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Trabalhadores rejeitam proposta da Gerdau e entram em estado de greve

Os metalúrgicos da Gerdau, na zona sul de São José dos Campos, entraram em estado de greve nesta terça-feira (27). Os trabalhadores rejeitaram a proposta do grupo patronal de trefilação e laminação, que quer empurrar apenas a inflação para os salários.

Os trabalhadores da fábrica reivindicam aumento real e a volta do vale-refeição. Com o aviso de greve aprovado, a empresa tem 48 horas para apresentar uma proposta superior à do grupo patronal.

No dia 21, a categoria já havia rejeitado em assembleia geral o índice proposto pelos empresários do setor, de 8,83%. A Gerdau e Armco são as principais fábricas de trefilação e laminação da região.

No segundo trimestre de 2022, o grupo Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 4,3 bilhões – o melhor para o período em toda a sua história. Portanto, não há motivo para aplicar apenas a inflação aos salários.

“A rejeição à proposta foi por unanimidade e isso mostra que os trabalhadores estão mesmo dispostos a ir pra cima da empresa e lutar por aumento real. Os metalúrgicos estão de parabéns”, afirma o diretor do Sindicato Marco Antônio Ribeiro, o Marcão.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

 

Workshop discute utilização de agregado siderúrgico em obras de infraestrutura

Com o apoio da ABM e do Instituto Aço Brasil, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) realizará o workshop  ‘O agregado siderúrgico na infraestrutura de transportes’. 

O evento, gratuito, será realizado no auditório do DNIT em Brasília, no dia 28 de setembro, a partir das 9h20, e terá transmissão ao vivo no canal oficial do DNIT no Youtube. O objetivo é divulgar aplicabilidades e a importância do uso dos agregados siderúrgicos nos projetos e obras públicas de ferrovias e rodovias no país.

Para acessar a programação completa e obter mais informações, clique aqui.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

Bemisa inicia investimentos de US$ 1,85 bi em mina, ferrovia e porto

A mineradora Brasil Exploração Mineral (Bemisa) deu início a um processo para investir um total de R$ 10 bilhões (US$ 1,85 bilhão) em uma mina de minério de ferro com uma ferrovia nos estados do Piauí e Pernambuco e um terminal portuário, disse um porta-voz da empresa à BNamericas.

A ideia é conectar sua mina de minério de ferro no Piauí ao Porto de Suape, em Pernambuco, permitindo que a Bemisaexporte o minério de ferro que produz em Curral Novo, onde tem um depósito estimado em 800 Mt (milhões de toneladas) de minério, acrescentou o porta-voz.

O primeiro passo da iniciativa foi dado nesta semana, quando a empresa assinou um acordo com o governo de Pernambuco para construir um terminal de granéis sólidos no complexo industrial portuário de Suape, sob um contrato de arrendamento de 30 anos no valor de R$ 184 milhões.

A Planalto Piauí Participações e Empreendimentos, subsidiária da Bemisa, investirá R$ 1,5 bilhão no terminal, que será construído no formato de Terminal de Uso Privado (TUP).

Os planos da Bemisa também envolvem a construção de uma linha férrea de 717 km que custará R$ 5,7 bilhões e seguirá de Curral Novo, no Piauí, até o complexo de Suape. Também gastará outros R$ 2,8 bilhões na adaptação da mina para otimizar a produção de minério.

O cronograma exato do valor a ser desembolsado em cada fase dos investimentos planejados não foi divulgado.

A Bemisa foi formada em 2007 e opera como braço de mineração do banco local Opportunity.

 
Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/09/2022

Investimentos em infraestrutura podem reduzir gargalos logísticos

No segundo dia da Rio Oil & Gas 2022, realizado na terça-feira (27), os painelistas concordaram que o gargalo logístico pode promover a competição entre os agentes e a redução de custos a partir de investimentos em infraestrutura, sendo estes importantes, também, para uma transição energética responsável e planejada.   

O painel “A expansão da infraestrutura logística na promoção da concorrência e competitividade” teve como convidados Bruno Eustáquio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura; Camila Affonso, sócia executiva da Leggio Consultoria; Heloísa Borges Esteves, diretora de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Marcelo Bragança, vice-presidente de operações e logística da Vibra Energia e Victor Bomfim, CEO da Vast Infraestrutura. 

O secretário do MInfra apontou que o planejamento nacional do ministério leva em consideração os ditos “corredores estratégicos”, sendo os combustíveis um dos vetores importantes. Ele espera que R$ 200 bilhões sejam investidos nos próximos anos em ferrovias, a partir de aproximadamente 80 pedidos regulatórios em aprovação ou já aprovados, devido ao marco regulatório ferroviário.

