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O impacto da alta do preço do aço nos setores da economia

- Linha branca, veículos e alimentos ficarão mais caros com alta do aço

“A guerra entre Rússia e Ucrânia foi um dos gatilhos para o aumento do preço do aço, junto aos preços do carvão e do minério de ferro, matérias-primas do produto, e insumos significativamente exportados pelos países em conflito; o que também afetou toda a cadeia logística global, tornando mais caro o preço do frete. O reajuste já chegou às indústrias e ainda que dependa de cada setor para ser repassado aos consumidores, ele vai sim acontecer. No entanto, esses repasses serão percebidos em pouco tempo pelas indústrias e na sequência pelo consumidor final”. A análise é do gerente de Marketing da Açovisa, Giovanni Marques da Costa.

Outro fato considerado importante por Costa é que embora os países europeus envolvidos no conflito sejam relevantes exportadores de placas de aço, que é a primeira etapa da cadeia produtiva de aços planos, o Brasil também é um importante player neste segmento.

“A indústria brasileira se adapta aos materiais que não estão disponíveis e às necessidades do mercado”, explica.

Exemplo foi o desligamento de fornos, aciarias e, também demissões nas usinas devido à Covid-19 por se acreditar que não haveria demanda.

“Mas aconteceu justamente o contrário: O mercado mundial se desabasteceu rapidamente ficando a demanda maior que a oferta, promovendo uma corrida entre as indústrias para retomarem suas linhas de produção, fazendo com que os preços dos insumos, sobretudo commodities sofressem forte aumento”.

E o reajuste será sentido em três setores, de acordo com Costa.

Os eletrodomésticos como fogões e geladeiras serão os primeiros bens de consumo a serem impactados pelo reajuste, pois estão diretamente relacionados à linha de aços planos.

“Automóveis são a segunda posição da lista é encabeçada pelas motocicletas, que são praticamente todas feitas de aço. Em seguida os carros e depois os caminhões.”

A quantidade de aço utilizada na fabricação de um carro é em torno de 800 kg que valem aproximadamente US$ 1mil. No caso do reajuste de 20%, o veículo custa US$ 200 mais caro (cerca de R$ 1.030 em cotação de dólar comercial em 12 de maio de 2022).

Já no caso dos caminhões, por serem produzidos com aço, serem abastecidos com combustíveis – que vem passando por consecutivos aumentos – e serem utilizados na logística de diversos produtos, eles puxam o aumento de outros itens, em especial grãos como soja e milho.

“O percentual do reajuste repassado ao consumidor vai depender muito do nível de processamento do alimento, mas podemos esperar um aumento na soja, milho, cana e seus respectivos derivados. Alimentos enlatados terão, sim, um aumento, ainda que baixo. Mas será sentido antes de junho nos bolsos brasileiros”, indica Costa.

- Alta do preço do aço puxa queda no setor de construção

O mercado imobiliário brasileiro apresentou queda de 42,5% no número de lançamentos no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o quatro trimestre de 2021, informou nesta segunda-feira a Câmara Brasileira da Indústria da Construção. O número de lançamentos também apresentou uma queda de 7,6% na oferta final de empreendimentos. Segundo a CBIC, o aumento no preço de insumos e a conjuntura econômica pesaram na redução.

O levantamento, que colheu informações do mercado da indústria da construção em 196 cidades de todas as regiões do país, também mostrou queda nos três primeiros meses do ano no número de lançamentos de unidades do programa Casa Verde e Amarela, em relação ao último trimestre  de 2021.

As unidades foram reduzidas em 40,4% e a oferta final em 11,1%. A CBIC disse que os números são afetados pelo aumento dos preços e dos custos dos materiais da construção civil, pela falta de confiança para novos lançamentos dos empresários e incorporadoras e pela queda do poder aquisitivo das famílias.

“O tempo todo falamos do efeito aumento de custo que impacta no preço de venda e isso está muito claro no Casa Verde e Amarela, que tem puxado nos últimos tempos a habitação de mercado”, disse o presidente da CBIC José Carlos Martins durante coletiva para apresentação dos dados.

