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Mangel planeja investimentos no aumento da capacidade produtiva da unidade de Manaus em 2025

 

A Mangels Componentes da Amazônia Ltda., que mantém unidade no Polo Industrial de Manaus (PIM) desde 2008, deverá realizar investimentos para expansão e ampliação da capacidade de produção em 2025.

Entre os planos de expansão para 2025, a Mangels pretende investir na ampliação de sua linha de corte transversal, que deve aumentar sua capacidade produtiva. Atualmente, a empresa trabalha em um único turno, com previsão de expansão para mais turnos.

A empresa também vem desenvolvendo soluções de produtos para a redução de emissões de carbono e impacto ambiental. Por exemplo, o novo cilindro de gás liquefeito de petróleo (GLP) tem peso reduzido de 14,5 kg para 9,5 kg, o facilita o transporte e diminui em 30% as emissões de CO2 na produção. Outro destaque é a Tecnologia de Borda Reduzida (TRA) nas rodas de alumínio, que reduz o peso das rodas e aumenta a eficiência em até 50% na redução de CO2 dos veículos. Já cilindros de ar de alumínio, leves e duráveis, são eficientes para o armazenamento e transporte de gases comprimidos.

Fundada em 1928, a Mangels conta com 96 anos de história e atende diretamente grandes empresas do setor automobilístico, de motocicletas, caminhões, ônibus, eletrodomésticos e empresas de gás da América do Sul. Entre os produtos do seu portfólio estão cilindros de gás liquefeito de petróleo (GLP), rodas automotivas e tanques de ar, presentes em toda a América Latina.

Fonte: IPESI
Seção: Mecânica, Metalurgia & Materiais
Publicação: 13/11/2024

 

BB: Setorial Siderurgia e Mineração | Novembro 2024

Após a forte valorização no final de setembro em razão dos anúncios de estímulos na China, os papéis do setor tiveram correção em outubro e na primeira semana de novembro, de maneira geral, diante da ausência de novos incentivos relevantes pelas autoridades chinesas e da divulgação do PIB do 3T24 do país, que mostrou desaceleração.


Mineração

Na China, apesar da desaceleração do PIB, o ritmo da produção industrial aumentou e o PMI Industrial alcançou a linha de 50 pontos, a partir da qual há indicação de expectativa de expansão da atividade. No entanto, a produção e do consumo de aço continuaram retraindo e os estoques de minério de ferro seguiram em elevação. Após terem ganhado impulso no final de setembro diante dos anúncios de estímulos pelo governo chinês, os preços de minério de ferro ficaram em torno dos US$ 100/t durante a maior parte do mês de outubro.

No Brasil, as exportações de minério desaceleraram em razão da queda de volume e de preços médios na comparação mensal.

Siderurgia

Os preços de aço nos EUA permaneceram estáveis ao longo do mês de outubro, enquanto na China as cotações se recuperaram ao longo do mês, mas encerraram o mês com queda em relação ao fechamento do mês anterior. No Brasil, a confiança do empresário do setor se fortaleceu ainda mais e alcançou o maior patamar dos últimos três anos.

No Brasil, o IPP da Metalurgia, que representa a variação de preços da atividade, teve incremento de 0,97% m/m em setembro e acumulou alta de 16,61% nos 9 primeiros meses de 2024. Além disso, a confiança do empresário da indústria do aço continuou avançando em outubro (+1,6 ponto m/m) e atingiu 63,8 pontos – o maior patamar desde agosto/2021.

Dados mais recentes da indústria siderúrgica mostram que houve queda na produção de aço bruto, nas vendas internas e no consumo aparente brasileiro na comparação mensal. No comércio exterior, o volume de exportações também retraiu, enquanto as importações registraram novos recordes, tanto em volumes como em representatividade do consumo aparente no Brasil.
 

Fonte: InvesTalk
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/11/2024

 

Brasil detém mais de 15% das reservas mundiais de cinco minerais estratégicos; confira

O Brasil tem uma oportunidade histórica para liderar a transição mundial para uma economia com baixa emissão de carbono, como presidente do G-20 deste ano e anfitrião da COP30 em 2025. Sendo uma fonte importante de metais de transição, o país ocupa o terceiro lugar no ranking mundial segundo a avaliação das reservas de metais de transição energética da BloombergNEF, e detém mais de 15% das reservas mundiais de cinco minerais estratégicos: grafite, minério de ferro, terras raras, níquel e manganês. No entanto, para alcançar as ambições de grande escala do país, serão necessários grandes investimentos em várias tecnologias, segundo a BloombergNEF (BNEF) em seu primeiro Brazil Transition Factbook.

