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Minério de ferro sobe após onda de Covid na China superar pico de infecções

(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram nesta terça-feira depois que a China disse ter visto o pico de infecções por Covid-19 em muitas regiões, aumentando o otimismo quanto ao drástico afrouxamento das restrições pandêmicas na maior produtora de aço do mundo.

Os temores de uma intervenção regulatória para controlar os preços, no entanto, limitaram os ganhos do ingrediente siderúrgico.

O contrato de minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 1,2%, a 839,50 iuanes (123,83 dólares) a tonelada, perto da máxima da sessão de 844 iuanes.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de fevereiro de referência do ingrediente siderúrgico subiu 2,5% para 119,95 dólares a tonelada. Mais cedo, atingiu 120,55 dólares, o maior nível desde o início de junho.

Uma compilação do Health Times de relatórios de funcionários de governos locais e especialistas em saúde em toda a China sugeriu que a onda do Covid-19 pode ter passado do pico em muitas regiões.

 

Mas, embora o clima geral tenha sido positivo, os traders permaneceram cautelosos depois que o planejador estatal da China prometeu intensificar os esforços para regular os preços do minério de ferro e reprimir a especulação "maliciosa" do mercado.

Outros insumos siderúrgicos de Dalian registraram variações moderadas, com carvão de coque caindo 0,2%, e o coque avançando 0,5%.

(Por Enrico Dela Cruz em Manila)

Fonte: Investing.com
Publicação: 10/01/2023

Aço começa o ano 10% mais caro com reajustes

O mercado de aço no país iniciou o ano com reajustes de preços para os chamados produtos siderúrgicos planos, usados, por exemplo, em carrocerias de automóveis. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como faz tradicionalmente, saiu na frente das concorrentes ao anunciar antes do fim de 2022 que iria aplicar aumento linear de 10% em todos os tipos de aço que fabrica e comercializa.LEIA MAIS:

Duas outras siderúrgicas, concorrentes da CSN, segundo uma fonte do setor, também definiram na quarta-feira aplicar aumento aos seus produtos. A ArcelorMittal Tubarão informou seus clientes de vários setores — compradores de produtos laminados a quete e a frio e bobinas zincadas — que aplicaria em torno de 10%.

Já a Usiminas, principal fornecedora de aço plano para o setor automotivo do país, além de produzir chapas grossas usadas em tubos e maquinas pesadas, informou que o reajuste entra em vigor no dia 16 de janeiro. Os preços serão majorados em 9% a 12%, a depender do tipo de produto.

A siderúrgica mineira também definiu alta de preço para o aço vendido diretamente para as montadoras, para aquelas com data de reajuste em janeiro. Outro grupo de companhias automotivas negocia em abril.

Com as montadoras, segundo outra fonte, ficou acertado mudança no calendário. Devido às oscilações de custos de matérias-primas do aço (como minério de ferro) e variação do preço no mercado global, as negociações deixam de ser anuais e passam a ser semestrais.

Os produtos siderúrgicos planos, formados por vários tipos de chapas e bobinas, tem aplicações nos setores automotivo (carros e autopeças), construção civil, linha branca, máquinas e equipamentos e tubos de pequeno e grande diâmetro.

A Gerdau, que faz laminados a quente e chapas grossas ainda não havia definido novos preços.

São três os principais argumentos para elevar preços — aumento do aço no mercado internacional, em alta desde meados de novembro; subida do minério de minério de ferro; e a queda no prêmio entre produto nacional e o importado.

A previsão é que o prêmio, que ficou bem acima de 10%, mantida a cotação do dólar na faixa de R$ 5,20 a R$ 5,30 vai levar essa diferença para 3% a 5%, segundo disse uma fonte do mercado.

O preço da bobina laminada a quente, BQ, que é referência no mercado mundial, saiu de US$ 560 a tonelada em 30 de novembro na China para US$ 640 no fim de dezembro — alta de US$ 80 em um mês. Segundo outra fonte, a BQ chegou a bater em US$ 535 a tonelada, num processo de queda de preço verificado ao longo do segundo semestre com as medidas rigorosas de combate à covid adotadas pelo governo da China.

No mercado brasileiro a tonelada da BQ era comercializada na faixa de R$ 4,4 mil há uma semana (equivalente a US$ 846). Segundo a consultoria especializada S&P Global Commodity Insights, na última semana de 2022 o preço variava de R$ 4,3 mil a R$ 4,6 mil a tonelada. A avaliação é que há espaço para aplicação de aumentos pelas usinas.

