Notícias

Construção civil no Paraná projeta ano de 2022 com expansão e contratações

O mercado de construção civil no Paraná tem boas expectativas para 2022. Os dados do mercado divulgados pela Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC) apontam para um crescimento dessa fatia da economia de 2%. O aquecimento do setor é confirmado por uma pesquisa realizada pelo Sindicato das Indústrias de Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR). Segundo a entidade, 66% das empresas associadas à instituição pretendem aumentar o nível de atividade em 2022. Ainda segundo o levantamento do Sindicato, 68% das empresas no Paraná têm lançamento programado ou intenção de lançar algum empreendimento em 2022.

Segundo o engenheiro civil Joaquim Ribas de Andrade Neto, sócio-diretor da Construtora Andrade Ribeiro, os dois últimos anos (2020 e 2021) foram de adaptação no que se refere aos imóveis residenciais, em decorrência das restrições causadas pelo avanço da Covid-19. “Aqueles que procuravam uma nova moradia, talvez postergaram a possível compra e é em 2022 que a busca pode ser finalizada. Dessa forma vemos uma melhoria na demanda dos produtos, mas também na qualidade oferecida visto que o cliente agora tem características mais exigentes”, explica.

Será o segundo ano seguido de alta após a forte retração observada em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19 (em 2021 o aumento foi de 7,6% em relação ao ano retrasado, quando a queda foi de 6,3% na comparação com 2019). Em geral, para o engenheiro civil, alguns fatores ainda podem impactar no cenário econômico para a construção civil, como a taxa Selic e o valor das commodities. Ainda assim, o cenário é de boas expectativas.

No caso da Construtora Andrade Ribeiro, por exemplo, a previsão é de lançamento de um empreendimento imobiliário no bairro Ecoville, em Curitiba, que será entregue aos moradores em dezembro de 2022. O Seventy Upper Mansion tinha, em janeiro deste ano, cerca de 65% das obras concluídas. O empreendimento possui estrutura para atender a um público que busca novos conceitos de moradia, após dois anos de crise sanitária. Os apartamentos são amplos e possuem características como cozinhas gourmets mais equipadas, previsão de espaço para vestíbulos na entrada da moradia, além de espaços para limpeza de objetos de origem externa. Os acabamentos de alto padrão são marcas registradas da Construtora e no Seventy Upper Mansion isso é oferecido. Além disso, o empreendimento está localizado em meio a um bosque nativo do bairro que proporciona aos moradores uma alta sensação de conforto, segurança e bem-estar, sem a necessidade de deslocamento.

Já em relação aos imóveis comerciais, ainda que um número considerável de empresas permaneça com o regime de trabalho remoto, para o engenheiro não se descarta “a possibilidade do retorno ao ambiente tradicional de trabalho. As grandes empresas ainda precisam de espaços amplos. Com isso, a retomada de venda e locação é iminente. Então, acreditamos que o cenário para essa fatia do mercado deve melhorar a partir de 2023”, analisa.

Contratações e crescimento

Sobre o mercado de trabalho da área, 43% das instituições pesquisadas pelo Sinduscon-PR querem aumentar o número de funcionários. A expectativa é de criação de 2.700 vagas de emprego. Esses indicadores condizem com o que foi revelado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em relação ao Paraná no ano passado. O setor de construção civil no estado foi o quarto que mais empregou, com abertura de 10.653 vagas.

Fonte: Massa News
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 15/02/2022

Samarco fecha acordo com Vale para otimizar produção durante 20 anos

A Vale e a Samarco assinaram ontem um acordo de cooperação para otimizar as atividades de produção de minério de ferro da Samarco, que se encontra em recuperação judicial. O acordo inclui uma série de contratos entre as duas empresas e envolve trocas de áreas de reservas minerais, acordos de compra e venda de minério e otimização do uso de estruturas pela mineradora.

A Vale é acionista da empresa com 50% do capital, em joint venture com a anglo-australiana BHP. O acordo deve proporcionar à Samarco um ganho de US$ 5,1 bilhões em receitas líquidas em 20 anos (2022 a 2042), de acordo com estimativa da companhia.

