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Minério de ferro de Dalian amplia ganhos nesta terça-feira e encontra mais apoio nos fundamento

Os contratos futuros de minério de ferro em Dalian ampliaram os ganhos nesta terça-feira, uma vez que os traders permaneceram otimistas com as perspectivas de demanda no curto prazo em meio a estoques baixos e um ritmo mais lento do que o esperado na queda do consumo devido a cortes de produção entre algumas siderúrgicas.

O minério de ferro mais negociado em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian (DCE) DCIOcv1 da China encerrou as negociações diurnas com alta de 2,12 % , para 866 yuans por tonelada métrica, o maior valor desde 25 de setembro.

“Embora a produção de metal quente tenha diminuído recentemente, o ritmo de queda é relativamente lento, com a produção atual ainda em um nível comparativamente alto para o período”, disseram analistas da Shengda Futures em nota.

“A produção diária de metal quente provavelmente cairá para 2,42 milhões de toneladas até o final de outubro e se recuperará para cerca de 2,45 milhões de toneladas, dando forte apoio às matérias-primas siderúrgicas.”

A demanda robusta empurrou as importações de minério de ferro da China para um recorde de 876,65 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2023, mostraram dados alfandegários.

A Rio Tinto, maior produtora mundial de minério de ferro, relatou um aumento de 1,2% em seus embarques de minério de ferro no terceiro trimestre, à medida que aumentou a produção na mina Gudai-Darri.

A melhora na demanda por aço também impulsionou o sentimento, com os volumes diários de transações de produtos de aço para construção subindo para 208,2 mil toneladas na segunda-feira, o maior desde maio, mostraram dados da consultoria Mysteel.

O preço de referência do minério de ferro SZZFX3 de novembro na Bolsa de Cingapura estava pouco alterado em US$ 117,25 por tonelada às 07h21 GMT, com temores de aumentos de taxas por parte do Federal Reserve dos EUA limitando os ganhos.

Outros ingredientes siderúrgicos também registraram ganhos adicionais, com o carvão metalúrgico DJMcv1 e o coque DCJcv1 no DCE subindo 1,6,3 % e 1,4%, respectivamente.

Os benchmarks do aço na Bolsa de Futuros de Xangai mostraram movimentos mistos, embora marginalmente.

O vergalhão SRBcv1 subiu 0,6,1 % , a bobina laminada a quente SHHCcv1 subiu 0,67%, enquanto o fio-máquina SWRcv1 caiu 0,3,5 % e o aço inoxidável SHSScv1 perdeu 0,5,7 % .

Os principais dados econômicos e de produção de commodities da China serão divulgados na quarta-feira.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2023

ArcelorMittal completa cinco anos com R$ 1,9 bilhão em obras de investimento ambiental

Criado pela ArcelorMittal Tubarão após a assinatura do Termo de Compromisso Ambiental (TCA), firmado entre a empresa, o Governo do Espírito Santo e o Ministério Público em 2018, o Programa Evoluir está completando cinco anos. Referência mundial para o Grupo ArcelorMittal, o Evoluir tornou-se um marco por ampliar a prática contínua de ações voltadas ao meio ambiente realizadas pela empresa e por reafirmar a sustentabilidade como um dos seus principais valores.

Desde a assinatura até o cumprimento do TCA, a ArcelorMittal Tubarão terá investido pelo menos R$ 1,9 bilhão em sua gestão ambiental, sendo que as 131 metas e 114 diretrizes estabelecidas no documento se desdobraram em 446 ações implantadas.

Para celebrar o aniversário desse inovador e arrojado Programa, a empresa está lançando uma websérie com quatro episódios em que os protagonistas são o seu maior ativo: as pessoas que compõem o dia a dia da empresa. Em cada um dos episódios, um empregado traz histórias de como o Evoluir impactou nos seus comportamentos e no dia a dia do trabalho.

