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O consumo de aço laminado na América Latina diminuiu em fevereiro, diz Alacero

O consumo de aço laminado foi de 5.545,3 mil toneladas, marcando uma redução de 8,1% em relação a janeiro. No entanto, comparado a fevereiro de 2023, houve um aumento de 3,2%. Em março de 2024, a produção de aço bruto alcançou 4.688,4 mil toneladas, representando uma queda de 6,0% (114 mil toneladas) em comparação com fevereiro. Na comparação anual, isso significa uma redução de 2,4%. Em fevereiro, o déficit comercial foi de 1.493,2 mil toneladas, 26,9% superior em relação ao mesmo mês do ano passado, mas 5,7% menor que em janeiro deste ano.

Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, compartilha os dados atualizados sobre o comércio e consumo de fevereiro de 2024, assim como os resultados da produção de aço correspondente a março de 2024. Esses números oferecem uma visão detalhada do estado atual da indústria do aço e sua evolução nos últimos meses, segundo dados da Associação Latinoamericana do Aço(Alacero), divulgados no dia 29 de março (quarta-feira).

Produção de aço bruto (março 2024) — A produção de aço bruto alcançou 4.688,4 mil toneladas, representando uma diminuição de 2,4% comparado a fevereiro e 6,0% menos que em março de 2023. No total, de janeiro a março de 2024, a produção acumulada foi 0,7% menor que no mesmo período do ano anterior.

Produção de aço laminado (março 2024) — A produção de aço laminado mostrou uma melhoria com 4.248,3 mil toneladas produzidas, representando um aumento de 88,1 mil toneladas (2,1%) em relação a fevereiro. No entanto, foi 8,7% menor em comparação com março de 2023. Os produtos planos tiveram um aumento significativo de 4,3%, os longos aumentaram 0,4% enquanto os tubos sem costura diminuíram 3,5%. No acumulado de janeiro a março, a produção total foi 2,5% menor que no mesmo período do ano anterior.

Análise da Balança Comercial (fevereiro)— As importações diminuíram ligeiramente para 2.091,6 mil toneladas, 2,6% menos que em janeiro, embora ainda fossem 8,7% superiores ao mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, as exportações aumentaram para 598,3 mil toneladas, 6,4% mais que em janeiro, embora representassem uma queda de 19,9% em comparação com fevereiro de 2023. Portanto, em fevereiro, o déficit comercial aumentou 26,9% em relação ao ano anterior, embora tenha diminuído 5,7% em comparação a janeiro, graças à redução das importações, sugerindo uma melhoria nos setores e oportunidades para o crescimento da produção.

—As importações extrarregionais representaram 92,6% do total, mantendo-se perto da média anual do ano passado, enquanto as importações totais constituíram 38% do consumo aparente, o que consideramos uma cifra elevada e alinhada com a média de 2023 —comenta Alejandro Wagner, diretor -executivo da Alacero.

Consumo de aço laminado (fevereiro 2024) — O consumo de aço laminado alcançou 5.545,3 mil toneladas, uma diminuição de 491,1 mil toneladas em comparação a janeiro (8,1%). Apesar dessa queda, o consumo foi 3,2% mais alto que em fevereiro de 2023. Nesse mês observou-se reduções significativas em vários produtos: os tubos sem costura diminuíram 26,4%, os aços planos caíram 9,7% e o aços longos tiveram uma baixa de 5,9%.

Analisando o desempenho setorial nos setores consumidores de aço, a construção e a produção industrial mostram comportamentos distintos. A construção, embora continue crescendo desde maio de 2023, diminuiu seu ritmo de expansão em fevereiro de 2024, especialmente no México, que, embora lidere o crescimento, também viu uma desaceleração. Por outro lado, a produção industrial experimentou um aumento, impulsionado principalmente por melhorias no setor automotivo e na fabricação de eletrodomésticos. No entanto, países como Argentina, Colômbia e Chile estão experimentando uma contração nessas atividades.

