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Status online na produção evita perdas de peças, ferramentas e equipamentos

Uma única peça perdida tem o poder de impactar uma linha inteira de produção. Parar uma fábrica. Causar prejuízos. Essa situação pode parecer sensacionalista, mas é a realidade de grande parte das empresas brasileiras que ainda não embarcaram na inteligência da tecnologia europeia ou norte-americana.

Enquanto empresas do mesmo segmento na França, por exemplo, tem um controle preciso de todas as etapas do processo de produção, como a localização precisa de peças, máquinas, equipamentos e pessoas, a indústria brasileira sofre atrasos por falta de um controle tecnológico:

“O monitoramento de componentes evita interrupções que podem comprometer a eficiência da produção em larga ou pequena escalas. Um pequeno atraso, somado com muitos outros durante a operação soma prejuízos enormes a qualquer indústria” explica Marcelo Lonzetti, Diretor da ztrax e especialista em tecnologia RTLS.

Monitoramento de materiais e equipamentos evita atrasos
Ter controle de peças é eficiente quando o PCP - Planejamento e Controle da Produção está devidamente implementado com auxílio da tecnologia em tempo real, o chamado sistema RTLS (Real Time Tracking System) que se utiliza de sensores com tags e alertas para rastrear e prevenir situações internas:

“Um único sistema pode monitorar peças inteiras, maquinários, produtos já acabados ou ferramentas. São informações que o gestor recebe em tempo real para que nada pare de funcionar por ausência momentânea de algum item, seja peça, produto ou insumo”

Organizando os processos nos mínimos detalhes
Marcelo lembra que o meio produtivo, por mais robusto e autossuficiente que seja, pode perder muito tempo na procura de alguns detalhes que se perdem.

"O conceito RTLS é amplamente utilizado na Indústria 4.0, mas vale ampliar suas aplicações para além da automação de máquinas e implementar na gestão de controle. O tempo para recuperar algum equipamento ou peça perdida é fundamental e manter a ordem com processos monitorados 24 horas evita problemas. O gestor, tão logo receba o alerta, consegue encontrar o que está errado imediatamente” completa Lonzetti.

Fonte: Manezinho News
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/04/2024

 

Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024

À espera do anúncio do Plano Safra 2024/2025, representantes do agronegócio solicitam ao menos R$ 36 bilhões para investimentos em máquinas agrícolas pelo pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país.

De acordo com Pedro Estevão Bastos Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, foram solicitados R$ 26 bilhões pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), incluindo valores para o médio produtor (Moderfrota Pronamp), além de R$ 10 bilhões pelo Pronaf Mais Alimentos.

Os valores, sugeridos durante um encontro com autoridades em Brasília (DF) há cerca de um mês, representam incrementos de 116% e 66% com relação aos créditos disponibilizados no ciclo 2023/2024.

Segundo Oliveira, a elevação visa garantir que as linhas do governo federal, com taxas de juros menores que as dos bancos, durem mais tempo e permitam maior estabilidade nas vendas das indústrias brasileiras ao longo do ano.

Para 2024, o setor projeta um recuo de 15% nas vendas, diante de um cenário de desvalorização das commodities e questões climáticas.

"O Modefrota durou quatro meses. Ou seja, você passa oito meses sem dinheiro do governo. (...) Um período do ano você fica com as vendas muito dependendo de juros de mercado. E aí se tem um período muito intenso de vendas e outro meio parado. Isso para a indústria não é bom. Para a indústria é bom você ter um negócio que fica ao longo do tempo, sem grandes variações", argumenta.

O presidente da Câmara setorial, no entanto, pondera que as taxas de juros a serem definidas pela União devem ficar em um patamar "razoável", abaixo dos 18%, mas não tão reduzidas, porque a prioridade é a maior disponibilidade de recursos.

"Se você colocar um juro muito baixo, você tem um subsídio maior em relação à taxa atual. E se você coloca um subsídio muito grande, o governo diminui o valor. Então a gente sempre deixa esse assunto para o governo resolver, porque nós sempre advogamos por um maior volume de dinheiro. Se você baixa muito o juro, o volume de dinheiro cai muito", explica.