“Nesses cinco anos, entre tantas vitórias que conquistamos, a maior de todas foi ver o empenho de cada pessoa que trabalha na nossa empresa. Por isso, ao celebrar essa data quero agradecer aos empregados e empregadas, que engrandeceram o escopo e os resultados do Evoluir. Os números do Programa são grandiosos a começar pela participação das pessoas. Essas vitórias pertencem a todos nós”, disse o CEO ArcelorMittal Aços Planos América Latina, Jorge Oliveira.

Principais entregas

O programa Evoluir contou com a implantação de seis wind fences, que juntas somam 8,5 quilômetros de extensão em torno dos pátios de minério, carvão, coque e agregados siderúrgicos. As estruturas das seis wind fences somam mais de 175.000m?2; de telas.

Entre os maiores do mundo, o programa ambiental da ArcelorMittal conta com mais de 100 equipamentos de controle atmosférico em operação, sendo 23 novos projetos diretamente relacionados às metas do TCA. Entre eles, destacam-se a instalação de filtros de mangas em processos produtivos, o despoeiramento da Casa de Corrida do Alto Forno 1 e do pátio de coprodutos.

Estes equipamentos de controle totalizam mais de mil pontos de captação de emissões e mais de 18 quilômetros de dutos.

A empresa também criou um Plano Estratégico de Correias, visando soluções específicas para melhoria no controle dos materiais transportados em correias pela usina. Durante estes cinco anos, mais de 20 mil coberturas foram instaladas em mais de 42 quilômetros de transportadores de correia.

O Programa Evoluir também implantou um Plano Estratégico de Pavimentação. Diferentes materiais foram utilizados para pavimentar vias internas. Inclusive, o RevSol, material oriundo de coprodutos da siderurgia, foi uma solução sustentável utilizada em alguns pontos da usina. Ao todo, foram pavimentados mais de 174 mil metros quadrados de área, o equivalente a 21 campos de futebol.

A aplicação dos projetos passou por inspeções regulares do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Neste ano de 2023, 21 inspeções foram realizadas. Em 2022, 39 inspeções fiscalizatórias foram realizadas e, em 2021, outras 23 foram feitas.

Evolução contínua

A implantação de projetos ambientais foi resultado de um trabalho de estudos e pesquisas visando a busca pelas melhores soluções tecnológicas do mundo. Pesquisadores do Brasil e da Espanha, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal, participaram da concepção dos projetos. Parcerias com universidades, como Ufes, Ifes, UFMG e Ufscar, também foram desempenhadas.

Além disso, o Evoluir enraizou na cultura da empresa e em cada empregado a constante evolução em busca de um novo patamar de gestão ambiental.

A partir dele, a empresa passou a disponibilizar, aberta e gratuitamente para toda a sociedade, um aplicativo de celular (Evoluir ArcelorMittal) que permite conhecer, de forma ágil, interativa e transparente, as ações empreendidas pela empresa em sua gestão ambiental.

Fonte: A Gazeta
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2023

Vale (VALE3) divulga produção e vendas do 3T23 nesta terça (17); saiba o que esperar

A Vale (VALE3) divulga nesta terça-feira (17), após o fechamento do mercado, os dados de produção e vendas do terceiro trimestre. A expectativa dos analistas é de balanço com melhora sequencial nos números, incluindo no volume de minério de ferro produzido pela companhia, em função do ramp-upguiado pelo efeito sazonal, segundo a Genial Investimentos.

“É importante ter em mente que os terceiros trimestres são tipicamente os trimestres mais favoráveis para a produção da Vale, considerando que, durante os segundos trimestres, ainda persiste a estação chuvosa em Carajás (PA), o que costuma oferecer uma barreira para aumento de volume, enquanto em Minas Gerais (MG) as chuvas acabam se concentrando principalmente nos primeiros trimestres”, levanta a corretora.

Na comparação anual, espera-se um leve recuo, considerando a base de comparação difícil de ser superada. Para as vendas, no entanto, as projeções indicam melhora “substancial” em comparação com o segundo trimestre e uma alta de dígito único ano a ano.

