Notícias

Impulsionado pela rentabilidade das commodities, setor de máquinas agrícolas anda aquecido

O que está puxando as vendas de máquinas e equipamentos?

A cada divulgação do balanço mensal do setor de máquinas e equipamentos a Abimaq apresenta nova previsão de índices de crescimento para 2021, sempre maiores que os anteriores. A previsão inicial, feita em janeiro, apontava para alta de 6,9% sobre 2020. Na semana passada, quando da divulgação do balanço de setembro, a expectativa já estava bem mais encorpada, de 25%.

Isto em meio a um cenário de inflação crescente, juros em alta e elevado número de desempregados. Daí a pergunta-título desta reportagem: O que está puxando as vendas de máquinas e equipamentos em 2021, levando-se em consideração que o segundo semestre de 2020 já havia sido bastante positivo para o setor?

“Continuamos com números bons. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o faturamento do setor está 29,5% acima do mesmo período de 2020”, destaca José Velloso, presidente-executivo da Abimaq. E adianta novas previsões: “Ainda não é uma previsão oficial, mas estamos apostando num crescimento de 10% no ano que vem, além dos 25% ou 27% que esperamos alcançar ao final deste ano”.

Na avaliação de Velloso - ainda que o resultado de setembro tenha ficado 4,8% abaixo do apurado em agosto, mas 9% acima do de setembro de 2020 -, vários fatores estão contribuindo para o aumento da demanda por máquinas e equipamentos no Brasil. Entre eles, destaque para o boom global do preço das commodities agrícolas e minerais, setores primários que, quando estão em alta, costumam alavancar a venda de bens de capital mecânicos.

Dois setores são os principais responsáveis pelo aumento do faturamento dos segmentos representados pela Abimaq: agrícola e infraestrutura. As vendas de máquinas agrícolas - que já vinham de um bom crescimento em 2020 - estão agora com alta de quase 50% sobre o ano passado. Já o setor de infraestrutura está puxando as vendas de máquinas rodoviárias, que estão acumulando alta de 76,7% no ano.

“É preciso explicar que máquinas rodoviárias não são utilizadas apenas para construir rodovias. Hoje, cerca de 30% das máquinas rodoviárias são adquiridas pelo setor agrícola e os demais 70% são empregados pelo setor de construção, saneamento, papel e celulose...”, observa.

A isso soma-se o fato de que houve um aumento no consumo de máquinas e equipamentos nacionais, que há dois anos representavam 45% das negócios do mercado interno e hoje respondem por 55%. Aliás, para explicar este ponto, vários fatores tem contribuído para este aumento: a forte desvalorização do real frente ao dólar, o aumento dos fretes internacionais (de quase 400% em alguns casos), além da falta de contêineres no mercado global.

Velloso informa que os armadores estão promovendo leilões de contêineres no mundo e, nesses leilões, os norte-americanos estão fazendo a maioria das aquisições. “Isso porque os norte-americanos colocam produtos de maior valor agregado dentro desses contêineres e, por isso, podem pagar valores mais altos”, explica.

Desempenho Positivo - Em 2021, praticamente todas as 40 câmaras que compõem a Abimaq estão registrando crescimento, com destaque para os segmento relacionados à produção de máquinas e equipamentos para bens não-duráveis (alimentícios, bebidas, farmacêuticos), mas também acessórios e componentes para máquinas, tanto para novas quanto para reposição.

Para completar o quadro de desempenho positivo, o setor ainda contabiliza o aumento das exportações. De janeiro a setembro, as vendas externas cresceram 31,1% sobre mesmo período do ano anterior, com alta em todos os principais destinos. Para a América Latina, o aumento é de 53,7% (47% para o Mercosul); 10,9% para os Estados Unidos; e 15,2% para o mercado europeu. Vale registrar ainda o forte crescimento nos embarques para a China: 501,2%.