Destinado a ajudar no custeio e nos investimentos do setor agropecuário brasileiro, o Plano Safra é divulgado todos os anos geralmente no período entre maio e junho e com validade entre julho e junho do ano seguinte.

Para o período compreendido entre 2023 e 2024, o governo federal anunciou um total de R$ 435,8 bilhões, dos quais 73% já tinham sido utilizados até o início de abril. Mas valores voltados para renovação e expansão da frota agrícola, segundo Oliveira, já não estão disponíveis.

Nesse sentido, segundo ele, as lideranças também chegaram a pedir ao governo federal uma antecipação no anúncio do Plano Safra para melhorar as perspectivas de negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo, que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio.

"Esses recursos basicamente são para custeio, não servem. Custeio você empresta para um ano, no máximo dois, então você tem outra dinâmica. Quando você fala em investimento, está emprestando para sete, dez anos, e tem outra perspectiva de tempo e de custo."

Enquanto o novo Plano Safra não é anunciado, diferentes entidades ligadas ao campo no país apresentam suas propostas. A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), com outros sindicatos rurais, por exemplo, solicitou um montante total de R$ 568 bilhões para 2024/2025 e taxas de juros de até 9%.

Fonte: G1
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 17/04/2024

 

Agritech vai apresentar na Agrishsow novo trator para pequenas propriedades

A Agritech, pioneira na indústria brasileira ao fabricar máquinas voltadas especialmente para a agricultura familiar, apresenta na Agrishow, evento que ocorre de 29 de abril a 3 de maio, em Ribeirão Preto (SP), o novo trator AGT 25.

O lançamento da Agritech conta com motor Mitsubishi de três cilindros aspirado com 24 CV, com nove marchas à frente e três à ré, além de tração 4×4. O equipamento atende todas as operações em uma pequena propriedade ou em culturas que exigem tratores estreitos e pequenos, como é o caso de operações em estufas, e para a produção de hortaliças.

“Um dos destaques do AGT 25 é sua performance e baixo consumo, proporcionando melhores resultados. É um trator é prático, pequeno e potente. Chega ao mercado para facilitar o trabalho no dia a dia do pequeno agricultor, que tem demandas específicas e precisa de muita assertividade na mecanização da propriedade”, comenta o coordenador de Vendas/Marketing da Agritech, Cesar Roberto Guimarães de Oliveira.

Todos os tratores da Agritech atendem as normas internacionais de qualidade e garantem ao produtor rural economia, segurança e alta produtividade. Todos os equipamentos da marca também estão adequados ao Biodiesel B10.

Taxas atrativas para o AGT 2 – A Agritech oferece a possibilidade de aquisição de máquinas e implementos da Agritech por financiamento com taxas atraentes oferecidas pelo Banco de Fábrica DLL.

Outra opção atraente de negócios, que o produtor pode aproveitar, é o Consórcio Nacional Agritech, que oferece planos com prazos de até 100 meses. “O Consórcio Agritech é uma forma programada e inteligente de adquirir máquinas agrícolas e outros implementos, pois oferece taxas que ficam abaixo das praticadas no mercado”, garante o coordenador.

A Agritech Lavrale – Divisão Agritech é pioneira na indústria brasileira ao fabricar linhas de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas para a agricultura familiar. No final de 2014 a empresa atingiu a marca de 100 mil tratores produzidos pela sua fábrica, em Indaiatuba (SP). A Agritech faz parte do Grupo Stédile e surgiu com a cisão da Yanmar do Brasil. O Grupo Stédile, de Caxias do Sul (RS), é um dos mais respeitados conglomerados industriais do Brasil e engloba a empresa Agrale S.A.

Fonte: AgroRevenda
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 17/04/2024

 

JCB Lança Pá Carregadeira Para Construção Civil E Mineração

A JCB, uma das maiores fabricantes de equipamentos para construção no mundo, ampliou seu portfólio de ofertas ao mercado brasileiro, com o lançamento da pá-carregadeira 455ZX.

