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Investigação sobre dumping chinês deve ter mais capítulos

A abertura na semana passada de investigação, pelo governo federal, contra suposta realização de dumping nas exportações de aço da China pode ser apenas a primeira. Na última sexta-feira, o governo abriu investigação a pedido da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) “para averiguar a existência de dumping nas exportações da China para o Brasil de folhas metálicas de aço carbono”, segundo circular do Ministério do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) publicada no “Diário Oficial da União” (“DOU”). No entanto, há neste momento em análise aproximadamente outros 60 pedidos de investigação sobre o assunto, de acordo com o Mdic.

O dumping ocorre quando uma empresa exporta o produto com preço mais baixo do que vende no mercado interno. A Organização Mundial do Comércio (OMC) autoriza, dependendo dos efeitos que a prática tem sobre a indústria do país importador, a adoção de medidas como a taxação das importações.

O tema ganhou relevância nos últimos meses do ano passado, com o aumento das importações vindas da China, e vem opondo dois setores importantes da indústria nacional.

De um lado, estão os produtores brasileiros de aço, como a CSN, que alegam estar sendo prejudicados pelas importações originárias do país asiático. Do outro lado, estão fabricantes de automóveis, máquinas e equipamentos e eletrônicos, que afirmam que um aumento do imposto de importação elevaria também o preço final dos bens produzidos por eles. Nas últimas semanas, a pressão de ambos os lados sobre o governo tem sido “muito grande”, de acordo com uma fonte ouvida pelo Valor.

A investigação aberta na sexta-feira tinha sido solicitada pela CSN ainda em outubro do ano passado. O pedido envolve folhas de aço carbono “ligado ou não ligado, de qualquer largura com espessura inferior a 0,5mm”, das quais a companhia é a única produtora no Brasil.

A empresa alega que as exportações chinesas desses bens para o país aumentaram 84,7% entre julho de 2021 e junho de 2023. Segundo publicado no “DOU” na sexta-feira, parecer do Mdic sobre o assunto apresentou “elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações da China para o Brasil do produto objeto desta circular, e de dano à indústria doméstica resultante de tal prática”. O prazo para que a investigação seja concluída é de 18 meses.

Em setembro do ano passado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex), responsável pela decisão de aumentar ou não o imposto de importação, já tinha elevado em 10% a taxa que incide sobre 12 produtos siderúrgicos vindos do exterior. O aumento foi uma reversão de corte realizado em 2022. Como justificativa, o Mdic, ao qual a Camex está ligada, afirmou que a alta foi uma “resposta às preocupações da indústria nacional de aço, dado o aumento substancial das importações a preços muitas vezes objeto de práticas desleais nos últimos anos”.

“Diversos países têm adotado políticas restritivas para barrar tais importações, o que leva na prática ao redirecionamento dessas importações para países como o Brasil”, disse na ocasião.

Procurada pela reportagem, a CSN não comentou.
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/03/2024

Análise: A má notícia dos importados une indústrias química e do aço no Brasil

O avanço constante do produto importado no consumo aparente nacional, um alerta que vem sendo feito há alguns anos pela indústria química brasileira, passou a incomodar outros setores estratégicos mais recentemente. Assim como na química, as importações de aço alcançaram fatia recorde na demanda doméstica em 2023 e o receio é que esse movimento não pare por aí.

Em dezembro, essa participação chegou a 25%, elevando a 18,6% a taxa de penetração em 2023. As usinas temem que esse patamar se mantenha em 2024, diante da decisão deliberada do governo chinês, segundo leitura das siderúrgicas instaladas no Brasil, de seguir produzindo o insumo “a qualquer custo”.

As siderúrgicas têm sido vocais quanto ao crescimento expressivo e continuo da entrada de aço importado, sobretudo de origem chinesa, e os efeitos negativos sobre emprego, nível de investimentos e produção local. Para conter esse movimento, o setor pede ao governo a adoção de medidas emergenciais: o aumento da alíquota de importação para 25% ou a imposição de cotas.

No ano passado, segundo dados do Instituto Aço Brasil, as importações foram recorde, com 5 milhões de toneladas e crescimento de 50% ante 2022. Como resultado, a taxa de ocupação no setor recuou a 60%. Para 2024, a previsão é de alta de 20%, para cerca de 6 milhões de toneladas.

Sexta maior do mundo, a indústria química brasileira está algumas casas à frente das siderúrgicas no processo de desindustrialização. No ano passado, a participação de produtos químicos de uso industrial no consumo aparente nacional atingiu a maior fatia em três décadas, de 47%, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O nível de utilização da capacidade instalada ficou em torno de 65%.

Há uma década, pelo menos, o setor assiste ao crescimento constante da participação dos importados na demanda doméstica. Fábricas foram permanentemente fechadas, houve demissões e o nível de investimentos recuou drasticamente a partir de 2016.

