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Indústria de máquinas fecha 2021 com alta de 21,6% na receita líquida, diz Abimaq

A receita líquida da indústria nacional de máquinas e equipamentos subiu 21,6% no ano passado, quando as vendas internas e exportações do setor chegaram a R$ 222,4 bilhões.

Divulgado nesta quarta-feira pela Abimaq, associação que representa os fabricantes de bens de capital mecânicos, o resultado deriva do crescimento de 25,3% das vendas no mercado doméstico, que somaram R$ 168,1 bilhões, e do aumento de 34,2% das exportações, para US$ 9,38 bilhões.

O ano passado foi o quarto consecutivo de crescimento nas vendas do setor, mostrando, na avaliação da Abimaq, que os investimentos seguem em ciclo de recuperação depois de recuarem a nível muito baixo até 2017.Incluindo na conta as importações, o Brasil comprou R$ 308,9 bilhões em máquinas e equipamentos no ano passado, 14,8% a mais do que em 2020.

Do total, US$ 21,16 bilhões correspondem a investimentos em máquinas importadas, onde o fluxo subiu 23,4%.Com o aumento das encomendas, o setor terminou dezembro com mão de obra 12,9% superior a de igual período de 2020, ou alta de 15,6% na média de todos os meses.

O total de trabalhadores empregados nas fábricas de máquinas e equipamentos chegou a 367,5 mil pessoas no mês passado. De acordo com a Abimaq, parte importante das contratações veio do aumento da produção de máquinas e implementos agrícolas.

Queda em dezembro

Apesar do resultado positivo do ano, dezembro registrou desaceleração nos indicadores da indústria de bens de capital. O faturamento do setor subiu apenas 0,4% frente ao mesmo mês de 2020, graças às exportações, mas caiu 6,9% na comparação com novembro.

As vendas no mercado interno recuaram 9,9% contra dezembro de 2020 e 20,3% no comparativo com novembro. Já o faturamento com embarques, apresentado em dólares, subiu 46,4% na comparação interanual. Frente a novembro, no entanto, as exportações recuaram 31,8%, num total de US$ 1,1 bilhão no mês passado.

Em dezembro, o consumo de máquinas no País, incluindo as importadas, somou R$ 23,38 bilhões, com queda de 0,7% na comparação com o mesmo mês de 2020 e de 7,4% ante novembro.De acordo com a Abimaq, as vendas vêm perdendo tração desde o início do segundo semestre do ano passado, tendo entre os motivos a piora na produção de bens de consumo, tanto duráveis como não duráveis.

Fonte: Época
Seção: Máquinas & Equipamentos
Publicação: 27/01/2022

 

Matéria-prima dispara e derruba expectativas da construção civil para 2022

Após um 2021 com crescimento de 2% – num ano em que o PIB brasileiro fechou negativo –, a indústria da construção civil iniciou o ano com o sinal de alerta ligado. O principal motivo de preocupação é o alto custo das matérias-primas, com até mesmo a falta de alguns insumos essenciais, o que desencadeia uma sucessão de riscos que vão do desaquecimento do setor aos níveis altos de empregabilidade atuais. “Ano passado a gente cresceu bem. Em 2022 a gente cresce, mas cresce menos”, resume o presidente da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins.

O momento de atenção que o setor vive está nítido nos resultados da Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada esta semana pela Cbic, apontando que a questão dos insumos incomoda 47,3% das empresas do setor. A preocupação se reflete na confiança do segmento.

Outro indicador que ajuda a entender o pé atrás das empresas neste início de ano é o Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela FGV-Ibre (Fundação Getúlio Vargas). Divulgado nesta quarta-feira (26), o indicador referente a janeiro aponta um recuo de 3,9 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 92,8 pontos. Este é o menor nível desde junho de 2021, quando o registro foi de 92,4 pontos.

Repasse aos clientes

Em Minas, Renato Michel, presidente do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais), faz coro à entidade nacional. “Temos algumas preocupações como o excessivo aumento dos materiais, a escassez de alguns materiais, já que as cadeias de produção ficam desequilibradas com a Covid-19, e o aumento do custo da mão de obra, que precisa ter a inflação de 10% corrigida. Isso, de alguma forma, precisa ser repassado para nosso cliente, e a gente sabe que ele tem uma capacidade limitada, pois parte consegue absorver, mas outros não, especialmente a faixa dos imóveis econômicos”.

Conforme Michel, no ano passado, o custo com materiais de construção passou de R$ 597,93 o metro quadrado, em junho de 2020, para R$ 918,16 em novembro de 2021, uma alta de 53%.

