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2022 será bom ano para ferro, aço e alumínio, prevê XP

O relatório elaborado pela XP, corretora de valores, prevê um mercado mais equilibrado para 2022, acreditando na redução gradual dos efeitos do Covid-19 na economia.

Os preços do minério de ferro deverão se manter nos níveis atuais, já que o crescimento da demanda da China está estável e as importações do minério devem se normalizar depois das Olimpíadas de Inverno e a desaceleração da crise energética de 2021 no país.

A previsão é de que a commodity seja negociado em média de US$ 100 por tonelada em 2022.

O alumínio é o favorito para 2022. A previsão é que o déficit global na indústria do metal e o aumento dos custos energéticos devem manter altos os preços e prêmios de alumínio.

No Brasil a demanda deve continuar crescendo, devido à expansão dos setores da construção e transporte.

O aço tem perspectivas piores do que de 2021, mas ainda assim são consideradas boas pelos analistas da corretora. A expectativa é de que “a demanda por aço no Brasil deve se beneficiar de uma recuperação gradual pelo segmento de construção”.

A XP acredita que o aumento da oferta de ferro (impulsionada pela Vale) deve ser compensado pelo aumento da demanda de aço nos Estados Unidos e Europa.

Já os aços longos devem manter um bom desempenho devido aos lançamentos de novos imóveis.

Entretanto, a queda dos preços internacionais de aço e a redução da diferença entre os valores do aço e do ferro devem impactar no mercado.

Quanto à celulose, há uma preocupação que os preços da celulose de fibra curta (BHKP) caiam ainda mais na China. Ainda sim, há chances de estabilidade, devido ao crescimento do PIB que mantém a demanda saudável, a restrição de oferta e a elevação do custo marginal.

A previsão é de que o preço da celulose fique em US$ 580 por tonelada, mantendo as vendas dos produtores brasileiros estável.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

Vale pretende investir US$ 5,8 bilhões em 2022

Sem projetos faraônicos na carteira de investimentos como no passado, a mineradora Vale (BOV:VALE3) divulgou ontem, durante encontro presencial com analistas na Bolsa de Nova York, que pretende investir US$ 5,8 bilhões em 2022, incluindo plantas de filtragem de rejeitos, descaracterização de barragens a montante e outras frentes de crescimento. Para os anos seguintes, a empresa informou que deve desembolsar investimentos na faixa de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões anualmente.

Durante a apresentação para investidores, a Vale detalhou que a companhia deverá atingir uma capacidade de produção de 370 milhões de toneladas de minério de ferro ao fim de 2022, frente a uma capacidade atual de 341 milhões de toneladas.

Esse crescimento será resultado de investimentos feitos nos últimos anos, incluindo capacidades adicionais nas operações do Sistema Norte, como o projeto Gelado, na Serra Norte, e ampliações no S11D, no Pará. Ao longo dessa década, a produção poderá chegar a 400 milhões de toneladas por ano.

Preços atuais

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse, em entrevista ao Estadão, que o mercado de minério de ferro vive um “ruído de curto prazo” na China, principal destino da produção da mineradora.

Para ele, porém, o mercado deve ficar “mais ou menos equilibrado” a partir do segundo trimestre de 2022, depois da realização dos Jogos de Inverno de Pequim, marcados para fevereiro de 2022.

“A China, deliberadamente, segurou o crescimento para não superaquecer a economia, para bater meta de energia e de controle de poluição. Acho que o mercado vai continuar assim até a Olimpíada”, ressaltou Bartolomeo. “Não vemos a China com crescimento negativo no ano que vem, produzindo menos de 1 bilhão de toneladas de aço em 2022. Seria um pouso forçado que a gente não vê”, completou.

Além do minério de ferro, a Vale tem outra frente de crescimento nas operações de metais básicos – como cobre e níquel, por exemplo.

A expectativa é de que a operação tenha trajetória de recuperação, após “muitos desafios” em 2021. Além da greve de funcionários na mina de Sudbury, no Canadá, a Vale sofreu também com atrasos na manutenção da mina de Sossego, localizada no Estado do Pará, por causa de restrições impostas pela companhia.

Outros planos

Bartolomeo disse a analistas que a operação de metais básicos é uma plataforma de crescimento e diversificação. A expectativa é de que a produção de níquel alcance de 175 mil a 190 mil toneladas em 2022, acima do estimado para 2021. No caso do cobre, a produção deverá ficar na faixa de 330 mil a 335 mil toneladas em 2022, acima do intervalo entre 295 mil e 300 mil toneladas registrado em 2021.

Nos cálculos do mercado, a operação de metais básicos da Vale pode valer quase US$ 30 bilhões, valor correspondente a sete vezes a geração de caixa operacional, de US$ 4 bilhões. O mercado espera que a Vale faça uma cisão do ativo e, eventualmente, parta para sua abertura de capital. Ontem, o vice-presidente executivo de estratégia e transformação de negócios, Luciano Siani, disse que uma decisão nesse sentido deve ficar para 2023. O Repórter viajou a convite da Vale.
Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

 

Reposição coloca minério perto de maior ganho semanal em 2 meses

O minério de ferro segue rumo à maior alta semanal em quase dois meses, impulsionado pela expectativa de reposição de estoques de usinas chinesas e menor oferta global.

