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Minério de ferro cai com preocupações de demanda e espera por estímulos na China

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta sexta-feira, tendo sido negociados em uma faixa estreita esta semana, conforme traders avaliam as perspectivas de demanda enquanto ponderam o quão amplas seriam as medidas de estímulo econômico esperadas na China.

O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 1,9%, a 812,50 iuanes (112,16 dólares) por tonelada métrica.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de agosto de referência do ingrediente siderúrgico caiu 1,8%, para 108,10 dólares por tonelada métrica, depois de negociar praticamente estável no início da sessão.

Os mercados esperam que a China, maior produtora de aço e consumidora de metais do mundo, revele um pacote de estímulo para apoiar sua recuperação econômica pós-pandemia após uma reunião do departamento político do Partido Comunista no final deste mês.

Analistas dizem que aguardam para ver até onde Pequim está disposta a ir para apoiar o setor imobiliário doméstico em dificuldades.

"É improvável que as autoridades chinesas forneçam um estímulo 'big bang' visando infraestrutura e propriedades, como muitos parecem pensar", disse Justin Smirk, economista sênior da Westpac.

"Esperamos ver uma abordagem multifacetada, mas passiva, focada em incentivar compradores e investidores de imóveis; antecipar e apoiar o investimento em infraestrutura; com alguns incentivos modestos para estimular o consumo das famílias."

A crescente oferta de minério de ferro dos principais exportadores mundiais, Austrália e Brasil, também está reduzindo os preços, disseram analistas.

"Continuamos cautelosos com o preço do minério de ferro, pois esperamos que a demanda fique estável ao longo deste ano, enquanto a oferta deve aumentar", disse Smirk no cenário mensal da Westpac, projetando o preço em torno de 100 dólares a tonelada até o final de 2023.

Fonte: Terra
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 07/07/2023

Acordo vai promover fabricação de máquinas para agricultura familiar

Um Acordo de Cooperação Técnica deve ser firmado nesta quinta-feira (6) pelo governo federal, por entidades e instituições financeiras para promover o acesso, o desenvolvimento científico e tecnológico e a ampliação da oferta de máquinas, implementos, equipamentos e soluções adaptadas a? agricultura familiar.

O documento será assinado pelo ministro do MDA, Paulo Teixeira, vice-presidente da república e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, a ministra do MCTI, Luciana Santos, além dos representantes e presidentes da EMBRAPA, BNDES, EMBRAPII, Finep, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.

O acordo vai permitir o aumento da capacidade produtiva de alimentos saudáveis, em bases sustentáveis, considerando as dimensões de gênero, as diferentes regiões e biomas e os sistemas de produção. Tudo isso com o intuito de reduzir a penosidade do trabalho e contribuir para o processo de neoindustrializac?a?o no Brasil.

Ao MDA, caberá a identificação das atuais necessidades específicas da agricultura familiar de máquinas e equipamentos, e propor estratégias para proporcionar às mulheres igualdade de acesso a recursos, serviços e tecnologias adaptadas.

Além disso, o MDA coordenará as estratégias para ampliação do investimento em maquinários e implementos e dará suporte ao desenvolvimento, produc?a?o e comercializac?a?o de cada produto adequados a?s condic?o?es socioecono?micas, produtivas e ambientais da agricultura familiar.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 07/07/2023

 

Produção industrial sobe 0,3% em maio, após queda em abril

A indústria brasileira voltou para o campo positivo em maio, puxada pela produção de petróleo e minério de ferro. Após recuar 0,6% em abril, o setor cresceu 0,3% no mês anterior. O avanço foi disseminado entre as atividades, com três das quatro categorias econômicas em alta. No ano, porém, o setor acumula retração de 0,4% e segue abaixo do patamar pré-pandemia.

As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE.

19 dos 25 ramos investigados avançaram em maio, o maior espalhamento desde setembro de 2020. À época, o setor se recuperava dos impactos da pandemia
O setor, contudo, segue andando de lado: No acumulado em 12 meses, registra variação nula (0%)
A indústria se encontra 1,5% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011.

O que dizem os analistas?

Apesar de um crescimento disseminado em maio, economistas não alteram a perspectiva de mais um ano difícil para a indústria brasileira. O setor continua operando no patamar de janeiro de 2009 segundo o IBGE.

Em comentário, Claudia Moreno, economista do C6 Bank, mantém a visão de que a indústria vai retrair este ano por conta dos juros elevados e estagnação global da atividade manufatureira:

— Projetamos que a produção industrial feche o ano com uma queda de cerca de 1% — afirma a analista.

João Savignon, gerente de pesquisa macroeconomica da Kínitro Capital, concorda:

— Os desafios para o setor industrial seguem inalterados, com uma conjuntura econômica desafiadora no ano, especialmente no que diz respeito à perspectiva de menor fôlego da demanda por bens e manutenção dos juros elevados (maior custo do crédito e endividamento).

O que diz o IBGE?

