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Vale anuncia venda de participação na California Steel Industries por US$ 400 mi

A mineradora Vale informou nesta segunda-feira (13) que sua subsidiária Vale Canada Limited fechou contrato com a Nucor Corporation para a venda indireta da participação de 50% da produtora de aço California Steel Industries (CSI), por US$ 400 milhões, valor a ser ajustado pela dívida líquida e capital de giro no fechamento.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a mineradora destaca que o fechamento da operação está previsto para o primeiro trimestre de 2022. A venda está sujeita às condições precedentes usuais deste tipo de transação.

"A transação reforça a disciplina de capital da Vale, focando em seus negócios core (principais) e o compromisso com um portfólio mais enxuto", afirmou a companhia.

A CSI é uma produtora de aços laminados planos e tubos de aço localizada na Califórnia, Estados Unidos, com capacidade de produção anual de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.

A Vale tornou-se acionista da California Steel Industries em 1984 e detinha 50% das ações emitidas pela empresa, compartilhando o controle com a JFE Steel Corporation.

Fonte: Estadão
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 14/12/2021

 

Com apoio do Estado, DAF confirma investimento de R$ 395 milhões em Ponta Grossa

A DAF Caminhões Brasil vai ampliar a presença no Paraná. A montadora de origem holandesa confirmou o investimento de US$ 70 milhões (cerca de R$ 395 milhões pela cotação atual) nos próximos seis anos (2021-2026) na ampliação da planta localizada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. De acordo com a empresa, a expansão busca impulsionar o atendimento ao mercado nacional e também preparar a marca para exportação de caminhões para outros países da América do Sul.

O investimento contará com o apoio do Governo do Estado por meio de programas de incentivos fiscais coordenados pela Invest Paraná, e deve garantir inicialmente a criação de 180 empregos diretos, com a perspectiva de venda de mais de 40 mil novos caminhões. O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta segunda-feira (13) durante reunião com diretores da empresa no Palácio Iguaçu.

“Estamos falando de uma das maiores montadoras do mundo, que já está instalada no Paraná e agora vai ampliar os seus investimentos aqui. Com isso, a DAF poderá exportar os caminhões produzidos no Paraná para outros países da América do Sul. São mais caminhões sendo vendidos e mais empregos sendo criados em nosso Estado”, afirmou o governador.

Ratinho Junior afirmou que o Paraná passa por um bom momento político e econômico, fatores essenciais na atração de novas indústrias. Lembrou que o Estado abriu mais de 176 mil vagas de emprego com carteira assinada entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, e se consolidou como um dos principais geradores de postos de trabalho do País.

“É um recorde, nunca o Paraná havia atingido indicadores tão bons em relação a empregos formais. E essa ação da DAF vai além do próprio investimento, já que tem potencial para atrair outras empresas, aqueles fornecedores que produzem peças para a própria DAF, em um verdadeiro efeito dominó na economia estadual”, ressaltou.

O governador destacou ainda que o planejamento do Governo do Estado aponta para a consolidação de R$ 100 bilhões em atração de investimentos privados entre janeiro de 2019 e dezembro deste ano. “Isso é fruto do trabalho de uma equipe que foca na prospecção de investimentos, o que reforça a credibilidade do governo. Ninguém investe em um governo sem credibilidade”, disse.

EXPANSÃO – O complexo da DAF em Ponta Grossa é a maior unidade fabril do grupo no mundo. Localizado no trecho urbano da PR-151, a área total é de 2,3 milhões de metros quadrados. A participação atual da empresa na venda de caminhões pesados no Brasil é de 8,7%, se consolidando na quarta colocação do ranking nacional. 

A unidade paranaense começou a ser construída em 2011 e entrou em atividade em 2013. Foi a primeira fábrica da marca fora da Europa e uma das mais modernas do mundo. A Paccar, controladora da DAF, investiu US$ 200 milhões na fábrica do Paraná. A empresa também investiu, em 2018, R$ 60 milhões para a implantação de uma linha de montagem de motores na fábrica de Ponta Grossa.

Em 2019, a montadora começou a erguer um centro de distribuição de peças de 15 mil metros quadrados, vizinho à planta atual.

PRESENÇAS – Participaram do anúncio o vice-governador Darci Piana; o assessor de assuntos econômico-tributários da Secretaria de Estado da Fazenda, Gilberto Calixto; o assessor da presidência da Invest Paraná, Rogério Chaves; o presidente da DAF Caminhões Brasil, Lance Walter; o diretor jurídico e de relações governamentais da empresa, Ulisses Chaves; e o diretor financeiro e administrador, Carlos Presente.

Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 14/12/2021

 

Indústria encerra o ano confiante com os próximos seis meses

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), avançou 0,7 ponto em dezembro de 2021 em relação a novembro, subiu de 56 para 56,7. A alta interrompe uma sequência de três fortes quedas, quando o ICEI recuou 7,2 pontos. Esse índice varia entre 0 e 100, tendo uma linha de corte em 50 pontos. Dados acima de 50 indicam confiança e abaixo falta de confiança. Foram entrevistadas 1.471 empresas entre 1º e 7 de dezembro.

O indicador está acima da média histórica de 54,1 pontos. No entanto, na comparação com dezembro do ano passado há um recuo. O ICEI caiu de 63,1 para 56,7. Essa queda releva que a confiança está menos disseminada e intensa do que no final de 2020.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a diferença é justificável. No fim do ano passado, a indústria estava bastante aquecida, após uma rápida recuperação no que se considerava uma superação definitiva da crise de covid-19 e com a falsa percepção de que o problema de insumos seria contornado facilmente no primeiro semestre do ano seguinte. 

“Nada disso aconteceu e, no mês seguinte, vimos a confiança cair. Mas também temos que admitir que a confiança sobe no fim do ano, pela esperança de que o ano novo será melhor”, explica.

No índice atual, é igualmente importante observar os componentes do ICEI. A confiança é formada pelo Indicador das Condições Atuais e o Indicador de Expectativas para os próximos seis meses. Para o momento, a confiança na economia brasileira está em 45,3 pontos, abaixo da linha divisória, e na empresa, 52,4 pontos. Na média, a percepção sobre as condições atuais ficou em 50 pontos. 

A percepção para os próximos seis meses é bem diferente. O indicador para a economia está em 55,3 pontos e para a empresa, 62,5. A média ficou em 60,1. A leitura desse dado mostra que o otimismo para o próximo semestre está mais forte e disseminado.

Fonte: Infomet
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/12/2021

Usiminas paga R$ 191,4 milhões em juros sobre capital próprio; veja quem pode receber

A Usiminas (USIM5) anunciou que o conselho da companhia aprovou a distribuição de R$ 191,4 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, no montante de R$ 0,14 a cada ação ordinária e de R$ 0,16 a cada ação preferencial.

O conselho aprovou também, por unanimidade, que os JCP sejam imputados ao valor dos dividendos distribuídos pela companhia em relação ao exercício social de 2021.

O pagamento dos proventos será efetuado no dia 30 de dezembro de 2021. A Usiminas ainda esclareceu que os valores aprovados não estão sujeitos à atualização monetária ou qualquer remuneração entre a presente data e a data de seu efetivo pagamento.

A companhia informou que os acionistas que detiverem ações da Unisminas em 15 de dezembro de 2021 terão o direito de receber o montante. As ações de emissão passarão a ser negociadas “ex-proventos” no dia 16 de dezembro de 2021.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/12/2021

ArcelorMittal completa 100 anos do segmento de aços longos no Brasil

A  ArcelorMittal, maior produtora de aço do Brasil e líder global do setor, completa 100 anos de atividades do segmento de aços longos no país no dia 11 de dezembro. Uma das indústrias brasileiras de maior longevidade, a produtora de aço chega ao seu centenário com os pés no presente e olhar no futuro. A empresa se prepara para um novo ciclo de crescimento e investe, cada vez mais, no desenvolvimento de produtos de maior valor agregado, na oferta de soluções completas e inovadoras para a cadeia do aço e na implementação de ações que reforçam a diversidade e a inclusão em todos os âmbitos da sua atuação.

"Completar o centenário é motivo de orgulho para todos nós da ArcelorMittal. Isso demonstra a nossa capacidade de reinvenção para superar os mais diversos desafios ao longo de todo esse tempo. Atingimos essa marca histórica, renovando nosso compromisso de atender às demandas atuais e futuras da sociedade, continuando a desenvolver soluções em aços inteligentes, com inovação e sustentabilidade", afirma Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos LATAM e Mineração Brasil.

Em novembro, a ArcelorMittal anunciou que investirá R$ 4,3 bilhões em sua operação brasileira a partir de agora até 2024. Os investimentos serão feitos na Usina de Monlevade, na cidade de João Monlevade, e na Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, ambas em Minas Gerais. A Usina de Monlevade quase dobrará a capacidade produtiva, passando do atual 1,2 milhão de toneladas/ano de aço bruto para 2,2 milhões de toneladas/ano em 2024. Já a Mina de Serra Azul terá sua produção praticamente triplicada, do atual 1,6 milhão de toneladas/ano para 4,5 milhões de toneladas/ano de minério de ferro.