Segundo a CSN, seus reajustes vão atingir o setor da distribuição (que vende no varejo e responde por um terço do comércio no país), construção e industrial.

As fabricantes de bens eletrodomésticos — chamados no mercado de linha branca — têm fechado negociações de reajuste com as usinas a cada trimestre.

As siderúrgicas no país estão em busca de recuperação de margens de ganho que alegam ter perdido no segundo semestre. Elas admitiram que tiveram de conceder descontos superiores a 40% nos preços do aço vendido internamente nesse período. O último reajuste de preço foi tentado em abril.

Chapa grossa, material fabricado por Usiminas e Gerdau, tem sido uma exceção: os preços não sofreram baixa devido à alta procura pelo material. A demanda no país está superior à capacidade de produção das duas usinas.

Segundo uma fonte, as duas empresas estão com a produção toda vendida até fim de fevereiro. Novos pedidos somente para março em diante. A demanda por chapa grossa é puxada principalmente nos setores de máquinas e equipamentos, tubos de grande diâmetro e na área de energia eólica (montagem de torres).

Depois de fechar 2022 com retração de 12% no consumo aparente, a expectativa é de leve alta neste ano — 2% a 3%. A rede de distribuição de aços planos registrou expansão de 3% a 3,5% e estima aumento entre 2,5% e 3% em 2023.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/01/2023

Gerdau deverá reajustar o preço do aço em 12,5% na 1ª quinzena de janeiro

Após a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciar na última semana que elevará os preços do aço no Brasil em 10% a partir do dia 1º de janeiro, outras companhias devem seguir o mesmo movimento de reajuste. A informação foi repassada ontem pelo presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, durante coletiva de apresentação de resultados do setor. 

Segundo o executivo, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, deve ser uma das siderúrgicas a elevar o preço do produto. “Tivemos a informação de um associado que a Gerdau deve aumentar o preço na primeira quinzena de janeiro em torno de 12,5%”, disse. “Mas não é oficial. A usina em si ainda não nos informou nada”, ressalta. Procurada pela reportagem, a companhia nega a informação.

Conforme Loureiro, os reajustes, na realidade, “não seriam um aumento de preço, mas mais uma redução de descontos concedidos ao longo do segundo semestre deste ano”. De acordo com ele, desde janeiro os preços de aços planos vendidos pelas usinas no País recuaram mais de 40%, sendo assim, há um movimento de diminuição dos descontos do começo do ano. 

No mercado internacional, os preços da liga também apresentaram elevação nas últimas semanas, principalmente, em virtude de um reaquecimento do mercado chinês, maior consumidor de aço do mundo. Segundo o presidente do Inda, essa perspectiva de melhora no país asiático pode estimular um aumento nos valores para 2023. 

Ainda em relação ao ano que vem, Loureiro afirma que a expectativa é que o setor cresça entre 2,5% a 3%, na medida em que a economia brasileira aumente cerca de 1%, como previsto. O percentual é inferior ao crescimento esperado para este ano, que, segundo ele, deve ser de 3% a 3,5% em vendas, e um pouco superior em compras.

Resultados do setor

O presidente do Inda detalhou na apresentação os dados de novembro do mercado brasileiro de distribuição de aços planos. Os distribuidores encerraram o mês com a venda de 290,6 mil toneladas, um recuo de 6,3% ao apurado em outubro (310 mil toneladas). Já o volume de aços comprados pelo setor somou 284 mil toneladas, 10,3% inferior ao do mês imediatamente anterior (316,5 mil toneladas). 

Entre janeiro e novembro de 2022, as vendas cresceram 4,4% ao totalizarem 3.473,9 milhões de toneladas. Neste mesmo intervalo de 2021, o volume foi de 3.328,8 milhões de toneladas. Quanto às compras de aço realizadas pelos distribuidores, houve uma leve alta de 0,3%. No total, foram 3.491,0 milhões de toneladas adquiridas no acumulado deste ano, contra 3.480,2 no exercício passado. 

No mês passado, os estoques atingiram o montante de 831,3 mil toneladas e reduziram 0,8% frente ao mês anterior (837,9 mil toneladas). O giro dos estoques fechou em 2,9 meses. O total de aços importados pelos distribuidores somaram 156,7 mil toneladas e registrou quedas de 12% em relação a outubro (177,9 mil toneladas) e 35,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior (241,5 mil toneladas). Os embarques totalizaram 655,2 mil toneladas.

