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Minério de ferro sobe com dados sólidos de atividade fabril na China

Os contratos futuros do minério de ferro reverteram perdas iniciais e passaram a subir nesta segunda-feira, ajudados por dados que mostraram que a atividade industrial da China se expandiu pela primeira vez em seis meses em março, reforçando a confiança no principal mercado consumidor do minério.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) subiu para 50,8 em março, de 49,1 em fevereiro, de acordo com uma pesquisa oficial divulgada no domingo.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China TIO1! fechou em alta de 2,6%, a 768 iuanes (106,23 dólares) a tonelada. No início do dia, o contrato caiu brevemente para seu valor mais baixo desde 18 de março.

O minério de ferro de maio (SZZFK4), referência na Bolsa de Cingapura, subiu 0,01%, a 101,05 dólares a tonelada.

No início da sessão, os futuros haviam caído devido a preocupações com o excesso de oferta.

"Os futuros do minério de ferro caíram nesta manhã em resposta a um aumento de 3 milhões de toneladas nos embarques australianos de minério de ferro na semana passada", disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.

"Isso possivelmente sinaliza para o mercado que as programações de manutenção das minas do primeiro trimestre chegaram à sua conclusão, e a recuperação dos embarques pode agora começar a compor os estoques de minério de ferro nos principais portos chineses", disse Widnell.

Separadamente, os dados de uma pesquisa privada mostraram que a atividade industrial da China expandiu-se no ritmo mais rápido em 13 meses em março, com a confiança nos negócios atingindo um recorde de alta de 11 meses, impulsionada pelo aumento de novos pedidos de clientes no país e no exterior.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian recuaram, com o carvão metalúrgico NYMEX:ACT1! e o coque (DCJcv1) caindo 3,1% e 1%, respectivamente.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 01/04/2024

 

Agronegócio brasileiro encerra trimestre com recorde de adesão no mercado internacional

O agronegócio brasileiro conquistou 18 novos mercados em 26 países no primeiro trimestre de 2024. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, esse período se tornou o mais bem-sucedido da série histórica.

Os países que fortaleceram a parceria com o Brasil são os seguintes: África do Sul, Botsuana, Egito, Omã e Zâmbia (África); Arábia Saudita, Filipinas, Índia, Paquistão e Singapura (Ásia); Grã-Bretanha e Rússia (Europa); Austrália (Oceania); e Canadá, Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos e México (Américas)

As aberturas dos mercados para o agronegócio brasileiro contemplam todos os continentes 

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é exportador, como carne e soja, mas também de pescados, sementes, gelatinas, ovos, produtos de reciclagem animal, açaí em pó, café verde e embriões. 

Conforme noticiou Oeste em 18 de março, o governo federal já havia anunciado a autorização sanitária para a exportação desses produtos agropecuários. 

Segundo o governo, somente no ano passado, o Brasil exportou cerca de US$ 375 milhões em gelatinas para cerca de 70 países. 

O Reino Unido é o terceiro mercado aberto para a exportação do produto neste ano. Isso ocorreu depois do estabelecimento de parcerias comerciais com El Salvador e Estados Unidos.

 
Fonte: Revista Oeste
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 01/04/2024

 

Resultados de março trazem projeções positivas para a indústria de materiais

A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nesta quinta-feira (28) a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa de opinião realizada com as lideranças das empresas associadas.

O estudo aponta projeções positivas a partir da análise das vendas em março, além de destacar crescimento nas pretensões de investimento nos próximos 12 meses, com estabilidade da capacidade instalada e perspectiva positiva para o mercado de trabalho na indústria no 1º trimestre.

O termômetro aponta que 46% das empresas associadas consideram “bom” o faturamento em março, 42% consideram o período como “regular”, 8% “ruim” e apenas 4%, “muito ruim”.

As projeções para abril também indicam desempenho favorável, sendo que 54% das empresas esperam um mês “muito bom” e “bom”, 42% projetam um mês “regular” e apenas 4%, “muito ruim”.

