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Minério de ferro enfrenta novo teste com regras para o aço chinês

Novos padrões de qualidade para o setor siderúrgico chinês se tornaram mais um fator de baixa para os preços do aço e do minério de ferro.

As novas regras que entrarão em vigor em 25 de setembro desencadearam uma corrida para liquidar estoques antigos e garantir que todos os suprimentos atendam às novas exigências.

Mas os vendedores enfrentam demanda fraca em pleno período de férias de verão no hemisfério norte, disse Xu Xiangchun, analista da Mysteel Global. A cotação do vergalhão de aço em Xangai já afundou mais de 17% no ano.

“As tradings estão em pânico”, disse ele. “Elas estão despejando estoques de vergalhão no mercado, porque temem a estagnação das vendas.”

Isso é mais um empecilho a uma recuperação sustentada do preço do minério de ferro. A matéria-prima siderúrgica já afundou mais de 10% em três semanas e acumula um tombo de quase 30% no ano.

A reunião de cúpula do Partido Comunista chinês na semana passada terminou sem grandes medidas para estimular a economia ou resolver a crise imobiliária, que diminui a demanda por aço para construção.

Enquanto isso, grandes produtoras de minério de ferro como a Vale (VALE3) aumentam a oferta global.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/07/2024

 

Produção mundial de aço fica estável no semestre

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 161,4 milhões de toneladas em junho de 2024, um ligeiro aumento de 0,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 120,6 milhões de toneladas em junho, um aumento de 0,3% sobre junho de 2023. Apenas a China produziu 91,6 milhões de toneladas, 0,2% a mais que em junho do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,3 milhões de toneladas no mês, um incremento de 6%. Japão e Coreia do Sul produziram 7 milhões e 5,1 milhões de toneladas de aço bruto em junho, respectivamente, com decréscimo de 4,2% e 7,2%. 

Os países do Bloco Europeu produziram 11,1 milhões de toneladas de aço em junho de 2024, ou 5,1% a mais que no mesmo mês de 2023, sendo que a Alemanha produziu 3,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% sobre junho de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,8 milhões de toneladas, um avanço de 2,1% sobre junho do último ano. A Turquia produziu 3,1 milhões de toneladas, 4,3% superior a junho do ano passado.

A África -- Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,6 milhão de toneladas de aço bruto em junho e caiu 9,6%, na comparação com junho do último ano. Já os países da CIS produziram 7,4 milhões de toneladas, um aumento de 1,4%, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6 milhões de toneladas, mas caiu 4,1% no mês.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 4,6 milhões de toneladas de aço bruto, 2,7% inferior na comparação com junho de 2023. O Irã produziu 2,6 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 8,5% sobre o mesmo mês de 2023.

A produção na América do Norte caiu 1,9% em junho de 2023, somando 8,9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,7 milhões de toneladas, 1,5% a menos que em junho de 2023, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,5 milhões de toneladas, aumento de 4,1% sobre junho de 2023. A produção brasileira somou 2,9 milhões de toneladas e cresceu 11,8% em junho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre de 2024, a produção global de aço bruto atingiu 954,6 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação aos seis primeiros meses de 2023.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/07/2024

Excedente global de aço chinês segue empurrando preços para baixo

As exportações de aço da China estão em alta à medida que os produtores de aço chineses descarregam produto excedente no mercado internacional num contexto de fraca procura interna, o que levou alguns países a considerarem investigações antidumping.

A China exportou 53 milhões de toneladas de aço nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, com o total do ano civil provavelmente a aproximar-se do recorde de 110 milhões de toneladas estabelecido em 2015.

O aumento de estoques foi mais significativo nas siderúrgicas do que nas distribuidoras. Eles estavam aproximadamente no mesmo nível até cerca de 2020, mas os fabricantes agora têm cerca de 4 milhões de toneladas a mais em estoque. As empresas estão recorrendo às exportações devido à fraca procura interna.

De acordo com as principais empresas siderúrgicas, os preços das bobinas de aço laminadas a quente no mercado do Sudeste Asiático despencaram de cerca de US$ 700 a US$ 900 por tonelada, incluindo frete, de 2021 a meados de 2022, para uma faixa de cerca de US$ 510 a US$ 520 devido ao aumento das exportações da China.

Os preços de liquidação de curto prazo para futuros de bobinas de aço laminadas a quente na Bolsa Mercantil de Chicago também caíram acentuadamente, de mais de US$ 1.000 no fim do ano passado para cerca de US$ 660.

As exportações das principais siderúrgicas japonesas também estão sendo afetadas pela tendência de baixa. A Nippon Steel disse em uma entrevista coletiva de resultados em maio que as quedas de preços nos mercados externos, devido principalmente ao influxo de produtos chineses, reduzirão o lucro dos negócios no ano fiscal de 2024 em 90 bilhões de ienes (US$ 573 milhões) em comparação com o ano fiscal de 2023.