História marcada por pioneirismo e inovação

Resultado da associação entre o grupo produtor de aço europeu ARBED e a Companhia Siderúrgica Mineira, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira surgiu em 1921, em Sabará (MG). Neste período, a usina possuía o maior alto-forno a carvão vegetal do Brasil, com capacidade para produzir 25 toneladas por dia de gusa. O vanguardismo da ArcelorMittal no Brasil acompanha a sua trajetória na indústria brasileira e no setor de aço. Foi a primeira produtora de aço a contar com uma planta industrial integrada na América do Sul, também na unidade de Sabará, no ano de 1925.

A companhia inovou ao lançar o primeiro comércio eletrônico de produtos no segmento de aço, em 2015, e na estruturação de uma rede própria de lojas de varejo, dois anos depois, tornando-se a companhia precursora do setor a realizar vendas diretas para um mercado B2C e, recentemente o primeiro sistema de franquias do segmento.

Hoje, no Brasil, a empresa tem unidades industriais no segmento de aços longos em quatro estados (MG, MS, RJ e SP), além de escritórios de representação e comercialização distribuídos em todo o país, compondo uma força de trabalho de mais de 6 mil empregados. Atua, ainda, em áreas diversificadas como geração de energia para consumo próprio, produção de biorredutor renovável (carvão vegetal a partir de florestas de eucalipto) e tecnologia da informação.

Visão ampliada

Para celebrar a força da sua história centenária de liderança, pioneirismo e de respeito e cuidado pelas pessoas, pela sociedade e pelo meio ambiente, a ArcelorMittal tem apostado na ampliação de seu papel como agente de transformação na indústria do aço e na sociedade.

Desde maio de 2021, a companhia conta com a Diretoria de Estratégia, ESG, Inovação e Transformação do Negócio. A área é considerada internamente como a "Diretoria do Futuro" por reunir numa mesma equipe a missão de potencializar a estratégia do negócio, conectando a performance de hoje com os desafios do amanhã. Além disso, tem saído na frente com a inovação aberta. A ArcelorMittal criou o Açolab - primeiro laboratório de inovação do setor siderúrgico do mundo - em 2018. Com sede em Belo Horizonte e atuação voltada para facilitar, organizar e acelerar o processo de inovação na ArcelorMittal, o hub de inovação está conectado a mais de 8 mil agentes do ecossistema. Neste ano, lançou o Açolab Ventures, fundo de gestão que vai investir mais de R$ 100 milhões em startups e pequenas empresas inovadoras nas áreas de Siderurgia, Mineração, Construção Civil, Indústria, Sustentabilidade, Logística, Comercial, Varejo e Distribuição.

Desde maio de 2021, a companhia conta com a Diretoria de Estratégia, ESG, Inovação e Transformação do Negócio. A área é considerada internamente como a "Diretoria do Futuro" por reunir numa mesma equipe a missão de potencializar a estratégia do negócio, conectando a performance de hoje com os desafios do amanhã.

Além disso, tem saído na frente com a inovação aberta. A ArcelorMittal criou o Açolab - primeiro laboratório de inovação do setor siderúrgico do mundo - em 2018. Com sede em Belo Horizonte e atuação voltada para facilitar, organizar e acelerar o processo de inovação na ArcelorMittal, o hub de inovação está conectado a mais de 8 mil agentes do ecossistema. Neste ano, lançou o Açolab Ventures, fundo de gestão que vai investir mais de R$ 100 milhões em startups e pequenas empresas inovadoras nas áreas de Siderurgia, Mineração, Construção Civil, Indústria, Sustentabilidade, Logística, Comercial, Varejo e Distribuição.

Nos últimos meses, a ArceloMittal anunciou globalmente metas ambiciosas que guiarão seus esforços para se tornar uma empresa mais sustentável, inclusiva e atenta aos anseios do presente e do futuro da sociedade. Uma missão da companhia é se tornar mais diversa e inclusiva e acelerar a chegada de mulheres nos quadros da empresa. Até 2030, a meta é ter 30% de força feminina distribuída nas atividades - do chão da aciaria até diretorias. Atualmente, seis mulheres ocupam cargos de diretoria na empresa, sendo uma delas a primeira Diretora de Operações de uma siderúrgica no Brasil.

