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Produção mundial de aço recua 3,3% com preços estáveis e retomada chinesa

A produção de aço bruto no mundo caiu 3,3% em janeiro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O Brasil é o oitavo maior produtor da liga metálica e teve um recuo de 4,9%, acima da média. Os dados são da associação Worldsteel, e demonstram desaceleração global, apesar da recuperação da China, o maior produtor e consumidor do insumo.

Foram produzidos 145,3 milhões de toneladas em janeiro, nos 63 países contabilizados, que inclui os principais produtores mundiais. Apenas a China foi responsável por 79,5 milhões de toneladas, seguida pela Índia (10,9 Mt), Japão (7,2 Mt), Estados Unidos (6,5 Mt), Rússia (5,8 Mt), Coreia do Sul (5,5 Mt), Alemanha (2,9 Mt), Brasil (2,8 Mt), Irã (2,7 Mt), e Turquia (2,6 Mt). O gigante asiático é, também, o maior consumidor do aço.

Em 2022, foram 150,4 milhões de toneladas globalmente. No ano anterior, em 2021, havia sido de 162,9 milhões.

Os únicos países que aumentaram sua produção na comparação entre janeiro de 2023 e 2022 foram a China (2,3%) e o Irã (27,7%). Na comparação entre regiões, apenas o Oriente Médio (3,8%) teve resultado positivo.  Ásia e Oceania (-0.2%) e América do Sul (-0,6%) ficaram estáveis. Registraram quedas a África (-4,9%), União Europeia (-15,2%), Europa (Outros) (17,5%), América do Norte (-5,6), Rússia e outros (-24,9%).

A queda global acompanha a estabilização do preço do aço bruto e laminados, que tiveram um pico em junho de 2021 e inflaram as expectativas de lucro das empresas. Desde então, os preços vêm caindo e, segundo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), já estão normalizados na maioria das regiões do mundo.

Minas Gerais

Oitavo produtor mundial, o Brasil foi responsável por 2,782 milhões de toneladas de aço bruto, sendo 1,853 Mt de laminados, 0,860 Mt de semiacabados para venda e 2,309 Mt de ferro gusa, segundo a estatística mensal do Instituto Aço Brasil.

Minas Gerais liderou e teve uma participação de 29,5% no produto nacional em janeiro, com 821 mil de toneladas. Atrás, vem Rio de Janeiro com 782 mil de toneladas (28,1%), Espírito Santo com 611 mil de toneladas (22%) e, por último, São Paulo com 162 mil de toneladas (5,8%). Os demais estados acumulam 14,6% de participação.

As vendas de aço no mercado interno, por sua vez, subiram 9,2%, indo de 1,478 Mt em 2022 para 1,614 Mt em 2023. Já no mercado externo, o produto brasileiro teve recuo de -26,7%, caindo de 1,215 Mt para 0,891 Mt.

Investimentos

Apesar da redução, a avaliação do setor siderúrgico é positiva e prevê expansão da capacidade instalada para atender o setor de infraestrutura, como saneamento. Em Minas, Gerdau e Usiminas preveem investimentos em capital fixo em 2023.

Comentando os resultados do ano passado, o presidente da Usiminas, Alberto Oro, afirmou que “o ano passado foi desafiador e vínhamos de um período em que registramos recordes históricos nas nossas linhas de produção, em função da retomada econômica após o período mais agudo da pandemia”. Foram 4,2 milhões de toneladas produzidos em 2022 e 4,8 milhões em 2023 apenas pela empresa do Vale do Aço.

Fonte: Estado de Minas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 24/02/2023

 

Setor de aço recua 3,3% em janeiro, apesar do avanço da produção na China, diz Worldsteel

A produção mundial de aço bruto voltou a registrar queda em janeiro, conforme números divulgados nesta quarta-feira (22) pela World Steel Association (Worldsteel). O volume divulgado para o mês somou 145,3 milhões de toneladas, o que representa retração de 3,3% na comparação com mesmo mês de 2022.

A entidade, sediada em Bruxelas, na Bélgica, reúne 63 países produtores, responsáveis por 85% do volume global da indústria siderúrgica.

Conforme a Worldsteel, a siderurgia chinesa — maior fabricante mundial do produto — mostrou reação, com alta de 2,3%, totalizando 79,5 milhões de toneladas no primeiro mês do ano ante o volume de janeiro de 2022.

