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Importações de aço registra 287,9 mil toneladas em agosto, diz Inda

As compras do mês de agosto registraram alta de 5,3% perante a julho, com volume total de 368,0 mil toneladas contra 349,5 mil. Frente a agosto do ano passado (345,8 mil toneladas), apresentou alta de 6,4%, dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), no dia 19 de setembro (quinta-feira).

Vendas — As vendas de aços planos em agosto contabilizaram alta de 4,3% quando comparada a julho, atingindo o montante de 350,1 mil toneladas contra 335,7 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 343,4 mil toneladas, registrou alta de 2,0%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de agosto obteve alta de 1,9% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 961,1 mil toneladas contra 943,3 mil. O giro de estoque fechou em 2,7 meses.

Importações — “Inclui chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletro- galvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume”. As importações encerraram o mês de agosto com alta de 31,3% em relação ao mês anterior, com volume total de 287,9 mil toneladas contra 219,2 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (231,0 mil toneladas, as importações registraram alta de 24,7%.

Projeções — Para setembro de 2024, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 3,0% em relação a agosto, disse o presidente- executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, que fez a apresentação dos números de fechamento do mês de agosto de 2024.

Fonte: Portal Fator
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/09/2024

 

Brasil enfrenta crise de queimadas com perdas bilionárias no agronegócio

O Brasil registrou quase 70 mil focos de queimadas em agosto, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que atingiram lavouras, pastagens, áreas florestais afetando fauna e flora em diversas regiões e biomas. A área queimada no mês é comparável ao tamanho do estado da Paraíba ou de toda a Costa Rica, segundo dados do Mapbiomas. Para os produtores rurais os prejuízos econômicos são de igual proporção, como no caso da cana-de-açúcar em São Paulo, que já soma perdas estimadas em R$ 1 bilhão.

“Os maiores prejudicados com as queimadas são os produtores rurais”, revelou o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR).

As queimadas trazem inúmeros prejuízos ao produtor rural, começando pela destruição de lavouras e pastagens, o que acarreta perda de produtividade e de receitas. A degradação do solo afeta diretamente sua fertilidade e a vida microbiológica, elevando os custos com replantio e recuperação.

A fumaça e as cinzas comprometem a saúde dos trabalhadores, plantas e animais, podendo prejudicar a qualidade dos produtos que restarem. Esses fatores, somados, impactam negativamente no mercado, por gerar um cenário de apreensão que paralisa os investimentos na safra e possível desgaste no relacionamento entre fornecedores e clientes.

“Diante dos impactos sobre o agronegócio, é importante que a tecnologia se torne uma aliada indispensável para a sustentabilidade do setor, auxiliando o produtor rural nesses momentos desafiadores”, destacou Welber Sant’Ana, CEO e fundador da Agro Atlas, uma rede líder em serviços tecnológicos que oferece o Clima Web, uma ferramenta que apoia o produtor rural, promovendo uma agricultura mais rentável, eficiente e sustentável.

O Clima Web é composto por estações de inteligência climática destinadas a otimizar a tomada de decisões por meio de monitoramento preciso em tempo real, previsão do tempo e registro histórico dos dados meteorológicos de pluviosidade, temperatura, umidade, velocidade e direção do vento, radiação solar e evapotranspiração de referência.

Estes dados são disponibilizados para o produtor através de uma plataforma on-line intuitiva e transparente, auxiliando a planejar o plantio, irrigação e colheita com assertividade, além de prevenir perdas relacionadas a condições climáticas adversas.

A solução já utilizada em todo o país fornece informações-chave para prevenção, gestão e recuperação dos impactos dos incêndios. “Ao integrar essas tecnologias avançadas em seus sistemas produtivos, os agricultores estão mais preparados par enfrentar os desafios climáticos com segurança”, afirma Sant’Ana.

Diante do aumento alarmante das queimadas, o Congresso e o governo federal têm intensificado discussões sobre o fortalecimento de ações para combate às queimadas e recuperação das áreas degradadas, bem como coibir a atuação e aumentar as punições para incendiários com objetivo de proteger o meio ambiente e o agronegócio.

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 24/09/2024

 

O terrível aumento da Selic

Depois de meses em queda, a taxa de juros, a Selic, voltou a subir. O Banco Central anunciou um aumento de 0,25 ponto percentual, resultando numa taxa de 10,75% ao ano. Isso pode parecer pouco, mas já afeta – e muito – a nossa economia.

