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Mineração Usimimas para atividadades por chuvas intensas em MG

A Mineração Usiminas (Musa), controlada da companhia siderúrgica, teve suas operações temporariamente paralisadas em função de chuvas intensas na região de Itatiaiuçu (MG), de acordo com fato relevante nesta segunda-feira.

"Esclarecemos que, por ora, a paralisação da Musa não deverá afetar o fornecimento de matéria-prima para a Usiminas, e que serão utilizados estoques da própria Musa para o fornecimento", disse a companhia.

Adicionalmente, a companhia informou que em razão das fortes chuvas na região, foi acionado no sábado o nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens da Mineração (PAEBM) para sua Barragem Central, desativada desde 2014.

O Nível 1 significa um estado inicial de alerta e não representa comprometimento dos fatores de segurança da barragem, não requer a retirada de moradores das áreas de risco e nem o toque de sirenes.

Segundo a empresa, "as atividades da Musa deverão ser retomadas quando as condições climáticas melhorarem e permitirem acesso seguro às minas e o funcionamento adequado de equipamentos, bem como após uma revisão das condições das instalações em geral".

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/01/2022

 

Barragem de rejeitos de minério da Vallourec transborda em Nova Lima (MG)

Uma barragem de rejeitos de minério de ferro da Vallourec transbordou na manhã deste sábado, 8, na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

A Defesa Civil do município informou que o incidente foi causado por um problema no sistema de drenagem da barragem. Não há relatos de vítimas, segundo informações preliminares.

Imagens feitas por moradores que circulam nas redes sociais mostram que a lama de rejeitos chegou à pista da BR-040, o que tem dificultado o trânsito no local.

O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, afirmou que a região, onde há uma estrutura para contenção de água de chuva, foi afetada por uma forte tempestade.

"É um dique. Em decorrência da água da chuva que foi direcionada para esse local, ocorreu um transbordamento dessa estrutura que é considerada pequena. Essa água acabou atingindo a região da BR 040, que permanece fechada nas proximidades. O maciço (do dique) permanece íntegro, sem nenhum tipo de rompimento estrutural. Sem ocorrência de vítimas também", disse.

O monitoramento continua sendo realizado no local pelo Corpo de Bombeiros.

Desde o começo da década de 1980, a Vallourec desenvolve atividades de extração de minério de ferro na Mina Pau Branco.

Procurada, a empresa reforça que não houve rompimento de barragem, mas um "transbordamento de um dique localizado na Mina de Pau Branco, em Nova Lima". "Em decorrência desse transbordamento e em conformidade com o PAEBM as sirenes foram devidamente acionadas, na manhã deste sábado (8/1), às 10h31. Como consequência, a BR 040 foi interditada de imediato, pela administradora da rodovia", informou a empresa. Vallourec disse estar trabalhando em conjunto com autoridades para minimizar os transtornos na região.

Neste domingo, 9, a empresa voltou a se pronunciar sobre o caso e informou que o Dique Lisa teve seu nível alterado para três, uma classificação que requer a evacuação de pessoas e animais da região — uma medida que a empresa já havia tomado. A Vallourec informou, ainda, que a estrutura do dique, que tem como função o controle da vazão da água pluvial, permanece estável, reiterando que não há registros de vítimas fatais da referida ocorrência.

Fonte: Estadão
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/01/2022

Prefeitura monitora barragens da CSN, Vale e Gerdau

A Prefeitura de Congonhas (MG), Defesa Civil e o Grupo de Ação Mútua que compõem o PMSB informam que as barragens situadas na região do Alto Paraopeba, pertencentes às empresas CSN Mineração, Gerdau e Vale permanecem em monitoramento constante.

Nenhuma alteração na estabilidade das barragens foi constatada. Em caso de qualquer anormalidade, todas as medidas de segurança serão tomadas.

A população deve ficar atenta às orientações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros e seguir as instruções de segurança repassadas em treinamentos já realizados em áreas de risco. Em caso de dúvidas ou emergências entre em contato com a Defesa Civil pelo telefone 3731-4133 ou acione os bombeiros pelo 193.

Bairro atingidos

A Diretoria de Trânsito de Congonhas informa a população que a Avenida Marechal Floriano está interditada devido ao volume da água do rio. Diversos Bairros como Cristo Rei, Praia, Santa Mônica, entre outros estão com ruas alagadas. Em diversos ocorrem desmornamento de encostas.

 
Fonte: Correio de Minas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/01/2022

Preço de insumos, falta de chips e cenário econômico limitarão crescimento em 2022

A projeção de crescimento da Anfavea de 8,5% para as vendas internas de veículos e de 9,4% na produção nacional pode parecer otimista aos olhos de alguns analistas do setor, mas para a entidade que reúne as montadoras trata-se de números até conservadores em função do quanto o mercado está distante da sua normalidade. 

