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Nova regulamentação sobre barragens de mineração será destaque na Exposibram

O setor mineral deve sempre buscar sua atuação baseada na responsabilidade social e ambiental. A segurança de barragens, utilizadas como reservatório para contenção e acumulação de substâncias líquidas ou de mistura de líquidos e sólidos provenientes do processo de beneficiamento de minérios, é um tema que merece toda atenção no setor.  A legislação específica relacionada a essas estruturas será debatida durante o painel “Nova Regulamentação ANM – Barragens”, no dia 13 de setembro, na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram 2022).

O evento volta ao formato presencial neste ano e será realizado entre os dias 12 e 15 de setembro, no Expominas BH em Belo Horizonte (MG), pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O evento também terá uma versão digital, nos dias 20 e 21 de setembro. As inscrições podem ser feitas pelo site https://ibram.org.br/evento/exposibram-2022/ .

Segundo Claudinei Oliveira Cruz, coordenador de Planejamento e Gestão de Barragens de Mineração – Eixo Central-MG da Agência Nacional de Mineração (ANM) e palestrante do painel, acidentes e desastres recentes envolvendo barragens impulsionaram a busca por aperfeiçoamentos na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).  

“A Lei ordinária n° 14.066/2020, que alterou a Lei n° 12.334/2010, trouxe inovações para a atuação de órgãos fiscalizadores e de empreendedores, como, requisitos dos Planos de Ações de Emergência (PAE), sanções específicas ao descumprimento dos dispositivos da PNSB e proibições de implantação de barragens de mineração cujos estudos de ruptura indiquem a existência de comunidades na zona de autossalvamento (ZAS) ”, afirma.

Para Claudinei Cruz, mudanças também têm ocorrido visando aperfeiçoar sistemas de gestão e de governança, fomentar a prevenção de acidentes e a gestão de riscos, e conferir maior participação e controle social de empreendimentos com barragens, ao longo das diferentes etapas do ciclo de vida das estruturas, da concepção à desativação ou descaracterização.

“O momento atual é de transição de práticas e de adequação às exigências legais. Espera-se que os benefícios resultantes dessas mudanças na gestão de segurança de barragens sejam efetivos e melhor refletidos ao longo dos próximos anos”, analisa.

O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do IBRAM, Júlio Nery, ressalta que os métodos de gestão de barragens e a implantação de medidas de segurança pelo setor mineral brasileiro avançaram consideravelmente nos últimos anos.

“O Ibram lançou em 2019 o “Guia de Boas Práticas: Gestão de Barragens e Estruturas de Disposição de Rejeitos”, uma contribuição para o avanço no conhecimento e boas práticas relacionadas à disposição de rejeitos provenientes da extração mineral. Também trabalha atualmente na produção de aplicativo para aprimorar a transparência e comunicação do setor com a comunidade por meio do Aplicativo PROX, que disponibilizará aos cidadãos as informações importantes sobre as barragens de mineração ainda este ano”, afirma.

O coordenador da ANM explica que a nova regulamentação da ANM exige que o empreendedor de barragens de mineração institua planos e procedimentos para atender aos requisitos mínimos para o projeto, a construção, a garantia da integridade e estabilidade da estrutura, a operação e a descaracterização.

“O agente regulado deverá garantir, entre outros requisitos, a avaliação dos riscos das barragens, a realização das operações seguindo procedimentos elaborados, com treinamento adequado da força de trabalho, executando de forma eficiente inspeções e manutenção das estruturas, aplicando as revisões periódicas de segurança de barragens, cadastrando os seus responsáveis técnicos, os quais devem atender aos requisitos mínimos quanto à formação", explica.

Ele ainda afirma que “a resolução ANM 95/2022 impôs aos regulados a definição de um Engenheiro de Registro para acompanhar a estrutura e garantir o desempenho delas, e quando for o caso, manter um Plano de Resposta à Emergência apropriado e exequível e que passe por um processo de avaliação de eficácia (ACO)”, diz.

