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Construção civil: 97,52% das obras no país estão abaixo de 50% concluídas

Atualmente, 97,52% das obras no Brasil estão abaixo de 50% concluídas enquanto que, somente 2,48% estão acima deste percentual. Foi o que apontou o Índice Swiss Capital de andamento das Obras (Iscao), medido pela da Startup Swiss Capital para ver como está o andamento das construções de imóveis comerciais e residenciais de todo o país. No total, são monitorados 831 empreendimentos, de 314 empresas distintas, com mais de R$ 38 bilhões em VGV.

Esse aumento em relação ao mês anterior é modesto, quando o Iscao mostrava que 95,21% das obras estavam abaixo de 50% concluídas.

“Quanto mais inicial o estágio da construção, maior o risco para o investidor e, consequentemente, maior a rentabilidade. Mesmo assim, em certos casos, faz sentido para o investidor pessoa física alocar recursos nesse tipo de projeto, em razão da maior rentabilidade. Claro que, acima dos 50% é mais fácil conquistar o interesse do investidor institucional e, abaixo dos 50%, do investidor PF”, explica Alex Andrade, CEO da Swiss Capital. Esse aumento do número de construtoras com obras abaixo de 50% reflete a crescente confiança e atividade no setor, impulsionada por condições favoráveis de crédito e incentivos governamentais.

As obras inacabadas da construção civil afastam os investidores de fundos de investimento, porque elas representam um alto risco financeiro e incerteza sobre o retorno do investimento. A afirmação é de Alex Andrade, para quem os FIIs buscam segurança e previsibilidade. “Existe um problema ainda maior, que são as obras paralisadas. Estas indicam problemas como má gestão, falta de financiamento, ou imprevistos que podem atrasar ou impedir a conclusão do projeto. Esses fatores aumentam a probabilidade de perdas financeiras”, explica. Além disso, obras inacabadas afetam a confiança no setor.

“Para um investidor de fundo, é essencial que o projeto tenha um planejamento robusto, recursos adequados e uma execução eficiente para garantir a entrega dentro do prazo e do orçamento, assegurando assim o retorno esperado sobre o investimento”, diz.

“O que move a economia do país não é apenas o agronegócio, mas o mercado imobiliário, grande gerador de empregos. Quando apresentamos esses números para o mercado, ele sabe que a construção está em alta. Ou seja, há sempre gente construindo. O que impulsiona a economia não é a venda final do imóvel, mas sim, o incorporador com dinheiro para concluir a obra. Esse número é extremamente importante”, afirma Alex.

Por outro lado, pesquisa divulgada hoje pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) intitulada Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, indica que agosto foi um mês positivo. Segundo o levantamento, 52% das empresas classificaram o período como bom, enquanto para 4% o mês foi muito bom. Para 35% foi regular e somente 9% consideraram ruim.

Para setembro, a expectativa dos associados segue positiva, com 65% estimando o período como bom e 4% considerando o próximo mês como um momento muito bom para as vendas. Para 30%, setembro deve ter regularidade. Não houve indicações negativas para o próximo mês.

Sobre investimentos, 65% dos associados indicaram que pretendem investir nos próximos 12 meses. Em agosto de 2023 essa pretensão era de 62% dos associados.

O nível de utilização da capacidade instalada ficou mantida em 77% na média das empresas, mesmo valor indicado em julho deste ano e 8 p.p. a mais em relação a agosto de 2023.

“O mês de agosto continuou trazendo resultados positivos para a indústria de materiais de construção, com mais da metade das empresas associadas classificando o período como bom. Esses números refletem um cenário de crescimento gradual do setor, consolidando cada vez mais a projeção de crescimento de 3% perante 2023 elaborada pela FGV”, explica Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.

Fonte: Monitor Mercantil
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 11/09/2024

 

Carros elétricos, pneus, aço: quem mais teve ou pede proteção contra “invasão” chinesa

Além da indústria química, montadoras de veículos e fabricantes de pneus estão pedindo à Câmara de Comércio Exterior (Camex) um aumento das tarifas de importação contra seus concorrentes de fora.