Gerente regional da construtora mineira Ap Ponto, Wesley Gonçalves, diz que a construtora já iniciou o ano com estratégias para driblar o aumento dos insumos e não descarta até mesmo repensar lançamentos conforme o ano avance. “A palavra é cautela, nosso objetivo é aumentar a eficiência e simplificar a jornada do cliente, que cada vez mais deve ser digital. Mas, a todo momento, vamos precisar revisitar as metas para ver se vai ser possível lançar e construir tudo que planejamos”, diz.

Estratégias

No ano passado, segundo ele, as altas sucessivas nos custos fizeram com que a empresa atingisse 80% da meta de lucro, mesmo com todas as 541 chaves previstas entregues.

Isso porque o custo da construção subiu 25%, mas só foi possível repassar entre 6% e 8% aos clientes, e com o dobro de parcelamento. “O perfil dos nossos imóveis é de 45 metros quadrados, que atende uma faixa de renda a partir de R$1.500, uma parcela da população que, além do poder de compra reduzido, muitos perderam totalmente a renda. Se antes a gente dividia no máximo até 50 vezes, hoje nosso cliente precisa de 100 parcelas”, afirma.

Renato Michel, presidente do Sinduscon-MG (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais), avalia que a expectativa para 2022 é manter o ritmo de crescimento, cerca de 2%, comparado a um ano em que as vendas (+28,08%) e lançamentos (+34,04%) no mercado imobiliário de Belo Horizonte e Nova Lima bateram recordes, mesmo com opções cada vez mais restritas e competitivas. Isso porque o estoque disponível de imóveis para comercialização continua decrescendo e há seis anos consecutivos o número de vendas supera o de lançamentos. 

Fonte: Hoje em Dia
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022

 

Índice Nacional de Custo da Construção sobe 0,64% em janeiro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) variou 0,64% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,30%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o índice acumula alta de 13,70% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice subira 0,93% no mês e acumulava alta de 9,39% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,49% em dezembro para 1,09% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, contra 0,10%, em dezembro.

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,05% em janeiro, após variar 0,48% no mês anterior. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,45% para 0,66%.

A variação relativa a Serviços passou de 0,57% em dezembro para 1,28% em janeiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item taxas de serviços e licenciamentos, que passou de 0,00% para 4,81%.

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, ante 0,10% em dezembro.

Capitais

Seis capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Em contrapartida, apenas Brasília apresentou decréscimo em sua taxa de variação.

Fonte: Investimentos e Notícias
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022

 

Ômicron avança em canteiros de obras, diz setor da construção

A ômicron avança nos canteiros e já compromete o cronograma de algumas obras, de acordo com o novo levantamento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), realizado entre os dias 14 e 21 de janeiro.

Em 75% das empresas, os atestados de Covid ou Influenza atingiram até 25% dos trabalhadores. Cerca de 12% tiveram de dispensar até metade da equipe.

José Carlos Martins, presidente da CBIC, diz que o cenário dos números surpreendeu, mas não deve chegar a afetar o setor com um todo. "Teremos tempo para ajustar. São cronogramas maiores que podem ser facilmente adaptados", afirma.

A pesquisa abrange 482 companhias ouvidas em todas as regiões, sendo que aproximadamente 50% têm de 1 a 50 funcionários. A CBIC afirma também que cerca de metade delas tem exigido vacinação completa dos funcionários, além de testar os trabalhadores para detectar o vírus.

Nesta terça-feira (25), o governo federal formalizou a redução no prazo de afastamento dos infectados com Covid-19 para dez dias, contados do dia seguinte ao início dos sintomas ou da realização do teste.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 27/01/2022

 

Hidrogênio verde desponta como alternativa energética sustentável para a indústria

Ele é considerado uma solução para reduzir as emissões de gás carbônico a partir da produção de energia e a fonte energética do futuro. Mas já começa a ser estudado e implementado no presente em diversas partes do mundo, e ganha espaço também no Brasil. Estamos falando do hidrogênio verde, produzido a partir da eletricidade gerada em fontes de energia limpas e renováveis, como a hidrelétrica, eólica e solar, e obtido sem a emissão de carbono.

O uso mais conhecido do hidrogênio atualmente é como combustível para veículos, mas há outros usos possíveis, inclusive pela indústria. O hidrogênio verde pode fornecer energia para prédios inteiros e também substituir o carvão e o gás em setores industriais.

“Este é o caso, por exemplo, da mineração, das refinarias, da produção de aço, da produção de amoníaco”, afirma Olivier Delprat, gerente de desenvolvimento de negócios da área de Gás da Engie Brasil. Ele acredita que essas indústrias poderão adotar o hidrogênio verde como combustível e também como fonte de calor.

No caso da indústria siderúrgica, o hidrogênio verde pode substituir o gás natural no fornecimento de calor para os processos de produção. Segundo o FCG JU, uma parceria público-privada europeia para dar apoio às pesquisas e ao desenvolvimento de tecnologias para células de combustível e hidrogênio, utilizar hidrogênio na fase de produção pode abater 150 milhões de toneladas de gás carbônico por ano na Europa. Esta aplicação na indústria de aço é importante porque, segundo o FCG JU, este setor responde por 7% das emissões de CO2 no mundo.

