de Terminal de Uso Privado (TUP).

Os planos da Bemisa também envolvem a construção de uma linha férrea de 717 km que custará R$ 5,7 bilhões e seguirá de Curral Novo, no Piauí, até o complexo de Suape. Também gastará outros R$ 2,8 bilhões na adaptação da mina para otimizar a produção de minério.

O cronograma exato do valor a ser desembolsado em cada fase dos investimentos planejados não foi divulgado.

A Bemisa foi formada em 2007 e opera como braço de mineração do banco local Opportunity.

 
Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022