Já as usinas siderúrgicas conseguiram, em abril, proteção adicional para 11 produtos de aço. As alíquotas sobre diferentes tipos de laminados planos, fios-máquinas e tubos usados em oleodutos e gasodutos subiram para 25% durante um período de 12 meses.

No caso da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o pedido contempla carros elétricos e híbridos.

O governo reviu a política de “tarifa zero” de importação, estabelecida em 2015, e iniciou um aumento gradual das alíquotas até 2026.

Em julho, elas subiram para 28% no caso dos elétricos e para 25% no caso dos híbridos. A Anfavea quer uma elevação imediata para 35% — a tarifa “cheia” do setor.

O Brasil se tornou um dos maiores mercados do mundo para carros eletrificados chineses, superando a Rússia e a Bélgica. Recentemente, temendo uma invasão dos asiáticos, os Estados Unidos elevaram suas tarifas para mais de 100%.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, cita um “aumento exagerado” de importações da China e diz que há algo em torno de 80 mil veículos elétricos ou híbridos chineses em estoque nas revendedoras brasileiras.

A entrada dos importados, até agora, mais do que quadruplicou na comparação com o ano passado.

Segundo relatos feitos à CNN, há uma divisão no governo sobre o assunto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria favorável ao aumento imediato das alíquotas para 35%.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, seria contra. Ele é ex-governador da Bahia, estado onde a chinesa BYD está se instalando para produzir a partir de 2025 — mas que, por ora, ainda está importando.

A indústria de pneus também quer uma elevação da tarifa de 16%, como é atualmente, para 35%.No período de 2017 a 2023, enquanto as vendas de pneus nacionais para passeio e carga caíram 18%, as importações avançaram 117%.

O pleito não é consensual na iniciativa privada. A Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDP) critica a possível elevação de tarifa e afirma que esta mudança poderia impactar a inflação no país.

Estudo da entidade mostra que os pneus deverão ficar 25% mais caros, impactando no aumento de custos de 6% para o setor de transporte rodoviário — para quem os pneus são o segundo insumo mais caro, perdendo apenas para o combustível.

Em entrevista à CNN, em julho, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Uallace Moreira, ressaltou que as decisões sobre eventuais aumentos das alíquotas de importação serão “técnicas”.

Moreira ponderou, no entanto, que a proteção à indústria pode ser necessária, em sua opinião, como forma de buscar competitividade enquanto diversos países do mundo dão incentivos e aplicam suas próprias políticas de combate à concorrência desleal com importados.

Fonte: CNN
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 10/09/2024

 

O setor siderúrgico da China enfrenta uma dura realidade, enquanto excesso de capacidade se soma a outros problemas

O setor siderúrgico da China está enfrentando um ajuste de contas em meio ao excesso de capacidade, à redução da demanda doméstica e à resistência global ao dumpingchinês. Os especialistas dizem que o setor precisa remover de 20 a 30% de sua capacidade atual.

Impulsionado pelo mercado imobiliário, que responde por cerca de 30% do consumo doméstico de aço, 28 das 34 províncias e divisões administrativas equivalentes produzem aço.

O setor siderúrgico está sendo arrastado enquanto o setor imobiliário lida com seus próprios problemas de excesso.

O início da construção de novas casas na China caiu 23,7% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, segundo mostram dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China. A Associação de Ferro e Aço da China mostra uma queda de 70% nos lucros de 2021 a 2022 para os principais participantes do setor.

O problema do aço na China afeta mais do que apenas o setor, e as principais bases de aço próximas a megacidades como Pequim, Xangai e Chongqing estão a caminho de se tornar o cinturão de ferrugem da China.

Os governos locais da China estão altamente endividados e enfrentam uma redução na receita devido à queda nas vendas de terras. Ao mesmo tempo, Pequim está exigindo que os líderes locais alcancem prioridades concorrentes simultaneamente: reduzir a capacidade, cumprir as metas de crescimento do PIB local e manter a estabilidade.

Essa é uma tarefa assustadora. Em Hebei, que circunda Pequim, o setor siderúrgico representa cerca de um quarto do PIB da província. O fechamento das usinas poderia custar o emprego de milhões de pessoas, reduzir a receita e provocar distúrbios sociais.