Claudinei Cruz acredita que o debate de temas importantes para a sociedade como a segurança de barragens de mineração é essencial para promover a disseminação de conhecimentos, de boas práticas, de inovações no setor e propiciar a interlocução entre as diferentes partes interessadas (empreendedores, fornecedores, órgão fiscalizador, academia e sociedade).

“Eventos como a Exposibram têm importância fundamental para a evolução da temática de segurança de barragens no país, propiciando um ambiente para o amplo debate entre diversos atores do setor”, finaliza.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/07/2022

 

Preço do aço se recupera, mas minério de ferro vacila com problemas de demanda da China

Os contratos futuros do aço na China subiram nesta terça-feira, impulsionados pelos esforços do governo chinês para aliviar a crise financeira no problemático setor imobiliário local, mas os preços do minério de ferro caíram devido a preocupações persistentes com a queda na demanda pelo ingrediente siderúrgico na maior produtora mundial de aço.

O setor imobiliário da China, que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica por aço, tem estado sob os holofotes em meio a um boicote crescente ao pagamento de hipotecas sobre projetos imobiliários inacabados.

Os reguladores chineses intensificaram esforços para incentivar os credores a conceder empréstimos a projetos qualificados, agindo para aliviar uma turbulência que pode sobrecarregar uma economia já duramente atingida pelos lockdowns da Covid-19.

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O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai encerrou as negociações em alta de 1,7%, a 3.774 iuanes (559,37 dólares) a tonelada. O fechamento ficou bem abaixo da máxima da sessão de 3.872 iuanes, mas estendeu uma recuperação ante a mínima de 19 meses alcançada na sexta-feira.

A bobina laminada a quente, usada em carrocerias de automóveis e eletrodomésticos, subiu 1,4%, para 3.755 iuanes por tonelada, recuperando-se de uma baixa de 20 meses.

O aço inoxidável subiu 0,1%.

Mas os preços futuros das matérias-primas siderúrgicas caíram, uma vez que as perspectivas gerais para a demanda de aço da China permanecem obscurecidas pelos riscos da Covid-19 e pelo mau tempo.

O contrato de minério de ferro para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 2,5%, para 98,20 dólares a tonelada, enquanto o contrato mais negociado de setembro do produto em Dalian caiu 1%, para 656,50 iuanes por tonelada.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/07/2022

Usinas sucroenergéticas mineira contrataram quase R$ 21 milhões em crédito em 2021

Grandes operações de crédito foram contratadas por usinas sucroenergéticas de Uberaba, MG, em 2021. Todas elas foram realizadas para aquisição de maquinário agrícola e capital de giro, de acordo informações do Portal da Transparência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).

Entre as operações registradas no BNDES, com as empresas do setor sucroenergético, o maior financiamento é da ordem de R$10.704.890. Em seguida, consta a contratação de R$7,1 milhões. A terceira maior linha de crédito foi no valor de R$7 milhões e a quarta, de R$3.009.106.

Em Uberaba, três usinas estão instaladas, voltadas para a produção de etanol. De acordo com dados apresentados na CMU e divulgados pelo Jornal da Manhã, o setor sucroenergético emprega 15 mil pessoas em Uberaba e outras 21 mil na região, perfazendo um total de 36 mil empregos entre diretos e indiretos.

O BNDES oferece esse tipo de financiamento por intermédio de instituições financeiras credenciadas para a produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação e bens industrializados a serem empregados no exercício da atividade econômica do cliente. Os bens devem ser novos, de fabricação nacional e credenciados pelo BNDES.

Uma das modalidades para aquisição de maquinário é através do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), com prazo de até 120 meses. O financiamento é de até 85% do valor do bem, com carência de até 24 meses.

Fonte: RPA News
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 19/07/2022

 

Produtor rural pode obter crédito para usina solar sem endividamento bancário

Segundo os dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a tarifa média da conta de luz tem aumentado mais do que a inflação no País. Em 2021, a alta foi em torno de 23%, enquanto a inflação foi de 10,06% no acumulado do ano. Além disso, desde 2015, essa diferença tem chegado a mais do que o dobro, alcançando 114% de crescimento em sete anos, frente à inflação total de 48%.