De acordo com Martins, o aço foi o material que mais impactou no aumento total do custo das obras. Ele citou o exemplo de construção de uma ponte, que teve alta nos custos do material utilizado de cerca de 73% no período de julho de 2020 a julho de 2021.

“Quando a gente analisa uma ponte, por exemplo, o aumento foi e 73% de custo por um único item que é o aço. No caso do Casa Verde e Amarela esse impacto foi de 34% em um único item”, apontou.

Martins disse que a redução na alíquota de importação do insumo, juntamente com outros dez produtos, anunciada pelo governo para conter a alta da inflação, diminuiu um pouco a pressão no aumento de custo. Entretanto, ainda há necessidade de debater a estabilização dos preços com a cadeia de produção.

No primeiro trimestre de 2022 foram lançadas 22.334 unidades do Casa Verde e Amarela, o que representou 42% do total de empreendimentos lançados. Já para os demais padrões, foram 30.738 unidades, 58% do total. Foram vendidas, no período, 36.827 unidades do Casa Verde e Amarela (50%), e 37.096 unidades dos demais padrões, o que mostra a demanda por unidades do programa.

A CBIC defende alterações no programa em pontos como: o aumento no valor do subsídio dado; regulamentação de um fundo garantidor, para que os empresários possam voltar a aumentar o número de empreendimentos e melhorias de concessão do crédito.

Petrucci disse ainda que o cenário mostra que empresários e incorporadoras não estão repassando os impactos do aumento de custo em empreendimentos com obras em andamento. “A gente percebe que o aumento de custos pegou mais forte e que os empresários administraram os impactos do aumento de custo dos empreendimentos com obras em andamento. Porém, para os novos lançamentos, é inevitável esse repasse no preço de venda”, disse.

O comparativo das regiões nos lançamentos do Casa Verde e Amarela mostra o Norte com 85% de participação, o Nordeste com 51%, o Sudeste com 44%, o Sul com 32% e o Centro-oeste com 24%.

Em unidades vendidas, a região Sudeste lidera com 56%, seguido do Nordeste (52%), Norte (49%), Centro-oeste (40%) e Sul (36%). Já a participação da oferta final representa: Sudeste (46%), Nordeste (44%), Centro-oeste (31%), Norte (29%) e Sul (25%).

Já no mercado imobiliário como um todo, em relação ao 4º trimestre de 2021, o Sudeste foi a região que mais registrou queda nos lançamentos com 52%, seguida da Região Norte (51,2%), Sul (39,7%), Centro-oeste (8,2%) e Nordeste (7,1%).

Já em comparação com o 1º trimestre de 2021, as regiões Centro-oeste e Sudeste registram alta de 11,4% e 7,5%, respectivamente. As demais apresentaram queda: Sul (27,9%), Norte (5,7%) e Nordeste (1,7%).

A CBIC disse que em relação às vendas, existiu uma tendência de crescimento desde o 1º trimestre de 2017, mas a partir do 2º semestre de 2021, começaram a estabilizar. Em relação ao 4º trimestre de 2021, o número de unidades residenciais vendidas subiu 2,2%.

Em comparação com o trimestre anterior, três regiões apresentaram alta: Centro-oeste (13,9%), Sul (13,4%) e Nordeste (8,6%). As outras regiões registraram queda: Sudeste (4,4%) e Norte (2,1%).

No que diz respeito à oferta final de unidades, em comparação com o 4º trimestre de 2021, todas as regiões brasileiras apresentaram queda: Sul (9,3%), Sudeste (7,3%), Nordeste (7,2%), Norte (7,1%) e Centro-Oeste (5,2%).

Discussão

Aprovada, no último dia 11, pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia, a redução da Tarifa de Importação do Vergalhão do Aço Ca50 e Ca60 de 10,8% para 4% até dezembro desse ano trouxe uma discussão para o setor.

Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a medida foi atendida devido a um pleito realizado pela  em julho de 2021, defendendo a redução para 0%. A entidade realizou um forte trabalho técnico, baseado em estudos e com assistência jurídica especializada, que possibilitou defender a redução da alíquota com o intuito de reduzir os custos de construção e trazer mais benefícios ao consumidor final. A proposta foi analisada tecnicamente pelo Comitê da Alterações Tarifárias (CAT) do órgão, que sugeriu a alíquota de 4% (padrão internacional).

O presidente da Abrainc, Luiz França, destacou que os vergalhões de aço tiveram grande influência no aumento dos custos da construção, dado que o produto subiu 101% em dois anos. “A alta do insumo vinha sendo um grande entrave para o crescimento do setor.” O executivo reforça que essa redução é muito importante para o setor de construção, principalmente na produção de unidades destinadas à baixa renda. “O Brasil possui um grande déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e a inflação vem prejudicando o poder de compra de imóveis das famílias de menor renda”, salienta.

Já para o Instituto Aço Brasil, a medida foi inadequada, uma vez que o mercado se encontra plenamente abastecido. Segundo a entidade, não existe especulação de preços e o impacto inflacionário do vergalhão é de apenas 0,03 ponto percentual no IPCA. “Não existe, portanto, qualquer excepcionalidade que justifique a medida”, frisou em nota.

E continua: “é inadequada ainda, porque está na contramão da política adotada pelos principais países produtores de aço, que face ao gigantesco excesso de capacidade instalada no mundo, da ordem de 518 milhões de toneladas, tem adotado medidas de restrição à importação predatória. O Brasil, ao contrário, ao reduzir o imposto de importação facilitará ainda mais o desvio de comércio para o país.

O mercado, soberano, responderá pelo impacto da medida”, finaliza o Instituto Aço Brasil.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/05/2022

 

Retomada se consolida e indústria de autopeças prevê crescimento em 2022

As estimativas para a indústria de autopeças são otimistas, porém há muito ainda para avançar. O faturamento líquido nominal da indústria de autopeças deve chegar a R$ 178,5 bilhões em 2022, ante dos 164,6 bilhões para 2021, registrando acréscimo de 9%, de acordo com as previsões do Sindipeças. Já a produção de veículos deve somar 2,4 milhões de unidades neste ano.

"O objetivo da indústria automotiva é aumentar esse volume e alcançar 5 milhões de unidades, acompanhando a evolução e as transformações impostas pelo setor mundialmente", afirmou Carlos Eduardo Gonçalves Cavalcanti, assessor de Economia do Sindipeças durante o "Abra Talks", evento virtual mensal da Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas - Automotivos e Industriais (Abrafiltros), patrocinado pelo Grupo Supply Service.

Segundo o assessor, três episódios merecem destaque na indústria automotiva desde quando chegou ao país: a criação do grupo executivo da indústria automobilística - GEIA, criado em 1956, que auxiliou a entrada de diversas fábricas do setor no Brasil; o Inovar-Auto, Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, de 2012, que ajudou a criar condições para o aumento de competitividade; e o Programa Rota 2030, de 2018, voltado a um regime tributário especial para importação de autopeças sem produção nacional equivalente.

"Ocorreu não só um up grade de desenvolvimento tecnológico no país, mas também diversas transformações na indústria automotiva", comentou.

Entre as últimas rupturas ligadas ao setor, citou que as montadoras foram avançando na produção de veículos híbridos e eletrificados, conectados e com autonomia. De outro lado, disse que os consumidores também estão mudando e ficando mais voltados para a não propriedade, compartilhamento e autonomia. Já as indústrias partiram para o conceito 4.0, mais automatizadas, com processos mais eficientes e se tornando mais produtivas. Sobre os veículos do futuro, ressaltou que serão conectados, autônomos, compartilhados e elétricos. Segundo Cavalcanti, o carro autônomo deve estar presente em grandes centros urbanos até 2030.

"A produção de veículos elétricos e híbridos, segundo as estimativas, deve chegar a 50% até 2050", disse. Com isto, novos players participarão do setor, na área de dados e mídia, como o Google, Apple, Tesla, Amazon, Ebay, Cabify, entre outros. Novas fontes de receita também chegarão, como dados e conectividade, mobilidade sob demanda, além da venda de veículos elétricos e híbridos e autopeças voltadas para estes automóveis.