A heterogeneidade continua predominando entre os setores consumidores de aço na América Latina. Embora a construção tenha avançado em fevereiro de 2024, fez isso em um ritmo menor que o mês anterior. Por outro lado, o crescimento da produção industrial acelerou, graças a um melhor desempenho no setor automotivo e na fabricação de eletrodomésticos, embora isso seja parcialmente compensado pelo deterioro no setor de maquinaria.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 31/05/2024

 

Acordo de livre-comércio entre Mercosul e bloco de países europeus avança

As tratativas para viabilizar o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a EFTA, bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, ganharam tração nas últimas semanas.

Ainda há nós a desatar, como o jogo duro da indústria farmacêutica suíça, mas participantes das negociações acreditam que o trato pode ser assinado até ou durante a Cúpula do G20 no Rio, em novembro — se houver alguma flexibilidade dos dois lados.

O chanceler Mauro Vieira tratou do assunto durante viagem à Suíça, no último dia 30 de abril. Convidada a participar da reunião do G20 no Brasil, a Noruega também está esperançosa para o acordo — principalmente para aumentar a exportação do seu famoso salmão.

Com um PIB de 1,1 trilhão de dólares e uma população de 14,3 milhões de pessoas, a European Free Trade Association é o nono maior ator no comércio mundial de bens e o quinto maior no comércio de serviços.

Fonte: Veja
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 28/05/2024

Importações de aço registra 242,3 mil toneladas em abril, diz Inda

As compras do mês de março registraram alta de 13,4% perante a março, com volume total de 345,7 mil toneladas contra 304,9 mil. Frente a abril do ano passado (318 mil toneladas.), apresentou alta de 8,7%, dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no dia 23 de maio (quinta-feira).

Vendas — As vendas de aços planos em abril contabilizaram alta de 7,2% quando comparada a março, atingindo o montante de 332,1 mil toneladas contra 309,8 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 301,1 mil toneladas, registrou alta de 10,3%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de março obteve alta de 1,5% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 916,7 mil toneladas contra 903 mil. O giro de estoque fechou em 2,8 meses.

Importações: (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume) — As importações encerraram o mês de abril com queda de 2,7% em relação ao mês anterior, com volume total de 242,3 mil toneladas contra 249,1 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (161,0 mil toneladas), as importações registraram alta de 50,5%.

Projeções — Para maio de 2024, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 3,5% em relação a abril — conclui o presidente Executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 28/05/2024

Agricultura 4.0 marca “nova era”

A agricultura tradicional, caracterizada pela intuição e trabalho manual, deu lugar ao Agronegócio 4.0, marcando uma nova era na qual tecnologias digitais são integradas em todas as fases, desde o planejamento até a comercialização. Essa mudança impulsiona a produção por meio de dados e tecnologia, resultando em maior eficiência, sustentabilidade e competitividade.

Além disso,segundo Rodrigo Ribeiro, Sales Director, da NTT DATA, ela traz benefícios econômicos e sociais, como aumento da produtividade, criação de empregos qualificados e redução do impacto ambiental. A coleta e análise de dados são fundamentais nesse processo, com sensores, drones e máquinas agrícolas gerando informações sobre solo, clima, saúde das plantas e operações, fornecendo insights cruciais para decisões mais precisas e eficientes.

Softwares e plataformas digitais integram dados agrícolas, criando painéis de controle com informações em tempo real sobre a lavoura, permitindo monitoramento preciso da produção e análise preditiva para prever problemas. A conectividade em tempo real facilita a tomada de decisões. No entanto, desafios como infraestrutura inadequada afetam o transporte eficiente dos produtos agrícolas em um país de grandes dimensões. Investimentos públicos têm gerado resultados positivos, mas mais é necessário para atender à crescente demanda de exportação.