Acrescenta-se a isso a crise hídrica, que prejudica o abastecimento de energia gerado pelas hidrelétricas, que por sua vez exige frequente acionamento das termelétricas para evitar apagões como o ocorrido em 2001. Essa dinâmica encarece o custo da energia para o consumidor, visto que são criadas bandeiras tarifárias de escassez hídrica.

Para o agronegócio, a conta dessa situação também sai cara e, nesse sentido, as usinas solares têm se tornado, cada vez mais, uma forma segura de suprir o consumo de energia nas propriedades rurais. Não só isso, mas também é uma forma de reduzir o alto custo do abastecimento, sem contar os ganhos na sustentabilidade do negócio em geral.

Assim, modalidades de crédito facilitado para que os produtores possam implantar projetos de geração própria de energia são muito positivas. Além de uma forma menos burocrática de custear uma usina solar, ainda evitam o endividamento bancário, com altas taxas de juros, prazos longos de quitação e bens que entram como garantia de financiamento.

Essa é a proposta da AgroPermuta, fintech agrícola brasileira que oferece soluções inovadoras de financiamento como uma alternativa aos bancos. Dois produtos financeiros são oferecidos pela empresa, um no modelo Financiamento e outro no formato Planejamento, ambos possíveis de serem destinados para uma usina solar.

“Nosso alicerce está em primeiro olhar como o produtor gera sua receita e se é suficiente para ele adquirir um projeto de energia renovável. Conduzimos ele a usar como garantia o seu carrego de mercado, ou seja, a CPR (Cédula de Produto Rural), e oferecemos a possibilidade de ele amortizar o investimento em menos tempo”, explica Alex Kalef, diretor executivo da AgroPermuta.

O profissional pontua que é importante lembrar que a durabilidade de um projeto de energia fotovoltaica é de 20 anos. Nesse sentido, os financiamentos comuns de bancos que são para quitação em longo prazo e com taxas de juros crescentes não são interessantes, já que o produtor pode ficar por muito tempo com a dívida para ter um benefício que ele só irá aproveitar durante 10 anos quitado.

Para obter o financiamento, o produtor rural passa pela análise de crédito, de forma simples e descomplicada, e a aprovação do cadastro acontece em até 48 horas. Após a formalização (assinaturas), que são 100% digitais, a fintech cuida das partes de cartório e registro. O valor é depositado na conta da empresa que vende o bem, que deverá ser indicada pelo produtor rural ou pela AgroPermuta.

O pagamento total do recurso pode ser feito em até três anos e as parcelas podem ser quitadas a cada seis meses, em conjunto com a venda da produção da safra. “Nosso conceito é de dívida boa, aquela que se paga em menos tempo, que não deixa o produtor preso a um banco por 20 anos”, reforça Kalef.

Para a modalidade Programada, a fintech desenvolveu um produto similar a um consórcio para que o agricultor possa fazer uma reserva de valor, onde os recursos são liberados após o pagamento de 50% da operação. A escolha será baseada "em quando ele quer receber", diz o diretor. Já no caso do financiamento, a antecipação de 30% é obrigatória, sendo que com essa antecipação ele obtêm todo o dinheiro.

Com essas soluções, a AgroPermuta é uma empresa competitiva em todas as formas de financiamento que existem no Brasil. É uma alternativa nova, rápida, que não tem burocracia. “O sentido do nosso financiamento é que sirva muito mais como uma ferramenta para aquele que é o fabricante, distribuidor, revenda, facilitar a vida do seu cliente, no final do dia o alvo é sempre o mesmo, o produtor rural”, esclarece o executivo. Ele diz também que na modalidade planejada, é possível utilizar como reserva de valor, similar a um consórcio, mas sem a loteria do sorteio e nem reajuste de IPCA, por exemplo. “Com esse recurso disponível, lá na frente ele pode utilizar. A diferença é quando ele quer receber”, finaliza.

Fonte: SEGS
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 19/07/2022

 

Por que o Rio Grande do Norte é o maior potencial de energia renovável do Brasil

Ela ilumina nossa casa, nos leva até o trabalho, está presente até nas horas de lazer: as diferentes fontes de energia são essenciais em nossa vida.

