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Grãos: armazenagem preocupa produtores do Mato Grosso

Com a colheita de soja a todo vapor em Mato Grosso, e uma produção recorde aguardada de 38,14 milhões de toneladas, um ponto ganha atenção: a armazenagem. É o que alerta o mais recente relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

E nesse sentido, apesar da comercialização mais lenta na safra 2021/22 em comparação com a 2020/21 – 50,48% até dez/21 contra 68,54% no mesmo período – é esperado que o cenário de armazenagem não seja muito diferente dos anos anteriores para a soja, uma vez que as vendas da safra 2021/22 têm avançado, de acordo com a média dos últimos anos e ainda, segundo a Conab, a capacidade de armazenagem cresceu 453,13 mil toneladas de jan/21 a jan/22 no estado.

Por outro lado, quando a análise engloba a segunda safra de milho, o déficit de armazenagem de grãos está estimado em 54,28 milhões de toneladas na safra 2021/22, visto que, mesmo com o aumento nos investimentos, é esperado que as produções de soja e milho na temporada 2021/22 apresentem um crescimento anual de 5,79% e 21,75%, respectiva mente. Com isso, caso as expectativas se confirmem, será importante planejamento dos produtores, para que esse gargalo não impacte sobre os resultados da safra.

Fonte: Datagro
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 03/02/2022

 

Chineses voltam a analisar oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil

O setor de infraestrutura no Brasil está retornando, gradualmente, ao radar da China, após o baque causado pela covid-19 na economia global. Embora a nova realidade exija uma alocação de recursos mais seletiva, investidores chineses estão voltando a avaliar projetos que incluem ferrovias, portos e até rodovias, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Os planos continuam seguindo a estratégia de garantir o escoamento de produtos para a China ou da China para outros países. 

O diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC), Kevin Tang, afirma que a economia chinesa está desacelerando e muitos dos grupos que antes investiam fora da China estão com níveis elevados de endividamento. "No médio prazo, há um grande potencial para a China voltar ao mercado, mas não com a mesma euforia de antes. Os alvos serão muito mais seletivos", diz Tang. 

Segundo o dirigente, um dos principais alvos potenciais de investimentos é a cadeia logística brasileira, não só para garantir o escoamento eficiente de produtos agrícolas e minerais para a China, mas também para melhorar a distribuição de empresas que estão fincando raízes no Brasil, como o Alibaba, dono da gigante do comércio eletrônico AliExpress.

"Com o crescimento do e-commerce, vai aumentar a demanda por centros de distribuição, eficiência dos portos, áreas de cargas das empresas, entre outros", afirma Tang.

Entre 2007 e 2020, os investimentos chineses no Brasil, em geral, somaram US$ 66,1 bilhões, segundo dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Mas em 2020, último dado disponível, esse investimento ficou em US$ 1,9 bilhão, o menor patamar desde 2014, principalmente por conta dos problemas provocados pela covid-19. 

Conforme os dados do CEBC, em valores, os investimentos chineses são concentrados nos setores elétrico (com 48% do total de 2007 a 2020) e petrolífero (com 28% do total). Também são feitos majoritariamente por 16 empresas estatais centrais – diretamente subordinadas ao Conselho de Estado da China – que atuam no Brasil e responderam por 82% dos investimentos acumulados de 2007 a 2020.

Projetos de grande porte

Os alvos no setor de infraestrutura continuam sendo projetos de grande porte envolvendo obras, mas os investidores do país asiático vêm diversificando os projetos. No radar estão oportunidades de investimento em portos do Sul do País, bem como a concessão de rodovias do litoral paulista, do governo de São Paulo. "Os chineses podem entrar na disputa mesmo que para perder. Ou seja, para aprender fazendo", diz uma fonte próxima às negociações.

O setor de ferrovias também está nos planos. Grupos chineses se movimentam para estruturar ramais ferroviários no País, como no Pará, por exemplo. De acordo com uma fonte próxima a esses investidores, "além de considerar fatores usuais de qualquer projeto como risco-retorno, segurança jurídica, financiabilidade, os chineses levam em consideração um componente importante, que é a inserção do projeto no grande plano da China de garantir o seu abastecimento interno".

A reportagem apurou que estão ainda no radar dos chineses projetos de mobilidade urbana, como metrô e monotrilho, além de energia, iluminação pública e petróleo e gás, dentro da estratégia de estabelecer relações econômicas e geopolíticas que facilitem ou barateiem o fluxo de bens, serviços e tecnologias para o desenvolvimento da China.

Novo normal

O sócio do Souto Correa Advogados Guilherme Rizzo Amaral relata que houve uma queda expressiva dos investimentos vindos da China em 2020, em meio à pandemia. No ano passado, contudo, ocorreu uma mudança dessa tendência. "Em 2021, vimos um aumento dos investimentos, o que denota um reaquecimento dos negócios entre os dois países", diz Rizzo, que é membro da comissão instituída pela Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional para acompanhar a iniciativa Belt and Road, do governo chinês.

