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Em 2026, mundo gastará US$ 16 bilhões em recarga de carro elétrico

Um novo estudo da consultoria britânica Juniper Research aponta que o número de domicílios em todo o planeta usando wallboxes (aparelhos para recarregar carros elétricos em casa) vai saltar de 2 milhões em 2021 para 21 milhões em 2026. Um crescimento de quase 10 vezes a quantidade atual.

No total, os wallboxes estarão em 55% dos domicílios que contam com veículos elétricos. Se somarmos as tomadas tradicionais à conta, que compõem os outros 45%, teremos 35 milhões de casas no mundo carregando carros eletrificados de uma forma ou de outra.

Com isso, o gasto global com a recarga caseira também vai saltar de US$ 3,4 bilhões em 2021 para US$ 16 bilhões em 2026. Desses, US$ 5,5 bilhões corresponderão apenas às vendas de wallboxes, mercado que movimentou US$ 1,8 bilhão em 2021.

Os autores do estudo creditam esse crescimento projetado ao menor custo de carregar os carros elétricos em casa (em comparação ao valor de reabastecer a bateria na rua) e também à conveniência que o carregamento doméstico oferece. Eles recomendam no estudo que as montadoras dos veículos criem parcerias com as fabricantes de wallboxes para vender os produtos de forma conjunta, o que já acontece em alguns casos e serve de estímulo à eletrificação.

Uma pesquisa recente de outra companhia, a British Gas Company, apontou que muitas pessoas no Reino Unido não possuem garagens próprias em suas residências, portanto dependem de uma boa estrutura pública de carregadores para resolverem adotar veículos elétricos. Esse problema pode ser extrapolado para o resto do mundo, especialmente com o adensamento populacional das metrópoles: vagas de garagem vão se tornar cada vez mais raras.

Outros dados da pesquisa da Juniper Research são que, em 2026, o gasto médio anual de um domicílio com carregamento de carro elétrico será de US$ 349 (R$ 1.798) na América do Norte, US$ 678 (R$ 3.493) na Ásia e US$ 68 (R$ 350) na América do Sul.


Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 18/02/2022

Siderúrgicas vão elevar preços entre 10% e 15% com retirada de descontos concedidos no final do ano

As siderúrgicas fabricantes de aços planos no país — ArcelorMittal, Usiminas, Gerdau e CSN — estão reajustando os preços do aço a partir deste mês com a retirada de descontos que concederam a clientes entre novembro e dezembro de 2021.

Os descontos, de até 15%, foram necessários porque a oferta de produtos siderúrgicos planos, incluindo material importado, superou a demanda do mercado local, criando uma forte competição, explicou uma fonte do setor ao Valor.

Nesta terça-feira (15), a Usiminas vai ajustar, para cima, seus preços entre 5% e 10% para o mercado da distribuição, empresas que movimentam expressivo volume mensal de aço plano. Uma parcela ficará para uma segunda etapa.

ArcelorMittal e Gerdau já comunicaram decisão semelhante aos seus clientes da rede de distribuição. A próxima a seguir o mesmo caminho deve ser a CSN.

O último grande aumento aplicado aos preços pelas usinas ocorreu entre julho e agosto, na faixa de 10% a 15%. Desde então, o ritmo de produção local mais a forte entrada de aço importado, aliados à acomodação da demanda interna, principalmente no quatro trimestre, criaram uma barreira para reajustes.

O movimento de agora, segundo fontes, é decorrente da alta de dois ingredientes cruciais na siderurgia: o carvão e o minério de ferro. Os preços do minério já beiram US$ 150 a tonelada, depois do recuo que o levou a US$ 94 alguns meses atrás.

Com isso, os preços do aço no exterior subiram a partir do início deste ano. Na China, a tonelada da bobina a quente, material de referência, chegou a ganhar US$ 100, ficando acima de US$ 800 a tonelada.

As siderúrgicas no Brasil também trabalham neste início de ano nos reajustes do aço vendido diretamente à montadoras de automóveis. Os aumentos para o setor são anuais e divididos em duas etapas: um grupo de fabricantes em janeiro e o outro em abril.

Os acordos já firmados, segundo informou o presidente da Usiminas, Sérgio Leite, ao Valor, tiveram aumentos entre 60% e 70% sobre os preços de uma ano atrás.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/02/2022

 

Exportação e preços do minério de ferro do Brasil caem até 2ª semana de fevereiro

Os embarques de minério de ferrodo Brasil recuaram 32,4% na média de fevereiro até a segunda semana, ante o mesmo mês completo de 2021, para 901,04 mil toneladas ao dia, enquanto os preços da commodity também caíram de forma expressiva, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.