O uso do hidrogênio verde para geração de calor pode servir também a outros setores, como nas indústrias de cimento, químicos, refino de petróleo e na produção de papel. Na indústria química, o hidrogênio verde é um meio de descarbonização que exige menos adaptação das estruturas do que a eletrificação. Com menos mudanças, os custos da transição também ficam menores, explica o Hydrogen Roadmap Europe,  um relatório que apresenta os caminhos para a transição energética na Europa.

Neste sentido, com os exemplos europeus e com o auxílio da unidade de negócios que se dedica ao hidrogênio verde, a Engie vem buscando promover a adoção desta fonte de energia no Brasil.

“Estamos explorando o mercado, vendo quem, principalmente na indústria pesada, teria interesse em converter suas fontes de energia para o hidrogênio”, explica Delprat.

Para Koen Langie, gerente de Desenvolvimento de Negócios – Hidrogênio Verde da Engie Brasil, o uso dessa fonte energética “permitirá descarbonizar setores que hoje não têm solução em escala industrial”.

A Siemens Energy Brasil também vê grande potencial do país na aplicação desta fonte energética. Para o diretor-geral André Clark, o país tem aspectos que podem torná-lo “imbatível” na produção de hidrogênio, como o grande potencial para a geração de energias eólica e solar, ser o maior produtor de energia hidrelétrica, ter um sistema regulatório bem avançado em geração de energias renováveis e ter seus principais parceiros comerciais, como Estados Unidos, União Europeia e China, com planos de recuperação verde. “O Brasil já é campeão mundial nesse jogo. Imagina se resolver investir dinheiro nisso?”, questionou Clark.

Desafios

Segundo o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coemas) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Thomé, essa nova fonte energética pode contribuir com a transição energética e a consolidação da economia de baixo carbono. No entanto, ele alerta que ainda existem algumas barreiras, como questões tecnológicas, custos, dificuldade de transporte e armazenamento e a necessidade de desenvolvimento de arcabouços institucionais, legais e regulatórios.

“Apesar dos desafios, o país precisa se preparar para desenvolver essa tecnologia promissora, que promete gerar novas oportunidades de novos negócios e benefícios sociais”, afirmou Thomé.

Um dos maiores empecilhos é o custo, mas a BloombergNEF (BNEF) estima que, até 2050, o hidrogênio verde estará 85% mais barato do que o preço de 2020, e terá se tornado mais barato do que o gás natural em 18 dos 28 mercados avaliados pela consultoria. 

Substituto ao petróleo e gás até 2050

Segundo o Portal Hidrogênio Verde, como as fontes de energia renováveis são geradoras de eletricidade, o hidrogênio pode assumir um papel integrador entre a geração de energia elétrica e outros usos e aplicações, como o energético e o químico. Este conceito é chamado Power-to-X (PtX).

As tecnologias PtX podem ser usadas para produzir hidrogênio para veículos movidos a célula, ou querosene para aeronaves com baixo impacto ambiental, por exemplo. O termo “Power” refere-se ao excedente temporário de energia elétrica acima da demanda, e o termo “X” significa a forma de energia ou o uso pretendido.

Por isso, o hidrogênio verde e suas tecnologias PtX são considerados fundamentais para a transição energética que está na agenda dos países comprometidos com o combate às mudanças climáticas. Projeta-se que o hidrogênio verde substitua petróleo e gás natural como principal recurso energético até 2050.

Aposta do Brasil

Em agosto de 2021, o Ministério de Minas e Energia apresentou as diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) aos membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O PNH2 se propõe a definir um conjunto de ações que facilite o desenvolvimento de três pilares fundamentais para o sucesso de uma economia do hidrogênio: políticas públicas, tecnologia e mercado. As diretrizes do programa estão estruturadas em seis eixos, que englobam o fortalecimento das bases científico-tecnológicas, a capacitação de recursos humanos, o planejamento energético, o arcabouço legal e regulatório-normativo, a abertura e crescimento do mercado e competitividade e a cooperação internacional.

Os próximos passos incluem estabelecer a estrutura de governança do programa: instituir um comitê técnico representativo das partes interessadas para gerenciar o programa, que se reunirá periodicamente e preverá a forma de prestação de contas e de monitoramento dos resultados, alinhada com os compromissos assumidos no âmbito do

Ao falar da necessidade de transição energética, o ministro Bento Albuquerque destacou a importância do planejamento e os estudos relativos ao hidrogênio verde, “considerado a fonte energética do futuro”.