“Devemos prosseguir com a nossa estratégia partindo do pressuposto de que a produção da China continuará em um nível elevado e nos forçará a um ambiente de negócios difícil”, disse o presidente da Nippon Steel, Tadashi Imai.

O volume de exportações da China é pequeno em comparação com a sua produção global de aço bruto no ano passado, de pouco mais de um bilhão de toneladas. Mas sendo o maior produtor mundial – responsável por mais de metade do 1,89 bilhão de toneladas mundiais em 2023 – se a procura interna diminuir, o seu excesso de capacidade poderá perturbar o mercado global.

A última vez que as exportações de aço da China aumentaram, os líderes discutiram a eliminação do excesso de capacidade nas cúpulas do Grupo dos Sete (G7) e do Grupo dos 20 (G20) em 2016, levando à criação do Fórum Global sobre o Excesso de Capacidade Siderúrgica (GFSEC).

A China retirou-se do GFSEC em 2019, afirmando ter completado a sua missão. A capacidade de produção do país, que caiu de 2016 a 2018, voltou a subir a partir de 2019.

A rentabilidade das siderúrgicas chinesas também está se deteriorando. De acordo com a Sumitomo Corp. Global Research, as autoridades chinesas realizaram uma pesquisa com fabricantes de aço nacionais e empresas comerciais em abril e anunciaram uma campanha nacional para reduzir a produção de aço bruto.

Mas, como demonstrado pelo aumento de 2,7% na produção de aço bruto em maio, "na realidade, os cortes na produção não estão progredindo”, disse uma fonte de um grande fabricante de aço japonês. Alguns acreditam que os governos locais, que querem evitar o agravamento do desemprego e dos rombos nas finanças, estão encorajando a manutenção da produção.

De particular preocupação para as empresas siderúrgicas nos países desenvolvidos é o aumento das chapas de aço de alta qualidade nas exportações chinesas. As exportações de barras de aço para fins de construção, que ultrapassaram os 30 milhões de toneladas em 2015, caíram para menos de 6 milhões de toneladas em 2023.

Em seu lugar, as exportações chinesas de chapas de aço laminadas a quente, que são amplamente utilizadas na indústria transformadora, aumentaram mais de 40%, para pouco mais de 20 milhões de toneladas em 2023, e atingiram quase 12 milhões de toneladas apenas nos primeiros cinco meses deste ano. .

As importações de aço do Japão aumentaram durante o ano durante 15 meses consecutivos até abril, com as importações da China aumentando 86% durante esse período. As exportações indiretas que passam por um país terceiro ou são processadas de outra forma para evitar medidas antidumping estão suscitando preocupações em muitos países.

O número de investigações antidumping em todo o mundo aumentou de cinco no ano passado - três das quais envolveram produtos chineses - para 14 lançadas este ano no início de julho, com 10 envolvendo a China.

O número de investigações ainda é baixo em comparação com os 39 casos em 2015 e 2016. Alguns observadores dizem que os países em desenvolvimento que dependem da China não querem irritar Pequim lançando tais investigações.

“A China está transferindo as suas bases de produção de veículos elétricos e outros produtos para o exterior, e as exportações de aço e peças para esses locais tendem a aumentar”, disse Toru Nishihama, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.

O presidente chinês, Xi Jinping, está promovendo uma estratégia chamada “novas forças produtivas de qualidade” para expandir o investimento na produção avançada, como veículos elétricos e inteligência artificial, e as principais empresas siderúrgicas estão aumentando rapidamente a sua capacidade de produção de chapas de aço elétricas utilizadas em motores de veículos elétricos.

Se a superprodução interna se tornar evidente, a China poderá desvalorizar o yuan para impulsionar as exportações, a fim de estimular a economia.

“É inevitável que a fricção comercial entre os Estados Unidos e a China se intensifique, especialmente dada a proximidade da eleição presidencial dos Estados Unidos", disse Nishihama.

Fonte: Nikkei Report
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/07/2024

 

7 motivos para aplicar inteligência artificial em oficinas mecânicas

Nos últimos anos, a inteligência artificial emergiu como uma poderosa aliada nas oficinas mecânicas, transformando radicalmente a forma como diagnósticos são feitos, manutenções são programadas e serviços são melhor personalizados para seus clientes. Com o avanço das tecnologias digitais e a crescente complexidade dos veículos modernos, as oficinas cada vez mais procuram soluções mais tecnológicas, como plataforma de compra de autopeças, para melhorar a eficiência operacional e oferecer um serviço mais preciso e confiável aos clientes.