Segundo o especialista, é natural que os chineses ampliem a atuação no Brasil, especialmente em setores ligados à construção. "Estes investidores podem entrar como concessionários ou na execução das obras, podendo fazer até os dois papéis. Os chineses estão buscando entender cada vez mais como funcionam as áreas de infraestrutura no País."

No entanto, diante das incertezas em decorrência do ano eleitoral, Tang, do CCIBC, acredita que o investidor chinês pode aguardar as eleições para tomar uma decisão. Mas ele elogia o trabalho feito por alguns ministros como Tarcísio Freitas(Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura) para promover a parceria entre Brasil e China.

"O próprio governo brasileiro entendeu que precisa ter uma boa relação com seu maior parceiro de negócios. Se houver uma mudança de governo, a relação entre os dois países pode até ficar melhor, mas a China é muito pragmática, tem olhar de longo prazo", afirma Tang.

Fonte: Estadão
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 03/02/2022

Indústria de Materiais de Construção considera início de 2022 regular

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou no dia 31 de janeiro a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa de opinião realizada com as lideranças das empresas associadas.

O estudo aponta uma percepção no início de ano majoritariamente regular, a partir da análise das vendas em janeiro. A publicação também destaca a continuidade das pretensões de investimento nos próximos 12 meses em nível alto.

O termômetro da Abramat aponta que para 40% das empresas associadas, o faturamento no mês de janeiro foi considerado “Regular”. Para 35%, o período foi “Bom”, enquanto os demais 25% consideraram o primeiro mês do ano “ruim” ou “muito ruim”.

As projeções para o mês de fevereiro indicam desempenho mais positivo: 40% esperam um mês “bom” ou “muito bom”, 55% acreditam em um mês “regular”, enquanto 5% projetam um mês “ruim”. O setor que aponta crescimento consecutivo no otimismo em relação a pretensão de investimentos para o longo prazo registrou 85%, se aproximando ao mais alto patamar registrado nos últimos meses.

“O sentimento da indústria para 2022 nesse momento é de cautela, em função das muitas externalidades e incertezas, mas continuamos com um otimismo moderado. Além de aspectos como inflação, câmbio, taxa de juros e Custo Brasil, ainda teremos as eleições de outubro, que movimentarão o ano. Seguiremos atentos e trabalhando muito em parceria com os diferentes interlocutores para atingir um crescimento sustentado em patamar superior ao PIB”, pontuou Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 03/02/2022

 

Cratera em SP não foi causada pelas obras do metrô

A Acciona, concessionária responsável pela construção da Linha 6-Laranja do Metrô, anunciou que o desmoronamento ocorrido nesta terça-feira (1) na Marginal Tietê, zona norte de São Paulo, não está relacionado às obras do metrô.

Em nota, ela disse que, “com as informações disponíveis neste momento, as obras da Linha 6-Laranja foram descartadas como a causa do incidente. Trata-se de um rompimento de um interceptor de esgoto”.

Após a determinação do Governador João Dória de que a construtora identificasse as causas do desmoronamento o quanto antes, o presidente da concessionária negou que a tuneladora – o equipamento conhecido, popularmente, como tatuzão – tenha se chocado com a rede de esgoto.

André de Ângelo, que comanda a Acciona, afirmou que, provavelmente, o local tenha cedido por conta da chuva ou das erosões, já que a tuneladora estava a três metros dessa coletora. “Não houve nenhum choque”, complementou.

Ele também comentou que, além de tudo — e, principalmente, pela ausência de vítimas — o acontecimento não interfere nas demais frentes de trabalho do projeto, que seguirão em execução.

Essa era uma das preocupações de Dória, que se reuniu com os engenheiros da Acciona para buscar estratégias de manter o cronograma da obra em relação aos prazos, desde que a segurança dos funcionários não seja colocada em risco.

O plano, agora, é preencher a área da cratera com material rochoso e argamassa — uma decisão da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em conjunto com a prefeitura.

O intuito é estabilizar o local do rompimento e os deslizamentos, para recuperar a tubulação da área. Os poços de ventilação, circulação e emergência (VSE Aquinos) são as áreas contempladas pelo preenchimento.

No âmbito jurídico, as investigações ainda permanecem em aberto: a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo instaurou um inquérito civil para apurar as causas do acontecimento e a extensão dos danos urbanísticos e ambientais na região.

“A promotoria requisitou informações já tomadas pelo consórcio contratado pelo governo do Estado de São Paulo”, diz nota do MP.