“Apesar das dificuldades, fechamos o ano passado com 2,12 milhões de unidades e estamos projetando 2,3 milhões. Ou seja, estamos falando de 180 mi adicionais, não é um crescimento otimista”, afirmou Luis Carlos Moraes, presidente da Anfavea, em entrevista online nesta sexta-feira (7).

Moraes fez questão de lembrar que a projeção da Anfavea está longe dos níveis pré-pandêmicos – 2019 fechou o ano com 2,8 milhões – e muito distante da capacidade de produção da indústria automotiva brasileira, que é ao redor de 4,5 a 4,7 milhões de unidades. 

Não fossem as dificuldades previstas pela frente, o presidente da entidade garante que esses números seriam bem maiores. E dificuldades não vão faltar pela frente, como lembrou o executivo, a começar pela escassez de componentes eletrônicos, que se estima menor em 2022, mas não se sabe o quanto. Atualmente essa crise ainda preocupa as montadoras. 

“A previsibilidade de semicondutores hoje é um horizonte de quatro semanas, não tem mais que isso. Se você perguntar para seu fornecedor o que pode acontecer em fevereiro, a gente não tem uma noção clara por conta dessa instabilidade na oferta de semicondutores, que está acontecendo no mundo.” 
A Anfavea lembrou que no ano passado as fábricas se desdobraram como puderam para tentar interromper a produção o mínimo possível, apesar das adversidades. Afinal, houve desestabilização da logística global, problema no fluxo dos navios, falta de contêineres para o transporte e, claro, a escassez dos microchips, que obrigou as empresas a buscarem alternativas que estivessem à mão.

 “Nós trouxemos muita coisa por avião, inclusive soubemos de algumas empresas que receberam as peças no aeroporto e transportaram de helicóptero só para chegar mais rápido à fábrica”, contou Moraes, que prevê que em 2022 ainda teremos o risco de algumas paralisações de linha de produção, mas em menor nível do que foi no ano passado.

Cenário econômico preocupa

Portanto, a falta de chips e o desarranjo das cadeias de fornecimento foram consideradas na projeção da Anfavea, assim como a preocupação com o cenário econômico em 2022 e o aumento de custo dos demais insumos necessários para a produção de veículos.

Já se fala em reajuste dos preços de algumas matérias-primas, como o aço, e de repasse de aumentos de custo que os fornecedores não aplicaram em 2021, ou pelo menos não integralmente. 

Além disso, o cenário futuro dos preços ainda deverá ser impactado pela alta dos juros (ao redor dos 11%), uma inflação acima da meta e a estimativa de um PIB que estará longe do que se esperava um semestre atrás. 

A previsão da Anfavea para 2022 é de um crescimento do PIB de 0,5%, mas a entidade sabe que esse é tema muito controverso no mercado: enquanto o Banco Central trabalha hoje com um aumento de 1%, analistas do mercado financeiro falam em 0,36% e consultorias falam em PIB nulo (XP) e ou até em queda de 0,5% (Asa Investments).

Como 2022 é ano de eleições, espera-se também que o ano seja marcado por uma grande volatilidade do câmbio, ajudando a complicar esse panorama.

Risco do agravamento da pandemia

O que pode mudar esse cenário de leve crescimento de vendas e produção é o agravamento da pandemia de Covid-19 diante do recente aumento nas contaminações pela variante ômicron. 

Por enquanto, a Anfavea diz que está mantida a participação nos grandes eventos do setor programados neste ano, Agrishow (25 a 29 de abril), Fenatran (7 a 11 de novembro) e Salão do Automóvel (ainda sem data), mas isso pode mudar se houver avanço da pandemia.

“Esse é um tema preocupante, pois pode haver sobrecarga na área da saúde. Já estamos vendo o cancelamento de eventos, o que traz impacto na economia, porque já estávamos considerando a retomada mais forte da área de serviços. Também aumenta o risco de pessoas afastadas das nossas fábricas ou de fornecedores, tanto aqui quanto lá fora. Isso estamos monitorando diariamente. A gente acompanha o boletim econômico e sanitário todos os dias. A pandemia não terminou e a gente não pode subestimar o impacto dessa nova onda.”

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/01/2022

 

Fabricantes de implementos rodoviários crescem 33,5% em 2021

Os fabricantes de implementos rodoviários fecharam 2021 com expansão de 33,47% nas entregas, puxadas principalmente pelo agronegócio. Foram 162,7 mil unidades licenciadas no ano passado, contra 121,9 mil em 2020, segundo números divulgados nesta manhã pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). O resultado final superou a expectativa da entidade, que em dezembro divulgou a estimativa de atingir 157 mil emplacamentos em 2021.

Por segmento, a maior alta ocorreu com os implementos pesados, os reboques e semirreboques. Foram 90,3 mil equipamentos entregues em 2021, contra 67,4 mil no ano anterior, alta de 34,03%. Esse é justamente o segmento mais influenciado pelo agronegócio, além de infraestrutura, construção civil e mineração, por exemplo. No segmento de leves, chamado no jargão do setor de “carroceria sobre chassis”, a expansão foi de 32,77%, com 72,3 mil implementos licenciados. Esse segmento atende, principalmente, as atividades logísticas nos grandes centros urbanos.