Direcionada aos segmentos de construção civil e mineração, o equipamento conta com caçamba de 3,3 m?3;, articulação central reforçada, com estrutura dupla superior e inferior e motor de alta potência e alto torque em baixa rotação, além do sistema hidráulico sob demanda configurados para manter curtos tempos de ciclo, enquanto proporciona turnos de trabalho longos e eficientes. 

Com peso operacional de 18 toneladas e motor de 165kW (221hp), a 455ZX foi desenvolvida para mover grandes volumes de material. Conta com eixos de patinagem limitada (LSD) padrão exclusivo para o porte, transmissão e sistema hidráulico funcionando em harmonia, buscando eficiência máxima em todas as operações. Com pontos de inspeção de fácil acesso e ao nível do solo, é possível checar tranquilamente todas as pressões hidráulicas do equipamento, graças às tomadas de teste agrupadas.

A geometria do braço da carregadeira conta com barra em Z, proporcionando alta força de desagregação e menores tempos de carregamento. Além dessas vantagens, possui baixa necessidade de manutenção, isto é, foi projetada para a máxima disponibilidade mecânica.

“A inovação é base para a evolução do portfólio de produtos da JCB. Por isso, estamos entusiasmados com o lançamento da 455ZX, um marco significativo da expansão da nossa oferta ao mercado brasileiro”, destaca Adriano Merigli, CEO da JCB para América Latina, em nota.

Quem é a JCB 

Empresa de origem britânica com 78 anos de atuação, dos quais há mais de 20 no País, possui 24 fábricas que produzem mais de 300 modelos de máquinas, é líder mundial em vendas de máquinas retroescavadeiras e manipuladores telescópicos Loadall.

A JCB é uma das três maiores fabricantes de equipamentos para construção e tem fábrica no Brasil, na cidade paulista de Sorocaba, a qual atende a toda a América Latina, e onde são comercializadas as retroescavadeiras modelos 3CX e 4CX, miniretroescavadeira 1CX, miniescavadeira elétrica 19C-1E, escavadeiras hidráulicas de esteira JS130, JS210, JS220LC, JS235LC e JS220F, pás carregadeiras 422ZX 426ZX, 427ZX e 437ZX, miniescavadeiras 8026CTS e 55Z-1, minicarregadeiras 155, 190 e 270, Loadalls 530-70, 530-110, 535-125, 540-170, 531-70 e 541-70 e rolos compactadores JCB 116D, CT160 e CT260.

A empresa também conta com uma linha de plataformas elevatórias totalmente elétricas e zero emissão de carbono, no formato tesoura. São oito modelos: S1530E, S1930E, S2030E, S2632E, S2646E, S3246E, S4046E e S4550E.

Fonte: Transporte Press
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 17/04/2024

 

Níquel, lítio e satélites: conheça interesses de Musk no Brasil

Além de controlar a plataforma X, antigo Twitter, que vende anúncios para propaganda, o multibilionário Elon Musk controla outras empresas, desde fábricas de foguetes até de carros elétricos. No Brasil, o empresário, que mantém uma cruzada contra o governo e o Judiciário brasileiro, têm ao menos dois negócios no país - níquel e satélites - e um interesse: o lítio.

Com um patrimônio líquido no valor de R$ 960 bilhões, segundo a revista Forbes, Musk é considerado a segunda pessoa mais rica do planeta. Entre seus principais interesses está o da mineração que abastece suas indústrias com materiais necessários para produção.

A fabricante de veículos elétricos Tesla, controlada por Musk, fechou contrato “de longo prazo” com a mineradora brasileira Vale, anunciado em maio de 2022, para o fornecimento de níquel a partir das operações da Vale no Canadá. A companhia brasileira também extrai níquel no Pará.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil acreditam que existe interesse de Musk pelo lítio brasileiro. O insumo é chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século XXI” e é um dos minerais considerados “críticos” de importância central para transição energética e para as baterias dos carros elétricos. A estimativa é que a procura pelo minério deve se multiplicar nos próximos anos.