Para dezembro, mês tradicionalmente fraco para o setor, a projeção é ainda mais pessimista. Um dos motivos citados é o impacto da realização da Copa do Mundo e a sazonalidade ambiental. “O mês está muito ruim, por conta da Copa do Mundo e da sazonalidade, bem como a pouca estabilidade no mercado. Então estamos projetando uma queda de 20%”, salienta Loureiro.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022

 

Inda: Venda de aços planos via distribuidores cresce 3% em novembro e prevê fechar ano com alta de 4,5%

O mercado de aços planos, via o canal de distribuição, responsável por cerca de um terço das vendas totais no país, encerra o ano com desaceleração na demanda. O volume comercializado em novembro, de 290,6 mil toneladas, ficou 6,3% abaixo de outubro, mas ainda cresceu 3% na comparação com novembro de 2021.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (20) pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no acumulado do ano as vendas registraram aumento de 4,4%, somando 3,74 milhões de toneladas.

A expectativa do setor é fechar 2022 com um crescimento de 4% a 4,5% sobre o desempenho do ano passado, segundo Carlos Loureiro, presidente do Inda.

Os números terão o impacto do comércio em dezembro, que costuma ser muito fraco. A previsão de vendas para o mês é de 232 mil tonelada, com uma queda de 20% ante novembro.

Com esse cenário de fim de festa, as empresas da rede ajustam seus estoques na reta final de 2022. A previsão é comprar das usinas de aços planos 227 mil toneladas, recuo também de 20% na mesma base de comparação.

A redução nos pedidos começaram em novembro, quando demandaram 10,3% menos volumes do que em outubro, com 284 mil toneladas. No total de 11 meses, fechou praticamente igual, com apenas 0,3% de alta, em 3,49 milhões de toneladas.

A rede prevê fechar dezembro com 826 mil toneladas em estoque em seus armazéns, o equivalente a 3,6 meses. O normal, e saudável, são 2,5 meses. Em novembro, esse índice ficou em 2,9 meses.

Conforme o Inda, as importações de aços planos pelo país se mantêm em plena desaceleração — em novembro tiveram queda de 35,1%, na base de comparação anual, enquanto no acumulado dos 11 meses do ano, caiu 19%, para 151 milhão de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022

Mulheres do aço alcançam protagonismo e postos de liderança na carreira

Os caminhos percorridos por Mônica tiveram por base o exemplo do pai. Estudo, disciplina, processos seletivos e trabalho conduziram-na à área industrial, uma história que virou espelho para a  nova geração da família – a sobrinha de 7 anos pensa em seguir os passos da tia.

Na trilha de Fernanda, hoje gerente, o desejo de abraçar uma carreira sólida nasceu na adolescência, quando atuava como menor aprendiz e via metalúrgicos em atividade.

Para Rubiana, tudo começou no laboratório, nas bancadas cercadas por recipientes de produtos químicos. Ao longo dos anos, naquele mesmo espaço, a experiência e os experimentos resultaram em avanços: de laboratorista a técnica e, mais tarde, a supervisora. 

Três mulheres,  uma “matéria-prima” em comum nos relatos. O “espelho” que reflete a imagem profissional de Mônica para a sobrinha, a trilha que encaminhou Fernanda e a química que deu a fórmula para a carreira de Rubiana vieram do aço, mais precisamente da indústria do aço.

É no setor siderúrgico que elas encontraram a oportunidade para conquistas, numa área ainda majoritariamente masculina que emprega 120 mil pessoas no país, segundo dados do Instituto Aço Brasil.

Tradicionalmente, trata-se de um campo com trabalhos divididos em turnos. O preconceito evidenciava-se quando o pensamento, sobretudo no meio operacional,  era o de que equipamentos e máquinas são mais bem  manuseados por homens. Quebrar esse estigma foi desafiador, mas vem se mostrando cada vez mais viável e compensador a partir de ações de conscientização e incentivo.

Conheça a seguir estas três histórias, alinhadas a iniciativas que promovem diversidade e inclusão no trabalho, impulsionando, ainda, a ocupação feminina em cargos de liderança.

“ALIMENTEI MEU SONHO”

Mônica Diniz Barcelos, de 37 anos, operadora de dessulfuração,  cultivou, ainda criança, o sonho de trabalhar e se destacar na área industrial. O primeiro e maior exemplo veio de casa, com uma memorável imagem de infância: a satisfação do pai por poder exercer um ofício nessa atividade. “Então, me espelhei muito nele.”