Entre 2018 e 2022, conforme a Abiquim, a indústria química investiu um total US$ 3,1 bilhões, incluindo projetos que até o fim do ano passado ainda não haviam entrado em operação. Esse valor é menor do que os US$ 4,8 bilhões desembolsados somente em 2012 pelo setor. Para o período de 2023 a 2027, a previsão é que os investimentos recuem a US$ 1,4 bilhão, direcionados basicamente para manutenção operacional — houve um ou outro projetos novos, mas estes são exceção.

Como as siderúrgicas, o setor também pede ao governo a adoção de ação emergencial, como o aumento transitório da alíquota de importação para uma lista de produtos. Essa elevação de tarifa daria fôlego enquanto outras medidas estruturais, que contribuirão para elevar a competitividade da indústria brasileira de maneira geral, ainda não estiverem produzindo o efeito esperado. Como as usinas, o setor químico não teve sucesso até agora.

“Importante ressaltar que, em um ano em que a economia brasileira apresentou um crescimento de cerca de 3%, a indústria química experimentou uma contração de 10%. Isso mostra claramente um grave processo de desindustrialização da economia nacional.” ressaltou Paulo Gala, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), após a Abiquim divulgar as estatísticas fechadas de 2023.

Conforme o especialista, setores mais sofisticados, com maior conteúdo tecnológico e salários mais elevados vão perdendo espaço no Produto Interno Bruto (PIB), na contramão do crescimento impulsionado pelo setor de serviços, de menor sofisticação.

“Esse resultado é consequência da concorrência desafiadora de produtos asiáticos, com destaque para os chineses. A presença desses produtos no mercado brasileiro, muitas vezes resultante de práticas como dumping ambiental e subsídios públicos, dificulta consideravelmente a competição para a produção doméstica brasileira”, afirmou.

Diferentemente da indústria química, as siderúrgicas ainda tem planos relevantes de investimento no país, com R$ 63 bilhões estimados em quatro anos. Com o recente crescimento das importações, contudo, os primeiros sinais de alerta foram acesos, repetindo o mesmo script vivido anos atrás pelo setor químico. No fim do ano passado, a maior produtora de aço inoxidável da América Latina, a Aperam South America suspendeu novos projetos de investimento no país, que ultrapassam a casa de R$ 500 milhões.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/03/2024

Citi vê minério a US$ 130 a tonelada enquanto analistas adotam tom de “otimismo cauteloso”

Analistas da Citi e da Gavekal (estes últimos ouvidos pela XP) adotaram tons mais cautelosos quanto à trajetória do minério de ferro em 2024, mas mantendo um certo otimismo para o desempenho das commodities. Apesar de as duas casas verem um aumento moderado da demanda por aço ao longo do ano, elas também enxergam alguns desafios. 

No primeiro ponto que justifica a cautela, o Citi, por exemplo, diz que a retomada da economia da China no pós-Ano Novo foi mais lenta do que o esperado, o que levou ao recuo dos preços do minério de ferro visto no último mês. Anteriormente, a casa tinha uma perspectiva de preço de US$ 150 para a tonelada do minério em 2024, previsão revista esta semana para US$ 130 – ante o preço atual de US$ 121,06 em Dalian, na China.

“O aumento dos estoques de minério de ferro e de aço agravou o sentimento negativo”, avaliou, citando ainda que a incerteza na demanda de aço contribuiu para essa queda.

No fim de fevereiro, o Banco Popular da China chegou a cortar sua taxa de juros de empréstimos a longo prazo, mas, para o Citi, isso se tratou de uma “resposta fraca”.  “O setor imobiliário permanece fraco e o corte de 25 pontos-base na taxa de cinco anos pelo PBoC não apoiou os preços do minério de ferro, indicando um pessimismo contínuo para as perspectivas de demanda”, diz a equipe. 

A Gavekal tem uma visão parecida. Para eles, embora o governo esteja tomando medidas para enfrentar os desafios do crescimento econômico, as incertezas no setor imobiliário permanecem.

“O elevado estoque de habitações pré-vendidas em entregas excessivamente prometidas pelos promotores continua a ser um desafio, afetando o sentimento do consumido. Dito isto, a entrega de unidades pré-vendidas em 2022/23 poderia potencialmente melhorar o sentimento geral”, falam. 

A visão é de que o corte de juros tenha impulsionado a compra de casas prontas – com os chineses, devido à crise do setor imobiliário, apresentando certo receio de adquirir plantas em novos projetos (que consomem aço e, decorrentemente, minério).

No entanto, a casa de research vê que, em relação à demanda de aço, deve haver um impulso dos projetos de construção liderados pelo governo. O governo chinês, recentemente, soltou estímulos para setores como habitação acessível, renovação de aldeias urbanas e reconstrução de infraestruturas, que devem ajudar do lado da procura pelo produto. Fora isso, o país, apesar de tudo, deve trazer um crescimento real do PIB.