Os motivadores da resistência local que o ex-primeiro-ministro chinês Wen Jiabao encontrou em seu esforço de redução de capacidade há duas décadas ainda estão em vigor, de acordo com Mike Sun, um empresário sediado nos EUA com décadas de experiência em consultoria a investidores e comerciantes estrangeiros que fazem negócios na China.

Sun disse que o problema do aço reflete a questão estrutural de como a política controla a economia na China — eventualmente, os governos locais tentarão extrair dinheiro de seu povo, por exemplo, aumentando os preços dos serviços públicos.

Problema de décadas

Após seu fracasso inicial em lidar com o excesso de capacidade nos anos 2000, o regime chinês tentou reduzir o fornecimento de aço em 2016 e 2017, oferecendo subsídios aos fabricantes para compensar a perda de receita e aumentando preços da eletricidade para aqueles que continuaram produzindo em sua capacidade.

Quando isso não produziu os resultados pretendidos, o Partido Comunista Chinês (PCCh) lançou um programa de troca de capacidade em nível nacional em 2018. O objetivo era substituir a produção existente por uma capacidade mais eficiente e mais ecológica e, ao mesmo tempo, remover o excesso.

Em 20 de agosto, o PCCh suspendeu o programa de swap, dizendo que avaliaria os resultados e revisaria a política de acordo.

De acordo com a S&P Global, uma empresa líder em pesquisa de mercado, o programa de troca de aço da China resultou em um aumento líquido de capacidade. Durante os mais de três anos entre 2021 e agosto de 2024, o total da capacidade de ferro e aço bruto recém-comissionada versus retirada foi de 33 milhões de toneladas métricas.

A empresa de pesquisa espera que a demanda de aço da China diminua para cerca de 750 milhões a 800 milhões de toneladas métricas por ano nos próximos cinco a dez anos, um declínio de cerca de 20 a 25% em relação ao 1 bilhão de toneladas métricas em 2020 e uma queda de 15% em relação ao nível de 2023.

Os especialistas políticos e do setor da China têm uma perspectiva semelhante.

No início deste ano, Hu Wangming, secretário do PCCh e presidente da China Baowu Steel Group Corporation, com sede em Xangai, a maior siderúrgica do mundo, disse que o setor siderúrgico da China está passando por um “inverno rigoroso”.

Meng Fanying, secretário do partido e presidente do Baogang Group, sediado na Mongólia Interior, disse à mídia chinesa que o setor siderúrgico entrou em uma “era glacial” e está enfrentando uma situação sombria em uma era de concorrência acirrada. Ambas as empresas são estatais.

Chen Leiming, presidente executivo da Associação Nacional de Comércio de Materiais Metálicos da China, disse à mídia chinesa que mais de 30% das empresas siderúrgicas chinesas teriam que fechar as portas.

“Nenhuma intenção” de reduzir a produção

Embora a mensagem de um forte abalo no setor esteja escrita na parede, as usinas siderúrgicas “não têm intenção de reduzir a produção de aço” porque ainda têm algum lucro e esperam mais estímulos para os setores imobiliário e de infraestrutura, de acordo com o relatório da S&P Global.

Chiou Jiunn-Rong, professor de economia da National Central University, em Taiwan, observa uma reação semelhante de “falta de intenção” por parte dos governos locais.

Ele disse que a redução da capacidade é apenas um slogan porque os governos locais veem o setor siderúrgico como uma galinha dos ovos de ouro e não abrirão mão dela facilmente.

Chiou disse que se os governos locais seguirem o apelo do PCCh central para eliminar o excesso de capacidade siderúrgica, eles terão que arcar com uma perda de receita, ajudar as usinas siderúrgicas com problemas a pagar as dívidas e ajudar os funcionários demitidos a encontrar novos empregos.

As autoridades locais, portanto, “buscarão todas as oportunidades para não cumprir as diretrizes de remoção do excesso de capacidade”, disse Chiou ao Epoch Times.