De fato, o setor merece a inovação pela qual tem passado ultimamente. Além de sua importância no cotidiano dos motoristas, representa, hoje, cerca de 4% do PIB nacional e emprega mais de 1,2 milhão de pessoas direta e indiretamente,  segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Por isso, Vinícius Coimbra, Diretor de Tecnologia e Dados da Mecanizou, destaca 7 motivos para aplicar IA em oficinas mecânicas. Confira:

1 – Manutenção preditiva: IA pode analisar dados históricos e em tempo real para prever falhas em veículos, permitindo intervenções antes que problemas ocorram.

2 – Otimização de inventário: Utilizando algoritmos de IA, as oficinas podem prever a demanda por peças e materiais, reduzindo custos de estoque e minimizando tempo de espera.

3 – Diagnóstico avançado: Com técnicas de aprendizado de máquina, IA pode diagnosticar problemas complexos com maior precisão, acelerando o processo de reparo.

4 – Agendamento inteligente: Algoritmos de IA podem otimizar o agendamento de serviços, considerando a disponibilidade da equipe e dos equipamentos, minimizando tempos ociosos.

5 – Eficiência na gestão de frota: Para oficinas que lidam com frotas de veículos, a IA pode ajudar na programação de manutenções preventivas e na gestão de rotas mais eficientes.

6 – Inspeção visual automatizada: Utilizando visão computacional, IA pode realizar inspeções visuais detalhadas em veículos, detectando danos e desgastes com precisão.

7 – Redução de erros e aumento da qualidade: Automatizando tarefas repetitivas e propensas a erros, a IA ajuda a garantir um serviço mais consistente e de alta qualidade, melhorando a reputação da oficina e a satisfação dos clientes.

“A aplicação de inteligência artificial em oficinas mecânicas não só moderniza o setor, como também prepara as empresas para um futuro cada vez mais digital e com mais praticidade. Além disso, ao adotar essas tecnologias, as oficinas melhoram sua eficiência interna, além de oferecerem um serviço mais ágil e personalizado aos seus clientes, fortalecendo sua posição no mercado”, ressalta Vinícius Coimbra.

Fonte: Decision Report
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 23/07/2024

Máquinas agrícolas: equipamentos precisam ser mais duráveis e rastreáveis

Diante de uma série de desafios econômicos e climáticos vivenciados nos últimos anos pelo agronegócio brasileiro, a média de vida dos maquinários utilizados no campo soa como uma preocupação. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), mais de 50% das máquinas agrícolas em uso têm mais de 10 anos; e as novas aquisições, esperadas como investimentos para a otimização das primeiras safras, apresentaram queda no primeiro trimestre deste ano, aponta também a entidade.

Segundo Fellipe Moretti, coordenador de soluções para envelopamento e comunicação visual da Avery Dennison, este cenário tem exigido maior preocupação com a durabilidade e rastreabilidade desses equipamentos, uma conjuntura que tem elevado a procura de filmes autoadesivos para envelopamento, junto do investimento constante em novas tecnologias para que as safras sejam cada vez mais efetivas e prósperas.

“Quando pensamos na impossibilidade de renovar maquinários como tratores e colheitadeiras em curto e médio prazo, algumas estratégias podem contribuir para o bom desempenho do segmento, garantindo a efetividade das ferramentas e máquinas utilizadas no dia a dia, desde o preparo para o plantio até a colheita. Considerando que são estruturas continuamente expostas às ações de tempo, filmes autoadesivos de envelopamento, por exemplo, podem ser aplicados para a personalização desses maquinários”, aponta Moretti.

Rastreabilidade de máquinas e ferramentas

A fim de garantir uma gestão efetiva das máquinas e ferramentas utilizadas no campo, a rastreabilidade desses itens se tornou essencial. Identificar e organizar esses materiais, estabelecendo controle e transparência sobre sua utilização, são tarefas que podem ser cumpridas com efetividade por meio do RFID (identificação por radiofrequência), quando inserido em etiquetas aplicadas em cada um desses itens.

Alexsandro Franco, especialista de desenvolvimento de novos negócios para etiquetas inteligentes (RFID) da Avery Dennison, destaca que a utilização desta tecnologia se tornou uma das mais assertivas e mais aderidas nos últimos anos pelo segmento Agro, especialmente por aqueles que enfrentam uma maior complexidade operacional das produções em larga escala.

“Ao reunir uma grande quantidade de informações sobre determinado item, criando uma identidade para o mesmo, o RFID tem elevado exponencialmente os índices de rastreabilidade e transparência do agro e pode ser aplicado em diferentes etapas do processo produtivo. Como em máquinas, ferramentas e demais insumos, sua utilização auxilia no controle de uso e armazenamento desses materiais, mas podemos ir além. Esse tipo de solução serve para ser utilizada para otimização da logística e rastreio de diferentes culturas, unindo de ponta a ponta todos os elos dessa cadeia produtiva”, conclui Franco.