Segundo o IBGE, fatores conjunturais ajudam a explicar a leitura positiva da indústria. Por outro lado, o setor ainda continua longe de recuperar e reverter as perdas do passado:

— Uma inflação mais controlada pode significar alguma melhora para o consumo das famílias. Mas temos uma taxa de juros ainda elevada, e isso impacta endividamento e inadimplência e traz reflexos negativos para o setor industrial — diz André Macedo, gerente da pesquisa.

Produção de veículos volta a crescer, após paralisações e férias coletivas

Das quatro categorias econômicas, três registraram alta em maio. Na análise por atividade, 19 das 25 segmentos investigados avançaram em maio, o maior espalhamento desde setembro de 2020.

Bens de capital: 4,2%
Bens intermediários: 0,1%
Bens de consumo duráveis: 9,8%
Bens de consumo semi e não duráveis: -1,1%

A atividade de derivados do petróleo, que puxou o setor no mês, já sobe pelo quarto mês seguido e acumula alta de 15% no período. Já o setor de veículos, segmento importante para a indústria brasileira, voltou a crescer em maio e foi o segundo que mais contribuiu para o resultado.

Segundo Macedo, o crescimento em maio é explicado pela volta à produção. A expectativa das montadoras de veículos com relação ao programa de descontos para compra de carros populares, anunciado em junho pelo governo federal, também pode estar por trás da alta do setor.

— Março e abril foram marcados pelas paralisações e as concessões de férias coletivas no setor — lembra o gerente da pesquisa.

O avanço da atividade de máquinas e equipamentos também ajudou o setor a recuperar parte da perda apontada em abril. Segundo Macedo, os destaques foram a produção de bens de capital (itens usados na produção de outros equipamentos na indústria) voltados para o setor agrícola e para a área de construção.

Também registraram alta em maio as indústrias extrativas (1,2%), produtos de metal (6,1%), outros equipamentos de transporte (10,2%), metalurgia (2,1%), produtos diversos (6,6%) e couro, artigos para viagem e calçados (4,9%).

Na outra ponta, a produção de produtos alimentícios (-2,6%) recuou pelo quinto mês consecutivo, puxado pela queda na produção de carne bovina e derivados de soja. Macedo ressalta, porém, que a atividade tem um peso de 15% na pesquisa e vem de uma sequência de bons resultados no fim do ano passado. Já a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que também já havia apresentado ligeira retração em abril, despencou 9,7%.

— A oscilação de resultados tem a ver com a produção: há meses em que é mais acentuada e há taxas de dois dígitos, como no fim do ano passado, e, em outros, há redução, por ser um setor que trabalha com um controle dos estoques — explica o pesquisador.

Fonte: O Globo
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 05/07/2023

Minério de ferro opera misto nesta terça-feira no mercado asiático

Os  contratos futuros do minério de ferro em Cingapura operam em alta de 0,23%, valendo US$ 108,80 por tonelada.

Os contratos à vista  em alta de 0,23% aos US$ 110,45 por tonelada. Na Bolsa de Dalian, na China, o minério foi negociado em leve queda de -0,06% a US$ 113,70 por tonelada.

Cobre

Os contratos futuros de cobre se recuperaram acima de US$ 3,7 por libra, impulsionados por dados econômicos decepcionantes que aumentaram as expectativas de medidas de estímulo econômico na China e com a queda dos estoques indicando um mercado mais apertado. A última pesquisa do PMI revelou uma expansão mais lenta do setor manufatureiro da China em junho, devido à produção lenta e às taxas de crescimento de novos pedidos, níveis de emprego em declínio e sentimento empresarial enfraquecido.

Enquanto isso, os estoques combinados de cobre nos armazéns alfandegados da LME, SHFE, COMEX e China atingiram 225.018 toneladas métricas, marcando uma queda substancial de 55% desde março. Este nível de estoques representa apenas três dias de consumo global de cobre em 2022. Prevê-se que os preços do cobre permaneçam voláteis nos próximos meses.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/07/2023

Preços do aço sobem com cortes na produção no maior centro siderúrgico da China

Os preços futuros do aço ampliaram os ganhos nesta terça-feira, sustentados pelas restrições de produção persistentes no maior centro siderúrgico da China, Tangshan.

Na Bolsa de Futuros de Xangai, a referência do vergalhão saltou 0,78%, a bobina laminada a quente subiu 0,89% e o fio-máquina ganhou 0,45%, enquanto o aço inoxidável ficou praticamente estável nas negociações diurnas.

O governo municipal de Tangshan, no norte da China, pediu a 11 siderúrgicas da classe A que tomassem a iniciativa de cortar a produção, enquanto as usinas classificadas como classe B e abaixo precisam suspender 50% de seus equipamentos de sinterização de 1 a 31 de julho, disseram analistas da consultoria Mysteel em nota na segunda-feira.

As usinas locais cortaram sua produção de sinterização entre 30% e 50%, e os atuais estoques de minério sinterizado podem sustentar a produção normal por cerca de 8 a 20 dias, afirmaram analistas da Mysteel nesta terça-feira, acrescentando que as operações dos altos-fornos não são afetadas no momento.