Os governos locais também tentaram implementar outras medidas sem autorização para atrair a atenção da liderança central do PCCh e mostrar sua falta de dinheiro, disse Sun.

Por exemplo, muitas províncias, inclusive as costeiras de Guangdong e Jiangsu, aumentaram os preços dos serviços públicos residenciais locais, geralmente definidos pelo Departamento de Preços da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma no nível central do PCCh.

“Altamente político”

Os especialistas afirmam que os governos locais resistem à redução da capacidade, em parte porque querem que outras localidades façam isso primeiro; assim, não precisarão passar pelo mesmo sofrimento.

William Lee, economista-chefe do Milken Institute, um think tank econômico sediado na Califórnia, disse que a questão do excesso de capacidade reflete as disputas políticas dentro do PCCh.

Os governos locais preferem ter excesso de capacidade porque podem exportar esses produtos, “uma das poucas maneiras pelas quais os governos locais podem ganhar dinheiro”, disse Lee ao Epoch Times.

“O governo central redireciona os subsídios nacionais para determinadas províncias e terá que escolher vencedores e perdedores, e isso será altamente político.”

Dada a complexidade e a opacidade da política do PCCh, essa distribuição de benefícios depende em grande parte das relações políticas entre as autoridades locais e a facção que controla o tesouro central. Por exemplo, a Gangue de Xangai, um grupo de líderes do regime que se formou em torno do então líder do PCCh, Jiang Zemin, e que por muito tempo dominou o setor financeiro, provavelmente cairá em desgraça, de acordo com Lee.

De acordo com Sun, que presta consultoria para empresas do setor siderúrgico há décadas, Xi quer consolidar o setor siderúrgico da China em algumas poucas empresas estatais campeãs nacionais para monopolizar o setor globalmente. Ele prevê que a China continuará a inundar os mercados globais, apesar dos Estados Unidos, a União Europeiae o Canadá imporem tarifas para conter o dumping da China.

Chiou concorda. “Devido ao dumping global da China, o atrito comercial entre a China e o resto do mundo, inclusive os Estados Unidos, provavelmente continuará sendo o principal tema do comércio internacional”, disse ele.

Fonte: Epoch Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/09/2024

 

Prejuízo do agro com incêndios supera R$ 2 bi

O secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, afirmou que mais de 8 mil propriedades foram atingidas por incêndios em 318 municípios. Segundo ele, os prejuízos para o agronegócio superam R$ 2 bilhões. Ao Valor, Piai disse que pediu ao Ministério da Agricultura linha de crédito de R$ 500 milhões para apoiar produtores rurais afetados.

O pleito seria por uma linha similar à disponibilizada a produtores do Rio Grande do Sul atingidos pelas enchentes. Ontem, a capital paulista chegou a ter a pior qualidade de ar do mundo, segundo o site suíço IQAir. O problema afeta várias partes do país. Nos nove dias de setembro, por exemplo, Goiás teve alta de 868% no número de focos de incêndio, em relação ao mesmo período de 2023.


SP renova alerta de risco elevado de incêndios em todo o estado até terça (10)
As temperaturas continuam em elevação, com queda da umidade relativa do ar, atingindo níveis críticos, com valores abaixo dos 35%

O Governo de São Paulo renovou até a próxima terça-feira (10) o alerta de risco elevado para incêndios em todo o estado. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil estadual, nos próximos dias as regiões norte, noroeste e oeste continuarão com o tempo seco e sem condições para precipitações.

As temperaturas continuam em elevação, com queda da umidade relativa do ar, atingindo níveis críticos, com valores abaixo dos 35%. Com isso, a sensação será de tempo quente e abafado. O Mapa de Risco da Defesa Civil, usado no monitoramento, aponta para a possibilidade de queimadas em todo o território paulista.

O Governo de São Paulo mantém o gabinete de crise que monitora a situação dos incêndios e coordena as ações de prevenção e combate ao fogo. Na quinta-feira (5), a gestão estadual liberou R$ 5,9 milhões para a contratação de serviços de monitoramento e combate a incêndios florestais com aeronaves. As aeronaves são importantes nos trabalhos em regiões de difícil acesso por vias terrestres, como no caso das unidades de conservação.