O Brasil tem importantes reservas, apesar de não ser local das principais reservas do planeta. Estima-se que 53% do lítio na América Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Brasil tem a 15ª maior reserva de lítio, com 800 mil toneladas do minério estimadas.

Já o Ministério de Minas e Energia sustenta que o Brasil é dono da 7ª maior reserva de lítio do mundo, com 1,23 milhão de toneladas, sendo o 5ª maior produtor mundial. O MME justifica que a diferença se deve ao fato de considerar “a parte economicamente lavrável dos recursos medidos”.

“Ao contrário da maioria dos países, o lítio encontrado em Minas Gerais é de alta pureza, facilitando seu uso na fabricação de baterias mais potentes.”

No Brasil, as principais reservas se concentram na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

Geopolítica do lítio

Com esse potencial, as notícias de que a empresa canadense que atua no Brasil, a Sigma Lithium, está em processo de venda para a chinesa BYD, umas das principais concorrentes da Tesla do Musk, está preocupando o multibilionário, segundo avalia Hugo Albuquerque, jurista e editor da Autonomia Literária, editora que publica textos ligados aos movimentos sociais.

“A BYD está dominando todas as cadeias da produção mais centrais e avança na sua posição global. Antes, lembremos, Musk admitiu ter apoiado o golpe na Bolívia justamente por causa do lítio”, comentou o especialista.

Em julho de 2020, em um debate no X sobre a acusação de que os Estados Unidos estariam por trás da destituição do presidente boliviano Evo Morales, ocorrida em 2019, Musk afirmou: “vamos dar golpe em quem quisermos! Lide com isso”. A BYD, inclusive, anunciou que vai operar fábricas de carros elétricos na Bahia.

O fundador do Observatório da Mineração, o jornalista Maurício Angelo, que investiga a atuação das mineradoras no país desde 2015, avalia que a aquisição da Sigma pelos chineses é um problema para Musk.

“A mineração é um setor restrito, as jazidas são restritas, estão localizadas em países e regiões específicas. Então você não pode escolher onde vai operar, extrair e negociar”, explicou Angelo, acrescentando que “se a BYD adquire a Sigma, para o Musk é um problema, porque você está fortalecendo um concorrente direto no Brasil, no país estratégico como é o Brasil”.

O professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (Ufabc), Gilberto Maringoni, alerta ainda que existe a preocupação das empresas interessadas no lítio, e dos países onde elas estão sediadas, de que as nações que detêm essas reservas não formem um cartel como a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).

Maringoni lembrou que o presidente da Bolívia, Luis Arce, que governa o país que tem uma das maiores reservas de lítio do mundo, manifestou interesse em criar uma Opep do lítio com os demais países latino-americanos donos de grandes reservas.

“[A ideia de Arce] é a formação de um cartel internacional dos produtores de lítio, não só para discutir preço, mas como vai ser feita a exploração das reservas. Porque as empresas chegam com uma proposta extrativista, você cava o buraco e leva o material embora, uma coisa semicolonial. E o que o Arce quer é criar uma indústria do lítio aqui”, comentou Maringoni, que também coordena o Observatório de Política Externa do Brasil (Opeb).

Em julho de 2022, o governo de Jair Bolsonaro publicou o Decreto 11.120, liberalizando a exploração de lítio no Brasil ao determinar que a exportação e importação do mineral “não são sujeitas a critérios, restrições, limites ou condicionantes de qualquer natureza, exceto aqueles previstos em lei ou em atos editados pela Câmara de Comércio Exterior - Camex”.

Satélites

Outro interesse do empresário no Brasil é em relação a sua empresa aeroespacial SpaceX. Em janeiro de 2022, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o uso de satélites Starlinks, da SpaceX, no país.

O professor da Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, destacou que o interesse de Musk com a Starlink é imenso, porque todo o fluxo de informações que circula na Amazônia está sob controle do grupo estrangeiro controlado pelo empresário.

“Todo o fluxo de informações, seja das Forças Armadas, seja da área de saúde pública, seja das delegacias de polícia, de escolas, enfim, toda a conexão é feita através do Musk. Ele detém, então, o poder de apagar a Amazônia e provocar um colapso. Além disso, ele tem contratos também com as Forças Armadas e com algumas áreas da justiça. É muito mais do que a exploração do lítio”, explicou.