Segundo o relatório produzido pela BNEF e solicitado pela Bloomberg Philanthropies, as emissões relacionadas à energia no Brasil precisam cair 14% até 2030 ante os níveis de 2023 e despencar 70% até 2040, para estarem alinhadas ao Cenário Net Zero da BNEF, que traça o caminho para zero emissões líquidas de carbono até 2050, mantendo o aquecimento global bem abaixo de 2 °C.

O Brasil já é um dos principais destinos mundiais para investimento em transição energética, atraindo quase US$ 35 bilhões em 2023 – sexto maior valor do mundo e o maior entre os mercados emergentes, exceto a China. O Brasil também é o terceiro maior mercado do mundo para energia eólica e solar, com um recorde de 5 gigawatts de projetos eólicos e 16 gigawatts de capacidade solar entrando em operação em 2023.

No entanto, para se manter no caminho rumo ao net zero, o Brasil precisará investir mais de US$ 1,3 trilhão em seu fornecimento de energia com baixa emissão de carbono durante o período de 2024 a 2050, incluindo US$ 0,5 trilhão em energias renováveis. Este valor representa uma grande oportunidade para investimento do setor privado e inclui a capacidade necessária para fornecer energia limpa para a eletrificação de setores de uso final, como o de transporte, o de construção e o industrial.

Essa eletrificação desempenha um papel importante na trajetória de descarbonização do Brasil, representando 53% das emissões evitadas entre hoje e 2050, em comparação com um cenário sem transição no qual não há nenhuma ação adicional de descarbonização. Além disso, as despesas e os investimentos para a demanda por energia chegam a US$ 4,3 trilhões no Cenário Net Zero, liderados principalmente pelas compras de veículos elétricos.

Outras análises do Manual de Transição Energética do Brasil estão a seguir:

- O Brasil é uma fonte importante de metais de transição. O país ocupa o terceiro lugar no ranking mundial segundo a avaliação das reservas de metais de transição energética da BloombergNEF. Também detém mais de 15% das reservas mundiais de cinco minerais estratégicos: grafite, minério de ferro, terras raras, níquel e manganês.

- O Brasil é um mercado potencial para a produção de hidrogênio de baixo carbono. Em agosto de 2024, o país aprovou sua lei de hidrogênio verde, e a BNEF estima que o país produza o hidrogênio verde mais barato do mundo.

- Biomassa cria uma oportunidade para uma indústria de aço mais limpa. O Brasil pode ter o aço com zero emissões líquidas de carbono mais barato do mundo até 2030, graças à disponibilidade abundante de biomassa e aos preços muito baixos de eletricidade.

- Os biocombustíveis desempenham um papel importante na transição energética. A adoção de veículos elétricos deve crescer no país, mas os biocombustíveis são essenciais no curto prazo. As duas tecnologias são formas possíveis de reduzir as emissões de um dos maiores mercados de veículos de passeio do mundo.

- O Brasil percebe a importância da taxonomia de finanças sustentáveis. O país já tem uma taxonomia voluntária, liderada pela indústria. O Brasil e o Reino Unido são as únicas jurisdições além da UE que planejam tornar a divulgação de dados obrigatória assim que seus frameworks verdes estiverem disponíveis. O Brasil é o líder em políticas de finanças sustentáveis na região, com até 34 políticas voltadas para empresas e bancos.

- As principais empresas do Brasil estabeleceram metas ambiciosas de emissões. As dez maiores empresas brasileiras com metas de zero emissões líquidas de carbono precisarão reduzir suas emissões em 177 milhões de toneladas métricas de CO? equivalente por ano.

- O Brasil pode ser o país modelo no que diz respeito à mitigação das mudanças climáticas. Entre 2024 e 2050, o país poderia criar coletivamente compensações de carbono naturais para até 30,5 gigatoneladas de CO? equivalente. Isto equivale a mais do que os próximos três maiores países juntos. A dominância da oferta do Brasil significa que qualquer mudança nos fundamentos do país poderiam ter ramificações na demanda global e nos preços dos créditos de carbono.

Luiza Demoro, head global de transições energéticas da BloombergNEF, disse: “O Brasil, que ocupa a presidência do G-20 este ano e sediará a COP30 em 2025, está no centro das atenções. Com recursos naturais abundantes e um imenso potencial nos setores de energia limpa, clima e natureza, o país está posicionado de forma única para impulsionar os esforços globais de descarbonização. No entanto, para aproveitar essa oportunidade e desbloquear os fluxos de capital em escala, o Brasil precisa desenvolver, aprovar e implementar com urgência políticas e regulamentações robustas, ao mesmo tempo, em que aborda as barreiras do mercado”.