 

Em 2007, Mônica conquistou uma vaga na ArcelorMittal Tubarão, integrando a primeira turma de mulheres maquinistas da empresa, como operadora trainee ferroviária.

Os estudos também contribuíram para o encorajamento e  o empoderamento no decorrer desses 15 anos. Formada em técnica em Transportes, ela também cursou Letras enquanto já estava empregada na siderurgia e concluiu MBA em Gestão de Pessoas. 

"Nós não podemos nos permitir menos. Temos que lutar para alcançar aquilo que sempre almejamos. Nada é empecilho para uma mulher que tem vontade e determinação."
Mônica Diniz Barcelos, Operadora de dessulfuração

Os degraus da escada metálica que sobe hoje ao entrar no turno  levam-na a uma sala de controle na Aciaria, equipada por monitores e painéis. Lá a profissional faz parte de um time que tem, entre outras funções, avaliar e reduzir o teor de enxofre na panela de ferro-gusa – vinda dos altos-fornos – para garantir a boa qualidade do aço.

Para Mônica, estar nesse lugar também significa inspirar outras mulheres de diferentes gerações, como a sobrinha de 7 anos. “Alimentei meu sonho. Confirmo que a escolha foi mais que certa quando a vejo dizendo: ‘Dindinha, quando eu crescer, quero trabalhar lá, assim como você e meu pai’”.

DE MENOR APRENDIZ A LÍDER: "SÃO MIL VIDAS PARA TRANSFORMAR"

A engenheira metalúrgica Fernanda Aparecida Silva, 39, deu seus primeiros passos profissionais há 24 anos. “Não foi um sonho que veio do meu pai. Mas ele é metalúrgico, trabalhou muito tempo em uma empresa que atua com fundição de peças. A metalurgia já estava no sangue desde cedo”, destaca.

 

Com 15 anos, Fernanda foi contratada como menor aprendiz na Unidade de Tubarão e, por admirar a equipe de engenharia que lá atuava, pensou: "É aqui que eu quero trabalhar". "Admirava demais os engenheiros porque eles sempre foram muito respeitados pela bagagem técnica e pela resolução de problemas. O meu sonho foi então ser engenheira."

Naquele momento, a então adolescente despertou-se para a carreira técnica e retornou à empresa com 18 anos, como auxiliar. Consolidou caminhos e se apaixonou por trabalhar com gente. Lançou-se, então, para um novo desafio: assumir cargos de liderança. “Queria olhar para as pessoas e fazer com que elas pudessem sonhar e entregar o seu melhor”, complementa.

Há cinco anos, ela se tornou gerente de Planejamento de Oficinas.  Ao lado de outros três gerentes, lidera há cinco meses 212 colaboradores diretos e 855 terceirizados. “São mil vidas para a gente transformar todos os dias nos melhores profissionais que essa área pode ter.”

A palavra que define seu percurso também é “orgulho”, sobretudo ao rever o início. 

"Era um tempo diferente, com muito mais machismo, menos redes sociais e menos pessoas motivando você a pensar diferente, a olhar para a mulher num contexto diferente."
Fernanda Aparecida Silva, Gerente de Planejamento de Oficinas

Fernanda defende que ocupar um cargo de chefia em um campo antes visto como masculinizado é importante para estimular outras mulheres. Acredita que o olhar feminino, humanizado e focado nas pessoas, pode agregar à área siderúrgica.

“HÁ UMA FORÇA DENTRO DE NÓS CONTRA OS OBSTÁCULOS”

Rubiana Brandão, 40 anos, é supervisora do Laboratório de Meio Ambiente.  Sua carreira foi totalmente concretizada no mesmo laboratório em que trabalha hoje. De laboratorista, passou para técnica e, depois, chegou ao cargo de supervisora. Foi uma das primeiras mulheres a ocupar um posto de liderança na ArcelorMittal Tubarão.

 

Durante algum tempo, acrescenta, as pessoas estranhavam o fato de ela estar em um lugar de comando. No entanto, não encontrou objeções ao assumir a função . “Nossa cultura é de valorizar as pratas da casa, independentemente se for mulher ou homem”, afirma.

O sentimento também é de missão cumprida pelo pioneirismo empreendido. Para iniciar seu caminho, inspirou-se em uma amiga que também estava à frente de uma equipe. Hoje, Rubiana também é referência para outras mulheres do seu time.