Diante dos ataques de Musk ao Judiciário brasileiro, o Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MP-TCU) pediu que o Tribunal exija informações do governo federal de quais contratos mantém com a Starlink, incluindo as Forças Armadas.

“Caso haja confirmação da existência desses contratos, deve o TCU determinar a sua imediata extinção, por conta da violação à soberania nacional defendida pelo Sr. Elon Musk”, afirmou o Subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado. A petição assinada no último dia 10 de abril está sob a relatoria do ministro do TCU, Aroldo Cedraz.

Quatro meses após a Starlink receber autorização da Anatel, Musk visitou o Brasil e foi recebido pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro, além de ter sido condecorado com a medalha da Ordem do Mérito da Defesa pelo Ministério da Defesa. A premiação é dada a personalidades que prestam “relevantes serviços” às Forças Armadas.

A Starlink tem, desde então, avançado no mercado brasileiro, em especial, nos locais de difícil acesso da região amazônica. Em fevereiro de 2023, a Anatel prorrogou os direitos de uso da companhia estadunidense por entender que ela contribui “com o progresso de nossas telecomunicações”.

Para o analista Hugo Albuquerque, há interesse do empresário na desestabilização do governo brasileiro para facilitar seus negócios no Brasil, já que ele tinha um canal mais direto de negociação com o governo anterior.

“Ele quer expandir a rede de internet possibilitada pelos satélites da Starlink para prospectar a Amazônia ou vencer disputas no Ministério da Educação. Além disso, ele entende que para conseguir tudo isso, ele precisa trocar o governo aqui”, completou.

Em outubro de 2023, o Ministério da Educação (MEC) informou que alteraria as regras para conectividade das escolas, o que pode, em tese, prejudicar a empresa de Musk.

Os satélites da Starlink ainda têm sido usados por garimpeiros ilegais para se comunicar nas regiões isoladas da Amazônia, segundo informou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O Ibama relata que tem sido comum encontrar antenas da Starlink em garimpos”, informou, em nota.

Antes da operação da companhia, esses garimpeiros tinham dificuldade de se comunicar, de acordo com jornalista do Observatório da Mineração, Maurício Ângelo. “Os garimpeiros ilegais que atuam na Amazônia conseguiram a solução para o problema de conectividade que sempre tiveram via Starlink de 2022 para cá”, comentou.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/04/2024

 

O que é preciso saber sobre os carros híbridos?

Há apenas um ano, a indústria automotiva era quase unânime na sua mensagem: os carros elétricos são o futuro e vão dominar o mercado mais cedo do que você imagina.

Agora, esse otimismo parece ter sido prematuro. Embora as montadoras continuem lançando novos modelos de carros elétricos — aqueles que funcionam inteiramente com baterias e não têm motor movido a gasolina —, o crescimento das vendas diminuiu drasticamente, já que os consumidores não estão comprando esses itens tão rápido quanto a indústria esperava. Os carros elétricos não vendidos estão se acumulando nas concessionárias, apesar da diminuição de preços. 

O que aconteceu? Muitas pessoas temem que a escassez de estações de carregamento públicas e a autonomia limitada dos carros elétricos possam deixá-las na mão com uma bateria descarregada. Depois de encontrar um carregador, leva muito mais tempo para reabastecer as baterias do que um tanque de gasolina. E a maioria dos EV’s ainda custa mais do que carros com motor a gasolina semelhantes, especialmente porque muitos modelos perderam seus incentivos fiscais este ano. 

Em vez disso, mais compradores que buscam reduzir seu gasto com gasolina ou suas emissões de gases de efeito estufa se voltam para uma tecnologia que já existe há um quarto de século: os veículos híbridos, que combinam baterias e motor elétrico com um motor a gasolina com combustão interna convencional. As vendas de híbridos nos EUA superaram as de veículos elétricos em 2023, cerca de 1,4 milhão para 1,2 milhão, de acordo com a Cox Automotive, fornecedora de informações e tecnologia para a indústria automotiva. Em resposta, as montadoras planejam produzir mais híbridos.

