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CSN eleva nível de emergência de barragem em Minas Gerais

Técnicos dos órgãos públicos responsáveis por fiscalizar as barragens de mineração existentes em Minas Gerais fizeram vistorias, na manhã de hoje (11), a chamada Barragem B2, localizada na cidade de Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em nota, a empresa Minérios Nacional informa que acionou o nível 2 de emergência da estrutura devido às consequências do grande volume de chuvas que há semanas atinge o estado. Segundo a Defesa Civil estadual, o nível 2 não indica risco iminente de rompimento da barragem. Ainda assim, o local está passando por uma vistoria técnica.

Controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (SCN), a Minérios Nacional afirma que não há pessoas morando na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem, ou seja, na região imediatamente abaixo da estrutura. Informação confirmada pela Defesa Civil estadual.

Ainda em sua nota, a Minérios Nacional acrescentou que o acionamento segue o Plano de Emergência de Barragem de Mineração e que está “trabalhando para minimizar os impactos na estrutura”, sem detalhar quais impactos são estes. “Com a redução das chuvas será possível avançar nos reparos para restabelecer o nível de segurança”, acrescenta a empresa.

Até a publicação desta reportagem, o Corpo de Bombeiros ainda não tinha reunido informações preliminares sobre a inspeção.

Rio Acima é uma das 145 cidades mineiras que já decretaram situação de emergência em razão das chuvas. Desde a semana passada, a precipitação pluviométrica na região fez com que cursos d´água que cortam a cidade, como o Rio das Velhas e o Córrego Santo Antônio, transbordassem. Segundo a prefeitura, nos últimos dias, a população enfrentou inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamento de terra, erosão de terrenos, desabamentos e a interrupção do tráfego de veículos. Além disso, moradores de áreas ribeirinhas, como o bairro Matadouro, tiveram que ser removidos. O abastecimento de água e o transporte público foram interrompidos.

Fonte: CGN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/01/2022

 

Preço da construção acelera para maior alta desde 2013

Pressionado por custo em alta de materiais, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) encerrou 2021 com alta de 18,65%, a maior da série histórica iniciada em 2013 desse indicador informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, o indicador subiu 10,16%.

“De maneira geral, todas as variações [do Sinapi] de 2021 foram muito elevadas”, comentou o gerente da Sinapi do IBGE, Augusto Sergio Lago de Oliveira.

Em dezembro, o indicador subiu 0,52% em dezembro, após alta de 1,07% em novembro. No entanto, Oliveira comentou que, mesmo com a desaceleração observada na evolução mensal do indicador, a taxa do último mês do ano ainda é muito elevada, em termos históricos. Ele informou que, se fosse feita uma mediana das taxas mensais da série histórica, desde 2013 para o Sinapi, essa mediana seria de 0,45%, notou ele. “Portanto está [a taxa de dezembro] no limite superior da mediana.”

Em dezembro de 2021, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.514,52, sendo R$ 910,06 relativos a material e R$ 604,46 à mão de obra. A parcela de material ficou 0,76% mais cara que em novembro. Já a fatia da mão de obra avançou 0,15%. No ano, a inflação dos materiais foi de 28,12%, e a de mão de obra, 6,76%.

O pesquisador comentou que a elevação mais expressiva de custos de material começou no mesmo ano de início da pandemia (2020) e parece não ter se interrompido, até o fim do ano passado. Embora a taxa do Sinapi de 2021 tenha sido mais impulsionada por acelerações concentradas no primeiro semestre de 2021, os materiais mais caros já operam desde algum tempo após chegada da covid-19 ao país, admitiu ele.

“Foi o custo de materiais [que elevou o Sinapi em 2021]. O custo de mão de obra se manteve dentro do padrão [em 2021] do que vemos continuamente nos anos da construção civil.”

O aumento de custo de matéria-prima, desde começo da pandemia, ajuda a explicar o cenário de material em alta mensurado pelo Sinapi. O técnico observou, ainda, que a matéria prima mais custosa ocorreu em ambiente de demanda aquecida no setor da construção civil - algo que também ocorre desde começo da pandemia.

Ao ser questionado se o mesmo ambiente, de material mais caros na construção devido a custo de matéria-prima elevado, pode se repetir em 2022, o pesquisador preferiu não tecer previsões. “É algo que nossa pesquisa não tem como responder.”