Até a sexta-feira, 6, o CGE contabilizava 9 focos de incêndio em todo o território paulista.

Alerta e previsão dos próximos dias

Na região metropolitana de São Paulo, as temperaturas podem chegar aos 33ºC. Já a umidade relativa do ar também deve ficar abaixo dos 35%. Para a região de São José do Rio Preto e Araçatuba, a previsão é de temperaturas na casa dos 38ºC e umidade relativa do ar abaixo dos 15%. Em Presidente Prudente e Marília, os termômetros podem registrar temperaturas máximas de 39ºC com umidade relativa abaixo dos 15%.

Nas regiões de Campinas, Sorocaba, Araraquara e Bauru, as temperaturas podem chegar a 36ºC e a umidade relativa do ar ficará abaixo dos 20%, mesmo índice de Franca, Barretos e Ribeirão Preto.

Para a Região de Itapeva, máxima de 36º C e umidade relativa do ar abaixo dos 25%. Na Região do Vale do Paraíba, a temperatura máxima é de 33º C e a umidade relativa será menor que 30%. Para a região da Serra da Mantiqueira, máxima de 27º C e umidade relativa do ar, de 30%.

Recomendações à população

Diante deste cenário, recomenda-se cuidados com a saúde incluem hidratação constante, beber bastante água e se proteger do sol. A prática de atividade física ao ar livre deve ser evitada nos horários mais críticos do dia e é recomendado o uso de soro nos olhos e nariz.

A Defesa Civil do Estado, juntamente com as Defesas Civis Municipais adotam medidas de prevenção como vistoria nas áreas mais suscetíveis às queimadas, construção de aceiros e intensificação das campanhas de conscientização junto à população.


Incêndios atingiram 230 mil hectares de cana em SP, aponta Unica
As empresas com os números já contabilizados representam mais de 75% da produção paulista de cana-de-açúcar

Pelo menos 231,83 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar foram atingidos pelos recentes incêndios registrados no interior de São Paulo. O dado é fruto de levantamento parcial realizado pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) junto às usinas do estado e refere-se aos incêndios ocorridos em agosto. As empresas com os números já contabilizados representam mais de 75% da produção paulista de cana-de-açúcar.

De acordo com o levantamento, 132,04 mil hectares são de áreas que ainda seriam colhidas. O restante, ou seja, 99,79 mil hectares, é referente a locais em que a cana-de-açúcar já havia sido colhida ou a lavouras de cana-planta (plantadas nesse ano para colheita no próximo ciclo agrícola).

As regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Carlos foram as mais atingidas pelos incêndios, respondendo por cerca de 90% da área queimada apurada até o momento. Nas regiões de Piracicaba, Araçatuba e Assis o impacto dos incêndios foi menor.

Combate e prevenção

A Unica e suas associadas colocaram à disposição do Estado de São Paulo toda a estrutura de combate ao fogo já disponível nas usinas. Mais de 1,5 mil caminhões-pipa e cerca de 10 mil colaboradores do setor sucroenergético treinados para combater incêndios continuam atuando sob coordenação do governo estadual.

“Nesse momento, os esforços do setor sucroenergético seguem dedicados à prevenção e combate dos focos de incêndio, com segurança aos colaboradores e colaboração com o Governo do Estado”, destaca o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues.

Fonte: Infomet
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 10/09/2024

 

PIB da Construção cresce 3,5% no 2º trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto) da construção cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024, na comparação com o primeiro trimestre, quando havia registrado queda de 0,5%. Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB do setor cresceu 4,4%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou em 3 de setembro.

Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, atribuiu o crescimento expressivo da construção no segundo trimestre deste ano ao aumento da atividade e do emprego no setor.

“Praticamente todos os segmentos da construção tiveram mais atividade. A maior geração de emprego no país também favoreceu o consumo de insumos do setor”, comenta.

No acumulado de quatro trimestres até junho, comparado ao acumulado dos quatro trimestres imediatamente anteriores, o PIB da construção registrou ligeiro aumento, de 0,6%.