Um dos maiores exportadores globais de minério de ferro, o Brasil vendeu a commodity nas primeiras duas semanas de fevereiro por um valor médio de 91 dólares por tonelada, ante 122,1 dólares por tonelada no mesmo mês completo do ano passado, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O recuo dos embarques ocorreram após companhias como a Vale, CSN, Usiminas e Samarco terem paralisado operações por um período em janeiro em Minas Gerais por questões técnicas e de segurança, diante de chuvas intensas.

Na semana passada, a Vale confirmou ter retomado todas as operações e informou que o impacto das paralisações de janeiro teria sido de 2 milhões de toneladas para suas operações, mantendo então sua previsão de produzir 320-335 milhões de toneladas em 2022.

As mineradoras já consideram impactos sazonais na produção nessa época do ano, devido a chuvas, e a demanda na China sofreu efeitos de uma redução na produção de aço, para controle da poluição antes dos jogos olímpicos de inverno, e com o feriado chinês do Ano Novo Lunar.

No total, as vendas externas de minério de ferro nas duas primeiras semanas de fevereiro somaram 8,109 milhões de toneladas, ante 23,997 milhões de toneladas no mesmo mês completo de 2021. Em receitas, os embarques somaram 738,35 milhões de dólares, versus 2,93 bilhões de dólares na mesma comparação.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 15/02/2022

Indústria de implementos rodoviários registra melhor janeiro em sete anos

A indústria de implementos rodoviários iniciou 2022 apresentando o melhor volume de emplacamentos em janeiro dos últimos sete anos. No primeiro mês deste ano foram entregues 11.656 produtos.

“O resultado indica que podemos ter um ano promissor para os negócios da indústria”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Para o executivo ainda é cedo para fazer qualquer previsão a respeito do desempenho do setor para este ano. “Com base no que tivemos ano passado podemos pensar inicialmente que poderemos obter este ano resultado de 5% a 10% superior ao apurado em 2021”, diz.

Segmentos – O primeiro mês do ano para o segmento de Reboques e Semirreboques não reflete a força dos mercados que são suas molas impulsoras.

O desempenho de janeiro de 2022 foi de 6.724 unidades. “Esse período antecede os negócios principais do segmento, como a safra e a retomada das obras públicas e privadas”, explica Spricigo.

Já o setor de Carroceria sobre chassis registrou variação positiva de 8,59%. “O resultado pode indicar que a economia nas cidades, ligada ao abastecimento dos pontos de venda do mercado de varejo, não perdeu ritmo e está recompondo suas perdas”, assinala o presidente da Anfir. No primeiro mês de 2022 foram vendidos 4.932 produtos.

Exportações – As vendas ao mercado externo foram retomadas em 2021. Em 12 meses foram exportados 5.064 produtos. Em 2020, o volume vendido ao exterior foi de 2.513 reboques e semirreboques.

Fonte: Revista M&T
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 15/02/2022

Construção civil no Paraná projeta ano de 2022 com expansão e contratações

O mercado de construção civil no Paraná tem boas expectativas para 2022. Os dados do mercado divulgados pela Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) apontam para um crescimento dessa fatia da economia de 2%. O aquecimento do setor é confirmado por uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR). Segundo a entidade, 66% das empresas associadas à instituição pretendem aumentar o nível de atividade em 2022. Ainda segundo o levantamento do Sindicato, 68% das empresas no Paraná têm lançamento programado ou intenção de lançar algum empreendimento em 2022.

Segundo o engenheiro civil Joaquim Ribas de Andrade Neto, sócio-diretor da Construtora Andrade Ribeiro, os dois últimos anos (2020 e 2021) foram de adaptação no que se refere aos imóveis residenciais, em decorrência das restrições causadas pelo avanço da Covid-19. “Aqueles que procuravam uma nova moradia, talvez postergaram a possível compra e é em 2022 que a busca pode ser finalizada. Dessa forma vemos uma melhoria na demanda dos produtos, mas também na qualidade oferecida visto que o cliente agora tem características mais exigentes”, explica.

Será o segundo ano seguido de alta após a forte retração observada em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19 (em 2021 o aumento foi de 7,6% em relação ao ano retrasado, quando a queda foi de 6,3% na comparação com 2019). Em geral, para o engenheiro civil, alguns fatores ainda podem impactar no cenário econômico para a construção civil, como a taxa Selic e o valor das commodities. Ainda assim, o cenário é de boas expectativas.