Mas quão práticos são esses modelos? Os compradores economizarão dinheiro? E qual variação híbrida é melhor? Abaixo, respondemos a essas e outras perguntas.

Como funcionam os carros híbridos?

Na maioria dos carros híbridos, tanto o motor a gasolina quanto um motor ou motores elétricos podem fazê-los funcionar. O motor também aciona um gerador de eletricidade. A eletricidade alimenta um conjunto de baterias, que, por sua vez, faz funcionar o motor.

Além disso, a maioria dos híbridos recarrega a bateria de outra forma: quando você tira o pé do acelerador ou pisa no freio, o carro inverte a direção do motor elétrico, o que tanto diminui a velocidade do veículo quanto transforma o motor em um gerador de eletricidade. Esse processo é chamado de frenagem regenerativa. Mas esse tipo de híbrido, a variante mais comum, não pode ser ligado na tomada para reabastecer a bateria. 

A eletrônica sofisticada descobre qual dos motores, o elétrico ou o a combustão — ou ambos simultaneamente em alguns modelos —, é o responsável por mover o veículo em um dado momento.

Isso parece complicado. Qual é o ponto?

Os híbridos percorrem mais quilômetros por litro de gasolina porque não estão queimando combustível o tempo todo — o motor a gasolina pode desligar enquanto a bateria e o motor elétrico trabalham, normalmente em velocidades mais baixas, na estrada ou na cidade. Além disso, como o motor elétrico pode auxiliar o motor a gasolina, este pode ser menos potente do que em um carro similar movido somente a gasolina e, portanto, mais eficiente em termos de combustível. 

A quilometragem alcançada por um híbrido é melhor do que a de um carro comum movido a gasolina?

Pode ser dramaticamente melhor, cerca de 40% a mais em média do que os veículos somente a gasolina, de acordo com o Consumer Reports. 

O sedã híbrido Toyota Camry mais eficiente faz 22 quilômetros por litro na combinação cidade/estrada, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental — quase 63% a mais que o Camry não híbrido mais eficiente, com 13 km/l. O SUV híbrido Hyundai Tucson Limited faz 16 km/l, 32% melhor do que os 12 km/l do não híbrido.

O Departamento de Energia dos EUA oferece uma ferramenta para comparar, em milhas por galão, as versões híbridas e não híbridas do mesmo modelo.

Existem outras vantagens dos híbridos?

Muitos aceleram mais rapidamente do que seus equivalentes movidos a gasolina. E são mais silenciosos em baixa velocidade quando funcionam apenas com bateria. “Eles tendem a ser um pouco mais agradáveis do que seus equivalentes movidos apenas a gasolina”, diz Alex Knizek, gerente de testes e insights de automóveis da Consumer Reports. E, apesar de seu motor mais complicado, podem ser mais confiáveis do que veículos convencionais semelhantes, acrescenta.

Além disso, ao contrário de um EV, “não há mudança na experiência do consumidor”, diz Stephanie Valdez Streaty, diretora de insights do setor da Cox Automotive. “Não preciso me preocupar com o carregamento, nem ter ansiedade com relação ao alcance.”

 

Então, o que não é bom em um híbrido?

A maioria custa mais do que os modelos com motor a gasolina, até 20% a mais, de acordo com o site de compras de carros Edmunds, embora sejam mais baratos do que os carros totalmente elétricos. Por exemplo, o preço base do Honda CR-V Hybrid, de US$ 34.050, é cerca de 15% maior que o do CR-V a gasolina. A Honda não fabrica o CR-V elétrico, mas um SUV elétrico de tamanho semelhante, o Volkswagen ID.4, custa a partir de US$ 39.735.

Mas esse preço está caindo à medida que os custos das baterias e de outros componentes dos híbridos diminuem. “Acho que continuaremos a ver os híbridos mais caros baratearem”, diz Valdez Streaty. No entanto, não há incentivos fiscais federais ou estaduais para esses tipos.