Sobre as pretensões de investimento no médio prazo (próximos 12 meses), a pesquisa de março aponta que 75% das indústrias associadas pretendem investir no período. O número é 10 p.p. maior do que registrado no mês anterior (fevereiro 2024).

O nível de utilização da capacidade instalada está em 74% na média das empresas, o que mostra aumento ante o mesmo período do ano passado, quando atingiu 70%.

Geração de emprego – O Termômetro traz ainda a expectativa do setor em relação ao número de empregados no 1º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

A sondagem entre as indústrias de materiais de construção indica que 79% das empresas preveem estabilidade no número de empregados, enquanto 13% consideram que haverá aumento neste indicador no trimestre.

“O 1º trimestre mostra que o setor está otimista, mas também cauteloso”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.

“Sem dúvida, os avanços na Reforma Tributária são importantes, mas é preciso estar atento aos projetos de lei complementares, que entram em debate a partir de abril”, observa.

Para ele, outros pontos contribuem para uma expectativa positiva no setor, incluindo a continuidade na queda da taxa básica de juros, que favorece o mercado imobiliário, e as expectativas de aumento de obras contratadas e, consequentemente, da demanda por materiais.

“Trilhando esse caminho, poderemos obter um crescimento de 2% para o setor em 2024, conforme projetado pela FGV”, afirma Navarro.

Confira abaixo as dados conjunturais do setor de materiais, conforme o estudo divulgado pela Abramat.

 
Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 01/04/2024

 

Mineradoras adotam IA para encontrar alternativas à abertura de minas

A energia verde vai dominar a geração global de eletricidade até 2038 e representará 62% da matriz energética até 2050. A capacidade de energia renovável vai aumentar no mundo para 2 mil GW no fim desta década, volume equivalente às capacidades atuais somadas de China e Europa. Essas projeções disponíveis no estudo "If every energy transition is different, which course will accelerate yours?", elaborado pela EY, vão pressionar a indústria de mineração, já que os equipamentos das energias renováveis exigem tecnologias que contêm cobre. Uma turbina eólica, por exemplo, tem três toneladas de cobre em sua composição. A construção de um veículo elétrico exige seis vezes mais cobre do que um tradicional.

"A transição energética está impulsionando a adoção da IA na indústria de mineração para agilizar a extração dos minérios necessários para os equipamentos das fontes renováveis, como o cobre, mas também o lítio encontrado nas baterias, tornando esse processo mais produtivo sem comprometer a sustentabilidade", diz Thierry Mortier, líder global de Digital e Inovação para Energia e Recursos Naturais da EY.

A demanda por cobre deve dobrar até 2035, exigindo das mineradoras uma solução que não se resuma à abertura de novas minas. Já a de lítio deve crescer 910% até 2050 – em comparação com a do ano passado. "Além da questão ambiental, há o tempo necessário para tornar uma nova mina operacional, que é de nove anos em média. As empresas de mineração não podem aguardar tudo isso", observa Thierry.

Nesse contexto, elas estão reabrindo minas fechadas para recuperá-las e, mais importante do que isso, investindo em inovação baseada em inteligência artificial para elevar a produtividade das minas em operação. Projeções de mercado indicam que o investimento na mineração de cobre, para satisfazer a demanda nos próximos anos, terá que aumentar para mais de US$ 250 bilhões por ano até 2030 – muito acima dos US$ 105 bilhões de hoje.

Entre as soluções consideradas está a chamada lixiviação ácida, que extrai cobre de resíduos de rocha. A novidade está na criação por uma mineradora de um processo de lixiviação com base em bactérias capazes de extrair cobre, mesmo que em concentrações muito baixas.

A lixiviação requer pouco capital para ser instalada e operada, não resulta em emissão de carbono e geralmente não precisa de aprovação regulatória. De acordo com essa mesma mineradora, pode haver até 100 milhões de toneladas de cobre em resíduos de minas em todo o mundo. Os sistemas de IA podem ajudar a monitorar esses locais, fornecendo os dados necessários para a viabilidade financeira dessa extração.