Produção e vendas em números

O time de análise da Genial acredita que a Vale reportará uma produção de 88,9 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, avanço sequencial de 13% e queda anual de 0,8%.

O trimestre deve aproximar a companhia da banda superior de seu guidancepara 2023, de 310-320 milhões de toneladas, diz a corretora.

“Na hipótese das nossas estimativas para o terceiro trimestre de 2023 se provarem assertivas, a Vale passaria a necessitar de uma produção de 75,5 milhões de toneladas no quarto trimestre de 23 para atingir 310 milhões de toneladas no ano, que corresponde à parte inferior do intervalo. Esse patamar seria o equivalente a um número 6,6% menor do que o registrado no quarto trimestre de 2022, fazendo o feito de atingir a parte de baixo do guidance parecer algo fácil para esse ano”, avalia.

A Genial lembra que, em 2022, a Vale não conseguiu entregar a produção do guidance, tendo concluído o ano com 308 milhões de toneladas, ante expectativa de 310 milhões de toneladas.

Corrida pela sustentabilidade pode virar o jogo para o Banco do Brasil (BBAS3)? Entenda no Giro do Mercado se vale a pena ter as ações do banco:

Da unidade de metais básicos, a corretora projeta uma produção de 43 mil toneladas para o níquel e 90,1 mil toneladas para o cobre.

Para as vendas de finos de minério de ferro, analistas esperam que a Vale entregue 67,1 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento anual de 2,6%. Em relação a pelotas, as estimativas estão em 9,36 milhões de toneladas.

Dentro de metais básicos, cobre deve ter um crescimento tanto trimestral quanto anual nas vendas, com volume esperado de 84,4 mil toneladas.

Destaque positivo da temporada

Analistas do mercado apostam na Vale como um dos destaques positivos em mineração e siderurgia nessa nova temporada de resultados.

A Genial acredita que o terceiro trimestre está inclinado para uma recuperação com o impulso de dois principais fatores. Além da sazonalidade, a resiliência dos preços do minério de ferro mesmo em meio a um cenário desafiador na China deve se traduzir em bons números pela empresa.

Citando os mesmos fatores, a XP Investimentos acredita que Vale e CSN Mineração (CMIN3) devem entregar uma “sólida melhoria” de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no terceiro trimestre.

Já o BTG Pactual avalia que o terceiro trimestre será o primeiro “de muitos que virão” que vão retratar um cenário mais favorável para as mineradoras.

O banco segue preferindo o minério de ferro em detrimento do aço, uma vez que acredita que a China continuará com uma produção relevante de aço, o que derrubará os preços globais da liga metálica enquanto ajuda a manter o minério de ferro em níveis “muito saudáveis”.

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2023

Deputados apuram dano ambiental de mineração

A borda de um abismo de 200 metros de profundidade, que separa os domínios da mineração e da conservação ambiental na Serra da Moeda, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi o local escolhido ontem para visita de parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Ainda que já existisse antes, o precipício foi ampliado pela ação da Gerdau, que hoje opera a mina Várzea do Lopes, uma cava profunda que ocupa uma ampla área entre a BR-040 e a Serra da Moeda.

A Gerdau explora minério de ferro na vertente da Serra da Moeda voltada para leste, no município de Itabirito, enquanto a vertente oeste, no município de Moeda, permanece dentro dos limites de preservação. 

À beira do abismo, integrantes da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG mostraram divergências a respeito do Projeto de Lei (PL) 1.185/23, de autoria do deputado Noraldino Júnior (PSB), que altera os limites do Monumento Natural Estadual Serra da Moeda (Mona).

Aos representantes de entidades ambientalistas que participaram da visita, o autor do projeto explicou que sua intenção é apenas ampliar a área do monumento natural acrescentando áreas indicadas pela Gerdau. “Diferente de outros projetos anteriores, esse só traz a anexação de áreas, não há desafetação alguma”, afirmou Noraldino Júnior.

Desafetação é o nome técnico para a mudança legal de finalidade de uma área, que poderia liberar um terreno, antes preservado, para a mineração.