Alguma outra desvantagem dos híbridos?

Isso não é necessariamente uma desvantagem, mas uma peculiaridade: eles obtêm melhor quilometragem na cidade do que na estrada — o oposto de carros com motor a gasolina.

Por exemplo, o Lexus RX híbrido faz 15,5 km/l na cidade, mas apenas 14,2 km/l na estrada. Portanto, se a maior parte do seu uso diário é na estrada, você não verá o mesmo benefício de eficiência que aqueles que o usam principalmente na cidade.

O que está por trás da menor eficiência na estrada?

O motor que usa gasolina costuma rodar a maior parte do tempo na estrada, já que o motor elétrico por si só não é potente o suficiente para manter altas velocidades.

Posso recuperar o custo extra de um híbrido com a economia de gasolina?

Muitos proprietários conseguem isso dependendo de quanto tempo mantêm o carro e, particularmente, se dirigem principalmente na cidade. A Consumer Reports diz que o período médio de retorno é de quatro anos, enquanto a gasolina custar cerca de US$ 1,00 o litro e o veículo andar 20 mil quilômetros por ano. Quanto mais quilômetros você rodar ou quanto mais cara for a gasolina, mais cedo será o retorno. 

Então, devo considerar um híbrido, mesmo dirigindo principalmente na estrada? 

Possivelmente, porque a maioria desses carros tem melhor quilometragem na estrada do que um veículo similar apenas a gasolina. Mas o período de retorno pode ser muito mais longo do que para outros motoristas. 

Estou confuso com os “híbridos plug-in” que algumas montadoras vendem. Quais são eles?

Os híbridos plug-in, que a indústria chama de PHEVs, também combinam um motor a gasolina com um motor ou motores elétricos. Mas sua bateria é muito maior e, portanto, retém mais eletricidade. E, ao contrário de um híbrido comum, você pode conectá-los a uma tomada ou carregador público para reabastecer a bateria, assim como em um EV. 

 

Qual a vantagem dos híbridos plug-in?

A capacidade adicional da bateria significa que eles podem percorrer certa distância apenas no motor elétrico, variando de 24 a 80 ou mais quilômetros, dependendo do modelo. Assim, na cidade ou em viagens curtas, pode parecer um EV, com seu motor silencioso e sem emissões. Quando a bateria estiver quase vazia, o motor a gasolina assume o controle e o veículo opera como um híbrido normal, então não há preocupação em ficar parado. 

A autonomia elétrica significa que podem fazer maior quilometragem com gasolina em uma viagem do que um híbrido comum, mas isso depende da duração da viagem — menos tempo de estrada aproveita mais a autonomia elétrica antes que o motor a gasolina seja acionado — e se o carro está sendo usado na cidade ou na estrada. Conectá-los em carregadores públicos de vez em quando enquanto estiver na estrada também aumenta a quilometragem.

Essa eficiência é uma das razões pelas quais as montadoras planejam construir mais plug-ins para ajuda-las a cumprir as regulamentações federais e estaduais.

O que mais pode me convencer a comprar um modelo plug-in?

Alguns se qualificam para um crédito fiscal federal de até US$ 7.500, e certos estados também subsidiam plug-ins. Entre os modelos elegíveis para um crédito federal estão o Ford Escape Plug-In Hybrid e o Jeep Grand Cherokee 4xe. No entanto, pode haver restrições de renda para esses créditos. O leasing de um plug-in pode ser outra forma de obter o valor do crédito tributário federal, já que a empresa de leasing fica com o crédito e pode repassá-lo ao cliente.

Há desvantagens nos híbridos plug-in?

Sim. Sem um incentivo fiscal, a maioria custa mais do que os híbridos comuns — o SUV plug-in RAV4 Prime da Toyota tem um preço base de US$ 43.690, em comparação com os US$ 31.725 do RAV4 híbrido regular. E em climas muito frios, é provável que um plug-in fique sem bateria mais rápido do que a autonomia declarada, a mesma falha que afeta os EVs.