Dificuldade de acesso ao crédito, aumento da taxa para financiamento, diminuição da produção industrial são só alguns exemplos do que a elevação da taxa de juros causa.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 23/09/2024

Brasil e Índia reforçam parceria em mineração e energia

Em um passo significativo para a cooperação internacional, Brasil e Índia publicaram uma declaração conjuntanesta sexta-feira (20/9), reforçando o compromisso de colaboração entre as nações nas áreas de energia e mineração. O documento foi lançado após uma visita oficial do Ministro de Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep S Puri, ao Brasil, onde foi recebido pelo Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Parceria Estratégica para Biocombustíveis e Energia Sustentável

A declaração conjunta marca um importante avanço nas relações bilaterais entre Brasil e Índia. Ambos os países, membros fundadores da Aliança Global para Biocombustíveis, reafirmaram a importância dos biocombustíveis como componente essencial na transição energética global. A colaboração busca fortalecer não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também impulsionar o crescimento socioeconômico.

Brasil e Índia têm se destacado no setor de biocombustíveis, com um mercado robusto de produção de etanol e biodiesel. As nações agora trabalham em conjunto para desenvolver o uso de Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF), essenciais para reduzir as emissões no setor de aviação. A meta é superar os obstáculos relacionados à produção em larga escala e garantir uma aviação mais limpa no futuro.

Cooperação em Minerais Críticos

Outro ponto importante da declaração é o início de discussões sobre a cooperação no setor de minerais críticos, considerados essenciais para o desenvolvimento tecnológico e energético. Brasil e Índia se comprometeram a identificar novas oportunidades de investimento e ampliar a colaboração em projetos de exploração em águas profundas.

Perguntas Frequentes sobre a Cooperação Brasil-Índia

Qual é o foco principal da parceria entre Brasil e Índia?
A parceria se concentra em setores de energia, incluindo biocombustíveis e combustíveis sustentáveis, além da cooperação no setor de minerais críticos.

Como a Aliança Global para Biocombustíveis impacta a cooperação?
A aliança é uma plataforma importante para o desenvolvimento de tecnologias que visam a transição energética global, com Brasil e Índia desempenhando papéis de liderança.

Quais são os desafios para o desenvolvimento dos Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF)?
Os principais desafios incluem o alto custo de produção, a escassez de matérias-primas e a necessidade de uma infraestrutura adequada para produção em larga escala.

Fonte: Diário Carioca
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/09/2024

 

Indústria siderúrgica da China enfrenta aumento de falências em meio à crise econômica

O setor siderúrgico da China está se preparando para uma onda de falências, já que a turbulência econômica do país continua causando estragos no setor, de acordo com a Bloomberg Intelligence.

A crise do aço é vista como um ponto de virada crítico, potencialmente impulsionando a tão necessária consolidação deste enorme setor.

Um número impressionante de três quartos das siderúrgicas chinesas sofreram perdas financeiras no primeiro semestre do ano, aumentando o espectro de insolvência para muitos, diz Michelle Leung, analista sênior da Bloomberg Intelligence.

Empresas como Xinjiang Ba Yi Iron & Steel Co., Gansu Jiu Steel Group e Anyang Iron & Steel Group Co. são especialmente vulneráveis e podem emergir como alvos principais para aquisições, observa Leung.

Chamadas solicitando comentários dessas empresas não foram atendidas.

China pressiona pela consolidação da indústria siderúrgica

O ambiente atual também pode apoiar a meta de Pequim de reforçar o controle sobre sua indústria siderúrgica por meio da consolidação.

De acordo com a Bloomberg Intelligence, o governo pretende que os cinco maiores produtores de aço controlem 40% do mercado até 2025, com os 10 maiores participantes respondendo por 60%.

Embora essa meta seja considerada alcançável, espera-se que a China fique atrás de gigantes da indústria como Coreia do Sul e Japão em termos de concentração de mercado.

A indústria siderúrgica da China está sendo remodelada por uma prolongada crise no mercado imobiliário e pelo lento crescimento econômico.

O chefe da China Baowu Steel Group Corp., a maior produtora de aço do país, alertou que a crise atual pode ser mais grave do que as vividas em 2008 e 2015.

Com a demanda interna despencando, as usinas chinesas passaram a exportar, uma medida que gerou disputas comerciais internacionais, já que os países alegam que o aço está sendo vendido abaixo do custo.

Apesar das crescentes restrições dos parceiros comerciais, espera-se que as exportações de aço da China permaneçam estáveis até o final de 2026.

De acordo com a Bloomberg Intelligence, a redução geral na produção e o aumento das barreiras comerciais globais acabarão pesando nas exportações.

Reformas habitacionais são essenciais para o crescimento da China

No cenário econômico mais amplo, os esforços da China para resgatar seu mercado imobiliário em dificuldades são vistos como o melhor caminho para atingir um crescimento econômico de 5%, uma meta que muitos economistas dizem estar ao alcance se o pacote de reforma habitacional do governo for totalmente implementado.

A crise imobiliária do país, no entanto, deve durar mais alguns anos, o que continua a exercer pressão negativa sobre a economia.