A matéria-prima subiu esta semana em reação ao corte da estimativa de produção pela Vale e melhor cenário para a demanda de usinas. Ainda assim, os preços caíram mais da metade desde a máxima em maio e fecharam novembro com período recorde de perdas mensais sob o peso de restrições na China, que encolheram o consumo a longo do ano.

Com melhores margens de lucro, siderúrgicas têm conseguido repor estoques de curto prazo, disse Wang Haitao, analista da Huatai Futures. Mas, no longo prazo, os volumes e consumo de aço moderados criam um cenário baixista para os preços do minério de ferro.

Investidores também precisam monitorar o impacto dos recentes surtos de Covid-19 sobre consumidores de aço bruto, disse Wang. A China registrou 73 infecções por coronavírus em 1º de dezembro e fechou uma fronteira ferroviária com a Mongólia devido ao surto. O governo chinês disse que está pesquisando uma vacina contra a ômicron, embora ainda não tenha divulgado casos da variante.

No lado da oferta, os embarques no mês passado permaneceram fracos devido às fortes chuvas no Brasil, em ambos os sistemas Norte e Sul da Vale, de acordo com a empresa de rastreamento de granéis sólidos DBX Commodities. A intensa atividade de manutenção em Port Hedland, na Austrália, também afetou as exportações da BHP e Fortescue Metals, disse.

Fonte: Bloomberg News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 02/12/2021

Os pilares da construção civil para 2022

Gerenciamento estratégico e resiliência: esses foram os pontos de apoio que fizeram com que o mercado imobiliário e o setor da construção civil se adaptassem rapidamente aos impactos da pandemia desde o último ano. Hoje, ambos colhem os frutos das mudanças implementadas e já traçam novas perspectivas para o segmento.

Mesmo com a chegada da pandemia, o mercado imobiliário protagonizou o melhor índice de vendas dos últimos sete anos. De acordo com relatório recente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis no país aumentaram 26,1% em 2020.

Já a construção civil superou as expectativas, com uma estimativa de crescimento em 4% no PIB do setor, o maior desde 2013, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Outro dado relevante é a geração de emprego, que acumulou em maio de 2021 mais de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. A oferta de vagas também teve crescimento. Conforme relatório da CBIC, foram abertos cerca de 15% novos postos de trabalho em relação a janeiro de 2020.

É possível ver os efeitos positivos da construção civil também na economia. As projeções da CBIC mostram que em cada R$ 1 milhão de residências entregues, cerca de 3,31 empregos são gerados no pós-obra, o que contribui para um adicional de R$ 0,16 no PIB e R$ 0,08 em tributos. Além disso, o segmento residencial da construção civil tem capacidade de expandir os resultados.

No processo pós-obra, após a entrega das edificações, o setor consegue gerar 36% a mais de demandas para diversos outros setores da economia, incluindo a própria construção.

Construindo o futuro alicerçado no presente

A prosperidade do setor não se limita apenas a números. Se foi possível um crescimento durante a pandemia, muito se deu devido ao investimento em modernização e inovação. Agora, o desafio é manter a construção civil impulsionada e em plena ascensão. Para isso, o uso da tecnologia e a adoção de uma agenda sustentável são elementos cruciais.

É o que aponta o levantamento feito com líderes empresariais pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro de 2021. O estudo mostra que 80% das empresas de grande e médio porte que inovaram em 2020 e 2021 tiveram um ganho de lucratividade, produtividade e competitividade.

Além disso, o impacto da construção civil ao meio ambiente é um dos temas que está em alta. Embora essa não seja uma pauta recente, a exploração e uso irrestrito dos recursos naturais está ganhando mais força e visibilidade. Se antes a sustentabilidade era apenas um diferencial competitivo, hoje ela se torna uma iniciativa vital para todos os setores produtivos. Mais economia, atração de grandes investimentos e oportunidade de novos negócios são apenas alguns desses benefícios.

Já no campo da tecnologia, temos a expansão das construtechs, empresas focadas em soluções para o mercado imobiliário e de construção civil. Com inovações disruptivas, essas startups proporcionam ao setor soluções que possibilitem um gerenciamento mais estratégico do negócio.

Apesar dos desafios que o mercado imobiliário e de construção civil ainda têm pela frente, especialistas afirmam que esses segmentos são um pilar essencial para a recuperação da economia brasileira nos próximos anos. Para isso, aliar o tradicional ao inovador pode ser uma grande estratégia.

Fonte: NSC Total
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 02/12/2021

Contratos futuros do aço fecham em baixa na China por temor com variante Ômicron

Os contratos futuros do aço na China foram negociados em uma faixa estreita, nesta segunda-feira, por temores com a demanda devido à nova variante do coronavírus Ômicron, enquanto os preços do carvão metalúrgico e do coque caíram após uma queda nos futuros do carvão térmico.