Autoras do pedido para realização da visita à Serra da Moeda, as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol) criticaram o projeto por considerá-lo uma oportunidade para que o lobby das mineradoras pressione para a apresentação de emendas que prejudiquem e reduzam a área preservada atualmente.

“Não é possível controlar a tramitação do projeto. Qual o objetivo de acrescentar algo (ao Monumento) que ninguém está pedindo? Se a intenção é a preservação, porque não trabalhar para aprovar a PEC?”, questionou a deputada Beatriz Cerqueira, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 7/23, que promove o tombamento das Serras do Rola Moça, do Brigadeiro e da Moeda, e que está parada na Comissão de Constituição e Justiça.

Para a deputada Bella Gonçalves, o projeto é perigoso porque abre espaço para que a área de preservação seja reduzida por lei, de uma forma juridicamente mais consolidada do que os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) firmados com o Ministério Público, um instrumento que as mineradoras costumam lançar mão para regularizar explorações iniciadas clandestinamente.

De acordo com o ambientalista Cléverson Ulisses Vidigal, da organização não governamental (ONG) Abrace a Serra da Moeda, a Gerdau já manifestou a intenção de desafetar 128 mil metros quadrados no Monumento Natural Serra da Moeda para permitir a ampliação da mina Várzea do Lopes.

Vidigal relata que o desbarrancamento da vertente da Serra já invadiu alguns metros da área de preservação, fato confirmado pelo desaparecimento do Marco 32 do Monumento Natural, que foi retirado durante obras de contenção realizadas em 2017 pela Gerdau, dentro dos limites de preservação.

Corredor ecológico

Além disso, Vidigal afirmou que, dos 62 hectares que estariam sendo anexados ao Monumento Natural pelo PL 1.185/23, 31 hectares correspondem a um corredor ecológico que já está entre os compromissos de compensação ambiental assumidos pela Gerdau em 2009. Na mesma ocasião, segundo ele, a empresa firmou o compromisso de não mais solicitar ampliações da área explorada na Serra da Moeda. “E ela não está cumprindo isso”, afirmou o ambientalista.

Vidigal também criticou o governo do Estado pela demora em implantar no local um sistema de monitoramento por câmeras térmicas que já existe na Serra do Rola Moça. 

Segundo informações do gerente do monumento natural Serra da Moeda, Henri Collet, que é funcionário do Instituto Estadual de Florestas (IEF), a instalação das câmeras depende da Polícia Militar, que ficou responsável pela aquisição de rádios e da frequência de comunicação entre os equipamentos. Esse processo está parado desde 2019.

A instalação das câmeras, segundo Vidigal, seria útil também para monitorar outros problemas da área de preservação, tais como vandalismo, incêndios e danos causados por praticantes de motocross.

Fonte: Diário do Comércio
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/10/2023

Siderúrgicas querem imposto "anti-China" e pressionam governo

Empresários pedindo mais impostos? Parece estranho, mas o setor siderúrgico brasileiro, liderado por Jorge Gerdau, pede um aumento significativo nas tarifas sobre o aço importado da China.

A proposta é elevar os impostos sobre o aço chinês de cerca de 9,5% a 13% para 25%.

As instituições financeiras avaliaram que a postura de Gerdau significa que a empresa está passando por um momento turbulento, e por isso, diminuíram o preço-alvo da companhia que leva seu sobrenome.

O impacto potencial de aumentar os impostos sobre o aço chinês inclui o aumento da inflação e a competição com o investimento em máquinas e equipamentos no setor industrial.

No mais recente episódio do podcast "Ligando os Pontos," os CEO do Monitor do Mercado e colunista da Folha de S.Paulo, Marcos de Vasconcellos, e a jornalista Maria Júlia Baumert, explicam o que aconteceu, quais as perspectivas e como foi a reação do mercado é o tema do novo episódio do podcast Ligando os Pontos.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/10/2023

 

CNI prevê alta de 3,3% do PIB e queda de 0,5% na indústria de transformação em 2023

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima o crescimento da economia e projeta expansão de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Essa é a segunda reavaliação positiva do ano. No primeiro trimestre, a expectativa era de alta de 1,2% e, no segundo trimestre, de 2,1%.