Já o Citi, do lado positivo, espera que as atividades de construção, juntamente com um potencial de taxação da exportação de minério da Índia, ofereçam suporte aos preços da commodity potencialmente impulsionando uma recuperação frente aos preços atuais.

A Índia está considerando a aplicação de um imposto de exportação sobre o minério de ferro de baixa qualidade, depois que pequenos produtores de aço pediram ao governo que o país reduza suas vendas no exterior.

Fonte: Infomoney
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/03/2024

Anglo American conclui frota fretada de 10 navios de GNL

A Anglo American realizou a entrega do último navio de sua frota fretada de 10 graneleiros de duplo combustível Capesize+ Gás Natural Liquefeito (GNL), o Ubuntu Liberty, que fez uma viagem inaugural da China para Saldanha Bay, na África do Sul, para coletar uma carga de minério de ferro de alta qualidade. Todos os navios foram construídos nos últimos três anos, em conjunto com a Shanghai Waigaoqiao Construção Naval Co.

Matt Walker, CEO do negócio de Marketing da Anglo American, celebrou o compromisso da empresa com um “transporte marítimo mais sustentável” e informou que a companhia é uma das líderes de mercado como fretador da maior frota Capesize+ bicombustível de GNL do mundo. “Ao adotar opções de combustível mais sustentáveis e com baixo teor de carbono, como o GNL, estamos contribuindo ativamente para um futuro mais limpo e verde para a indústria marítima. Os nossos clientes demonstraram grande interesse em aceder ao nosso frete Ubuntu, demonstrando um reconhecimento crescente do valor do transporte marítimo sustentável como parte de uma cadeia de abastecimento mais sustentável que os consumidores finais esperam cada vez mais”.

Com a frota Ubuntu, a Anglo American segue em busca de alcançar a neutralidade de carbono para seu frete marítimo controlado até 2040, em linha com seu Plano de Mineração Sustentável de operações neutras em carbono nsas minas até o mesmo ano. Os navios movidos a GNL oferecem uma redução estimada de 35% nas emissões em comparação com os navios alimentados por óleo combustível naval convencional e são os navios mais eficientes do seu tipo atualmente.

Desde que o primeiro navio foi carregado no início de 2023, a frota Ubuntu movimentou com sucesso e segurança 6,4 milhões de toneladas de minério de ferro e carvão siderúrgico através de rotas marítimas globais. Além disso, a frota Ubuntu realizou mais de 30 paragens de reabastecimento de GNL em locais estratégicos como Singapura e Malásia.

Fonte: Brasil 61
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/03/2024

Minério de ferro tomba mais de 11% em fevereiro com menor demanda

Os preços do minério de ferro acentuaram a trajetória de queda na reta final de fevereiro, com a demanda de aço mais fraca do que o previsto no retorno do feriado prolongado do Ano Novo chinês. Com o início da temporada sazonalmente mais forte para a construção civil na China em março, por causa da menor incidência de chuvas, pode haver aquecimento na procura por produtos siderúrgicos e, consequentemente, pela matéria-prima. Mas, até agora, as estatísticas não indicam retomada acentuada na atividade econômica ou na produção local de aço.

Ontem, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia em alta modesta, de 0,2%, negociado a US$ 117,10 por tonelada em portos no norte da China. Ainda assim, é o menor preço de fechamento do mês desde julho e a principal matéria-prima do aço acumulou perda mensal de 11,2%, ampliando a 16,7% a desvalorização registrada em 2024 no mercado transoceânico. Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, cederam 0,17%, para 892 yuan (cerca de US$ 124) por tonelada.

No ano passado, lembra o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, a China entregou o crescimento proposto, de mais de 5%. Foi um ano surpreendentemente bom também para a siderurgia local, suportada por exportações, infraestrutura e indústrias de linha branca e máquinas pesadas, mais do que compensando a fraqueza no setor imobiliário, importante consumidor de aço.

Nesse ambiente, o minério chegou a US$ 140 por tonelada em dezembro. De lá para cá, contudo, são duas quedas mensais consecutivas. “O setor imobiliário continua fraco”, pondera Sasson. “As notícias pós-Ano Novo chinês parecem indicar um pessimismo maior do que o esperado com o setor de construção e propriedades. Mas ainda é preciso conhecer o conjunto de dados de atividade pós-Ano Novo chinês. Poucos foram divulgados.”