Mas, nem sempre toda essa comodidade vem de uma fonte energética limpa e o mundo está pagando caro por isso. É que a energia suja não é renovável e sua fonte se esgota com o tempo. Como se isso não bastasse, ela ainda é associada à poluição e é uma das principais causadoras do aquecimento global.

Ainda bem que encontramos uma saída com as fontes de energias renováveis, e temos um estado em especial no Brasil que tem potencial de ser protagonista na produção de energia limpa no mundo: o Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte hoje é considerado o maior potencial eólico do Brasil. Ele está em primeiro lugar em número de potência fiscalizadora (potência mensurada no momento de operação) de aproximadamente 7 GW. Para se ter uma ideia, 1 GW consegue abastecer aproximadamente 3 milhões de pessoas. O consumo total do estado precisa de pouco mais de 1 GW, ou seja, o que sobra, tem potencial de gerar energia para outras 17 milhões de pessoas, o equivalente à população dos estados do Paraná, Espírito Santo e Tocantins juntos.

O estado também conta com 218 parques eólicos, sendo o segundo no país em número de parques, e atualmente gera um quarto da energia eólica no Brasil. 

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) trabalha para impulsionar a energia limpa no estado. O presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, explica que a Federação tem atuado em diversas frentes.

Uma das iniciativas é a Mais RN, centro de inteligência e planejamento estratégico da economia potiguar, que reúne informações e propostas para criar um ambiente favorável aos negócios e ao empreendedorismo.

“O Mais RN acompanha tanto a energia eólica quanto a energia solar do Brasil e Rio Grande do Norte. Monitoramos projetos outorgados e também aqueles futuros, além de acompanhar mês a mês os números do setor, sistematizando e disponibilizando toda essa informação em plataformas digitais, para empresários, investidores, a sociedade como um todo”, afirma. O objetivo é apresentar os resultados e captar recursos para investir no setor.

“A energia solar é outro destaque no estado. Possuímos em todo o Brasil 5 GW de operação e, no RN, só em energia solar nós temos 0,1 giga de potência fiscalizada; mais quase 3,5 de potência outorgada em projetos futuros,” reforça.

Sales também destaca o Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e o Instituto de Inovação (ISI-ER) do SENAI-RN: "Esses institutos são hoje a maior referência nacional na área de pesquisa e desenvolvimento de energias renováveis. Em um estudo recente realizado pelo SENAI-RN, por meio do CTGAS-ER, levantou-se que, só de potência, o Rio Grande do Norte e Ceará conseguem gerar perto de 145 gigas, então é, por assim dizer, um mundo à parte offshore que existe de potência”, explica.

Pesquisa e Inovação em energia renovável são marcas do SENAI-RN

O SENAI-RN trabalha com pesquisa e produção de energias limpas desde 2004. O Diretor do CTGAS-ER e do ISI-ER, Rodrigo Mello, explica algumas das linhas de pesquisas desenvolvidas pelos institutos: “Nós trabalhamos com diversas fontes de energia renovável, dentre elas, biocombustíveis e combustíveis limpos, como o hidrogênio. Também trabalhamos com biomassa e fontes orgânicas, e agora, nós estamos com uma pesquisa em andamento que é o querosene de aviação a partir de fonte orgânica”, relata

Outro fator importante é a oferta e disponibilidade dos serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente e a preços acessíveis. É o que chamamos de eficiência energética.

Rodrigo Mello explica que o Brasil tem destaque em segurança energética, e em especial, no Rio Grande do Norte. “Com esse Brasil continental, nós temos uma possibilidade imensa de ampliar a nossa geração a partir das fontes eólica e solar. Temos uma fronteira grande que se apresenta para o Brasil na área de energia eólica offshore, que é a energia eólica gerada no mar”, confirma.

 
 
 

Do Rio Grande do Norte para o Brasil 

Para dar conta de tanta demanda no setor de energias renováveis, é preciso ter mão de obra. Para isso, o SENAI-RN, em parcerias com empresas do setor, tem realizado cursos de capacitação profissional em todo o país.
 