“Pode-se dizer que o nosso setor se descolou do restante da economia, a despeito de notícias negativas, como a inflação em alta, o recente aumento da taxa de juros para 7,75% e o desemprego ainda elevado”, comenta, acrescentando que mesmo a crise política tem como reflexo a desvalorização do real, o que torna as empresas do setor ainda mais competitivas nas exportações.
 

Com agências de notícias
Fonte: Infomet
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 03/11/2021

Aço chinês sobe com promessa de controle de poluição

Os contratos futuros do vergalhão de aço e das bobinas laminadas a quente subiram nesta sexta-feira (29) na China, com o Ministério do Meio Ambiente se comprometendo a reduzir as concentrações de pequenas partículas transportadas pelo ar conhecidas como PM2,5 durante o inverno, enquanto os ingredientes da siderurgia caíram mais, arrastados pelo carvão.

O Ministério da Ecologia e Meio Ambiente disse que a China pretende reduzir PM2,5 em uma média de 4% em uma base anual nas principais cidades para controle da poluição durante esta temporada de outono-inverno, e irá organizar a produção escalonada nas siderúrgicas.

A produção de cinco principais produtos de aço — vergalhão, bobinas a quente, fio-máquina, bobinas a frio e placas médias — nas siderúrgicas rastreadas pela consultoria Mysteel aumentou 4,9% esta semana, para 9,2 milhões de toneladas. No entanto, ficou bem abaixo da produção semanal de 10,7 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior.

O vergalhão usado para construção na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em janeiro, fechou em alta de 0,8%, a 4.646 iuanes (727,14 dólares) por tonelada.

As bobinas laminadas a quente na bolsa de Xangai subiram 0,9%, para 5.003 iuanes por tonelada, e os futuros do aço inoxidável subiram 0,6%, para 19.080 iuanes por tonelada.


Os preços das matérias-primas para siderurgia, no entanto, caíram ainda mais em meio à repressão de Pequim aos preços do carvão.
O principal planejador econômico do país disse que os resultados iniciais após sua recente investigação sobre produtores de carvão mostraram que ainda há espaço para ajustes adicionais nos preços do carvão.

Os contratos futuros de carvão metalúrgico mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian despencaram 10,2%, para 2.268 iuanes por tonelada, o preço de fechamento mais baixo desde 23 de agosto.

O contrato caiu 21,1% nesta semana, marcando sua maior perda semanal desde a semana encerrada em 19 de agosto de 2016.

Os futuros do coque despencaram 7,9%, para 2.978 iuanes por tonelada. Eles caíram 16,4% nesta semana.

Os futuros do minério de ferro de referência caíram 5,6%, para 638 iuanes por tonelada. Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega na China caíram mais 3,5 dólares para 113 dólares por tonelada na sexta-feira-feira, mostraram dados da consultoria SteelHome.

Fonte:  https://einvestidor.estadao.com.br/ 
Seção:  Ultimas Noticias 
Data:  29/10/2021, 15:00 ( atualizada: 29/10/2021, 15:01 )

Vale aprova novo plano de recompra de ações

A Vale anunciou ontem que o conselho de administração da empresa aprovou um novo programa de recompra de ações de até 200 milhões de papéis. O montante equivale a 4,1% das ações da companhia em circulação no mercado. Considerando o valor da Vale em bolsa ontem, de R$ 378,3 bilhões (US$ 67,4 bilhões), a operação pode chegar a cerca de R$ 14,4 bilhões (US$ 2,6 bilhões), segundo estimativas do Valor Data.

A transação dá continuidade a outro programa de recompra de ações, anunciado em abril, no total de US$ 5 bilhões, e que está praticamente concluído, segundo a própria mineradora. Nesse primeiro programa, de um total de 270 milhões de ações da Vale, foram recompradas pela empresa 268 milhões até o momento. O objetivo, disse a Vale, é criar e compartilhar valor com os acionistas de forma “consistente”. O novo programa deverá ser executado em período de até 18 meses.