A reciclagem é outro caminho possível para dar conta da demanda crescente. O cobre reciclado foi responsável por cerca de 32% da demanda na última década, de acordo com a Associação Internacional de Cobre, mas só crescerá conforme mais veículos elétricos, baterias e outros componentes de energia chegarem ao fim da sua vida útil. Por isso, não se pode dizer que essa seja a solução, embora tenha muita relevância quando adotada em conjunto com outras.

Há, por fim, uma questão que se aplica não apenas à mineração. Os avanços da engenharia em outras indústrias podem reduzir a necessidade de cobre em veículos elétricos, baterias e outras tecnologias e ativos de energia. O uso de alumínio em cabos subterrâneos, por exemplo, pode reduzir a demanda por cobre em mais de um terço na comparação com o nível atual.

Popularização dos veículos elétricos

Ainda há uma série de desafios para que os veículos elétricos se popularizem em países como o Brasil, que são extensos geograficamente, encarecendo assim a instalação das estações de carregamento que se mostram imprescindíveis para o sucesso dos VEs. A explosão da demanda por cobre vai depender também de quanto o mundo em geral, e não apenas os países desenvolvidos, vai adotar os veículos elétricos. "O que está praticamente certo nesse contexto é que a IA promoverá avanços nos controles e na gestão de tráfego das cidades. Isso poderá ocorrer por meio dos sistemas dos carros conversando entre si e com o sistema de trânsito como um todo", explica Thierry.

Para Ana Domingues, líder global de IA e GenAI da EY para Energia e Recursos Naturais, a mobilidade urbana vai depender que esses sistemas de IA façam a gestão das estações de carregamento. "Isso envolve identificar onde as estações públicas de carregamento dos veículos elétricos ficarão nas estradas e nas ruas com base em fontes múltiplas de dados, incluindo os públicos sobre trânsito e geografia das cidades. O objetivo deve ser maximizar o capital alocado na estação de carregamento para que haja atratividade nesse investimento por parte das iniciativas pública e privada".

Ainda segundo ela, para que ocorra a popularização dos VEs, é preciso que os consumidores tenham acesso a melhores preços de baterias e a programas baseados em IA que combinem o carregamento inteligente e otimizado da bateria em casa e no espaço público. Esse planejamento precisa ser pensado de forma especial para os caminhões, ainda mais no Brasil que depende deles para o transporte de carga.

"A eletrificação dos caminhões é ainda mais complexa, já que demanda muita capacidade instalada de energia elétrica e baterias de alto armazenamento que carreguem rapidamente, pois esses veículos estão sempre em deslocamento. A IA pode ajudar a otimizar esse gasto energético, posicionando estrategicamente as estações de carregamento perto dos principais pontos de transporte de carga, como portos e aeroportos", finaliza a executiva.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/03/2024

 

Produção de aço no Estado do Rio cresce 12,2% em fevereiro, impulsionando setor industrial

Segundo o Instituto Aço Brasil, entidade representativa das empresas brasileiras produtoras de aço, o Estado do Rio de Janeiro produziu 800 mil toneladas de aço em fevereiro, o que significa um crescimento de 12,2% em relação a fevereiro do ano passado, e a 28,8% da produção total do país. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de aço bruto no Rio de Janeiro acumula 1,5 milhões de toneladas, um aumento de 16,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

“O desempenho da indústria siderúrgica tem relevante papel no desenvolvimento econômico do Estado do Rio, segundo maior produtor de aço do país. Contribui significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB), realiza investimentos, gera empregos diretos e indiretos, o que impacta positivamente na renda e no consumo da população, impulsionando o crescimento da economia”, expõe o governador Cláudio Castro.

O Instituto ainda relata que, em fevereiro de 2024, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, um aumento de 13,1% frente ao apurado no mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, a produção brasileira de aço bruto foi de 5,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 6,4% frente ao mesmo período homólogo.

“No mês de fevereiro o estado registrou o mesmo volume de produção de Minas Gerais, consolidando o Rio de Janeiro na segunda posição no ranking nacional, por conta do importante parque siderúrgico instalado no território fluminense, formado por grandes empresas como ArcelorMittal, Ternium, CSN e Gerdau“, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Vinicius Farah.

Fonte: Diário Carioca
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/03/2024