Para ela, as dificuldades maiores ocorrem fora do ambiente de trabalho, com as obrigações de ser mãe, dona de casa e esposa. “A gente sabe que, culturalmente, essas cargas ficam mais para a mulher. A gente consegue conciliar. Existe uma força dentro de nós que faz com que isso não seja um obstáculo.”

Por isso, a supervisora acredita que a contratação de mulheres como líderes quebra paradigmas.

"Você começa a mostrar que a mulher é capaz de comandar uma panela [de ferro-gusa], de ser eletricista, mecânica, supervisora, gerente. Você começa a mostrar que a gente não tem nenhum tipo de demérito. A gente sempre tem vontade de crescer. Quando a gente faz alguma coisa que a gente gosta, é natural a gente querer crescer nessa profissão. Era um sonho."
Rubiana Brandão, Supervisora do Laboratório de Meio Ambiente

INICIATIVAS TRANSFORMAM PRESENTE E FUTURO

As histórias de Mônica, Fernanda e Rubiana são marcadas por conquistas e aproveitamento de oportunidades, mas ainda estão longe de representar um quadro ideal de igualdade e ocupação no país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), apenas 37,4% dos cargos de liderança são preenchidos por mulheres. O levantamento, de 2019, aponta que somente 54,5% das mulheres brasileiras com 15 anos ou mais estavam ativas no mercado de trabalho.

No caso da ArcelorMittal, o número de mulheres dentro da empresa vem crescendo desde 2017, mas foi a criação de um Programa de Diversidade e Inclusão, em 2019, que impulsionou o movimento.

“Quando começamos o programa, já percebíamos um aumento tímido. Tínhamos 8,1% de mulheres, em 2017, depois 8,15%, 8,30%. As coisas foram crescendo e hoje temos 13%”, afirma Rodrigo Gama, gerente-geral de Pessoas, Saúde e Segurança.

Ele e as analistas de Diversidade e Inclusão Bianca Silva Santos e Alba Valéria Rosário são responsáveis por conduzirem o programa. “Queremos não só aumentar a diversidade na empresa, mas também dar todas as condições: as estruturas físicas, a segurança psicológica, um ambiente de trabalho receptivo”, completa Gama.

 

A empresa anunciou, em 2021, a meta de registrar 25% de participação de mulheres em cargos de liderança até 2030. Atualmente, a Unidade de Tubarão já atingiu 17%. Para os três colaboradores, abraçar, dentro da companhia, a diversidade presente na sociedade é uma evolução.

“Quando pensamos em evolução, conseguimos perceber que as mulheres estão presentes desde a base da empresa até os altos cargos de liderança. Como mulher, para mim é muito importante ver essa representatividade feminina em qualquer cargo da empresa”, explica Bianca.

"A diversidade e inclusão vieram pra ficar, pois estão refletindo a sociedade. Cada vez mais, têm se transformado em um valor para as empresas e para a ArcelorMittal."
Bianca Silva Santos, Analista de Diversidade e Inclusão da ArcelorMittal Tubarão

Alba Valéria acrescenta: “Acreditamos numa mudança que seja sustentável. Não queremos mulheres a qualquer custo. Queremos que esse aumento seja gradativo, que cresça a quantidade de mulheres, que haja mais mulheres na linha de sucessão e que isso se torne um processo natural”.

Este conteúdo de marca foi produzido pelos alunos do 25º Curso de Residência em Jornalismo como parte do projeto Residente Sombra, uma das atividades inseridas nesta edição 2022 do programa. O trabalho teve a orientação da editora Andréia Pegoretti.

Fonte: A Gazeta
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022

CSN esclareceu notícia divulgada dando conta de que a empresa busca novos negócios de R$ 1 bilhão

A CSN esclareceu matéria divulgada na mídia dando conta de que a empresa busca novos negócios de R$ 1 bilhão.

O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:CSNA3) nesta segunda-feira (19).

De acordo com a companhia, em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a notícia se insere no contexto do CSN Day, realizado no dia 15 de dezembro de 2022, no qual foram abordados assuntos estratégicos, incluindo, entre outros temas, questões relacionadas aos projetos de crescimento da companhia, assim como uma atualização geral das suas unidades de negócios.

No que diz respeito à expectativa de buscar “novos negócios de R$ 1 bilhão”, a companhia esclarece que o valor citado faz referência à estratégia de diversificação de negócios e às oportunidades internas de eficiência e redução de custos que a verticalização das operações traz para a CSN, sem se comprometer com um projeto específico ou com uma meta a ser acompanhada, mas apenas um ensejo de buscar valor por meio da operação atual.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/12/2022