Também dá suporte ao mercado siderúrgico a expectativa de oferta reduzida depois que algumas siderúrgicas chinesas anunciaram planos de manutenção de alto-forno em julho.

Os preços mais altos do aço forneceram algum suporte ao minério de ferro, cujos fundamentos estão mais fortes do que os de outros ingredientes siderúrgicos, disseram analistas.

A resiliência das cotações do minério de ferro decorre dos baixos estoques nos portos e usinas e do alto nível restante da produção de gusa, de acordo com analistas.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 0,5%, para 108,95 dólares a tonelada métrica.

O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) terminou o pregão diurno pouco alterado, em 821 iuanes (113,86 dólares) a tonelada.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 04/07/2023

Brasil é o 9º maior produtor mundial na siderurgia, diz World Steel Association

A World Steel Association publicou a edição de 2023 do relatório World Steel in Figures, que dá dados detalhados sobre a produção siderúrgica mundial. De acordo com o relatório, o mundo presenciou um crescimento substancial na produção nos últimos dez anos. Em 2012 a produção era de 1.563 milhões toneladas e em 2022 passou a 1.885 milhões de toneladas. O Brasil figura entre os top 20 países produtores, sendo o 9o maior produtor mundial de aço, de acordo com o relatório da World Steel Association.

O relatório também mostra que a produção mundial caiu de 2021 para 2022 - passando de 1.962 para 1.885 milhões de toneladas. Houve ainda um crescimento muito maior no uso de commodities com o aço e de beneficiamento do produto do que propriamente da produção em si. E é neste ponto que a Inteligência Artificial pode colaborar ativamente, no chão de fábrica.

Em um avanço significativo para a segurança do trabalho, o setor siderúrgico está adotando a Inteligência Artificial (IA) como uma ferramenta fundamental na prevenção de acidentes e garantia de um ambiente de trabalho mais seguro. Com a capacidade de analisar grandes quantidades de dados em tempo real, a IA está transformando as práticas de segurança e contribuindo para a redução de incidentes nas usinas siderúrgicas.

Para entender melhor os benefícios da IA neste segmento, conversamos com Eduardo Vargas, Business Development Manager para o Brasil da Graymatics, uma das principais empresas de processamento cognitivo multimídia do mundo, que atua colaborando com Siderúrgicas na transformação de seus CFTV Câmeras com IA para coleta dados e emissão de alertas.

O executivo explica que a aplicação da IA no setor siderúrgico permite uma análise minuciosa de informações coletadas por sensores, câmeras e outros dispositivos conectados. —Algoritmos sofisticados são capazes de processar esses dados de forma rápida e eficiente, identificando padrões e comportamentos anormais que possam representar riscos para os trabalhadores. Um dos principais benefícios da IA é sua capacidade de detectar situações de risco iminentes antes mesmo que elas ocorram— afirma Vargas.

Como funciona na prática a IA para o setor siderúrgico — A tecnologia pode identificar condições de calor excessivo em determinadas áreas da usina, alertando os responsáveis para que medidas corretivas sejam tomadas antes que ocorra um acidente. Além disso, a IA pode monitorar o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos trabalhadores, garantindo o cumprimento das normas de segurança.

Outra aplicação da IA no setor siderúrgico é o uso de sistemas de visão computacional para monitorar o comportamento dos funcionários. Câmeras equipadas com algoritmos de reconhecimento facial podem identificar se um trabalhador está realizando uma tarefa de maneira inadequada ou se está se colocando em uma situação de risco. Nesses casos, alertas podem ser enviados automaticamente aos supervisores, que podem intervir imediatamente para corrigir o comportamento.

— A adoção da IA em segurança do trabalho também permite uma análise mais precisa dos acidentes ocorridos, ajudando na identificação das causas raiz e na implementação de medidas preventivas mais eficazes. Os algoritmos podem analisar dados históricos de acidentes e incidentes para identificar padrões e fornecer insights valiosos para melhorar as práticas de segurança — comenta Vargas. —A IA funciona como um aliado de gestores, fornecendo informações valiosas e agindo como um sistema de alerta antecipado—.

Na siderurgia, entre os casos típicos de utilização de IA para monitorar dados, o executivo cita o consumo de combustíveis e composição química final, que permitem prever a demanda de matéria prima, melhorar as rotas de entregas, analisar resultados de ensaios mecânicos, mensurar a qualidade das chapas laminadas e criar atuação inteligente e autônoma em laminadores. —É evidente o aumento de produtividade, redução de desperdícios e de erros potenciais que costumam causar sérios prejuízos, além de é claro reduzir o risco para os trabalhadores —comenta.

A implementação da IA em segurança do trabalho no setor siderúrgico representa um avanço significativo na proteção dos trabalhadores e na redução de acidentes. —A combinação da expertise humana com a capacidade analítica da IA oferece um ambiente mais seguro e saudável para todos os envolvidos nas operações siderúrgicas— conclui Eduardo Vargas.

 
Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 30/06/2023