Com a transição para o Agronegócio 4.0, onde tecnologias digitais são integradas em todas as etapas da produção agrícola, a logística intermodal eficiente torna-se essencial. A coleta e análise de dados são fundamentais, proporcionando insights valiosos para decisões precisas. Essa revolução digital não só aumenta a produtividade e a sustentabilidade, mas também redefine a operação do setor, preparando o cenário para uma logística mais ágil e competitiva. A adoção dessas tecnologias traz benefícios como aumento da produtividade, sustentabilidade e redução de custos, contribuindo para uma produção de maior qualidade.

Fonte: Agrolink
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 28/05/2024

 

Brasil e Estados Unidos: 200 anos, novos horizontes

Por Marcelo Marangon e Abrão Neto

Neste mês, celebramos 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos. Em 26 de maio de 1824, o então presidente norte-americano James Monroe reconhecia de forma pioneira a independência brasileira, dando início a uma parceria próspera e duradoura.

Ao longo dos dois últimos séculos, as duas jovens nações se tornaram as maiores democracias e economias das Américas. Ao mesmo tempo, a relação entre elas se fortaleceu, oferecendo um terreno generoso para avanços mútuos em áreas como cultura, educação, ciência e meio ambiente. Uma verdadeira relação ganha-ganha.

Mas foram os interesses econômicos e comerciais que, desde o início e com maior intensidade, impulsionaram a aproximação bilateral. Como resultado, os Estados Unidos se tornaram o principal parceiro econômico do Brasil, considerado o conjunto das trocas em investimentos, bens e serviços.

A atração pelo mercado brasileiro levou centenas de empresas norte-americanas a se instalarem no país, com contribuição decisiva para o seu desenvolvimento econômico. A criação da Amcham Brasil, em 1919, reflete bem esse movimento. Desejosos de fomentar os laços bilaterais, empresas dos dois lados, entre elas o Citi, decidiram fundar aquela que se tornaria a maior Câmara Americana de Comércio do mundo, fora dos Estados Unidos, e a maior entidade multissetorial do Brasil.

Esse intenso fluxo empresarial fez dos Estados Unidos o país com o maior estoque de investimentos estrangeiros no Brasil, totalizando US$ 167 bilhões, segundo o Banco Central. Para cada quatro dólares investidos no Brasil a partir do exterior, aproximadamente um dólar vem dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos também são o principal destino para investimentos brasileiros. Seja pelo tamanho da economia ou facilidade de realizar negócios, as empresas brasileiras buscam o mercado norte-americano como vetor para internacionalizar os seus negócios, produzindo casos de sucesso nos setores de alimentos, moda, finanças, siderúrgico, tecnologia da informação etc.

No comércio de bens, a qualidade das trocas com os Estados Unidos não encontra paralelo no comércio exterior brasileiro, tanto sob a ótica da diversificação como da agregação de valor. Os Estados Unidos são o destino principal para as vendas externas de produtos industriais do Brasil e respondem por cerca de metade de suas exportações mundiais de bens de alta tecnologia.

Em serviços, o mercado norte-americano é o maior destino de vendas e origem de compras do Brasil, representando cerca de 40% de sua corrente de comércio. Predominam, nessas transações, setores sofisticados, como serviços financeiros, tecnologia da informação, manutenção de aeronaves e pesquisa e desenvolvimento.

Por detrás do comércio, não custa lembrar, estão as pessoas. De acordo com o governo norte-americano, as exportações dos Estados Unidos para o Brasil sustentam quase 130 mil empregos naquele país ao passo que as vendas brasileiras para os Estados Unidos mobilizam mais de meio milhão de empregos no Brasil.

Vale destacar, ainda, o rico histórico de cooperação bilateral. Como exemplo, a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e do setor siderúrgico brasileiro bem como as origens do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Eletrobras e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) são fruto da colaboração entre os governos e entidades de ambos os países.

O marco dos 200 anos nos oferece muitos motivos para celebrar. Mas, sobretudo, nos convida a olhar para frente, com ambição e pragmatismo. O mundo passa por um momento crítico, com desafios sem precedentes, favorecendo uma maior aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos.