Em declaração no comunicado referente ao resultado da Vale no terceiro trimestre, o presidente da empresa, Eduardo Bartolomeo, disse que a nova recompra de ações da empresa demonstra a confiança da administração no potencial da mineradora. Em 2021, a Vale distribuiu US$ 13,5 bilhões em dividendos aos acionistas - recorde histórico - considerando as parcelas pagas em março, junho e setembro. O valor não considera o programa de recompra de ações lançado em abril. Até o fim de agosto esse programa havia sido executado em 70% (US$ 3,5 bilhões) do total planejado.

Essa política de remuneração aos investidores é garantida por bons indicadores operacionais, apesar da queda de quase US$ 40 por tonelada nos preços do minério de ferro no mercado internacional entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano. Entre abril e junho deste ano, o minério com 62% de teor de ferro, referência de mercado, situou-se, em média, em US$ 200 por tonelada no mercado à vista da China. Essa média despencou para US$ 162,9 por tonelada entre julho e setembro, US$ 37,1 por tonelada a menos.

O preço realizado pela Vale no terceiro trimestre do ano para os finos de minério de ferro, principal produto da companhia, foi de US$ 126,7 por tonelada, 30,6% abaixo dos US$ 182,8 por tonelada do segundo trimestre de 2021.

No terceiro trimestre, a Vale teve receita de US$ 12,68 bilhões, queda de 24% em relação ao segundo trimestre e alta de 18% sobre igual período de 2020. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em US$ 6,9 bilhões, queda de 37,2% sobre abril-junho e alta de 14% sobre o mesmo trimestre do ano passado. O lucro da mineradora situou-se em US$ 3,88 bilhões entre julho e setembro, recuo de 49% sobre o segundo trimestre do ano e alta de 33,6% sobre o mesmo período de 2020.

O resultado da Vale no terceiro trimestre foi influenciado por preços mais baixos realizados pela companhia no minério de ferro, segmento de negócios em que houve aumento de custos nos fretes marítimos. Também houve influência de menor receita em metais básicos como resultado de paralisações de trabalhadores nas operações de Sudbury, no Canadá. A Vale também anunciou baixa contábil de ativos (“impairment”) de US$ 1,9 bilhão no negócio de carvão, em Moçambique, na África.

Em mensagem aos acionistas, o presidente da Vale disse que, no terceiro trimestre, a produção de minério de ferro da empresa ficou próxima de 90 milhões de toneladas. Ele classificou o volume como um “progresso significativo” na retomada do Complexo de Vargem Grande, em Minas Gerais. Desde a tragédia de Brumadinho (MG), em 2019, a Vale vem enfrentando restrições nas operações em MG, onde nasceu a companhia há quase 80 anos.

Bartolomeo disse que a empresa continua a trabalhar para melhorar a confiabilidade operacional, em especial no segmento de metais básicos, cujos principais produtos são o níquel e o cobre. O Ebitda do negócio de metais básicos foi de US$ 505 milhões no terceiro trimestre do ano, US$ 361 milhões menor do que no segundo trimestre.

O executivo afirmou ainda que a geração de caixa da companhia continua “robusta”, superando o último trimestre em 18%, ritmo que permitiu, segundo ele, o pagamento de dividendos históricos em 2021. Ele destacou o novo programa de recompra de ações, e reiterou: “Com a manutenção de nossa estratégia de ‘value over volume’ [priorizar receitas de vendas ao invés de volumes], e otimização de custos, continuaremos a criar e compartilhar valor com nossos acionistas.”

