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Indústria afirma que investimentos podem cair 57% se houver acordo de livre-comércio com a China

A Coalizão Indústria, movimento composto por 14 associações de 13 setores produtivos do Brasil, aponta que um acordo de livre-comércio entre Mercosul e China pode levar a uma queda de 57% no total de investimentos previstos por essas indústrias até 2027, que soma R$ 825,8 bilhões.

Representantes dessas associações, que participaram de coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25), disseram não ter segurança para manter o mesmo nível de investimento com a “espada no peito” que um possível acordo entre os países representa aos setores produtivos, como afirmou José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).

A Coalizão, grupo criado em 2018, pede que o acordo não seja assinado e também que haja maiores alíquotas para a importação de produtos de origem chinesa, a exemplo do que tem sido feito nos Estados Unidos e na União Europeia, para equilibrar os preços praticados.

A balança comercial de manufaturados do país deve terminar 2024 com déficit de US$ 135 bilhões, de acordo com levantamento elaborado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), uma piora ante os US$ 108,3 bilhões negativos em 2023.

Para Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a China tem tido capacidade de reduzir seus preços de produtos para exportação mesmo com custos similares aos brasileiros em salários e no plástico, por exemplo.

“Sabemos que a China é o maior parceiro comercial do Brasil e seria pouco realista imaginar que o governo vai tomar uma decisão em relação a China”, afirmou Marco Pollo Mello, da Aço Brasil, entidade que reúne os produtores de aço nacionais. Segundo ele, empresas podem morrer até que processos de “antidumping” sejam finalizados.

Mello afirmou, ainda, que o que está havendo é uma política do Estado chinês para escoar sua capacidade ociosa de produção, e que para isso, o país aceita fazer exportações com margens negativas. “A indústria [brasileira] está sob ataque”, disse.

No setor do aço, as importações cresceram 24,8% de janeiro a agosto, após terem crescido 50% em 2023.

O setor têxtil seria o maior prejudicado por um acordo de livre comércio, disse Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O segmento viu as importações crescerem 13% de janeiro a julho, ante o mesmo período de 2023, enquanto a indústria de vestuário elevou sua produção em 1,3%. “Investimentos previstos ficam comprometidos ou retardados enquanto pairar uma nuvem como essa sobre nossas cabeças”, afirmou.

Questionado sobre o aumento da alíquota de importação sobre 30 produtos químicos, anunciada na semana passada, como pedia a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que também reclamava da “invasão chinesa”, mesmo termo usado pela Coalizão, o presidente Abiplast se posicionou contra a medida. Segundo ele, nesse caso, não havia justificativa técnica, porque a parcela de resina plástica importada é pequena, e “não se pode dizer que tudo foi a China”. Para Coelho, foi uma decisão política.

O aumento da tarifa para importação no setor químico pode encarecer a produção de itens plásticos.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/09/2024

 

Produção mundial de aço tem queda de 7% em agosto na comparação anual

Analistas do UBS afirmaram em nota na terça-feira que a produção mundial de aço sofreu uma retração em agosto, com queda de 7% em relação ao ano anterior.

Essa queda foi particularmente intensa na China, onde a produção recuou 13% no mesmo período.

A redução reflete uma tendência mais ampla de enfraquecimento da demanda no setor, o que levou os produtores de aço a interromper a produção com maior frequência devido às margens de lucro negativas.

Apesar da queda geral, a produção de aço fora da China registrou um aumento de 2% em comparação ao ano anterior. Em mercados importantes como a União Europeia, Reino Unido e América do Sul, houve um crescimento moderado na produção, mesmo em uma época do ano normalmente mais fraca.

Por outro lado, a América do Norte registrou uma queda na produção em comparação ao ano passado. O UBS estima que a taxa de utilização da capacidade global do setor de aço caiu 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior, atingindo cerca de 70% em agosto, em comparação a 75% em julho.

Em relação aos preços, o mercado de aço apresenta dinâmicas regionais distintas. Na China e nos Estados Unidos, os preços do aço laminado a quente (HRC) mantiveram-se firmes, com aumentos de 7% na China e 4% nos EUA, mês a mês.

Essas altas de preço resultam de fatores como aumento nos preços das usinas, menor número de paradas de manutenção e demanda constante.

Por outro lado, o mercado europeu enfrenta dificuldades, com queda de 7% nos preços do HRC no mesmo período. A contínua fraqueza na demanda e a competição com importações mais baratas têm pressionado os preços na UE.