A Samarco também espera antecipar de 2030 para 2028 o prazo para atingir 100% da sua capacidade produtiva - 25,7 milhões de toneladas. Desde o ano passado, a empresa opera com 26% da capacidade instalada, o equivalente a 7,87 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério.

As áreas envolvidas no acordo estão localizadas na cava Alegria Sul e cava Alegria Norte da Samarco e da mina de Alegria da Vale - todas na região de Mariana (MG). O acordo prevê a troca da área Brumado, da Samarco, pela área Mirandinha, da Vale.

Também está prevista a aquisição pela Samarco de 32,5 milhões de toneladas de minério de ferro bruto da mina Fazendão, da Vale, o que reduz o descarte de resíduos e melhora a qualidade do produto da controlada.

A mineradora - que tem a missão de finalizar todo o processo de reparação da barragem de Fundão e uma ação de recuperação judicial de R$ 50 bilhões - terá autorização para estudos e direito de aquisição de até 20 milhões de toneladas de minério de ferro. Além disso, a Samarco terá direito de uso de parte da Cava 345, o que amplia sua área de disposição de rejeitos, otimiza as operações e elimina a necessidade de novas licenças.

A Vale terá opção de aquirir até 50 milhões de toneladas de resíduos de minério da Samarco.

A Samarco estima obter um aumento de 10,9 milhões de toneladas na produção de pelotas de minério de ferro e um aumento de US$ 3,2 bilhões no fluxo de caixa livre desalavancado até 2042. O acordo está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação do juízo da recuperação judicial.

A Vale informou em nota que o acordo de cooperação “trará benefícios para ambas as partes, envolvendo trocas de áreas, acordos de compra e venda de minérios e otimização do uso de estruturas”.

Em seu plano de negócios para retomar o crescimento, a Samarco prevê investir neste ano R$ 1,2 bilhão - em sustentação do negócio, retomada gradual das operações, infraestrutura geotécnica e projetos de descaracteriz da barragem e cava de Germano. O próximo estágio de expansão será em 2026, quando prevê atingir 14 milhões de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

 

Exportações de minério atingem mínima em anos devido às chuvas

As chuvas mais fortes que o normal que inundaram o sudeste do Brasil no mês passado estão se refletindo nos dados comerciais do país, com os embarques de minério de ferro de janeiro chegando ao nível mais baixo em pelo menos seis anos.

O clima adverso afetou a atividade mineradora no estado de Minas Gerais, que abriga operações de companhias como a Vale, a segunda maior produtora global de minério de ferro. A empresa e seus pares na região tiveram que suspender operações nos primeiros dias do ano.

A interrupção custou cerca de 1,8 milhão de toneladas de exportações ao estado, o que se traduziu em uma queda de 13% das remessas em janeiro comparado com o mesmo período do ano anterior. Isso pode impulsionar a recuperação dos futuros de minério de ferro.

A Vale deve dar detalhes das interrupções nos resultados trimestrais ainda este mês.

Fonte: Yahoo Notícias
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

Minério em alta e câmbio puxam receita do setor mineral

O setor mineral brasileiro encerrou 2021 com faturamento de R$ 339 bilhões, alta de 62% em relação ao ano anterior. A produção teve crescimento bem menor, de 7%, para 1,15 bilhão de toneladas. Já para 2022 a previsão é de um desempenho similar ao do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

O presidente do conselho diretor do Ibram, Wilson Brumer, afirmou que o crescimento em valor foi resultado do enfraquecimento do real em relação ao dólar e da alta no preço médio do minério de ferro, principal produto mineral exportado, que no ano subiu 47,5%. Houve aumento no preço médio de todas as commodities, com destaque para cobre (51,9%), alumínio (45,4%) e estanho (92,9%).