No terceiro trimestre, a Vale também reportou uma dívida líquida expandida de US$ 13,8 bilhões ao fim de setembro, 21,2% acima dos US$ 11,4 bilhões registrados no fim de junho, mas abaixo dos US$ 14,4 bilhões do terceiro trimestre do ano passado. O conceito de dívida expandida inclui, além de obrigações financeiras, compromissos com Brumadinho e o Refis, por exemplo.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/10/2021

 

Usiminas registra lucro líquido de R$ 1,8 bi no terceiro trimestre de 2021

A Usiminas divulgou, nesta sexta-feira (29), os números do terceiro trimestre do ano. De julho a setembro, a companhia contabilizou um Ebitda Ajustado Consolidado de R$ 2,9 bilhões (R$ 5,1 bi no 2T21). No mesmo período do ano anterior, o Ebitda Ajustado Consolidado foi de R$ 826 milhões.

Já a Margem Ebitda Ajustado no 3T21 foi de 33%, contra 37% no 2T21, descontados os efeitos não recorrentes. Na comparação com o terceiro tri de 2020, a Margem Ebitda Ajustado subiu 14 pontos percentuais (19% no 3T20).

No terceiro trimestre deste ano, o lucro líquido da empresa ficou em R$ 1,8 bilhão contra R$ 4,5 bi no segundo trimestre de 2021. A diferença se deu em função do reconhecimento de créditos PIS/Cofins e ganhos cambiais registrados no segundo trimestre do ano contra uma variação cambial negativa no período de julho a setembro. Comparado ao terceiro trimestre do ano passado, quando o lucro líquido contabilizou R$ 198 milhões, houve uma alta de 821%.

Destaque, também, para o caixa que, em função da forte geração de Ebitda, chegou, em 30/09/21, a R$ 7,3 bilhões, alta de cerca de 20% quando comparado à posição de 30/06/21 (R$ 6,1 bi). O caixa atual é suficiente para pagar toda dívida da companhia com um excedente de R$ 1,2 bilhão. No terceiro trimestre de 2020, a posição de caixa era de R$ 3,7 bilhões.

Nos meses de julho a setembro, a venda de aço atingiu a marca de 1,2 milhão de toneladas (1,3 mi/t no 2T21 e 934 mil/t no 3T20). Já a venda de minério de ferro subiu para 2,4 milhões de toneladas, contra os 2,1 milhões de toneladas do segundo trimestre deste ano. No terceiro trimestre de 2020, o volume de vendas de minério foi de 2,3 milhões de toneladas. Com relação aos investimentos, o Capex do terceiro trimestre de 2021 atingiu R$ 305 milhões, com recursos aplicados, principalmente, em manutenção, segurança e meio ambiente.

“Em um novo trimestre de resultados positivos, tivemos como destaque um Ebitda recorde na Siderurgia, excluindo efeitos não recorrentes. Registramos alta na produção de aço bruto e minério de ferro. A exemplo da indústria do aço, entramos em um período de acomodação do mercado em patamares ainda elevados após o forte crescimento da atividade do setor nos trimestres anteriores”, avalia Sergio Leite, presidente da Usiminas. 

Unidades de negócios

Na Usina de Ipatinga, a produção de aço bruto atingiu 924 mil toneladas no terceiro trimestre do ano (750 mil toneladas no 2T21) e a produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão totalizou 1,2 milhão de toneladas (1,3 milhão no 2T21). Ainda com relação à Unidade de Siderurgia, as vendas totais somaram 1,2 milhão de toneladas de aço (1,3 milhão no 2T21).

A siderurgia alcançou um Ebitda Ajustado de R$ 2,1 bilhões no período de julho a setembro (R$ 3,4 bi no 2T21). A Margem Ebitda Ajustado foi de 26% no terceiro trimestre (44% no 2T21). Se descontados os efeitos não recorrentes que foram contabilizados no segundo trimestre do ano, o Ebitda Ajustado dessa Unidade de Negócio foi 5% superior ao registrado nos três meses anteriores (R$ 2 bi) e a Margem Ebitda Ajustado de cerca de 27%, com alta de cerca de 1 ponto percentual em relação ao segundo trimestre do ano.