Apesar das dificuldades nos preços, os custos das matérias-primas estão em queda, com os preços do carvão metalúrgico caindo 7% m/m e os preços do minério de ferro recuando 1%. Curiosamente, enquanto as margens de lucro na Europa sobre o HRC e os insumos caíram 7%, nos EUA houve um aumento de 9%.

Olhando para o futuro, os analistas do UBS identificam vários fatores que podem impactar o mercado de aço. Nos EUA, os preços do aço subiram para US$ 720 por tonelada, após tocarem o patamar de US$ 645 por tonelada em julho.

Essa recuperação é resultado de aumentos nos preços das usinas e menor número de paradas de manutenção. No entanto, grandes players como Nucor e Steel Dynamics projetaram lucros por ação para o terceiro trimestre de 2024 abaixo das expectativas de mercado, devido à queda nos preços de venda e menores volumes de fabricação.

Na Europa, o mercado continua lidando com demanda fraca e a entrada de importações mais baratas, sem sinais claros de fatores que possam elevar os preços no curto prazo.

O UBS, no entanto, prevê que um ambiente de redução nas taxas de juros, aumento dos gastos federais através de diversos programas legislativos, juntamente com o recente corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve, pode aumentar a demanda e os preços em 2025.

O UBS recomenda compra para várias empresas do setor de aço, incluindo ArcelorMittal (AS:MT), SSAB (ST:SSABa), JFE Holdings (TYO:5411), BlueScope Steel (ASX:BSL), Steel Dynamics (NASDAQ:STLD), Nucor (NYSE:NUE) e Commercial Metals Company (NYSE:CMC). Por outro lado, a POSCO (KS:005490) recebeu recomendação de venda devido a indicadores fracos.

Embora existam oportunidades de investimento no setor de aço, ele também enfrenta vários riscos. O UBS destaca desafios importantes, como a imprevisibilidade dos preços do aço e a possibilidade de restrições comerciais globais.

O setor é altamente cíclico, e um retorno precoce ao excesso de oferta pode comprometer as expectativas de preços, colocando em risco as projeções de lucro e as avaliações das empresas.

A indústria é vulnerável a uma série de questões políticas, financeiras e operacionais, que podem afetar de maneira significativa o desempenho geral.

Fonte: Investing
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/09/2024

 

Investimentos em indústria e construção somam R$ 825,8 bi, diz grupo com 14 entidades

Os investimentos previstos na indústria de transformação, junto com a construção civil, já chegam a R$ 825,8 bilhões, conforme anunciou nesta quarta-feira, 25, a Coalizão Indústria, grupo formado por 14 entidades de setores produtivos diversos, que vão da indústria de brinquedos à siderurgia e montadoras de carros.

O maior montante de investimentos, de R$ 200 bilhões, é da construção civil. Na sequência, aparecem as indústrias de alimentos (R$ 150 bilhões), máquinas e equipamentos (R$ 87,3 bilhões) e produtos plásticos (R$ 83 bilhões).

Os números foram apresentados em coletiva de imprensa promovida pela Coalizão para atualizar cenários das entidades.

Coordenador do grupo, Marco Polo de Mello Lopes, que também preside o Instituto Aço Brasil, salientou em sua intervenção inicial que a agenda do grupo tem três eixos: a retomada do crescimento sustentado, tendo como premissa o ajuste fiscal; a recuperação da competitividade sistêmica, com redução do Custo Brasil, estimado em R$ 1,7 trilhão; e transição energética/descarbonização.

Aumento da projeção de crescimento 

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aumentou a sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção em 2024, passando de 2,3% para 3,0%. Esta foi a segunda revisão feita pela CBIC, que começou o ano prevendo uma expansão de 1,3% para o PIB setorial em 2024. A divulgação dos novos dados foi feita no início de agosto.

Os resultados foram motivados pelo nível de atividade da construção civil acima do previsto. As perspectivas mais otimistas para o setor são percebidas em toda cadeia produtiva, desde as instituições que atuam no financiamento até a indústria de materiais de construção.

Fonte: Mercado & Consumo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 26/09/2024

 

Produção de aço na China cai 10,4%. No mundo, queda é de 6,5%

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 144,8 milhões de toneladas em agosto de 2024, uma queda de 6,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 107,1 milhões de toneladas em agosto, 8% a menos sobre agosto de 2023. Apenas a China produziu 77,9 milhões de toneladas, um recuo de 10,4% na comparação com agosto do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,3 milhões de toneladas no mês, um incremento de 2,6% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 6,9 milhões t e 5,5 milhões de toneladas de aço bruto em agosto, respectivamente, com recuos de 3,9% e 2,2% na comparação com o mesmo mês de 2023. 