O país, que é também o maior consumidor de aço, além de outras matérias-primas metálicas, encerrou o ano passado com retração de 2,2% na produção, devido a ações do governo para combater a covid-19 (caso de lockdowns). A robusta atividade imobiliária do país também se retraiu.

Dentre os países que formam os dez maiores do ranking mundial do setor, oito tiveram desempenho negativo — Índia, Japão, Estados Unidos, Rússia (menos 8,9%), Coreia do Sul (recuo de 9,8%), Alemanha (menos 10,2%), Brasil e Turquia — que teve retração de 17,6%.

Em razão do devastador terremoto do início deste mês, a siderurgia turca — que foi a oitava maior do mundo em 2022 — deverá sofrer forte queda na produção de fevereiro devido à paralisação de siderúrgicas no país e a problemas de infraestrutura (rodovias, ferrovias e portos).

Segundo a Worldsteel, em janeiro, o Brasil produziu 2,8 milhões de toneladas, registrando recuo de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O Irã, por sua vez, de acordo com estimativa da entidade, obteve alta de 27,7% no volume de janeiro, com 2,7 milhões de toneladas frente a um ano atrás. Com isso, superou a Turquia e ficou em nono lugar.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2023

Produção de aço bruto cresce 11% de dezembro de 2022 para janeiro desse ano

A produção de aço bruto cresceu 11,1% em janeiro de 2023, frente a dezembro de 2022, tendo atingido 2,8 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Aço Brasil. O consumo aparente de produtos siderúrgicos variou positivamente 15,6% no mesmo período, para 2,0 milhões de toneladas. As vendas internas chegaram a 1,6 milhão toneladas, alta de 16,1%.

As exportações fecharam em 972 mil toneladas, variação positiva de 3,1% frente a dezembro, e as importações chegaram a 377 mil toneladas, alta de 11,5% no período.

Porém, comparando janeiro de 2023, com janeiro de 2022, a situação é diversa. Em janeiro de 2023 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, uma queda de 4,9% frente ao apurado no mesmo mês de 2022. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, 7,9% inferior à registrada em janeiro de 2022. A produção de semiacabados para vendas foi de 860 mil toneladas, um aumento de 7,9% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2022.

As vendas internas avançaram 9,2% frente ao apurado em janeiro de 2022 e atingiram 1,6 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 10,1% superior ao apurado no mesmo período de 2022.

EXPORTAÇÕES – As exportações de janeiro foram de 972 mil toneladas, ou US$ 823 milhões, o que resultou em queda de 17,5% e de 18,4%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2022.

IMPORTAÇÕES – As importações de janeiro de 2023 foram de 377 mil toneladas e de US$ 491 milhões, um aumento de 27,6% em quantum e de 20,5% em valor na comparação com o registrado em janeiro de 2022.

 
Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 23/02/2023

Produção de aço recua 4,9% em janeiro, na comparação anual, diz Aço Brasil

O Instituto Aço Brasil, que reúne as usinas siderúrgicas instaladas no país, informa que a produção de aço bruto do país recuou 4,9% em janeiro na comparação anual com 2022. Somou 2,78 milhões de toneladas, ante 2,93 milhões de um ano atrás.

Em relação a dezembro passado, um mês atípico e bastante fraco, houve crescimento de 11,1% na produção de janeiro de 2023.

O consumo aparente de produtos siderúrgicos, um termômetro importante - soma vendas internas com as importações —, atingiu 2 milhões de toneladas, 10,1% superior ao apurado no mesmo mês de 2022, indicou a entidade. Contra dezembro, houve alta de 15,6%.

Conforme o Aço Brasil, as vendas internas avançaram 9,2% frente ao apurado em janeiro de 2022, com 1,6 milhão de toneladas. Na comparação com o último mês do ano passado, foi registrada expansão de 16,1%.

Em janeiro, o Brasil exportou 972 mil toneladas, o que representou queda de 17,5% na comparação com janeiro de 2022. Ante o mês de dezembro, a variação foi positiva em 3,1%,

As importações cresceram 27,6% no primeiro mês de 2023, alcançando 377 mil toneladas. Frente a dezembro, registraram alta de 11,5%.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/02/2023

Exportações de sucata ferrosa iniciam 2023 em alta

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na fabricação de aço, ficaram praticamente estáveis em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022, com variação negativa de apenas 0,8%.