A Sabesp também informou que tem mais de uma equipe trabalhando para reverter os danos da tubulação danificada (ITI-7) e encaminhá-la para outra tubulação próxima, esvaziando o local. “Após o esgoto ter sido totalmente escoado, será possível fazer um diagnóstico mais preciso do interceptor avariado e estabelecer prazos”, concluiu.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 03/02/2022

 

Fretes mais baixos animam empresas de logística

Desde o fim de 2020, o mercado internacional de fretes marítimos viu a alta de preços motivada pelos surtos de Covid-19, tufões, acidentes, falta de contêineres. Com isso, o preço do transporte do contêiner de importação chegou a cerca de US$ 12,500 no final de 2021.

No entanto, desde o início de janeiro o mercado vem observando quedas no preço que animam as empresas de logística. “A partir do começo janeiro o cenário mudou, notamos os fretes mais baixos e a facilidade de conseguir espaço em relação ao que já vimos num passado muito próximo. Conseguimos fechar fretes na casa dos US$ 9 mil, o que é bem abaixo dos praticados em dezembro. Outro fato que nos surpreendeu foi a rapidez com que isso mudou. Agora, estamos embarcando no tempo que os clientes precisam e repassando a baixa de preços para eles”, relatou José Roberto Costa, gerente de Logística da Vendemmia Logística Integrada.

Entre os fatores que estão influenciando os fretes mais baixos, avalia Costa, está a entrada de dois novos armadores, Hyundai e EShipping. As novas operações ajudaram no escoamento de cargas que aguardavam embarque.

Para os próximos meses a previsão feita pelo executivo é sobre a corrida por embarques devido à paralisação das indústrias no feriado do Ano Novo Chinês que acontecerá na primeira semana de fevereiro. “Acreditamos que mesmo com a paralisação diante do maior feriado chinês, os preços dos fretes de importação ainda têm chances de maiores quedas”, estima. Ele lembra também que historicamente é entre abril e maio que as empresas, especialmente varejistas, intensificam suas compras de abastecimento para o segundo semestre, visando o comércio aquecido de datas como dia das crianças, black friday e compras de final de ano.

Diante dessa movimentação é que os fretes voltam a subir. Esse comportamento aconteceu nos últimos anos, exceto em 2021, que foi atípico, com preços altos e falta de espaço em contêineres do começo ao fim.

Outro ponto observado é que os portos brasileiros estão batendo recordes de produção, a exemplo dos portos de Santa Catarina e Santos. "O volume de carga é muito expressivo e já é possível ver os armazéns alfandegários lotados. Chegou muita carga e ainda tá chegando após um período de demanda retraída causada pelo reflexo da pandemia”, analisa Costa.

Fonte: Portos e Navios
Seção: Naval & Portuário
Publicação: 03/02/2022

Prolata reciclou 55 mil toneladas de latas de aço em 2021

A Prolata, associação sem fins lucrativos dedicada à cadeia de logística reversa das embalagens de aço, reciclou 55 090 toneladas latas de aço em 2021, registrando um aumento de 141% em comparação a 2020. De acordo com o levantamento da associação, Sul, Sudeste e Nordeste foram as regiões que mais reciclaram durante esse período, revalorizando cerca de 28, 16 e 8 mil toneladas de latas de aço pós consumo, respectivamente. O volume foi 1,86% superior ao determinado no Termo de Compromisso firmado pelo segmento de embalagens de aço com o Ministério do Meio Ambiente para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estava estipulado em 54.085,05 toneladas.

Criada em 2012 pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), a Prolata tem como objetivo permitir que as latas de aço pós consumo sejam descartadas de forma correta pelos consumidores e revalorizadas em siderúrgicas, transformando-as em novas latas ou em outros itens que utilizam o aço como matéria-prima. Faz parte do papel da entidade unir toda a cadeia de reciclagem.

Atualmente, a Prolata tem parceria com 63 cooperativas, em 15 estados, totalizando 1.546 cooperados. Também conta com 33 entrepostos parceiros. Em 2021, a Prolata contou com o apoio e participação de 14 fabricantes de latas de aço, 26 fabricantes de tintas, 10 fabricantes de alimentos, 26 redes de varejo e 3 grupos siderúrgicos os quais são responsáveis pela revalorização e reciclagem do material.

A associação tem trabalhado também para estimular os consumidores a fazer o correto descarte das latas utilizadas, com campanhas de comunicação e auxiliando na implantação de pontos de recebimento em parceria com redes de varejo. Em 2021, a Prolata mais que quintuplicou o número de pontos disponíveis. Hoje são 173 distribuídos por todo o país.

“Nossa meta em 2022 é expandir o Programa principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste”, destaca Thais Fagury, presidente da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) e diretora da Prolata.

Fonte: Embalagem Marca
Seção: Meio Ambiente
Publicação: 03/02/2022