"Sinais positivos são sempre bem-vindos, e o que nos parece é que a retomada já é uma realidade para o setor. Muito oportuno abordar estas perspectivas, principalmente porque elas influenciam diretamente no planejamento das empresas", comentou João Moura, presidente da Abrafiltros.

Fonte: CIMM
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 26/05/2022

 

Governo anuncia nova redução nas tarifas de importação

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou ontem uma nova redução de 10% nas alíquotas do Imposto de Importação sobre a maior parte dos produtos comprados no exterior, informou o Ministério da Economia, em iniciativa que não contou com aval do Mercosul e busca combater a inflação e ampliar a abertura comercial do País.

A decisão, antecipada pela Reuters, foi tomada em reunião extraordinária da Camex e alcança cerca de 87% do universo tarifário do País, com 6.195 códigos de produtos.

A medida, que é temporária e valerá de 1º de junho deste ano a 31 de dezembro de 2023, representa um corte adicional do imposto. Em novembro do ano passado, o governo já havia reduzido em 10% as alíquotas do universo da TEC (Tarifa Externa Comum) unilateralmente, sem aval de todos os membros do Mercosul, dizendo haver urgência para lidar com a alta de preços.

A renúncia de arrecadação com as reduções tarifárias, segundo o ministério, é estimada em R$ 3,7 bilhões.

De acordo com a pasta, o objetivo da medida é aliviar as consequências econômicas negativas decorrentes da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, especialmente a inflação.

“A nova redução irá contribuir para o barateamento de quase todos os bens importados, beneficiando diretamente a população e as empresas que consomem esses insumos em seu processo produtivo”, disse em nota.

Entre os produtos incluídos na redução tarifária, o ministério citou feijão, carne, massas, biscoitos, arroz e materiais de construção.

Estimativa apresentada pela pasta aponta que as reduções nas tarifas terão impacto acumulado de R$ 533,1 bilhões de incremento no PIB e de R$ 376,8 bilhões em investimentos até 2040.

Segundo o ministério, a decisão de reduzir as tarifas unilateralmente foi tomada sob amparo de artigo do Tratado de Montevidéu do Mercosul.

Negociação

O secretário de Comércio Exterior do ministério, Lucas Ferraz, afirmou que o Brasil continuará negociando com os membros do bloco para tentar consolidar e tornar permanentes os cortes de Imposto de Importação.

“Nossa expectativa é que conseguiremos ainda este ano tornar o corte de 20% em tarifas um movimento de todo o Mercosul”, disse.

Ferraz ressaltou que 1.387 códigos de produtos ficarão fora da medida e não terão tarifas reduzidas. Entre eles, estão têxteis, calçados, brinquedos, lácteos e alguns itens do setor automotivo.

O Ministério da Economia defende a abertura gradual da economia e recentemente implementou cortes no do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para ampliar a competitividade da indústria do país e viabilizar a nova redução do Imposto de Importação.

O governo implementou os cortes de IPI como forma de baratear os produtos industrializados brasileiros. Redução inicial de 25% foi ampliada para 35%, preservando produtos da Zona Franca de Manaus. A medida, porém, foi judicializada e parte de sua eficácia está suspensa.

Além dos cortes amplos das tarifas, o governo vem anunciando reduções a áreas e produtos específicos. Neste mês, por exemplo, foram reduzidas as tarifas sobre vergalhões de aço e zeradas as alíquotas sobre alguns tipos de carne, trigo, milho e outros itens alimentícios.

País quer agregar valor a exportação para a China

O Brasil quer agregar valor a produtos exportados para a China, em especial, àqueles ligados a soja, minério de ferro e petróleo. As diretrizes que estão sendo elaboradas nos planos bilaterais com o país asiático devem favorecer a abertura das relações e investimentos em setores como agricultura, saúde e comunicações, além de infraestrutura, comércio, educação e sustentabilidade.