Uma das últimas turmas formadas foi fruto da colaboração do SENAI-RN com a Elera Renováveis, que promoveu o curso de iniciativa do Programa de Investimento Social e Complexo Solar Fotovoltaico de Janaúba, em Minas Gerais.

Eles receberam o certificado do SENAI de capacitação profissional, reconhecido em todo o Brasil. Graças a isso os convidados interessados foram convidados a participar do processo seletivo das equipes de montagem de rastreadores solares, uma ferramenta de última geração que potencializa a performance do Complexo Solar Janaúba.

O Complexo Solar Fotovoltaico de Janaúba está em fase de implantação e terá uma capacidade de gerar 1,2W, energia suficiente para abastecer 4,1 milhões de pessoas, o equivalente a Manaus e Curitiba juntas. A conclusão da obra está prevista para 2023.

Outra empresa que faz parcerias com o SENAI-RN é a EDP Renováveis. Ela promoveu o programa “Keep it Local Solar”, coordenado pelo SENAI, que oferece curso de formação em Instalação de Sistemas Fotovoltaicos, atualmente desenvolvido no município de Lajes, RN.

É uma iniciativa que busca impulsionar a empregabilidade em zonas rurais e contribuir para a formação e criação de emprego, com a intenção de evitar que as pessoas deixem a zona rural. O programa oferece 25 bolsas totalmente gratuitas.

A EDP Renováveis é a quarta maior produtora mundial de energia eólica, presente em 26 mercados internacionais, e voltou os olhos para o Brasil e para o Rio Grande do Norte por reconhecer o potencial renovável no estado. É lá que a empresa concentra o maior número de empreendimentos eólicos e já tem projetos no estado superiores a 1 GW de potência instalada.

Os desafios para se implementar a energia limpa no país

A energia renovável é um sistema interligado e depende de infraestrutura. Alguns dos desafios são o deslocamento para implementar e transportar essa energia.

A FIERN vem trabalhando frente à órgãos governamentais para a criação de leis e para trazer segurança jurídica aos investimentos: “estamos dialogando com o CONEMA, o Conselho Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte sobre uma nova proposta normativa. Esperamos que isso traga regras claras e parâmetros competitivos regionais”, afirma o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo.

Há ainda gargalos para efetivar os offshore no Brasil, pois não existe regulamentação do setor. Sobre a energia vinda das torres no mar, a FIERN acompanha um projeto que cria um marco regulatório para o processo dessas usinas “Ainda está na fase de discussão no Congresso, mas abrange diretamente o nosso estado, já que o maior potencial offshore hoje é Rio Grande do Norte e Ceará”, comenta Sales.

O diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, reforça que o Rio Grande do Norte se destaca no potencial de geração da chamada energia verde por sua localização na esquina do continente e próximo à linha do Equador. “Para se ter energia limpa, não basta ter dinheiro e tecnologia para produzir, é preciso ter as condições ambientais. E nós somos um dos melhores ambientes do mundo para se produzir essa energia na maior diversidade de matriz possível”, conclui.

Fonte: CNI
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 19/07/2022

O temor dos produtores de aço com a queda no consumo da América Latina

Produtores de aço da América Latina estão preocupados com a desaceleração econômica da região neste ano em relação ao ano passado. Um relatório da Alacero, a associação latino-americana do aço, indica que a região deverá crescer cerca de um quarto em comparação ao observado em 2021, quando alguns países conseguiram atingir PIBs equivalentes aos de 2019, período pré-pandemia de Covid-19, casos de Brasil, Chile, Paraguai, Colômbia e Peru. 

Em 2021, a região teve um crescimento de 6,7%. Para 2022, a Alacero acredita que esse porcentual seja de 1,6%. A desaceleração econômica impacta diretamente no consumo de aço, insumo indispensável na indústria e na construção civil.