“Esse total (162,7 mil unidades) confirma que, mesmo no segundo ano da crise causada pela pandemia, a indústria foi competente e soube aproveitar oportunidades de mercado, mantendo até o final a espiral de crescimento”, afirmou em nota José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.

O impacto da pandemia foi bem menor em 2021 do que no ano anterior. Em 2020, o setor enfrentou um período de paralisação da produção entre o fim de março e meados de maio, no pior momento da pandemia de covid-19. A indústria parou para se adaptar aos protocolos impostos pelas autoridades sanitárias, o que acabou prejudicando o desempenho anual. A recuperação ocorreu no segundo semestre daquele ano. Já em 2021 o setor conseguiu manter um ritmo de produção praticamente constante durante os doze meses.

Spricigo lembra, no entanto, que a indústria enfrentou no ano passado falta e reajustes de insumos e peças. O problema de abastecimento mais significativo foi o de pneus. Pela legislação, os implementos pesados só podem ser licenciados e entregues prontos para rodar com todos os pneus. Houve casos de empresas que tiveram de importar pneus para poder cumprir os contratos. Já no caso dos reajustes de custos, o aço foi o que mais preocupou os fabricantes do setor. Em algumas linhas de produtos, 70% do custo do equipamento está ligado ao aço. “A eventual falta de matérias-primas e componentes foram empecilhos, mas as empresas acabaram achando soluções e eles foram contornados”, afirmou em nota.

O mercado externo também foi de recuperação para os implementos rodoviários em 2021. O crescimento das exportações, até novembro, último dado oficial da Anfir, chega a 120%, mas sobre uma base muito fraca de 2020. Nos onze meses de 2021 foram embarcadas 4.632 unidades, contra apenas 2.099 no ano anterior.

Fonte: Valor
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/01/2022

Produção de caminhões foi a melhor desde 2013, com quase 160 mil unidades

O Brasil encerrou 2021 com 158,8 mil caminhões produzidos, o melhor resultado anual desde 2013. A comparação com 2020 trouxe alta de 74,6%. E a expectativa para 2022 é de cerca de 172 mil caminhões fabricados no País e crescimento superior a 8%. A projeção foi divulgada na manhã de sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A entidade prevê um total de 192 mil veículos pesados produzidos no País, somados aí também os ônibus.

“Os modelos econômicos tradicionais não bastam em uma situação de pandemia e estamos considerando essa alta a partir de um pequeno crescimento de 0,5% do PIB, de uma safra de 290 milhões de toneladas de grãos e também levando em conta as eleições, aumentos de custos e de carga tributária, da persistência de problemas logísticos e de oferta de insumos em razão da Covid-19”, recorda o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

A produção de 2021 foi puxada sobretudo pelo agronegócio e comércio eletrônico. A montagem de caminhões em dezembro foi a melhor para este mês desde 2011, com 12,4 mil unidades. Segundo a Anfavea, as fábricas se esforçaram para manter o ritmo em razão de encomendas a ser entregues neste início de ano. 

Exportação passará de 24 mil unidades

As novas projeções da Anfavea também preveem exportação total de 29 mil veículos pesados. Destes, 24,4 mil unidades serão caminhões, o que dará um crescimento também próximo a 8% na comparação com os embarques de 2021. O ano passado teve 22,7 mil caminhões vendidos ao mercado externo.

Os três principais destinos foram Argentina, Chile e Peru. “Temos produtos para diferentes mercados, mas várias situações nos tornam menos competitivos. Continuamos exportando impostos”, lamenta Saltini. Para 2022, os principais destinos dos caminhões brasileiros estarão na América Latina e também na África, para onde o Brasil já enviava seus veículos de carga.

Mercado interno crescerá perto de 9%

Ainda segundo a Anfavea, o mercado local absorverá 140 mil caminhões neste ano, resultando em alta de 8,8% sobre o total entregue no ano passado. Em 2021 chegaram às ruas 128,7 mil unidades. Este foi o melhor volume anual desde 2014 e a alta na comparação com 2020 superou os 43%.

O fechamento de 2021 mostra que os modelos pesados (com Capacidade Máxima de Tração, CMT, acima de 40 toneladas) e semipesados (com CMT abaixo de 40 toneladas) responderam juntos por mais de três quartos do mercado nacional. O ano terminou com crescimento superior a 35% para todos os segmentos. A menor alta, 35,5%, ocorreu para os caminhões semileves (com Peso Bruto Total, PBT, de 3,5 a 6 toneladas).

Este também foi o segmento menos representativo em volume, com 6,6 mil unidades emplacadas durante o ano, dez vezes a menos que os pesados, que terminaram 2021 com 66,1 mil licenciamentos e alta de 49,3% sobre o ano anterior.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/01/2022