Além disso, há especulações de que os bancos chineses podem iniciar outra rodada de cortes nas taxas de hipotecas ainda este ano, com analistas prevendo tais medidas para impulsionar o consumo, de acordo com uma reportagem do Securities Daily.

No setor financeiro, a expansão do Citigroup Inc. para a China enfrentou um obstáculo devido aos desafios regulatórios dos EUA.

Segundo fontes, o Federal Reserve impôs penalidades ao banco por problemas de gerenciamento de dados e controle de risco, complicando os planos do banco na região.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/09/2024

 

Reciclagem do aço recua no Brasil por causa das importações chinesas

O uso de sucata ferrosa na setor de aço recuou no ano passado a reboque da queda na produção no Brasil. Em 2023, o total produzido foi de 32 milhões de toneladas, com 24% desse volume reciclado. Um ano antes, foram de 34 milhões de toneladas e 26,17%, respectivamente. Esse recuo reflete principalmente o salto em importações de aço, sobretudo chinês, impactando a cadeia de recicladores e reduzindo a disponibilidade de aço produzido com menor emissão de gases de efeito estufa.

— Com a produção mais baixa devido à concorrência com o produto vindo da China, o consumo de sucata também cai. Ainda não sentimos a melhora esperada pela sobretaxa imposta aos importados. Deve levar ainda algum tempo — diz Clineu Alvarenga, diretor executivo do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa).

A queda na produção de aço em 2023 resultou do aumento da importação de aço em 50%, além de paradas para manutenção em aciarias elétricas, explicou o Instituto Aço Brasil (IAB). Em junho e julho, a produção voltou a subir ante a igual mês de 2023. A alta acumulada desde o início do ano é tímida, de 3,3%, com 19,4 milhões de toneladas. Mas as importações subiram 23,7% no período.

Para o Aço Brasil, a maior disponibilidade de sucata no mercado é uma das alavancas de descarbonização do setor no curto e médio prazos. Alvarenga, do Inesfa, explica que cada tonelada de aço produzida a base de minério de ferro emite 2,4 toneladas de gases de efeito estufa, enquanto se for feita 100% com sucata, essa emissão cai a 0,6t de CO2.

— Usando sucata, a gente consegue produzir aço com uma emissão de gases de efeito estufa muito menor, numa escala de dez para um. Do ponto de vista de pegada de carbono, é muito melhor, traz um grande benefício, ainda mais num momento em que existe essa busca por acelerar a redução de emissão de gases em efeito estufa — diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, a maior produtora brasileira de aço. — Nossa média mundial, de emissão é de 0,93 tonelada de CO2, por tonelada de aço, menos da metade da média no mundo.

‘Infinitamente reciclável’

Globalmente, a companhia tem 75% de sua capacidade produtiva baseada em sucata. No Brasil, essa fatia é superior a 70%, enquanto nos Estados Unidos beira os 100%. Ontem, a brasileira anunciou que sua controlada americana Gerdau Ameristeel fechou a compra da Dales Recycling Partnership por cerca de US$ 60 milhões. Pela transação, vai assumir os ativos da empresa que opera, processa e recicla sucata ferrosa nos EUA.

A fatia menor de uso de sucata pela companhia no Brasil, explica Werneck, tem a ver com a usina de Ouro Branco (MG), em que a produção é feita com um alto-forno a minério de ferro. A ideia é manter essa unidade operando, mas fazer sua descarbonização, no futuro, usando novas tecnologias, como o hidrogênio.

— No Brasil, 70% da produção de aço é a carvão mineral. Há um percentual pequeno a base de carvão mineral e as aciarias elétricas, a sucata. É esta a que menos emite carbono. E seria oportuno ampliar essa rota — avalia Marco Polo Lopes, presidente executivo do Aço Brasil.

Para Werneck, a China tem praticado dumping no Brasil, ou seja, vendido aço abaixo do custo de produção. A Gerdau, diz ele, vem chamando atenção para o impacto econômico e ambiental do setor.

— Estamos deixando de produzir um aço de baixa emissão de carbono, o que os clientes já buscam. O aço é infinitamente reciclável. Pode estar no Palco Mundo do Rock in Rio hoje e, amanhã, ser transformado em outro — diz sobre a parceria com o festival desde 2022, em que a Gerdau montou a estrutura do palco principal de 200 toneladas de aço reciclado. — E a sucata é relevante em geração de emprego e renda.

O Brasil tem cerca de 5,5 mil de empresas atuando com sucata ferrosa e cinco milhões de pessoas na cadeia de reciclagem de todos os materiais, segundo Alvarenga.

A indústria também está envolvida. A Gerdau tem acordos com montadoras, absorvendo o resíduo gerado na fabricação de veículos. Arrematou ainda duas plataformas aposentadas pela Petrobras. E afirma poder usar a sucata que ficou das enchentes no Sul.

Fonte: O Globo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/09/2024