Os países do Bloco Europeu produziram 9,1 milhões de toneladas de aço em agosto de 2023, ou 2,2% a mais que no mesmo mês de 2023. A Alemanha produziu 2,9 milhões de toneladas, com ligeiro aumento de 0,5% sobre agosto de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,7 milhões de toneladas e cresceram 8,4%, na comparação com agosto de 2023. A Turquia viu a produção disparar 13,8%, para 3,1 milhões de toneladas em agosto de 2024. A África – Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,9 milhão de toneladas de aço bruto em agosto, 7,2% inferior na comparação com agosto do último ano. Já os países da CIS produziram 7 milhões de toneladas, um retrocesso de 8,7%, com a Rússia registrando produção estimada de 5,8 milhões de toneladas, e despencando 11,5% sobre agosto de 2023.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 3,4 milhões de toneladas de aço bruto e caiu 3,2% na comparação com agosto de 2023. O Irã produziu 1,4 milhões de toneladas, 9,9% inferior no mês.

A produção na América do Norte caiu 3,8% em agosto de 2024, somando 9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 7 milhões de toneladas, 0,7% a mais que o volume de agosto de 2023, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3.6 milhões de toneladas, 0,8 a mais do que em agosto de 2023. O Brasil produziu 3 milhões de toneladas e registrou 7,3% superior a agosto do último ano. No acumulado do ano até agosto, a produção mundial de aço bruto somou 1,251 bilhão de toneladas, o que representa um retrocesso de 1,5% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: Brasil Mineral
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/09/2024

CEO da Tesla, Musk afaga Argentina e mira suas reservas de lítio

Elon Musk, CEO da Tesla, voltou a afagar a Argentina. Na terça-feira, 24, afirmou em uma rede social de sua propriedade que tem interesse em investir no país governado pelo seu aliado, Javier Milei.

Afora a aparente amizade entre os dois, a Argentina tem o que a Tesla precisa: é o quarto maior produtor mundial de lítio, componente essencial para se produzir baterias de veículos elétricos.

Musk já demonstrou admiração pela política liberal do presidente argentino. O bilionário recebeu Milei em uma fábrica da Tesla em Austin, Texas, em abril.

"Minhas empresas estão buscando ativamente maneiras de investir e apoiar a Argentina", disse Musk, cujas empresas também incluem a startup de chips cerebrais Neuralink e a companhia de inteligência artificial X AI.

Se por um lado as reservas de lítio atraem o investimento externo, por outro a capacidade produtiva do país apresenta dificuldades para decolar.

A Argentina passou por um turbilhão neste primeiro semestre. Com o novo governo e as medidas econômicas implantadas, o setor automotivo local também sofreu neste período.

Segundo dados da Adefa, associação das montadoras argentinas, de janeiro a junho a produção de veículos despencou em mais de 26%, os licenciamentos caíram mais de 21% e as exportações, quase 17%.

A projeção da S&P Global para a produção de veículos argentina é de uma queda de 15,5%, alcançando um volume de 528 mil unidades. Até junho, foram produzidos 216,36 mil veículos.

Para o mercado, a expectativa da consultoria é de vendas em torno de 310 mil carros, recuo de 26,7%. No primeiro semestre, foram 170,3 mil emplacamentos, entre importações e produção nacional.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 25/09/2024

 

Impactos da reforma tributária no setor da construção são polêmicos

Os efeitos da reforma tributária sobre as atividades da construção civil começam a se delinear após a aprovação pela Câmara dos Deputados do projeto de lei que regulamenta os regimes especiais. Agora tramitando no Senado, a matéria será apreciada apenas depois das eleições municipais de outubro.

As entidades setoriais reivindicaram e conseguiram a redução de 40% sobre a alíquota geral do futuro IVA (Imposto sobre Valor Agregado). “Entretanto, o setor pleiteia um redutor de 60% para que o efeito da reforma seja neutro em relação à atual carga tributária do setor”, informa Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, lembrando que esse percentual foi definido a partir de estudos feitos pelas consultorias FM/Derraik e Tendências.

Assim como as demais entidades setoriais, o sindicato paulista da construção defende que, se prevalecer a redução da alíquota geral do IVA em 40%, a carga tributária para imóveis de R$ 240 mil dentro do programa Minha Casa Minha Vida aumentará em 15,4%; imóveis de R$ 500 mil terão aumento de 30,7% da carga tributária; e imóveis de R$ 2 milhões, elevação de 51,7%.