No caso da Construtora Andrade Ribeiro, por exemplo, a previsão é de lançamento de um empreendimento imobiliário no bairro Ecoville, em Curitiba, que será entregue aos moradores em dezembro de 2022. O Seventy Upper Mansion tinha, em janeiro deste ano, cerca de 65% das obras concluídas. O empreendimento possui estrutura para atender a um público que busca novos conceitos de moradia, após dois anos de crise sanitária. Os apartamentos são amplos e possuem características como cozinhas gourmets mais equipadas, previsão de espaço para vestíbulos na entrada da moradia, além de espaços para limpeza de objetos de origem externa. Os acabamentos de alto padrão são marcas registradas da Construtora e no Seventy Upper Mansion isso é oferecido. Além disso, o empreendimento está localizado em meio a um bosque nativo do bairro que proporciona aos moradores uma alta sensação de conforto, segurança e bem-estar, sem a necessidade de deslocamento.

Já em relação aos imóveis comerciais, ainda que um número considerável de empresas permaneça com o regime de trabalho remoto, para o engenheiro não se descarta “a possibilidade do retorno ao ambiente tradicional de trabalho. As grandes empresas ainda precisam de espaços amplos. Com isso, a retomada de venda e locação é iminente. Então, acreditamos que o cenário para essa fatia do mercado deve melhorar a partir de 2023”, analisa.

Contratações e crescimento

Sobre o mercado de trabalho da área, 43% das instituições pesquisadas pelo Sinduscon-PR querem aumentar o número de funcionários. A expectativa é de criação de 2.700 vagas de emprego. Esses indicadores condizem com o que foi revelado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em relação ao Paraná no ano passado. O setor de construção civil no estado foi o quarto que mais empregou, com abertura de 10.653 vagas.

Fonte: Massa News
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/02/2022

Samarco fecha acordo com Vale para otimizar produção durante 20 anos

A Vale e a Samarco assinaram ontem um acordo de cooperação para otimizar as atividades de produção de minério de ferro da Samarco, que se encontra em recuperação judicial. O acordo inclui uma série de contratos entre as duas empresas e envolve trocas de áreas de reservas minerais, acordos de compra e venda de minério e otimização do uso de estruturas pela mineradora.

A Vale é acionista da empresa com 50% do capital, em joint venture com a anglo-australiana BHP. O acordo deve proporcionar à Samarco um ganho de US$ 5,1 bilhões em receitas líquidas em 20 anos (2022 a 2042), de acordo com estimativa da companhia.

A Samarco também espera antecipar de 2030 para 2028 o prazo para atingir 100% da sua capacidade produtiva - 25,7 milhões de toneladas. Desde o ano passado, a empresa opera com 26% da capacidade instalada, o equivalente a 7,87 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério.

As áreas envolvidas no acordo estão localizadas na cava Alegria Sul e cava Alegria Norte da Samarco e da mina de Alegria da Vale - todas na região de Mariana (MG). O acordo prevê a troca da área Brumado, da Samarco, pela área Mirandinha, da Vale.

Também está prevista a aquisição pela Samarco de 32,5 milhões de toneladas de minério de ferro bruto da mina Fazendão, da Vale, o que reduz o descarte de resíduos e melhora a qualidade do produto da controlada.

A mineradora - que tem a missão de finalizar todo o processo de reparação da barragem de Fundão e uma ação de recuperação judicial de R$ 50 bilhões - terá autorização para estudos e direito de aquisição de até 20 milhões de toneladas de minério de ferro. Além disso, a Samarco terá direito de uso de parte da Cava 345, o que amplia sua área de disposição de rejeitos, otimiza as operações e elimina a necessidade de novas licenças.

A Vale terá opção de aquirir até 50 milhões de toneladas de resíduos de minério da Samarco.

A Samarco estima obter um aumento de 10,9 milhões de toneladas na produção de pelotas de minério de ferro e um aumento de US$ 3,2 bilhões no fluxo de caixa livre desalavancado até 2042. O acordo está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação do juízo da recuperação judicial.

A Vale informou em nota que o acordo de cooperação “trará benefícios para ambas as partes, envolvendo trocas de áreas, acordos de compra e venda de minérios e otimização do uso de estruturas”.

Em seu plano de negócios para retomar o crescimento, a Samarco prevê investir neste ano R$ 1,2 bilhão - em sustentação do negócio, retomada gradual das operações, infraestrutura geotécnica e projetos de descaracteriz da barragem e cava de Germano. O próximo estágio de expansão será em 2026, quando prevê atingir 14 milhões de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022