Além do mais, uma vez que a bateria esvazia, a quilometragem pode ser mais baixa do que a de um híbrido comum, especialmente na estrada. Isso porque as baterias extras dos plug-ins pesam centenas de quilos a mais, consumindo mais combustível do que um híbrido comum quando no modo apenas a gasolina.

O que mais devo saber sobre plug-ins?

O recurso plug-in traz os mesmos problemas de carregamento que os proprietários de veículos elétricos enfrentam: você precisa de pelo menos uma tomada elétrica padrão perto de onde estaciona. E se não conseguir instalar uma tomada de 240 volts em casa, algo que pode custar desde centenas de dólares até mais de US$ 1 mil, encher a bateria pode levar cerca de 12 horas.

Além disso, é preciso lembrar de ligar na tomada — coisa com a qual alguns donos de plug-in não se incomodam, já que os carros funcionam bem com gasolina. Claro, isso significa que você não terá a economia total de gasolina, então o preço mais alto pode ser um desperdício.

 

Dado o preço mais elevado, quem deve considerar um híbrido plug-in?

Isso depende de vários fatores. Você tem uma tomada disponível em casa ou no trabalho? O uso diário do seu carro geralmente está dentro da faixa de uso da bateria, ou perto dela, o que acelerará o retorno do valor adicional? E você mora em uma área com preços moderados de eletricidade, mas altos preços de gasolina, o que também faz com que o retorno do seu investimento seja mais rápido? 

A EPA (Agência de Proteção Ambiental) conta com uma calculadora que ajuda os consumidores a descobrir quanto economizariam em gasolina e gastariam em eletricidade com um plug-in.

Então, qual tipo de sistema veicular garante os menores gastos com combustível?

Geralmente é um VE, embora existam variáveis, incluindo os preços da gasolina e da eletricidade, além de seus hábitos de utilização do automóvel.

Eis aqui uma comparação feita pela EPA dos custos médios anuais de combustível, com base em 24 mil quilômetros de uso, para várias versões do SUV RAV4 da Toyota: para a versão com motor a gasolina, US$ 1.700 a US$ 1.750; para a versão híbrida, R$ 1.300; e para a versão híbrida plug-in, R$ 950. Não há RAV4 totalmente elétrico, mas o Volkswagen ID.4 AWD de tamanho semelhante precisa de US$ 750 por ano em eletricidade.

Algumas montadoras oferecem “híbridos leves”. Quais são?

Esses veículos têm um motor elétrico e bateria menores do que dos híbridos comuns, que são usados quase inteiramente para complementar a potência do motor a gasolina em vez de mover o carro de forma independente. Alguns podem desligar o motor enquanto você desacelera o carro e roda brevemente com a bateria, e usar a frenagem regenerativa para recarregar a bateria, como um híbrido. E em veículos com recurso start-stop, que desliga o motor ao parar no semáforo, o carro volta a andar com a energia da bateria por um curto período antes que o motor seja reiniciado. Esses recursos podem elevar a classificação km/l do veículo, outro incentivo para os esforços das montadoras para atender às exigências do governo. 

Quais são as desvantagens dos híbridos leves?

Eles não andam apenas com o motor elétrico, só intermitentemente, o que significa que não são tão silenciosos como um híbrido regular ou plug-in no modo apenas bateria. E nem de perto fornecem a eficiência desses híbridos em termos de consumo de gasolina.

Então, o que é melhor para o meio ambiente, qualquer tipo de híbrido ou um VE?

É complicado. Embora os híbridos usem menos gasolina do que os carros comuns em geral e, portanto, suas emissões de gases de efeito estufa sejam menores, eles ainda poluem enquanto estão no modo a gasolina. Alguns grupos ambientalistas têm pressionado as montadoras que promovem as vantagens verdes dos híbridos. 

Os veículos elétricos, por outro lado, não geram poluição por si só. Mas a eletricidade usada para carregar suas baterias pode vir de usinas a carvão ou gás, que contribuem para o aquecimento global; portanto, na verdade, também não são totalmente limpos nesses casos.

Fonte: Investnews
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 16/04/2024