Fonte: Valor
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 12/01/2022

 

Construção já sofre com falta de mão de obra e ‘roubo de trabalhador’

Em contraste com a piora da economia brasileira, o setor de obras residenciais está crescendo aceleradamente e até sofrendo com a falta de gente para trabalhar. O problema já é visto na cidade de São Paulo, onde há escassez de profissionais qualificados, como carpinteiros, azulejistas e mestres-de-obras. Há uma explosão de novos canteiros sendo abertos nos terrenos onde antes havia estandes de vendas. A capital paulista teve recorde de lançamentos em 2021 e 2020. Em geral, as obras começam entre seis e nove meses após o lançamento.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Odair Senra, está começando a pipocar o número de casos em que um operário atravessa a rua para trabalhar na obra vizinha com uma remuneração 10% a 15% acima. Esse tipo de situação foi vista pela última vez na virada da última década, quando o mercado imobiliário deu um salto de crescimento. O “roubo de trabalhadores”, como essa prática é chamado no setor, já gerou um alerta do sindicato para que as empresas evitem a concorrência considerada excessivamente agressiva.

Até porque, aos olhos do empresariado, isso vai se refletir em aumento nos custos com salários. O dissídio do ano passado na capital paulista gerou um avanço de aproximadamente 10% para os trabalhadores do setor.

Aquecimento

A construção civil abriu 12,4 mil empregos com carteira assinada em novembro em todo o País, alta de 0,52% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O presidente do Sinduscon-SP observou que o dado indica aquecimento do volume de obras, uma vez que o mês de novembro costuma ter mais demissões que contratações dada a chegada da época das chuvas. No acumulado de todo o ano até novembro, foram gerados 298,6 mil vagas no setor, alta de 14,18%.

Senra disse ainda que as construtoras estão registrando mais ausências de funcionários nos canteiros, mas ainda não está claro se há relação com o aumento dos casos de covid-19. Segundo ele, é comum um nível maior de faltas a cada começo de ano, pois muitos operários costumam visitar parentes fora de São Paulo e demoram a retornar.

Fonte: Estadão
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 12/01/2022

 

Petrobras reajusta preço da gasolina e do diesel em até 8% hoje

Gasolina e diesel ficarão mais caros a partir de quarta (dia 12). A Petrobras anunciou o reajuste nesta terça-feira (dia 11).

O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro (4,85%). Já o preço médio do diesel será elevado de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro (8,08%).

Deverá ser repassado ao consumidor o valor de R$ 0,11 no caso da gasolina e de R$ 0,24 no diesel, por litro.

A empresa destacou que os reajustes ocorrem após 77 dias sem aumento.

“Os últimos aumentos ocorreram em 26/10/2021 e, desde então, os preços praticados pela Petrobras para a gasolina foram reduzidos em R$ 0,10 litro em 15/12/2021, e permaneceram estáveis para o diesel”.

A Petrobras ressaltou também que os ajustes são “importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”.

Fonte: Metrópoles
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 12/01/2022

 

Mercado projeta expansão menor para PIB brasileiro em 2022, de 0,28%

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a cair, agora de 0,36% para 0,28%, no Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada.

O ponto-médio das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 também caiu, de 1,80% para 1,70%. Para 2024, manteve-se em 2%. No caso de 2021, dado a ser divulgado em 4 de março, permaneceu em 4,50%.

Quanto à inflação, os consultados pelo BC esperam uma alta de 5,03% no IPCA neste ano, sem mudança. Para 2023, caiu de 3,41% para 3,36%. Para 2024, permaneceu em 3%.

Em relação a 2021, a mediana das projeções dos economistas é de 9,99% para a inflação do período, em vez de 10,01%.O IPCA de 2021 será conhecido na terça-feira, junto com o dado relativo a dezembro.

Para a taxa básica de juros (Selic), o ponto-médio das expectativas subiu de 11,50% para 11,75% em 2022 e permaneceu em 8% em 2023 e 7% em 2024.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic em 1,5 ponto percentual na última reunião de 2021, no começo de dezembro, passando de 7,75% para 9,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2017. Foi a sétima alta consecutiva e já era esperada pelo mercado. No comunicado, o Copom informou que antevê outro ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, prevista para os dias 1º e 2 de fevereiro.