Também nesse contexto, as etiquetas autoadesivas de alta durabilidade são grandes aliadas. Além do grande tempo de utilização, o maquinário enfrenta inúmeros desafios, como as condições climáticas extremas, uso de produtos químicos agressivos para limpeza e remoção de sujeiras e a abrasão. Por isso, as etiquetas com as informações dos seus componentes devem acompanhar esta vida útil. “Assim como a durabilidade da máquina, as etiquetas devem ter como premissa básica a resistência a todos estes desafios, principalmente por serem aplicadas em estruturas expostas a altas temperaturas, como cabos e motores e, que, geralmente, são substituídos a longo prazo”, conclui Allan Silveira, especialista em desenvolvimento de negócios para rótulos e etiquetas da Avery Dennison.

Fonte: STG News
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 23/07/2024

 

Comercialização de aço brasileiro no primeiro semestre de 2024 é maior que no mesmo período de 2023

No mês de junho deste ano a siderurgia brasileira conquistou uma importante marca, que pode significar uma retomada do setor. Conforme o Instituto Aço Brasil, foram comercializados em todo território brasileiro 1,8 milhão de toneladas de aço, o que representa um crescimento de 11,5% frente ao apurado em junho de 2023. Os números representam a maior venda desde setembro de 2022.

No acumulado do ano, as vendas também mostram evolução. De janeiro a junho de 2024 a siderurgia nacional negociou 10,15 milhões de toneladas, ante a 9,8 milhões do mesmo período em 2023, uma evolução de 3,5%.

Já o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,2 milhões de toneladas, 10,3% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.

Com um significativo parque industrial, Minas Gerais continua como o estado que produziu maior volume de aço bruto no país. Uma das empresas que contribuem para as estatísticas é a Usiminas, com a planta em Ipatinga. Durante a abertura da Expo Usipa, dia 17/7, o CEO da empresa, Marcelo Chara, comentou sobre as perspectivas de um cenário positivo neste segundo semestre.

“Estamos acompanhando a evolução do mercado interno, as perspectivas de crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil são positivas, com moderação, digamos. Estamos confiantes em nossa capacidade industrial e de fornecimento ao mercado de forma competitiva, porque temos um alto-forno 3, que todos vocês conhecem em detalhes, um importante investimento. Estamos indo muito bem em produção. De fato, já conseguimos produzir a valor do projeto, em muito boas condições. Estamos felizes de como ele está evoluindo, como nosso time está aprendendo e aplicando as melhores práticas para poder produzir com ele a capacidade plena. Estamos conseguindo isso e isso está contribuindo claramente para o nosso melhor posicionamento no mercado”, afirmou o executivo.

Produção

Em junho de 2024 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, uma elevação de 11,8% comparado ao mesmo mês de 2023, quando foram geradas 2,5 toneladas do material. Já a produção de laminados foi de 1,8 milhão de toneladas, 13,9% superior à registrada em junho de 2023. A produção de semiacabados para vendas foi de 847 mil toneladas, uma queda de 11,3% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2023.

No recorte do acumulado do ano, a produção nacional foi de 16,4 milhões de toneladas em 2024, também significando um aumento, desta vez, mais tímido, de 2,4%, comparado aos meses de janeiro a junho do ano passado. A produção de laminados no mesmo período foi de 11,4 milhões de toneladas, crescimento de 4,8% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2023. A produção de semiacabados para vendas totalizou 4,3 milhões de toneladas de janeiro a junho de 2024, uma redução de 13,9% na mesma base de comparação.

Taxa de importação

Após pressão de representantes do setor, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), estabeleceu cotas para a importação de aço e aumentou para 25% o Imposto de Importação sobre o volume excedente. São atingidos pela decisão, 11 produtos de ferro e aço, que poderão ser importados de acordo com o imposto atualmente vigente até limites que variam entre 1.261 e 470 mil toneladas.

Os produtos que foram alvo da medida tinham tarifas que variavam de 9% a 12,6%. Em maio de 2022, o Comitê Executivo de Gestão da Camex aprovou uma resolução que permitia a queda em 10% dos impostos, medida que agora é revisada, dada a reação do setor siderúrgico nacional.

“O governo tomou medidas de cota e taxa de 25%. Estamos acompanhando e temos expectativas moderadamente positivas. Temos que acompanhar, depende muito do que acontece com as importações, se elas realmente reduzirão e o país manterá sua perspectiva de crescimento. Insisto, nós olhamos para dentro, estamos muito melhor preparados, porque já temos um alto forno de última geração, que é responsável da nossa principal fonte de fabricação do aço, que está operando em excelentes condições, por isso somos confiantes. Mais por nossa competitividade própria do que por um crescimento de mercado”, concluiu Marcelo Chara.

 
Fonte: Diário do Aço
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/07/2024