Analistas do banco australiano ANZ compartilham dessa visão. Em nota, segundo a agência Reuters, disseram que a China está entrando no período de pico das obras, mas há poucas evidências de que as usinas estão elevando a produção de aço. Segundo o banco, a demanda mais fraca do que o habitual no retorno do feriado conteve o ímpeto de retomada das operações nas siderúrgicas. Por outro lado, estoques baixos de minério nas usinas podem levar a um movimento de compra nas próximas semanas, ponderaram.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/03/2024

Transição energética e guerra viram pedra no sapato das siderúrgicas da Europa

A transição energética e a guerra na Ucrânia afetam consideravelmente a velha indústria siderúrgica europeia, forçada a fechar fábricas que não cumprem com os padrões atuais.

No Reino Unido, berço da Revolução Industrial no século XIX, a indústria siderúrgica hoje é apenas uma sombra do que era após o recente anúncio do fechamento dos dois últimos altos-fornos da Tata Steel em Port Talbot, no País de Gales, e da incerteza sobre o futuro da British Steel, pertencente ao grupo chinês Jingye, em Scunthorpe (norte de Inglaterra).

Na Itália, o governo acaba de recuperar da Arcelor Mittal o controle dos antigos altos-fornos Ilva de Taranto (sul), quase falidos, na esperança de encontrar compradores.

"Tanto no Reino Unido como em Itália, trata-se de fábricas que no passado eram muito mal conservadas e cuja renovação era muito custosa", analisa Marcel Genet, especialista da indústria siderúrgica e fundador da empresa Laplace Conseil.

Seriam necessários "entre US$ 1,6 e US$ 2,2 bilhões" (R$ 7,9 bilhões e R$ 10,9 bilhões na cotação atual) para modernizar os fornos de Port Talbot, que estão "em mau estado", e praticamente o mesmo para os altos-fornos italianos atenderem aos padrões climáticos aceitáveis, afirma.

A União Europeia já anunciou US$ 9,75 bilhões (R$ 48,3 bilhões) em ajuda pública para financiar a descarbonização e a modernização da sua indústria siderúrgica.

Junto com o cimento, o alumínio, os fertilizantes e a petroquímica, a siderurgia é uma das indústrias que mais contribui para o aquecimento global.

A sua produção é responsável por quase 8% das emissões globais de CO2, já que cada tonelada de aço produzida em um alto-forno tradicional emite cerca de 2 toneladas deste gás de efeito estufa.

Foi concedida ajuda maciça à Arcelor Mittal em França, Bélgica e Espanha; também às alemãs ThyssenKrupp, Saltzgitter e Dilligen e à austríaca Voestalpine, para que evoluam os seus procedimentos.

Estes grupos siderúrgicos embarcaram em grandes planos para abandonar o carvão, ao mesmo tempo em que continuam produzindo na Europa.

Novas fábricas "mais verdes"

Inicialmente optaram por fornos de arco elétrico, que derretem e reciclam sucata. Depois, por fornos de redução direta (DRI), que desoxidam e fundem o minério de ferro com gás e, finalmente, com hidrogênio, quando as capacidades de eletrólise o permitem.

Mas as enormes quantias de dinheiro que precisam de ser investidas são difíceis de arrecadar devido ao aumento dos custos da energia, às taxas de juros recordes e à queda acentuada dos preços de alguns materiais.

A Thyssenkrupp acaba de anunciar um novo prejuízo significativo no primeiro trimestre, prejudicado pelas dificuldades do seu ramo siderúrgico.

Além da reestruturação da antiga indústria siderúrgica, foram anunciadas pelo menos cinco novas fábricas siderúrgicas "mais verdes" nos próximos anos: três na Escandinávia, uma na França e uma na Espanha.

"Hybrit, H2 Green Steel e Blastr na Suécia e Noruega, Gravithy em Fos sur Mer na França e Hydnum em Castilla na Espanha são novas unidades que renovarão todo o processo de fabricação do aço", destaca Genet.

"O seu financiamento está garantido e as tecnologias foram testadas. As fábricas siderúrgicas mais antigas e frágeis da Europa serão provavelmente forçadas a fechar", ressalta.

Mas o clima não é o único elemento perturbador da indústria siderúrgica europeia. A guerra na Ucrânia, iniciada há dois anos, também complica a reestruturação do setor.

O país invadido pela Rússia perdeu o controle operacional de duas siderúrgicas, "as fábricas Azovstal e Ilych, que tinham produzido um total de cerca de 8,6 milhões de toneladas de aço bruto em 2021", disse o presidente do grupo siderúrgico ucraniano Metinvest, Yuri Rizhenkov, em entrevista ao jornal francês Les Echos em dezembro.

O aço é necessário para substituir trilhos ferroviários danificados, fabricar armas ou obuses. A Metinvest, com sede em Donetsk, assinou um protocolo de acordo em meados de janeiro na Itália para reativar a siderúrgica de Piombino (centro).

Rizhenkov indicou ainda ao jornal italiano Corriere della Sera que poderia estudar uma "oportunidade em Taranto", onde o governo procura investidores após a saída da Arcelor Mittal.

Fonte: Exame
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/03/2024