Os próximos anos serão cruciais na luta contra as mudanças climáticas, e o Brasil tem uma oportunidade única de desempenhar um papel de liderança nessa batalha. 


Fonte: Roma News
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/11/2024

 

O retorno de Trump à presidência dos EUA e o impacto no agro

Passada a euforia da histórica, e até certo ponto inesperada, vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, os setores da economia global começam a esboçar possíveis cenários para os próximos quatro anos, baseados nas radicais mudanças propostas pelo republicano durante sua campanha eleitoral.

Na manhã de quarta-feira (6), após a confirmação da vitória, falando aos seus apoiadores na Flórida, o empresário prometeu um “mandato poderoso e sem precedentes”, que inaugurará “a era de ouro da América”. Ao seu lado, Trump terá a Câmara dos Representes e o Senado norte-americano, que formaram maioria republicana.

Trump e o agro

De acordo com o Censo de 2020, mais de 66 milhões de pessoas, ou quase 20% da população dos Estados Unidos, vivem em áreas rurais do país, dedicando-se à agricultura, à pecuária ou atuando na agroindústria.

Apesar de ser um setor que historicamente tende a apoiá-lo, durante sua campanha, foram raras as vezes em que Donald Trump sinalizou apoio direto ao agronegócio.

A falta de ideias claras e as promessas de protecionismo e disputa comercial deixa o setor em dúvida quanto ao seu futuro; todavia, o mesmo segue confiante no novo governo para atender suas demandas.

“Nossos líderes eleitos precisarão fazer da agricultura uma prioridade máxima ao encerrarmos 2024”, disse em nota Zippy Duvall, presidente da American Farm Bureau Federation, principal entidade representante dos produtores rurais norte-americanos.

Entre as prioridades do agronegócio está a renovação da Farm Bill, principal instrumento de política agrícola e alimentar do governo federal, que expirou em setembro deste ano.

Sua renovação permitirá o desenvolvimento de programas de commodities, comércio, desenvolvimento rural, crédito agrícola, conservação e pesquisa. Normalmente, o congresso norte-americano aprova um projeto de lei agrícola a cada cinco ou seis anos.

A questão da soja

Uma pesquisa feita por economistas da Bloomberg colocou a soja como o “alvo mais eficaz” da nova disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, que deverá surgir no ano que vem.

De um lado, Trump propõe eliminar gradualmente as importações chinesas de bens como eletrônicos, aço e produtos farmacêuticos, assim como busca proibir empresas chinesas de possuírem imóveis e infraestrutura nos Estados Unidos nos setores de energia e tecnologia.

Como reposta, Pequim deverá usar a mesma ferramenta, aplicando restrições às importações da soja norte-americana.

Atualmente, estima-se uma safra recorde nos Estados Unidos, com 124,70 milhões de toneladas, segundo o último relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura (USDA). A China, maior compradora da oleaginosa norte-americana, desempenha papel fundamental nesse mercado.

“Há uma preocupação entre os players da Bolsa de Chicago de que uma escalada no conflito comercial possa resultar em um excesso de oferta da commodity dos EUA, sem a participação do seu principal comprador”, analisa a equipe de pesquisa da DATAGRO Grãos.

“Essa situação, no entanto, pode ser favorável ao Brasil, que já tem o país asiático como seu maior mercado consumidor. Até outubro, conforme levantamento nosso, os embarques brasileiros de soja totalizaram 94,255 milhões de toneladas, das quais 68,978 milhões de toneladas (73,2% do total) foram destinadas à China”, conclui.

A relação com o Brasil

Apesar de Donald Trump deixar claro que a China é seu principal adversário comercial, o republicano lançou a ideia de uma tarifa de 10% ou mais sobre todos os bens importados para os Estados Unidos, independente do país, uma medida que, segundo ele, eliminaria o déficit comercial.

Em entrevista coletiva, Trump declarou que “tarifa” é a sua palavra favorita, chamando-a de “a mais bonita do dicionário”.