O Informe Conjuntural do 3º trimestre mostra que o Brasil caminha para crescer mais do que o esperado, embora a alta não alcance todos os setores econômicos.

Na indústria de transformação, a previsão é de queda de 0,5% neste ano. A retração na maior parte deste segmento industrial ocorre pela queda da demanda e da produção, especialmente nos setores mais sensíveis ao crédito.

Estes setores têm sido penalizados pela elevada taxa de juros. A previsão inicial era de queda de 0,9%, mas o desempenho de alimentos e derivados de petróleo, no primeiro semestre, segurou uma redução maior na média dos demais segmentos da indústria de transformação.

“A indústria, que desempenha um papel estratégico no fortalecimento de todo o setor produtivo brasileiro, especialmente com seus investimentos em tecnologia e inovação, está encolhendo. Os juros altos e o nosso sistema tributário têm cobrado um alto preço da indústria de transformação, mas também dos investimentos. Se nada mudar, o Brasil terá sua capacidade produtiva futura bastante comprometida”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

A expectativa é de desempenho bastante heterogêneo na indústria como um todo. O PIB industrial deve crescer 2% em 2023, puxado pelos resultados positivos na indústria extrativa, na indústria da construção e nos serviços industriais de utilidade pública (SIUP).

A indústria extrativa, que tem na sua base a produção de minério de ferro e a extração de petróleo, deve crescer 6,7% este ano. A construção terá expansão de 1,5% e o SIUP terá alta de 5,3%.

“A parte da indústria mais sensível ao mercado externo terá desempenho positivo este ano, enquanto a indústria de transformação tem sido pressionada pela política monetária contracionista, pelo ambiente de crédito restritivo e pelo enfraquecimento da demanda. A questão é que a indústria da transformação responde por 58% do PIB industrial e tem maior capacidade de alavancar o PIB do que os demais setores da economia”, explica o gerente-executivo de Economia, Mário Sérgio Telles.
 

 
 
 

Agropecuária vai crescer 15,5% em 2023

As boas safras de soja e de milho vão garantir um desempenho muito positivo para o PIB do setor agropecuário, que deve crescer 15,5% em 2023. Esse comportamento do setor agropecuário, assim como o da indústria extrativa, ocorre em um cenário global de crescimento moderado ao longo de 2023, mesmo diante de um ambiente com taxas de juros em patamares restritivos, aperto do crédito e da inflação ainda elevada. 

Setor de Serviços vai crescer 2,1%

O setor de Serviços foi o principal responsável pelo crescimento econômico no primeiro semestre de 2023, com avanço disseminado entre todas as atividades. A previsão de crescimento para o setor neste ano foi revisada de 1,3% para 2,1%.

Brasil terá o maior superávit comercial de sua história

A CNI projeta que as exportações brasileiras serão de US$ 331 bilhões em 2023, enquanto as importações alcancem US$ 257,3 bilhões. Confirmadas estas projeções, o saldo comercial ficará positivo em US$ 73,7 bilhões, o que seria o maior superávit comercial já registrado no comércio exterior brasileiro.

Inflação, medida pelo IPCA, deve encerrar 2023 em 4,9%

Na avaliação da CNI, o cenário seguirá com desaceleração da inflação corrente e expectativas de inflação próximas da meta, sinalizando um processo de convergência em 2024 e, sobretudo, em 2025. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2023 em 4,9%. O valor é menor que o observado em 2022, de 5,8%, mas é superior à meta de inflação de 3,25% para 2023 e acima, inclusive, do intervalo superior da meta (4,75%).

Taxa Selic encerra 2023 em 11,75%

Nesse cenário de desaceleração da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou o ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic) em agosto. A CNI avalia que o Copom fará mais dois cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões restantes do comitê no ano, o que fará com que a taxa Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.

 
Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 13/10/2023