As vendas externas somaram no mês passado 37.891 toneladas, ante 38.203 toneladas em janeiro de 2022.

Quando comparadas a dezembro do ano passado, com 21.553 toneladas, as exportações de sucata tiveram expressivo salto de 75,8%, conforme dados do Ministério da Economia, Secex.

Mas o devastador terremoto na Turquia, um dos maiores importadores mundiais de sucata, deve afetar o mercado de aço em geral e trazer incerteza para os próximos meses.

Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,6 mil recicladores que reinserem insumos recicláveis na cadeia produtiva, as exportações, com certeza, serão afetadas em função dos problemas econômicos da Turquia decorrentes do terremoto.

Alvarenga estima forte queda na produção de vergalhão e baixa nos preços com a maior oferta de sucata.

Os reflexos devem ser negativos também no mercado interno, que se retraiu em quase todo o ano passado e começava uma lenta recuperação, conforme o Inesfa.

Isenção 

Conforme Alvarenga, os recicladores estão confiantes na ampla assinaturas de parlamentares no requerimento de recriação da Frente Parlamentar dos Recicladores do Brasil (FFRB) para 57ª legislatura e na votação pelo Congresso do PL 4035/2021, que isenta a cobrança de PIS/Cofins na venda de insumos recicláveis.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/02/2023

União Europeia abrirá relevantes oportunidades para as exportações brasileiras, aponta estudo da ApexBrasil

Estudo inédito da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) aponta que a eliminação tarifária gerada pela eventual entrada em vigor do acordo entre Mercosul e União Europeia poderá abrir oportunidades para empresas brasileiras. Após 20 anos de longas negociações, a possível implementação desse acordo constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, com população conjunta de cerca de 720 milhões de habitantes e PIB de US$ 19,2 trilhões em 2021, o que representa um quarto do PIB mundial.

Ao se cruzar o Mapa de Oportunidades Globais da ApexBrasil com as listas de produtos com desgravação imediata ou em até 4 anos do acordo, as importações da União Europeia identificadas como oportunidades chegam a 100 bilhões de dólares, das quais o Brasil contribui com 3,5 bilhões. As exportações brasileiras desses produtos enfrentam atualmente tarifas de 4,5%, em média. A eliminação dessas tarifas aumentará a competitividade do Brasil em relação a outros parceiros comerciais do bloco. Além disso, beneficiará a exportação de produtos de setores que vão além das commodities, gerando diversificação da pauta exportadora.

Este caminho vai ao encontro da estratégia traçada pelo governo federal de reindustrialização do país, considerada essencial para a retomada do desenvolvimento sustentável, conforme afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, também vê como missão da Agência apoiar a diversificação e ampliação da pauta exportadora.

Desde 2012, tem ocorrido uma primarização da pauta exportadora brasileira para o bloco. Segundo o estudo da ApexBrasil, com base em dados do TradeMap, entre 2012 e 2021, a participação das exportações de produtos primários para o bloco passou de 35,8% para 53,7% do total exportado. Os principais produtos exportados atualmente são commodities como “óleos bruto de petróleo”, “soja”, “farelos de soja e outros alimentos para animais”, “minério de ferro e seus concentrados” e “café não torrado”, segundo a classificação CUCI. No total, esses principais produtos representam 47,2% das exportações brasileiras para a União Europeia em 2021.

Outra expectativa em relação ao acordo é a recuperação do espaço do Brasil no mercado europeu. As exportações brasileiras para a União Europeia apresentaram oscilações nas últimas décadas. Nos períodos analisados, entre 2001 e 2011, houve aumento médio anual no valor de exportações de 14,3%. Já entre 2012 e 2021, houve diminuição média anual de 2,8% no valor exportado, o que fez com que a participação do Brasil no total importado pela União Europeia caísse aproximadamente de 2% para 1,5%. Em 2022, o Brasil exportou US$ 50,8 bilhões para a União Europeia, um aumento de 39,1% em relação a 2021, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

O estudo da ApexBrasil faz uma análise do impacto da eliminação, de imediato e em até 4 anos após a ratificação do acordo, de diversas tarifas de importação. Segundo o Gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, Igor Celeste, a redução das tarifas traz uma maior viabilidade para as exportações brasileiras. “O imposto de importação sempre constitui um desafio para quem exporta. Quando as tarifas são eliminadas, o preço final do produto torna-se mais acessível e, portanto, mais atraente para o comprador.”