Uma das preocupações, segundo Eustáquio, é de inverter o perfil da matriz de transporte, elevando para 31% o número de ferrovias que conduzem os combustíveis. Ele ressaltou que a integração modal (ferrovia, cabotagem, dutos, etc) irá trazer a redução de emissões na cadeia energética brasileira, e que o MInfra está preocupado em retomar as obras inacabadas desses modais, a fim de fazer uma articulação entre o interior e a costa do Brasil.

Por sua vez, a sócia da Leggio apresentou um estudo elaborado junto ao IBP, noticiado anteriormente pelo PetróleoHoje, onde investimentos multissetoriais de aproximadamente R$ 109 bilhões, com acréscimo de R$ 8,7 bilhões em infraestrutura dedicada ao setor, poderão promover a redução anual de R$ 2,6 bilhões no custo total de distribuição de derivados a partir de 2035. Segundo Affonso, o Brasil ainda está em um momento de construção logística, logo os investimentos são importantes.

Já Bonfim argumentou que cabe aos investidores brasileiros investirem na infraestrutura para dar conta do crescimento do mercado, pois a exportação brasileira tem aumentado e, consequentemente, tem feito a operação do Porto do Açu, administrada pela Vast, crescer. A companhia possui um projeto de investimento, anteriormente exposto na Prumo Day, em um parque de tancagem, para realizar conexões dutoviárias que diminuam a pegada de carbono.

Em sua fala, Bragança afirmou que existe a possibilidade de investimento no Terminal Portuário de Santarém da Vibra, com expectativa de mudá-lo de polo secundário para polo primário de distribuição. Além disso, o executivo acredita que não há uma única energia como protagonista, mas uma diversidade de energias, tanto que a Vibra apostou em empresas comercializadoras de energia, de biogás, etanol e na oferta de biocombustíveis avançados. 

O representante da Vibra defendeu que sem uma logística eficiente e uma infraestrutura adequada não há como realizar as operações de distribuição de derivados, e que é necessário um ambiente estável para essa injeção de capital e para atrair fontes de financiamento competitivas. Bragança também chamou a atenção para os seguintes tópicos, relacionados às propostas de eliminação de gargalo logístico: redução de burocracia, uma atenção pós leilão, preços a mercado e uma segurança jurídica e regulatória.

Transição energética

A importância de uma boa infraestrutura logística para realizar a transição energética foi consenso entre os painelistas. Marcelo Bragança demonstrou que a consistência nas ações é fundamental para a transição, onde boas regulações ajudam, facilitam e aceleram o processo. Ele também defendeu que deve haver uma evolução regulatória precedida do debate com todos os agentes, para que não ocorram confusões.

“Toda transição tem que ser bem planejada e todos os atores têm que ser responsáveis”, disse Victor Bomfim, CEO da Vast. Ele expôs que é necessário pensar em caminhos para descarbonização do setor, além da capacitação visando o futuro.

Fonte: Petróleo Hoje
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/09/2022

SC: Construção Civil aposta em prédios com espaço de lazer e trabalho integrados no Litoral Norte

A pandemia de Covid-19 abriu espaço para o trabalho remoto que de uma ação temporária passou a permanente em muitos casos.

Tanto que um levantamento divulgado pelo IPEA, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada revela que no Brasil, uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar de forma remota.

Atento a essa situação, o setor da construção civil já cria novos empreendimentos que tenham ambientes pensados para quem trabalha em casa por exemplo.

E quando se fala do Litoral Norte de Santa Catarina, os cenários tranquilos e repletos de beleza fazem toda a diferença para atrair investidores ou moradores.

Em 2025 será entregue um edifício de 32 andares na praia do Quilombo em Penha.

A obra de grandes proporções, será considerada um marco para a engenharia da região.

A construção de alto padrão contará com 76 apartamentos, com 2, 3 ou 4 suítes. Serão mais de 2 mil m?2; de lazer que incluem uma área de lazer com piscina climatizada e borda infinita de frente para o mar, espaço com redes suspensas, lareira externa, espaço para churrasco, wine bar, sala de jogos, cinema e espaço Friends & Pool, ou seja, uma piscina própria para que os moradores possam convidar amigos.

Além disso, um diferencial é um espaço adaptado para reuniões e trabalhos remotos.

“Com essa tendência de as pessoas buscarem mais integração entre lazer, qualidade de vida e trabalho, procuramos entregar espaços que convidam as pessoas a compartilhar o máximo de cada momento”, explica Ianaê Feltrin, diretora de Marketing da Vetter Empreendimentos.

Outra novidade que é considerada um marco no mercado imobiliário de Penha e região é que o empreendimento contará com um restaurante dentro do próprio condomínio, que dará acesso aos moradores e ao público geral.

Ianaê conta que o restaurante terá dois acessos exclusivos, um para os moradores e outro para comunidade em geral. Investimentos que reforçam o crescimento do mercado da construção civil no Brasil.

Tanto que dados de uma relatório da Confederação Nacional da Indústria, a CNI com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) retratam que o primeiro semestre de 2022 teve o maior patamar de atividades desde outubro do ano passado com 51, 6 pontos.