As afirmações foram feitas ontem pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, referindo-se ao que foi debatido pouco antes, durante a 6ª Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) no Itamaraty.

“Queremos agregar valor nas três commodities que mais exportamos para a China: soja e derivados, minério de ferro e petróleo”, disse. “E queremos abertura para novos produtos. Hoje, discutimos a questão do trigo que será produzido na Bahia, no Ceará e em Roraima”, acrescentou.

O vice-presidente disse também que o Brasil tentará se beneficiar de alguns fundos verdes criados pelos chineses. “Ano passado, eles [os chineses] criaram um fundo de apoio a ações de combate ao desmatamento visando a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Estamos discutindo formas de termos acesso a esse fundo”.

Caminho traçado

Mourão acrescentou que os documentos que estão sendo elaborados – nas reuniões envolvendo os dois países – estabelecem orientações que deverão ser mantidas pelo próximo governo. “Dois planos avançarão independentemente do governo que for eleito: o estratégico, que vai até o final da década; e o executivo, que vai até o final de 2026”, disse.

“O governo que assumir encontrará o caminho traçado, com previsibilidade dos objetivos comuns”, acrescentou, ao detalhar que os planos têm, entre suas prioridades, a participação chinesa em projetos de infraestrutura previstos pelo Programa de Parcerias de Investimento (PPI), em especial visando a construção do corredor bioceânico que ligará o Brasil ao Pacífico a partir da fronteira com a cidade paraguaia de Porto Murtinho.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 24/05/2022

Volkswagen inicia operação da sua quarta fábrica de elétricos

A Volkswagen iniciou na sexta-feira, 20, a produção de veículos na fábrica de Emden, na Alemanha, onde será feito o modelo elétrico ID.4. A unidade é a segunda no país a produzir carros elétricos, que já contava com a produção em Zwickau. No mundo, são quatro fábricas da VW que produzem elétricos. Mais duas entrarão em operação este ano, nos Estados Unidos e na Alemanha.

A fábrica de Emden, operada por 8 mil funcionários, teve de ser reformulada para produzir o novo veículo elétrico da marca, processo que demandou investimento de € 1 milhão. Além do ID.4, será produzido na unidade o sedã zero combustão Aero B, a partir de 2023. 

Capacidade da fábrica de elétricos depende de chips

“O início da produção do primeiro modelo totalmente elétrico no local é um marco sem paralelo para toda a equipe de Emden. Nos preparamos intensamente para fazer o ID.4 nos últimos dois anos e esperamos ansiosamente por este dia", disse Uwe Schwartz, gerente da fábrica. 

A capacidade máxima de produção da fábrica de elétricos de Emden, quem tem 125 mil metros quadrados, será de 800 unidades por dia útil até o fim de 2022. Porém, a VW ressalta que tal projeção depende da situação global de fornecimento de componentes.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 24/05/2022

 

Como a tecnologia ajuda o produtor rural a economizar combustível

O combustível é um dos principais fatores que estão contribuindo para a alta da inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 11,3% em março, considerando a taxa acumulada nos últimos 12 meses. O resultado é a maior variação desde outubro de 2003, quando ficou em 13,98%.

Enquanto os preços do grupo de alimentos tiveram crescimento de 11,62% no período, os combustíveis ficaram 27,89% mais caros. O óleo diesel, principal insumo utilizado para movimentar máquinas agrícolas e caminhões que transportam a produção, teve aumento de 46,47%. E a tendência, com a valorização do petróleo, é de mais altas.

Isso gera um impacto direto no agronegócio. De acordo com a análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o combustível mais elevado pode deixar o custo de produção de cana-de-açúcar até 70% mais caro nesta temporada em comparação com a safra anterior. O impacto na lavoura de grãos poderá ser ainda maior, chegando a 93%.

Como economizar combustível com a tecnologia

O produtor rural pode não ter o controle do consumo de diesel da porteira para fora até o destino, seja o mercado doméstico, seja nos embarques internacionais. No entanto, dentro da propriedade, o uso do combustível em tratores, cultivadoras, plantadeiras, pulverizadores e colheitadeiras deve ser acompanhado de perto.