As exportações do setor cresceram 58,6%, para US$ 58 bilhões em 2021. Em volume, houve incremento de 0,4%, para 372,5 milhões de toneladas.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

CSN se junta a fundo de Bill Gates para investir em cleantech israelense de Hidrogênio Verde

Pioneira ao anunciar, em 2020, uma meta de redução na emissão de CO2 de suas operações siderúrgicas (10% até 2030, em relação a 2018), a CSN reforça seu protagonismo ao assumir um compromisso ainda mais ousado: 20% de redução até 2035. Para acelerar o processo de diminuição de gases poluentes, a empresa apresentou um roadmap detalhado e que aposta no aumento da eficiência de materiais, energia e processos, além de soluções disruptivas, entre elas o Hidrogênio Verde produzido utilizando fontes renováveis de energia. É neste contexto que, por meio da CSN Inova Ventures, fundo de venture capital da CSN, a companhia decidiu investir na H2Pro, uma startup que desenvolveu uma tecnologia única para produzir Hidrogênio Verde em larga escala.

— A CSN Inova e mais especificamente seu veículo de investimentos, a CSN Inova Ventures, estão incansáveis na busca por novas tecnologias com potencial destacado de escalar e que permitam uma realidade industrial longe da emissão de gases do efeito estufa — destaca Felipe Steinbruch, principal executivo da CSN Inova.

Com sede em Israel, a H2Pro é uma startup fundada em 2019 por um time de pesquisadores da Universidade Technion, que já conta com mais de 50 colaboradores – entre eles uma dezena de PhD’s – e é capitaneada pelo experiente empreendedor Talmon Marco, fundador da Viber e da Juno. Como diferencial, a H2Pro promete revolucionar o mercado de Hidrogênio Verde ao se dedicar ao desenvolvimento de um processo de fabricação alternativo à hidrólise tradicional, tornando a produção mais segura e com uma expectativa de diminuir significativamente os custos, ficando abaixo de USD 1 por kg de Hidrogênio Verde até 2030, cerca de cinco vezes menos do que a média atual do mercado, o que torna o insumo atrativo não somente sob a ótica ambiental, como também econômica.

Talmon Marco celebrou o investimento da CSN lembrando que “as indústrias siderúrgicas e de cimentos estão entre os maiores responsáveis pelas emissões de CO2. Para descarbonizar nossa economia, precisamos eliminar as emissões desses setores. Acreditamos que a CSN, com sua tradição em desenvolvimento e liderança, tem a capacidade e expertise para nos auxiliar a desenvolver uma proposta de valor adequada às indústrias de cimento e aço, além de adotar e ser referência no uso da nossa tecnologia”.

A proposta tecnológica da H2Pro, já comprovada em escala de laboratório, é dividir a eletrólise em duas etapas, utilizando o conceito “E-TAC” (sigla em inglês para Electrochemical – Thermally-Activated Chemical). Na primeira etapa é formado apenas o Hidrogênio por meio da aplicação de energia elétrica renovável, o que promove uma alteração química no ânodo. Na segunda, o equipamento utiliza o calor gerado para liberar o Oxigênio, então iniciando um novo ciclo e assim sucessivamente.

Uma vez que os dois elementos não se misturam, é possível operar em alta pressão e não há necessidade de utilizar uma membrana comum à produção de H2 nos processos tradicionais, o que torna o processo mais seguro e econômico.

— A tecnologia embarcada neste processo é um dos grandes diferenciais da startup — explica Felipe Steinbruch.

O investimento na H2Pro reforça o compromisso da companhia em participar ativamente do desenvolvimento de tecnologias para a substituição de fontes poluentes por energias renováveis e liderar esse movimento em setores estratégicos como siderurgia, cimentos e mineração. No fim do ano passado, a CSN Inova Ventures já havia feito um investimento na 1S1, startup focada no desenvolvimento de componentes para fabricação de Hidrogênio Verde.

Além da CSN, a startup conta com um time de investidores de peso, entre eles a Breakthrough Energy Ventures (iniciativa criada por Bill Gates para acelerar negócios focados na descarbonização da economia), a Horizons Ventures (um dos principais fundos de investimento de Hong Kong) e a Temasek (fundo de investimento global com sede em Singapura, que investiu em empresas como Airbnb e Alibaba). “Com esse investimento, a CSN assume um papel relevante que ultrapassa o próprio aporte financeiro, que é o de impulsionar a viabilização do uso do H2 Verde no Brasil. O interesse da companhia, além de naturalmente reforçar sua jornada de descarbonização, é tornar a solução acessível no país, que tem um grande potencial para liderar o mercado de Hidrogênio Verde”, finaliza Alessandra Steinbruch, Head da CSN Inova Bridge.