“Afetados pela nova variante do coronavírus, os preços do aço caíram durante a sessão noturna por causa do pânico”, escreveu a GF Futures em uma nota, acrescentando que o impacto real na demanda e no fornecimento do metal industrial pode ser limitado.

Analistas da CITIC Futures também observaram que os preços das commodities podem ser pressionados pela situação de pandemia no curto prazo, mas serão apoiados pela flexibilização da política de propriedade na China no longo prazo.

O vergalhão de aço na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em maio, caiu 0,9%, para 4.145 iuanes (649,19 dólares) por tonelada, após queda de 2,5% na sexta-feira.

O contrato de janeiro das bobinas a quente, usadas no setor de manufatura, recuou 0,9%, para 4.533 iuanes por tonelada.

Os futuros do aço inoxidável de Xangai caíram 2,6%, para 17.170 iuanes por tonelada.

Os preços dos ingredientes para produção de aço na Bolsa de Commodities de Dalian fecharam mistos.

Os futuros do minério de ferro de referência saltaram 4,8%, para 615 iuanes por tonelada, devolvedo parte da alta anterior de 6,1%. O contrato caiu 6,7% na sexta-feira.

Os preços spot do minério de ferro com 62% de teor de ferro para entrega na China, compilados pela consultoria SteelHome, subiram 3 dólares, a 105 dólares a tonelada nesta segunda-feira.

Os futuros do carvão metalúrgico e do coque acompanharam a queda nos preços do carvão térmico, que despencou 7,7% no início da sessão, com o governo sinalizando mais regulamentações de preços.

O carvão metalúrgico e o coque caíram 2,1% para 2.048 iuanes por tonelada e 2,8% para 2.599 iuanes por tonelada, respectivamente.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/11/2021

MVV realiza 1º embarque de minério e se consolida no mercado de “metais verdes”

Mais um marco atingido no sábado, dia 27 de novembro de 2021. A Mineração Vale Verde (MVV), empresa do Grupo Appian Brazil, está vivenciando mais um importante passo na caminhada do empreendimento em Alagoas — tanto na história da MVV, como na do povo alagoano.

A MVV realizou, nesta data, o primeiro embarque de minério a partir do Porto de Maceió.

“De forma segura, responsável e inteligente, a MVV inaugura mais esse novo momento da história da empresa e do Estado de Alagoas. Agradecemos todos os envolvidos, sejam investidores, empregados(as), prestadores de serviço, empresas parceiras e os representantes das esferas públicas do Estado e região onde estamos inseridos. Cada um e cada uma deram sua contribuição para que este sonho se firmasse no solo fértil da cidade de Craíbas — com a instalação da nossa planta de beneficiamento — e agora ganhando os mares. Alagoas contribuirá para a revolução energética que estamos vivenciando, trazida por ‘metais verdes’ como este”, diz o gerente geral de Operação da MVV, Tony Lima.

O transporte de concentrado de cobre para estocagem no Porto de Maceió foi iniciado no final do mês de setembro. A previsão, segundo Tony, é que a cada dois meses os navios venham buscar esse material em Alagoas.

“Desde o início, a MVV estocou o cobre em dois galpões nossos e agora estamos acompanhando a primeira exportação. É um marco para nosso Estado”, pontua o administrador do Porto de Maceió, Dagoberto Omena.

PRIMEIRO LOTE

Como frisou o gerente geral de Operação da MVV, o concentrado de cobre da Mina Serrote servirá de insumo para a nova revolução energética, contribuindo para a descarbonização do nosso planeta.

Este é apenas o começo da jornada da Mineração Vale Verde, levando o minério craibense para este novo cenário que está se formando no mundo, visto que este minério está sendo extremamente requisitado, sobretudo, na fabricação de carros elétricos — o que reduzirá o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis, como a gasolina.

Paulo Castellari, CEO do Grupo Appian Brazil, ressalta o excelente momento do Grupo. “Estamos fechando 2021 com chave de ouro. Primeiro, concluímos as obras de instalação da Mina Serrote abaixo do orçamento e antes do prazo previsto. Agora, após quase seis meses de Operação, realizamos o nosso primeiro embarque de concentrado de cobre. Essa é uma grande conquista do nosso Grupo que só vem reforçar o excelente trabalho que desenvolvemos. Vamos continuar trabalhando firmes, com segurança e minerando de forma inteligente e sustentável”, ressalta.

Agora, com a integração com o Grupo Sibanye-Stillwater — o novo mantenedor da MVV —, a empresa seguirá avançando como um dos principais ativos da multinacional sul-africana na América Latina, tendo em vista o empenho de todos os empregados, empregadas e prestadores de serviços locais para a consolidação de uma “Mineração do Futuro”, uma indústria mais “verde” e sempre alinhada com as comunidades vizinhas ao empreendimento e com o Agreste alagoano como um todo.

Fonte: Tribuna Hoje
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 29/11/2021