“Em consequência, os preços dos imóveis se elevarão, prejudicando adquirentes de imóveis residenciais e comerciais. Muitas famílias se verão impossibilitadas de acessar a casa própria pelo programa Minha Casa, Minha Vida”, prevê Estefan que continua: “Construtoras também sairão do programa, pois o aumento da tributação anulará a apertada margem de lucro. O próprio governo será prejudicado, tendo que pagar mais pelos imóveis da Faixa 1 do programa e pelas obras públicas que for contratar”.

A expectativa é de que o Senado altere o percentual. Em reunião e participação de audiência pública, o setor expôs seu pleito e os cálculos que o embasam. “A receptividade tem sido positiva, mas a matéria somente deverá avançar após as eleições”, afirma.

York Estefan acredita que, em princípio, a industrialização da construção será beneficiada com a reforma tributária. Atualmente, sistemas construtivos industrializados, por recolherem ICMS, acabam saindo mais caro do que a produção no próprio canteiro, tributada pelo ISS. “Com o fim desses dois tributos e sua substituição pelo IVA, o problema deixaria de existir, e a industrialização da construtora ganharia um impulso”, comenta.

A questão em aberto é que ninguém sabe como se comportarão os preços relativos dos insumos da construção quando a reforma tributária for implementada. “Diversos fornecedores de peso dos materiais que compõem os sistemas industrializados são oligopolizados. Caso utilizem a reforma tributária como pretexto para aumentarem seus preços, anularão o efeito desejado de estímulo à construção industrializada. Esperamos que o bom senso prevaleça nesses setores”, finaliza.

Ministério da Fazenda rebate

Em nota oficial emitida no dia 12 de setembro de 2014, o Ministério da Fazenda rebate os argumentos do setor da construção civil. Defende que a reforma tributária será positiva para o setor imobiliário brasileiro e não haverá nenhum aumento relevante de custos em comparação à tributação atual.

Segue o conteúdo:

Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que as vendas eventuais de imóveis por pessoas físicas não serão tributadas, como já acontece hoje. Já as vendas de imóveis novos por empresas (incorporações) serão tributadas da seguinte maneira:

a) O imposto incidirá apenas sobre a diferença entre o custo de venda e o valor do terreno (no caso de aquisição de vários imóveis para construção do prédio, será deduzido todo o valor dos imóveis adquiridos para fazer a incorporação).

b) Haverá um redutor social de R$ 100 mil sobre o valor tributado, de modo a tornar a tributação progressiva, reduzindo o custo dos imóveis populares.

c) A alíquota do imposto incidente sobre esse valor reduzido será reduzida em 40% (ou seja, será de 60% da alíquota padrão), o que corresponde a cerca de 15,9%.

d) Do valor do imposto calculado sobre a base reduzida será deduzido o montante de todo o imposto pago na aquisição de material de construção e serviços pela incorporadora, ao contrário do que ocorre hoje em que o imposto pago nos materiais de construção e serviços não é recuperado.

[Mãos de uma pessoa utilizando calculadora para verificar os impactos da reforma tributária na construção civil.] (Foto: Daenin/Adobe Stock)

Com esse novo modelo de tributação, sem considerar os ganhos de eficiência que resultam da reforma tributária, o custo de um imóvel popular novo (valor de R$ 200 mil) deverá cair cerca de 3,5% e o custo de um imóvel de alto padrão novo (valor de R$ 2 milhões) deverá subir cerca de 3,5%.

Mas a reforma tributária deverá aumentar muito a eficiência do setor de construção e incorporação, pois ao permitir a recuperação de créditos sobre os insumos vai permitir a adoção de métodos construtivos muito mais eficientes.

Com esse ganho de produtividade, é quase certo que o preço mesmo dos imóveis novos de alto padrão seja reduzido em relação à situação atual. Ou seja, o novo modelo beneficia sobretudo os imóveis populares, mas será positivo também para os imóveis de alto padrão.

Por fim, no caso de uma empresa que tenha como atividade a compra e venda de imóveis, a tributação incidirá apenas sobre a diferença do preço de venda e de aquisição de imóveis. Assim, por exemplo, se uma empresa comprar um imóvel por R$ 1 milhão e vender por R$ 1,1 milhão, o imposto incidirá com a alíquota reduzida (15,9%) sobre R$ 100 mil, resultando em um imposto de R$ 15,9 mil.

Ou seja, apenas a margem da empresa será tributada e a empresa ainda poderá recuperar o crédito do imposto incidente em todas as suas despesas administrativas (contador, eletricidade etc.).

Ao contrário das notícias inverídicas que estão circulando, a reforma tributária será positiva para o setor imobiliário brasileiro e será justa, pois tributará menos os imóveis populares que os imóveis de alto padrão.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 25/09/2024