Sobre a CSN Inova

Braço de inovação da Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN Inova tem como objetivo posicionar a companhia estratégica e ativamente no ecossistema de inovação. É formada por quatro frentes: Inova Ventures (constrói oportunidades via co-desenvolvimento e participação em startups), Inova Open (realiza a gestão de inovação e inovação aberta), Inova Bridge (executa e acompanha projetos relacionado aos fatores de inovação ESG) e Inova Tech (desenvolve e executa a estratégia tecnológica disruptiva da CSN e conduz a jornada de descarbonização).

Fonte: Diário do Vale
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 03/02/2022

 

Dobra a porcentagem de veículos elétricos no mundo

Um novo relatório da International Energy Agency (organização internacional para fomento da indústria de energia) apontou que, em 2021, foram vendidos 6,6 milhões de carros elétricos em todo o mundo, resultando em um market share de 8,57% em relação a todas as vendas de automóveis no período. Isso é mais do que o dobro de 2020, quando foram vendidos 3 milhões de elétricos e o share era de 4,1%.

O relatório estima que existam hoje 16 milhões de carros elétricos em circulação no mundo, consumindo cerca de 30 terawatt-hora (TWh) de eletricidade anualmente, o que equivale a toda a energia gerada na Irlanda.

A China liderou as vendas em 2021 com 3,4 milhões de unidades comercializadas. Ou seja: os chineses sozinhos compram mais carros elétricos do que todo o resto do mundo somado. O relatório credita esse crescimento aos subsídios oferecidos pelo governo à população e à grande variedade de modelos disponíveis a preços acessíveis. O governo chinês possui a meta de que os elétricos representem 20% do market share no país até 2025. 

 

Em toda a Europa, as vendas foram de 2,3 milhões (aumento de 70% em relação ao ano anterior), sendo que metade foram híbridos. O relatório ressalta a importância desse crescimento mesmo com as vendas de automóveis de modo geral tendo queda (25% a menos que em 2019, antes da pandemia). A justificativa para essas vendas são os subsídios oferecidos pelos países e também as novas metas de emissões de CO2. A Alemanha foi a nação com o maior market share (25%) entre os grandes mercados europeus, enquanto a Noruega teve o maior índice (72%) de modo geral.

Nos EUA, os elétricos ultrapassaram as 500 mil unidades vendidas e atingiram market share de 4,5%. Metade dos modelos comercializados era da Tesla, a líder absoluta do segmento. O relatório, no entanto, ressalta que 2021 viu a competição crescer com as outras montadoras lançando modelos capazes de fazer frente aos da empresa de Elon Musk.

Brasil está entre mercados de crescimento lento

Nem tudo são boas notícias. O relatório também aponta que, fora dos grandes mercados, os carros elétricos estão crescendo muito vagarosamente. No Brasil, índia e na Indonésia, o documento afirma que o market share ainda é menor que 1%. Isso contrasta com os números da Fenabrave, que diz que os emplacamentos de elétricos em 2021 foram 1,77% do total.

Outro alerta é que o mercado de elétricos está sendo prejudicado pela crise da falta de microchips. “A falta de suprimentos é problemática para os modelos com a tecnologia, que requerem cerca de o dobro da quantidade de chips em relação aos carros convencionais, principalmente por causa dos componentes eletrônicos adicionais. É possível que, sem essas disrupções, as vendas de carros elétricos tivessem sido ainda maiores em 2021. Várias linhas de produção foram interrompidas por semanas, causando atrasos na entrega dos carros elétricos”, diz o texto.

Por fim, o relatório alerta que, a partir de 2025, o mercado pode começar a enfrentar falta de minerais essenciais para a produção dos automóveis, como o lítio e o cobalto, o que pode afetar toda a cadeia de produção. Para evitar esse problema, o documento diz que a indústria de extração, processamento e refino dos materiais precisa se expandir.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 03/02/2022