Segundo a Alacero, o cenário da região é complexo e “marcado por desaceleração econômica, pressões inflacionárias sustentadas e volatilidade”. “O conflito armado entre Rússia e Ucrânia gerou uma escalada geral nos preços das commodities. Dados indicam alta de 23,6% na soja, 34% na de milho, 138% em trigo e 99% em gás natural da Europa”, diz a associação.

Brasil e México são os maiores consumidores de aço da América Latina. Das 83.000 toneladas vendidas à região em 2021, a indústria brasileira utilizou 45.000 toneladas e a mexicana, 24.000 toneladas.

A entidade aponta ainda que, no Brasil, a corrida eleitoral ofuscará as perspectivas de consolidação das contas públicas neste ano. A demanda por aço no país diminuiu 9,6% na construção civil e 8,9% na indústria automotiva, mas cresceu 4,4% em petróleo e gás e 1,4% em energia. Para o país, espera-se uma estagnação geral em 2022 com uma ligeira melhoria em 2023.
 

Alacero prevê recuo de 8% no consumo de aço na AL em 2022 e recuperação de 4% em 2023

O consumo de aço na América Latina deverá registrar, neste ano, um recuo da ordem de 8%, na média, diante do ano passado. Essa é a expectativa revisada da Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero), entidade que reúne mais de 60 fabricantes de produtos siderúrgicos na região.

O volume, no entanto, segundo avaliação da entidade, deve ser considerado satisfatório, se comparado a anos anteriores à pandemia. A Alacero estima que já em 2023 haverá uma recuperação de 4%.

No início de março, a Alacero tinha projetado para este ano uma queda muito mais modesta, de 2,1%, porcentual que na prática representaria apenas um ligeiro ajuste no consumo diante do desempenho visto em 2021.

No entanto, nos últimos meses, leves tendências pró maior recuo observadas desde o fim de fevereiro tornaram-se fatores de peso, e passaram a ter forte influência sobre as projeções para o ano.

Dentre eles, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a política da “covid zero”na China, que vem restringindo a produção e os negócios, e o temor de uma recessão mundial, que pode se espalhar a partir principalmente dos Estados Unidos, devido à alta da inflação naquele país.

De qualquer forma, no ano passado, o consumo aparente de produtos siderúrgicos na América Latina atingiu 74,8 milhões de t, ou 27% sobre 2020. Assim, mesmo caindo 8%, o volume de consumo em 2022 será superior ao de anos anteriores à pandemia, ou seja, entre 2017 e 2019, que foi de 66 milhões.

AÇO BRASILEIRO – O mercado brasileiro representa pouco mais de um terço do volume consumido de aço na América Latina, com mais de 26 milhões de t/ano, em média. O México vem logo em seguida, e bem próximo, com cerca de 25 milhões.

A construção civil lidera o consumo de aço nos países latino-americanos, com 48,3%, seguida pelos setores metalmecânico (17,1%), automotivo (16,8%), manufatura de produtos metálicos (12,4%), equipamentos elétricos (2,2%), transporte (2%) e bens eletrodomésticos (1,2%).

A produção de aço bruto na AL ficou em 64,6 milhões de t no ao passado, alta de 15% sobre o volume de 2020. Mais da metade do volume originou-se no Brasil (36 milhões de t). O consumo per capita médio na região foi de 120 kg por habitante. O setor tem hoje 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos.

É uma indústria que vem tentando se expandir e se modernizar. As empresas siderúrgicas da AL vêm buscando oportunidades de exportações – por exemplo, EUA e Ásia, bem como dentro da região -, com preços cada vez melhores.

Há fortes investimentos também na produção de aços de maior qualidade e na área de eficiência energética, buscando a redução de impactos ambientais e maior descarbonização. A pegada de carbono na região já é de 1,66 t de CO2 para cada t fabricada, ante média mundial de 1,89 te das 2,17 t emitidas na China.

A China, aliás, tem sido uma das grandes preocupações da Alacero, devido a suas práticas de desvios de mercado e subsídios. De fato, das 66 ações antidumping recentemente abertas na região, 43 foram contra aços chineses. 

Com agências de notícias (Veja e IPESI)
Fonte: Infomet
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/07/2022