Nesse sentido, o avanço tecnológico é um aliado fundamental para reduzir os custos nas lavouras. Tanto dispositivos internos das máquinas agrícolas, quanto aparelhos externos agregam informações essenciais para a tomada de decisão do gestor rural. Conheça a seguir as principais tecnologias usadas para economizar combustível.

Melhoria da potência

A melhoria da eficiência dos motores a combustão proporciona aumento de potência e reduz o consumo de diesel. A tecnologia intercooler promove o resfriamento do ar que entra na câmara de explosão; como o mais frio é mais denso, quando se expande proporciona maior força para o pistão. Além disso, o dispositivo melhora a vida útil da máquina.

O aparelho foi inventado para reduzir o nível de poluentes nos motores a diesel e é comum em caminhões. Atualmente, muitas máquinas agrícolas já saem de fábrica com o equipamento instalado; contudo, como a vida útil da frota rural costuma ser maior que uma década, muitas propriedades ainda não contam com o instrumento.

Gestão de frota

Não é novidade que a manutenção periódica é importante para garantir a produtividade e a eficiência das máquinas agrícolas, proporcionando o consumo de combustível em níveis satisfatórios e evitando grandes prejuízos. As plataformas digitais de gestão ainda facilitam o trabalho do produtor rural para o acompanhamento da frota.

A tecnologia permite o gerenciamento completo das máquinas agrícolas, prevê a necessidade de manutenção, auxilia no cálculo dos gastos de cada equipamento e informa qual é o momento certo para atualizar a frota. Tudo isso para garantir que os custos de operação sejam os menores possíveis.

Telemetria

Os sistemas de rastreamento via satélite e outros dispositivos presentes na propriedade rural permitem o acompanhamento de uma série de fatores relacionadas à produtividade da lavoura, como adubação, pragas e clima. A tecnologia também oferece a operação remota de máquinas agrícolas com informações em tempo real das atividades.

Ao permitir que o produtor rural conheça uma ampla gama de detalhes da propriedade, o uso de dados possibilita uma previsibilidade maior para evitar desperdícios, como adubar ou pulverizar uma área sem necessidade ou aplicar insumos com as condições climáticas desfavoráveis. Dessa maneira, não somente o combustível é economizado, mas também outros materiais.

Fonte: Canal Agro
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 24/05/2022

Governo federal altera regra de reajuste da tabela do frete

Em 17 de maio, o presidente da república editou uma Medida Provisória (MP) para alterar a lei que determina, de acordo com a oscilação do preço do diesel, a revisão da tabela de frete no país.

A Medida Provisória 1.117/22, já em vigor, permite à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizar os valores mínimos do frete rodoviário de cargas sempre que houver oscilação superior a 5% no preço do óleo diesel no mercado nacional. Até então, a atualização era feita quando esse percentual ultrapassava os 10%.

Além dessa revisão extraordinária, que depende da variação do diesel, a ANTT, por lei, já realiza revisões semestrais nos valores do frete cobrados no Brasil.

A MP altera a Lei 13.703/18, que criou a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC). A mudança visa ajustar a tabela aos recentes reajustes do preço do óleo diesel.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, desde 2018 a lei determina que a ANTT publique uma tabela com o piso do frete por quilômetro rodado, em função do tipo de carga, características da operação de transporte e número de eixos do veículo.

“O modelo de cálculo avalia os custos fixos, como o custo de depreciação do veículo, mão de obra dos motoristas, seguros etc., e os custos variáveis, como combustível, gasto de pneus, lubrificantes e manutenção do veículo”. A estimativa do governo é de que o preço do diesel representa cerca de 40% dos custos para prestação do serviço do frete.

Em comunicado o Ministério da Infraestrutura afirma que “com isso, pretende-se dar sustentabilidade ao setor do transporte rodoviário de cargas, e, em especial, do caminhoneiro autônomo, de modo a proporcionar uma remuneração justa e compatível com os custos da atividade”.

Fonte: Agência Câmara
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/05/2022