Em abril deste ano, durante o 1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe - H2LAC 2021, evento promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo grupo New Energy, o ministro de Minas e Energia do Brasil defendeu que o país e a região estão bem posicionados para se tornarem atores relevantes em hidrogênio, tanto para exportação quanto para atender aos mercados internos e contribuir para a descarbonização das matrizes.

“Por sermos um país com vocação para energia renovável, com 83% da nossa matriz elétrica, temos potencial para gerar hidrogênio verde de forma altamente competitiva”, afirmou.

O ministro também afirmou que grupos privados têm investido em pesquisa e desenvolvimento em hidrogênio no país. Bento Albuquerque afirmou que “o objetivo do Brasil é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio”. “Nossa meta é o desenvolvimento de capacidades tecnológicas, industriais e de infraestrutura, com a geração de empregos de qualidade”, declarou.

Usina de hidrogênio verde no Ceará 

O setor privado tem demonstrado interesse crescente no hidrogênio verde. O grupo australiano Fortescue assinou, no início deste ano, memorando de entendimento com o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, para desenvolver projetos industriais verdes. O projeto contempla a possibilidade de construção de uma usina de hidrogênio verde com capacidade de 300 MW e com potencial para produzir 250 toneladas de amônia verde por ano.

A empresa Enegix e o governo do estado do Ceará deram os primeiros passos para estabelecer um “hub de hidrogênio verde” no Porto de Pecém. Foram anunciados estudos para o que pode vir a ser o maior empreendimento em hidrogênio verde do mundo, com investimentos estimados em US$ 5,4 bilhões.

No mês de setembro, o governo do Estado do Ceará anunciou, ao lado da diretoria da EDP do Brasil, a instalação do projeto piloto para implantação de uma usina de hidrogênio verde no Pecém. A operação deve ser iniciada já em dezembro de 2022, atraindo um total de R$ 41,9 milhões de investimento. Será a primeira usina deste tipo no Brasil. Esse case foi o destaque nacional na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26, em Glasgow, na Escócia.

“Considerando que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no país, seja por seu excepcional potencial solar e eólico – fundamental para a produção do gás – seja por sua localização e pela oferta de excelente infraestrutura para o escoamento desse produto ao mercado internacional, elegemos o estado para abrigar nossa primeira planta de hidrogênio verde no Brasi”, afirmou João Marques da Cruz, 

A usina de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém, instalada em São Gonçalo do Amarante (CE), que deve gerar o combustível limpo com garantia de origem renovável, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade. Ao longo do projeto, serão analisados a cadeia produtiva do gás; modelos de negócios; parcerias estratégicas com indústrias, empresas de serviços e empresas automotivas; geração e armazenamento do combustível; e adaptações em mobilidade utilizando o gás hidrogênio, nos transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 27/01/2022

 

Consumo de aço em 2021 cresceu 23%

A indústria siderúrgica do país encerrou 2021 com desempenho dentro de previsto, com forte crescimento em volume produzido de aço bruto, de venda internas e consumo aparente, apesar da forte desaceleração dos indicadores no último mês do ano. Os dados são do Instituto Aço Brasil.

Em um ano marcado por forte demanda interna até julho e por ampliação das exportações a partir do segundo semestre, as siderúrgicas no país produziram 36 milhões de toneladas de aço bruto, um crescimento de 14,7% em relação a 2020. Em produtos laminados, o setor atingiu 26 milhões de toneladas, mais 19,3%.

O desempenho mostrou-se também robusto nas vendas internas, que somaram 22,4 milhões de toneladas, 15% acima do volume de 2020. No ano da pandemia, o setor afetado no segundo trimestre, porém registrou forte venda de aço a partir de julho.

Também com recorde, desde 2013, o consumo aparente (vendas locais mais importação) de produtos siderúrgicos foi de 26,4 milhões de toneladas, uma expansão de 23,2% na comparação com o ano anterior.

Diante de um mercado aquecido e dificuldades de atender toda demanda pela usinas locais, as importação de material acabado tiveram crescimento de 144% no ano, somando 5 milhões toneladas.

Com aumento da produção de aço e acomodação da demanda doméstica - que ficou abastecida a partir de meados do ano com oferta interna e entrada de material estrangeiro -, as exportações subiram e fecharam o ano com alta de 3,9%, somando 11 milhões de toneladas. Beneficiadas pela alta do aço no mercado internacional, renderam US$ 9,3 bilhões.

Em dezembro, houve desaceleração nos indicadores voltados ao mercado interno devido a incertezas macroeconômicas a partir de setembro. Na produção de aço bruto (menos 11,4%), produtos laminados (-16,8%), vendas internas (-24,7%) e consumo aparente, menos 17,3%. Já as exportações ganharam fôlego, com expansão de 74,9% -1,3 milhão de toneladas. As importações se mantiveram em expansão, com 309 mil toneladas (+ 49,9%). Segundo informações, há ainda muito aço nos portos aguardando ser liberado.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 25/01/2022