Depois da China, o país norte-americano é o segundo maior comprador do agro brasileiro. Na última década, entre 2014 e 2023, os Estados Unidos importaram US$ 76,7 bilhões em produtos do agro brasileiro, dos quais US$ 36,7 bilhões ocorreram no primeiro mandato de Trump, entre os anos de 2017 a 2021, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Os produtos são dos mais variados tipos e vão desde café até couros, passando por fumo, lácteos, pescados, Entre os demais estão: animais vivos (cavalos, por exemplo), cacau e derivados, carne (bovina, aves e suína), cereais e farinhas, chá mate e especiarias, complexo soja (farelo, óleo e grãos), complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol), fibras têxteis, frutas (incluindo castanhas), plantas vivas e floricultura, produtos apícolas, florestais e hortícolas, oleaginosas além da soja, ração animal e sucos.

(Bio) energia

Buscando se reaproximar do novo presidente, os fabricantes de etanol dos Estados Unidos emitiram nota parabenizando Trump e acenando para que o republicano permita o consumo da gasolina com 15% do biocombustível (E15), o ano todo, e em todo o país, como ele já fez no mandato anterior.

Atualmente, o consumo de E15 é proibido na maior parte dos Estados Unidos nos meses de verão devido ao fato de não atender ao requisito da legislação americana de poluição ambiental, de 1990. Sendo assim, a maior parte da gasolina no país é consumida com 10% de mistura de etanol (E10).

“Nós o apoiamos que ele permita uma solução permanente que garanta uma economia contínua nas bombas para todos os americanos, todos os meses, por todos os 50 Estados”, afirmou Emily Skor, CEO da associação Growth Energy, em nota. A Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) também se pronunciou na mesma linha.

Para o presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, a eleição de Trump é uma oportunidade para o Brasil e Estados Unidos “caminharem juntos em direção de uma transição energética sustentável, que reconheça os atributos de combustíveis renováveis e limpos”.

Novembro terá chuvas concentradas do noroeste ao sudeste do país

Ao mesmo tempo em que deve agir beneficamente para o setor de biocombustíveis, Donald Trump, prometeu, em sua campanha eleitoral, aumentar a produção de combustíveis fósseis dos Estados Unidos, facilitando o processo de permissão para perfuração em terras federais.

Todavia, ainda é cedo para dizer se a indústria petrolífera seguirá adiante e aumentará a produção em um momento em que os preços do petróleo e do gás natural estão relativamente baixos no mercado internacional.

O republicano também disse que retirará novamente os Estados Unidos dos Acordos Climáticos de Paris, uma estrutura para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa, e apoiará o aumento da produção de energia nuclear.

Em relação ao setor automobilístico, Trump garantiu revogar as determinações do atual presidente Joe Biden sobre veículos elétricos e outras políticas destinadas a reduzir as emissões de automóveis.

Segundo ele, os Estados Unidos precisam ser capazes de aumentar o potencial energético do país para serem competitivos no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial, que consomem grandes quantidades de energia. 

Fonte: Portal Máquinas Agrícolas
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 12/11/2024

O que a vitória de Trump significa para mineração?

Em uma surpreendente reviravolta, os EUA estão enfrentando um cenário “Trump 2.0” com os republicanos ganhando o controle da Casa Branca e do Congresso. Embora essa notícia tenha sido recebida com igual quantidade de comemoração e preocupação, os mercados e as empresas estão claramente se preparando para uma mudança na política para o setor mineral.

Nos últimos anos, o setor desenvolveu um interesse comum com Trump: a China. A crescente preocupação com o monopólio chinês sobre minerais essenciais, junto com o medo de restrições à exportação, alinha-se bem com a retórica histórica anti-China de Trump.

Como os republicanos agora também detêm o Senado, é possível que Trump busque revogar partes importantes da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês para Inflation Reduction Act) de Joe Biden, uma lei que tem incentivado a produção de energia limpa e veículos elétricos (EV) e, assim, promovido setores altamente dependentes de minerais essenciais e – para alguns – elevando a dependência da China.

Embora Trump tenha expressado seu desejo de eliminar partes da IRA, especialmente aquelas voltadas para o avanço da energia limpa, seu foco no aumento da produção nacional de minerais provavelmente terá um impacto direto no setor de mineração.

Os analistas sugerem que, sob a liderança de Trump, as empresas de mineração nos EUA podem se beneficiar de processos de licenciamento mais simplificados, que têm sido um grande gargalo para o lançamento de novos projetos.

“Trump expressou seu apoio à mineração doméstica, o que poderia resultar em uma reforma mais profunda do licenciamento e em mais apoio financeiro para projetos de mineração doméstica”, disse Bryan Bille, analista de políticas da Benchmark Intelligence, em relatório.

“O retorno de Trump à Casa Branca provavelmente resultará em uma guinada em direção aos combustíveis fósseis e em um relaxamento das regulamentações ambientais”, observou.