Os 50 pontos são a margem que diferenciam o crescimento e a retração.

Outro recorte importante é que a construção de edifícios registrou o melhor patamar médio desde 2010 em 2022.

Fonte: nd+
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/09/2022

Entenda por que a biotecnologia é o futuro da construção civil

No primeiro semestre de 2022, o setor de construção civil cresceu 9,5% em relação ao mesmo período de 2021 (IBGE), sendo o segundo com maior crescimento até agora. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram a importância da construção civil para o país, cujo PIB registra alta há sete semestres consecutivos. Um dos fatores responsáveis pelo bom desempenho é que o setor de construção civil enxerga a inovação como um agente de mudança essencial nos negócios – entre maio de 2021 e maio de 2022, o número de startups na área aumentou 13,82%, movimentando cerca de R$ 6 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Startups.

No Paraná, o Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil (IST-CC) tem acompanhado a dinâmica deste mercado. Responsável por desenvolver projetos para inserção de novas tecnologias na construção, o Instituto tem fomentado pesquisas para o desenvolvimento de materiais que já estão mudando a forma de produzir e construir. “Temos uma interação bem grande em toda a cadeia produtiva do Paraná, trabalhando sempre em parcerias com indústrias e construtoras que, inclusive, já utilizam alguns materiais novos em seus projetos”, conta Karine Coelho Corrêa, consultora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no IST-CC.

Biotecnologia é destaque
Um assunto que tem ganhado relevância na área de construção é o uso de materiais biológicos como base para os produtos do segmento. É o caso do bioconcreto, criado a partir de bactérias que se desenvolvem em cápsulas biodegradáveis; e que representa uma revolução e tanto nos processos construtivos. Em contato com a água, essas bactérias são ativadas e agem como selantes de eventuais rachaduras, o que deve aumentar significativamente a durabilidade das construções.

Mas não é só a indústria de concreto que está se reinventando a partir da tecnologia. No IST da Construção Civil, há diversos projetos na área de biotecnologia. É o caso da Mush, startup atualmente incubada na Universidade Federal do Paraná. Por meio da Chamada Paranaense de Inovação Industrial, a Mush trouxe ao IST-CC um projeto de pesquisa para fabricação de placas com resíduos da agroindústria. De acordo com o IBGE, a produção agrícola do Brasil em 2022 deve ser 2,2% maior do que em 2021, sendo que o arroz, o milho e a soja representam 91,5% da estimativa – e para cada tonelada de grão, são geradas duas toneladas de resíduos vegetais. A solução da startup utiliza esses resíduos que seriam descartados como fonte de nutriente e suporte para crescimento de um fungo que age como uma cola. O CEO da Mush, Eduardo Sydney, pontua os benefícios da tecnologia: “Estamos validando todas as propriedades deste material e, até o momento, já comprovamos que além de oferecer conforto termoacústico, ele tem um ciclo de vida completo. É gerado a partir de resíduos vegetais, transformado em material construtivo e é 100% biodegradável, compostável na terra, água doce e água salgada. Ou seja: se no futuro uma construção for demolida ou reformada, essas placas vão se decompor naturalmente”, destaca.

Tecnologia e meio ambiente
O incentivo às mudanças na indústria da construção civil vai além do viés comercial. O uso de materiais biológicos está alinhado a questões ambientais. Para se ter uma ideia, somente a produção de cimento responde por 8% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, segundo a associação World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). Um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que o setor de construção civil é responsável por 38% do gás carbônico lançado na atmosfera. “Estamos atendendo a uma demanda do setor e do planeta, criando um material construtivo sustentável. É uma solução disruptiva, que ajuda a compatibilizar a necessidade de construir, morar e trabalhar com a preservação dos recursos naturais”, ressalta Eduardo Sydney.

O trabalho em conjunto é o melhor caminho para mudar este cenário e a equipe do Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil tem testado soluções que são rapidamente disponibilizadas ao mercado. “Temos trabalhado muito em sistemas construtivos inovadores para substituir alvenaria, concreto e alguns tipos de madeira. A indústria está investindo em pesquisas para aumentar a produtividade, fabricar os sistemas e encaminhar para comercialização, tudo muito rápido. Em pouco tempo, conseguimos fazer os testes e validar esses novos produtos”, conta a analisa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do IST-CC, Karine Coelho Corrêa.

Em relação ao projeto da Mush, a expectativa é de a biotecnologia ganhe ainda mais espaço na construção civil – o Brasil já ocupa o 4º lugar no ranking global de construções sustentáveis certificadas pela LEED (Leadership in Energy and Environmental Design): “Temos uma biodiversidade muito grande, além de muita capacidade científica. Somos vistos como pesquisadores muito dedicados e, com essa tecnologia pioneira, causaremos um impacto muito positivo”, finaliza o CEO Eduardo Sydney.
 
Fonte: Jornal Floripa
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/09/2022