Ambos os países são cruciais para viabilizar a transição para uma economia de baixo carbono e combater as mudanças climáticas. Brasil e Estados Unidos conduzem um diálogo bilateral promissor em energia limpa e, no ano passado, capitanearam a criação da Aliança Global para Biocombustíveis. O lançamento de uma parceria bilateral sobre energia limpa, incluindo iniciativas sobre combustíveis sustentáveis de aviação (SAF), hidrogênio limpo e outras fontes renováveis, traria fôlego novo para a relação e serviria como um sinal firme para a atuação de investidores.

Ainda no campo ambiental, os dois países poderiam aprofundar a cooperação sobre financiamento sustentável, em apoio ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil e na esteira da recente abertura, em São Paulo, do escritório do Development Finance Corporation (DFC), agência norte-americana de apoio ao desenvolvimento. A presidência brasileira do G20 e a realização da COP30 em Belém do Pará abrem janelas valiosas para produzir novos compromissos nessa área.

Os planos de neoindustrialização e a ambição de agregar maior valor nas exportações do Brasil também passam pela intensificação do comércio e dos investimentos com os Estados Unidos. No ano passado, as exportações brasileiras de bens industriais para aquele país, como aeronaves, aço, máquinas e equipamentos, bateram o recorde de US$ 29,9 bilhões, superando a União Europeia e o Mercosul - um lembrete poderoso do papel que os Estados Unidos têm a desempenhar nesse esforço.

No contexto atual de busca por resiliência na produção e por segurança alimentar e energética, os valores compartilhados por Brasil e Estados Unidos os tornam parceiros confiáveis para a diversificação de suas cadeias de fornecimento. A celebração de um entendimento bilateral para identificar oportunidades em setores como minerais críticos, baterias, semicondutores, saúde e fertilizantes atenderia aos interesses dos dois países. Esforços para reduzir a bitributação e outras barreiras ao comércio e aos investimentos, também.

A parceria e a amizade entre o Brasil e os Estados Unidos ao longo dos últimos 200 anos produziram conquistas econômicas e sociais valiosas para ambos os países. Inspirados por esse legado, é hora de mirar o futuro com ousadia e senso de oportunidade de forma a abrir novos horizontes. Um desafio à altura das duas nações.


*Marcelo Marangon é presidente do Citi Brasil e do Conselho da Amcham Brasil.
*Abrão Neto é CEO da Amcham Brasil.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 27/05/2024

 

Governo estende antidumping para mais dois tipos de laminados de aço

O governo brasileiro decidiu estender medidas antidumping para mais dois tipos de aço. A sobretaxa para esses produtos, de US$ 629,44 por tonelada, foi aplicada originalmente em 2013 e prorrogada em 2019. A partir da prorrogação, no entanto, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) constatou o uso de artifícios para burlar a medida: importadores passaram a comprar tipos diferentes de laminados, com pequenas alterações do nível de cromo e níquel presentes nas ligas do aço, mas que na prática se caracterizam como sendo o mesmo produto sobretaxado.

“O governo brasileiro está atento a possíveis manobras que possam prejudicar nossa defesa de comércio”, afirma o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. “Temos de defender e sobretudo fortalecer a indústria do aço, tão relevante para nossa economia.”

A investigação da Secex durou seis meses e constatou que as importações dos aços modificados ocorreram somente com o objetivo de frustrar a eficácia da medida antidumping que estava em vigor, segundo relata a diretora do Departamento de Defesa Comercial (Decom), Rafaela Noman.

“As importações dessa variedade, quase inexistentes antes da aplicação do antidumping, subiram 500% nos últimos anos”, diz Rafaela Noman.

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC, explica que o governo utilizou a legislação de combate à chamada circunvenção para aplicar também a esse ‘novo aço’ o antidumping existente. “A ação garante a eficácia das medidas aplicadas para proteger a indústria nacional do comércio desleal”, conclui.

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 27/05/2024