Já na Mineração Usiminas, o volume de produção foi de 2,5 milhões de toneladas, recorde para a unidade, com alta de 16% quando comparado ao trimestre anterior (2,2 milhões de toneladas) devido, principalmente, à retomada operacional da Mina Leste no final do segundo trimestre. As vendas também registraram alta, passando das 2,1 milhões de toneladas do segundo trimestre para 2,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano.

O Ebitda Ajustado da Unidade de Negócio alcançou R$ 685 milhões no período (R$ 1,5 bi no 2T21). Já a Margem Ebitda Ajustado ficou em 50% contra 71% no segundo trimestre.

Na Soluções Usiminas, empresa que atua no mercado de distribuição de aço, serviços, fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro, a receita líquida no terceiro trimestre ficou em R$ 2,4 bilhões, em linha com o registrado no trimestre anterior. O Ebitda Ajustado da Soluções Usiminas ficou em R$ 277 milhões (R$ 429 mi no 2T21) e a Margem Ebitda Ajustado foi de 12% no terceiro trimestre (18% no 2T21).  

“Seguimos comprometidos com nossas metas ambientais e sociais, com avanços importantes nos legados que estão sendo construídos pela Usiminas, como o Centro de Memória que acaba de ser entregue à população em Ipatinga (MG). Um espaço que será referência para o Estado e para o país no registro da história da indústria do aço, da própria Usiminas e da cidade de Ipatinga, além de um valioso acervo de arte reunido pela companhia ao longo de quase seis décadas de operação”, destaca o presidente da empresa.

Fonte : ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
Seção: Notícias 
Publicação:  29 de outubro de 2021 - 10:03

Produção mundial de aço tem queda de 8,9% em setembro

A produção de aço bruto no mundo teve uma queda de -8,9% em setembro em comparação ao mesmo período de 2020, segundo dados da World Steel Association. Foram produzidos 144,4 milhões de toneladas (mt) de aço.

O número negativo foi puxado pelo mal desempenho da indústria do aço na Ásia, pois o continente registrou queda de – 14,6 na produção do material com 101,9 mt. Já o Oriente Médio registrou queda de 2,2 mt . Os demais continentes registram alta na produção de aço, com um destaque para África, que teve um crescimento de 51 % em relação a setembro de 2020 com 1,4 mt. 

Entre os países que são os maiores produtores de aço do mundo, a China, líder no ranking, registrou uma queda de -21,2% com 73,8 mt de aço produzidos. Já a maior economia do planeta e quarto maior produtor de aço, os EUA, teve um dos melhores desempenhos entre os integrantes do top 10 no mês de setembro, pois registrou crescimento de 22% e produziu 7,3 milhões de toneladas. Só foi superado pelo Japão, viu sua produção de aço crescer 25,6% com 8,1 mt. E o Brasil, nono maior produtor de aço do mundo, teve um aumento na produção de aço de 15,3% com 3,1 mt.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/10/2021

Aumento da Selic é excessivo e compromete recuperação econômica, avalia CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, pela aceleração do ritmo de aumento da taxa básica de juros (Selic) para 1,50 ponto percentual.

“Os aumentos anteriores da taxa de juros já começaram a ter reflexos na economia. Percebemos que a atividade econômica dá sinais de desaquecimento e, nos próximos meses, os efeitos defasados do aumento da Selic vão continuar contribuindo para desestimular o consumo e desacelerar a inflação”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Segundo ele, com novos aumentos expressivos da Selic, “o Banco Central põe em risco a recuperação econômica e aumenta a probabilidade de uma recessão em 2022”.

A decisão pelo sexto aumento expressivo da Selic terá impacto negativo sobre as condições de crédito para os consumidores e para as empresas, aumentará o custo do financiamento e desestimulará a demanda. O pé no freio da economia ocorre em um momento ruim, quando as empresas ainda se recuperam dos efeitos econômicos da pandemia e o consumo dá sinais de desaquecimento.


Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 28/10/2021