Máquinas e equipamentos

Segundo o estudo, os setores que tendem a se beneficiar mais da eliminação tarifária prevista no acordo são aqueles que demonstram possuir competitividade e espaço para crescimento no mercado europeu. Os ramos de máquinas e equipamentos, produtos químicos e outros artigos manufaturados são alguns deles. Para os fabricantes de maquinário, por exemplo, a implementação do acordo pode trazer novas perspectivas de expansão, dado que, em 2022, houve queda de 5,9% em sua receita líquida, conforme dados da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Nesse contexto, as máquinas e equipamentos com oportunidades identificadas possuem, na União Europeia, um mercado importador de 60 bilhões de dólares ao ano, das quais o Brasil contribuiu com cerca de 1,5 bilhão.

O setor de máquinas e equipamentos atualmente tem déficit na balança comercial com os europeus, afirma a Diretora de Comércio Exterior da Abimaq, Patrícia Gomes. “De maneira geral, o acordo Mercosul-UE pode trazer oportunidades para alguns setores e nichos. E o trabalho na agenda da sustentabilidade, principalmente, diante da crise energética europeia, fortalece essas oportunidades. Mas também é importante que sejam implementadas medidas e reformas internas para que o setor ganhe em competitividade e possa, de fato, reverter essas oportunidades em resultados”, explica.

Dentre os produtos do setor com oportunidades, pode-se exemplificar o caso das máquinas em geral, equipamentos industriais e peças de máquinas – divisão CUCI que inclui bombas de ar ou de vácuo, veios de transmissão e manivelas e torneiras e válvulas:

Importações anuais da União Europeia (com oportunidades): US$ 12,7 bilhões;
Exportações anuais do Brasil para o bloco (com oportunidades): US$ 205 milhões;
Tarifas ad valorem entre 1,7% e 4%, a serem eliminadas imediatamente ou em 4 anos;
Principais mercados para o Brasil: Alemanha, Itália e França.
Produtos Químicos

Plástico em formas primárias

Importações anuais da União Europeia (com oportunidades): US$ 15,5 bilhões;
Exportações anuais do Brasil para o bloco (com oportunidades): US$ 341 milhões;
Tarifas ad valorem de 6,5%, a serem eliminadas em 4 anos;
Principais mercados para o Brasil: Bélgica, Itália e Espanha.
Artigos Manufaturados

Couros e peles finas revestidas

Importações anuais da União Europeia (com oportunidades): US$ 1,5 bilhão;
Exportações anuais do Brasil para o bloco (com oportunidades): US$ 230 milhões;
Tarifas ad valorem entre 2% e 6,5%, a serem eliminadas imediatamente ou em 4 anos;
Principais mercados para o Brasil: Itália, Alemanha e Hungria.
Obras Diversas

Calçados e partes para calçados

Importações anuais da União Europeia (com oportunidades): US$ 1,9 bilhão;
Exportações anuais do Brasil para o bloco (com oportunidades): US$ 107 milhões;
Tarifas ad valorem entre 3% e 7%, a serem eliminadas imediatamente ou em 4 anos;
Principais mercados para o Brasil: Alemanha, França e Países Baixos (Holanda).
Produtos alimentícios

Carnes e preparações de carne

Importações anuais da União Europeia (com oportunidades): US$ 373 milhões;
Exportações anuais do Brasil para o bloco (com oportunidades): US$ 93 milhões;
Tarifas ad valorem entre 6,4% e 16,6%, a serem eliminadas em 4 anos;
Principais mercados para o Brasil: Itália, Bélgica e Alemanha.
Deve-se considerar que existem outras oportunidades que poderão advir da entrada em vigor do acordo entre Mercosul e União Europeia, além daquelas relacionadas à eliminação imediata em até 4 anos de tarifas. Há oportunidades de longo prazo, bem como aquelas relacionadas a concessões obtidas em cotas (tarifárias ou não), independente de prazo ou cronograma de desgravação. Essas outras oportunidades não foram objeto do estudo. Da mesma forma, o estudo não abordou análises de outros fatores relacionados à implementação do acordo que possam impactar a economia doméstica brasileira.

Fonte: Notícias Agrícolas
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 15/02/2023