Outro compromisso assumido é o de se tornar uma empresa carbono neutro até 2050. Para alcançar o objetivo, se propõe a investir 100 milhões de euros por ano por quatro anos em iniciativas inovadoras voltadas à redução das emissões de CO2.

Fonte: ABM Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 13/12/2021

Importação de máquinas desequilibra a balança comercial e gera déficit

O arrefecimento da pandemia no Brasil tem gerado um sentimento de confiança para a indústria. Até o final de outubro deste ano, o setor investiu mais de US$17 bilhões em importações de máquinas e componentes para a produção industrial. O índice é o mais elevado desde dezembro de 2019, quando foram gastos US$18,3 bilhões, conforme levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). 

Entretanto, apesar do aporte intenso em importações, o saldo é negativo com o balanço de exportações ainda abaixo do nível de insumos adquiridos de mercados externos. Até outubro, o déficit acumulado em 2021 foi de US$9,9 bilhões. O prejuízo ocorre mesmo com as arrecadações com exportações tendo atingido o maior patamar no Brasil desde o início da pandemia da Covid-19.

Entre os setores que mais importaram máquinas e componentes desde o início do ano está o de bens de capital e consumo. Juntos representam 65,7% do maquinário comprado fora do país. Outros setores de destaque são o de máquinas para logística e construção civil, agricultura e indústria de transformação.

A diretora do departamento de economia e estatística da Abimaq, Cristina Zanella, ressalta que os principais parceiros do Brasil para a importação no setor industrial são a China, Estados Unidos e Alemanha. 

Ela destaca que o déficit é histórico, já acompanhado desde 2010. “Sempre em períodos em que a economia brasileira tem possibilidade de expansão, e exige mais investimentos, tende a consumir mais máquinas e é natural que eleve o déficit”, observa. Zanella destaca, ainda, que o cenário não é exclusivo do Brasil. “A Alemanha, por exemplo, é a principal produtora de bens de capital e também importa em grande quantidade”, acrescentou.

O maquinário importado, conforme a Abimaq, é utilizado para incrementar a linha de produção das indústrias no país, para revenda a outros países e no mercado interno. Para reduzir o déficit, sugere Zanella, o Brasil precisaria oferecer condições de desenvolvimento ao setor industrial, permitindo que maquinários e componentes importados sejam produzidos em escala no país. “Dar condições tributárias para o setor industrial se desenvolver e ganhar escala e competitividade com outros mercados”, diz. 

Mestre em economia e professor do Ibmec/MG, Hélio Berni pondera que o déficit é natural após um período de restrições intensas em função da pandemia. Com a retomada das atividades, o docente afirma que as empresas tendem a implementar planos de investimentos que foram paralisados. “A literatura nos mostra que em períodos de recuperação econômica acontece uma deterioração da balança comercial, pois as empresas precisam produzir mais e, assim, vão comprar mais máquinas, insumos, pressionando as importações”, avalia. 

Alta do dólar favorece exportações, mas pesa consumo interno

Vista com bons olhos pelo setor industrial, o dólar comercial, que atualmente está em torno de R$5,50, faz com que os produtos exportados para outros mercados sejam valorizados. Porém, segundo Hélio Berni, há um impacto para o consumidor final nos produtos comercializados no Brasil. “Somos domesticamente afetados, principalmente se olharmos para setores da indústria mais intensivos em tecnologia. Um celular, por exemplo, quando está finalizado para venda tem insumos de diversos países que vão elevar o valor final”. 
O economista prevê que em 2022, com as movimentações em torno das eleições presidenciais no Brasil, as taxas de câmbio devem passar por um cenário de incerteza. “Certamente vamos ter muita oscilação. Particularmente não acredito em um recuo em 2022”, opinou. Em Minas Gerais, o cenário segue a tendência nacional, segundo o consultor de negócios internacionais da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg), Alexandre Brito. 

Na avaliação dele, a taxa de câmbio é positiva para exportação. No entanto, Brito queixa-se  do chamado “custo Brasil”, de pagamento de impostos e encargos, como empecilho para o amplo desenvolvimento da indústria. “A carga tributária é pesada e isso afeta a competitividade da nossa indústria. É uma questão que deve ser revista para que a indústria possa se modernizar e competir melhor”. Questionado sobre o assunto, o Ministério da Economia não se posicionou. 
Fonte: O Tempo
Seção: Máquinas & Equipamentos 
Publicação: 13/12/2021