“Espero que eles busquem políticas que simplifiquem o licenciamento e imponham tarifas”, acrescentou Wischer. “Como o ex-presidente Trump observou repetidamente em seus discursos de campanha – em um esforço para incentivar a produção mineral doméstica.”

A possibilidade de aumento das operações de mineração em um governo Trump também pode estimular uma maior concorrência nos mercados globais de minerais, principalmente contra a China.

O governo de Trump já implementou tarifas sobre veículos elétricos e minerais essenciais chineses no passado, e espera-se que outras tarifas sejam implementadas. Taxas mais rigorosas e restrições comerciais direcionadas à China também podem afetar o fluxo de minerais essenciais usados na fabricação nos EUA, com efeitos em cascata em todo o setor.

“Espera-se um aumento das tarifas sobre as importações da China e do México e tarifas básicas mais altas para todas as outras importações” como parte da agenda comercial mais ampla de Trump, de acordo com Hansen. Isso poderia resultar em importações de minerais mais caras, o que pode interromper operações de mineração que dependem de cadeias de suprimentos estrangeiras.

Por outro lado, a continuação de políticas protecionistas poderia desencadear medidas de retaliação de parceiros comerciais, incluindo a China, o que pode interromper as cadeias de suprimentos globais.

Uma das marcas registradas da primeira presidência de Trump foi sua agressiva reversão das regulamentações ambientais, uma postura que deve continuar em um segundo mandato.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), sob a liderança de Trump, pode ver seu poder diminuído, com o foco mudando para a redução das restrições à mineração e à produção de petróleo. Isso pode beneficiar as empresas que buscam expandir suas operações, especialmente em estados ricos em recursos, como Nevada e Arizona, que abrigam depósitos significativos de lítio.

No entanto, essas medidas podem gerar alarmes em relação à sustentabilidade, principalmente com o histórico de poluição e destruição de habitats do setor de mineração nos EUA. Os críticos alertaram que o afrouxamento das regulamentações pode levar à degradação, especialmente em áreas sensíveis, como Great Basin e o Ártico.

“Estamos entrando em uma era de maior turbulência, tanto em nível nacional quanto internacional”, disse Bille. “Há uma expectativa de mais incertezas na política interna e externa, especialmente com relação a minerais essenciais, o que continuará a gerar volatilidade nos mercados de mineração.”

Fonte: Isto É
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 11/11/2024

Duplicação da primeira parte da Rodovia dos Minérios é entregue

A OEC – Odebrecht Engenharia e Construção finalizou as obras de duplicação de 4,74 km, correspondentes ao trecho 2.1A, da PR-092, mais conhecida como Rodovia dos Minérios, entre as cidades paranaenses de Curitiba e Almirante Tamandaré.

O novo trecho vai proporcionar mais segurança à população da região, principalmente aos caminhoneiros, naquele que é considerado um dos principais canais de escoamento logístico de atividades minerais, siderúrgicas, turísticas e do agronegócio da região sul do país.

A duplicação começa pouco antes do viaduto do Contorno Norte de Curitiba (PR-418) e segue até o perímetro urbano de Almirante Tamandaré. A pista central foi executada em pavimento rígido de concreto e as vias marginais, em ambos os lados, são de pavimento flexível asfáltico. A obra conta com 10 pontes em cinco localidades, quatro viadutos e a implantação de ciclovia e passeios para pedestres.

Foram executados cerca de 1,9 milhão de metros cúbicos de movimentação de terra, utilizados 63 mil metros cúbicos de concreto, além de utilizadas 1.700 toneladas de aço. Durante a obra foram gerados mais de mil empregos diretos e indiretos, contratados prioritariamente na região.

Histórico - Apesar de o projeto original ser de 2014, somente em 2017 o Governo do Paraná promoveu a licitação, que foi judicializada à época. O impasse só foi resolvido em 2019, quando o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) pôde contratar o serviço.

Os trabalhos ultrapassaram o período crítico da pandemia, que obrigou a diminuição no ritmo das obras, além de ter impactado nos preços dos insumos em âmbito global. Vencidos os desafios impostos, a obra teve seu ritmo retomado em abril deste ano, culminando em sua finalização neste mês de setembro.

A Rodovia dos Minérios é uma via de alta demanda diária, especialmente para caminhões pesados, que faz a ligação entre Curitiba e Almirante Tamandaré, além de outras localidades como Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Cerro Azul e a região do Vale do Ribeira.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 11/11/2024