Quanto ao câmbio, a mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,60. Para 2023, o ponto-médio das projeções para a moeda americana subiu, de R$ 5,40 para R$ 5,45, entre uma semana e outra. Para 2024, foi de R$ 5,30 para R$ 5,39.

Fonte: IABr - Instituto Aço Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 11/01/2022

Mineradoras suspendem produção em MG

As fortes chuvas que atingem grande parte do Estado de Minas Gerais desde o início do ano, com recrudescimento no fim de semana, fizeram ontem Vale, Usiminas e CSN suspender suas operações de produção de minério de ferro no Estado, transporte ferroviário e embarques nos portos temporariamente. As empresas divulgaram comunicados ao mercado e não forneceram mais detalhes.

Outra mineradora, a Vallourec, cujo dique de água transbordou no sábado, paralisando uma rodovia, a BR-040, está com sua mina Pau Branco suspensa por decisão da Justiça. O Ministério Público ainda pediu bloqueio de R$ 1 bilhão da companhia. A empresa também não concedeu entrevista.

Para o analista do Itaú BBA, Daniel Sasson, a suspensão das operações de minas das três empresas não devem afetar os preços do minério de ferro, caso essa paralisação ocorra em até duas semanas.

Pelas contas de Sasson, se isso durar 15 dias, a Vale deixaria de produzir 3 milhões de toneladas, a CSN outras 430 mil e a Usiminas 330 mil. “Não é um volume gigantesco, somando as três operações seriam de 3,7 milhões a 3,8 milhões que deixariam de ser produzidos em duas semanas. Mas se essa parada persistir, e durar, um mês, por exemplo, ai sim poderia mexer nos preços da commodity”.

Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, não vê também que esse movimento das mineradoras possa interferir nos preços do minério. Segundo ele, o suprimento para o mercado chinês se mantém forte e isso deve segurar a cotação da principal matéria-prima. Ele ressaltou que de 27 de dezembro a 2 de janeiro, os embarques do Brasil e Austrália somaram 28 milhões de toneladas. “A normalização de oferta e demanda é o que vai reger o ritmo de preços do minério. Essas paradas não devem durar por muito tempo. Caso perdurem além do programado, aí, sim, pode afetar os preços.”

Rafael Barcelos, analista do Santander, afirmou que a suspensão das operações da Vale nas minas de Brucutu e Mariana no Sistema Sudeste e a suspensão das operações em todos os complexos do Sistema Sul poderiam reduzir a produção de minério de ferro em mais de 250 mil toneladas por dia, ou 5 % da oferta marítima diária.

“Acreditamos ainda que essa suspensão pode implicar em riscos para o guidance de produção de minério de ferro da Vale para 2022, dependendo de quanto tempo levar para a retomada das operações na região. A incerteza da oferta também pode elevar os preços do minério. Mantemos nossa projeção de preços médios em US$ 105 por tonelada para 2022, mas com riscos de alta”, disse em relatório.

Para suspensão das minas da Usiminas e CSN, ele avalia que a medida não deve afetar os suprimentos das usinas de aço das companhias, pois, os estoques da commodity nas usinas estão em alta.

A Gerdau informou que também tem enfrentado problemas operacionais em todas as unidades da empresa em Minas Gerais, incluindo a mineração. “A companhia acredita que estas dificuldades devem ser mitigadas dentro dos próximos dias e segue monitorando a situação. No momento, o atendimento aos clientes segue inalterado.” A empresa tem uma siderúrgica e uma mina de ferro no município de Ouro Branco.

A Anglo American informou que a produção de minério em Conceição do Mato Dentro (MG), segue conforme o previsto para o período de chuvas. “As estruturas de contenção da barragem - que é alteada a jusante - e dos diques permanecem seguras. A empresa mantém rigoroso programa de monitoramento”, disse em nota.

A ArcelorMittal informou que continua acompanhando em tempo real as fortes chuvas no Estado e está adotando medidas preventivas e corretivas para mitigar os impactos em suas operações, em virtude das interdições de rodovias e priorizando a segurança operacional, das pessoas e atendimento aos clientes e que sofreu apenas impactos pontuais nas operações.

A ação Vale3 fechou o dia na B3 com baixa de 1,13%. Já CSN, CMIN, Usiminas e Gerdau tiveram alta de 3,32%, 0,14%, 4,77% e 0,55%.
 
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/01/2022