“O segundo trimestre de 2024 teve um crescimento da construção de 3,5%, quando se compara com o crescimento do Brasil, de 1,4%, ou da indústria de 1,8%. Mostra que o setor está pujante, puxando para cima esse crescimento, tudo isso somado e alinhado à construção civil e infraestrutura. Teve uma boa geração de emprego no setor, de 200 mil de janeiro até junho de 2024”, afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia.

O ritmo da construção civil neste ano levou a CBIC a revisar suas expectativas para o crescimento do setor em 2024, de 2,3% para 3,0%. “O mercado de trabalho nacional resiliente, as novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida, e a modesta redução da taxa de juros são alguns dos fatores que explicam o desempenho positivo do setor e indicam boas perspectivas para o segundo semestre e para 2025”, destacou Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, aos jornais.

Fonte: Grandes Construções
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 10/09/2024

 

Siderúrgicas dos EUA pedem aumento das tarifas contra aço brasileiro

Siderúrgicas dos EUA enviaram um pedido ao Departamento de Comércio e à Comissão de Comércio Internacional do país para aplicar tarifas contra as importações de aço laminado plano resistente à corrosão de 10 países, dentre eles o Brasil. A justificativa da petição é que está sendo feito dumping –venda de produtos abaixo do custo de produção– que por sua vez tem resultado em uma piora dos índices de produção e lucro das companhias norte-americanas.

A petição é assinada pelas companhias Steel Dynamics, Nucor, US Steel, Wheeling-Nippon Steel e pelo sindicato nacional dos metalúrgicos dos EUA. Além da tarifa antidumping, as empresas ainda pedem que as tarifas contra importações de aço laminado resiste à corrosão do Brasil, Canadá, México e Vietnã sejam aumentadas. Os demais países citados no documento que devem ter tarifa antidumping são:

Austrália;
Holanda;
África do Sul;
Taiwan;
Turquia; e
Emirados Árabes Unidos.

“As importações de aço plano resistente à corrosão destes países quase duplicaram, passando de 690 mil toneladas no 1º semestre de 2023 para 1,35 milhão de toneladas no 1º semestre de 2024. Essas importações estão destruindo bons empregos sindicais nos EUA e causando danos às empresas norte-americanas”, disse o presidente do sindicato dos metalúrgicos, David McCall. Leia a íntegra da nota (PDF – 58 kB, em inglês).

A partir da entrega da petição, o Departamento de Comércio e a Comissão de Comércio Internacional devem analisar o pleito em um prazo de 20 e 45 dias, respectivamente. O processo que determinará o aumento ou não das taxações deve ser concluído no 2º semestre de 2025.

Ao Poder360, o Ministério da Indústria e Comércio informou que tomou conhecimento da petição na 5ª feira (5.set) e que agora aguarda os desdobramentos do caso. Se for instaurada uma investigação contra a indústria siderúrgica brasileira, o ministério afirmou que defenderá os interesses das empresas brasileiras.

Leia a íntegra do comunicado:

“O governo brasileiro tomou conhecimento ontem (5/9/2024) de petição para investigação de dumping e de subsídios nas exportações brasileiras de aço resistente à corrosão (“Corrosion-Resistant Steel Products”), protocolada junto ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos pelas empresas Steel Dynamics, Inc., Nucor Corporation, United StatesSteel Corporation e Wheeling-Nippon Steel, Inc. (“Wheeling-Nippon”).

“O pedido de investigação envolve também as exportações originárias da Austrália, Canadá, México, Holanda, África do Sul, Taipé Chinês, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Vietnã.

“Caso a investigação seja de fato iniciada, o governo brasileiro atuará, como de praxe, para apoiar as empresas brasileiras no contexto dessas investigações, garantindo que o processo respeite o direito de defesa dessas empresas e fiscalizando o cumprimento dos acordos multilaterais pertinentes (Acordo Antidumping e Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias) no decorrer dos procedimentos, com vistas a defender os interesses exportadores do Brasil.”

O Instituto Aço Brasil, que representa as empresas de siderurgia no país, declarou ao Poder360 que não comentará.

Fonte: Poder 360
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/09/2024