Notícias

Demanda global de aço recua em 2024, mas deve voltar a crescer em 2025

A demanda global por aço cairá 0,9%, para 1.751 Mt em 2024. Porém, excluindo a China, o mercado deverá crescer em 2025. A projeção é que a procura global de aço recupere 1,2% em 2025, atingindo 1.772 Mt. A estimativa é do “Short Range Outlook (SRO) for 2024 and 2025”, da World Steel Association (Worldsteel).

“2024 foi um ano difícil para a demanda global de aço, já que o setor manufatureiro global continuou a lutar contra ventos contrários persistentes, como declínio do poder de compra das famílias, aperto monetário agressivo e crescentes incertezas geopolíticas. A fraqueza persistente na construção civil, que é impulsionada por condições de financiamento restritivas e custos elevados, contribuiu ainda mais para a fraca procura de aço”, comenta o dr. Martin Theuringer, diretor geral da Associação Alemã de Aço e presidente do Comitê de Economia da Worldsteel.

A Worldsteel vem fazendo revisões significativas para baixo para a demanda de aço em 2024, para a maioria das principais economias, incluindo a China, refletindo o arrefecimento persistente na indústria de transformação. A entidade prevê um declínio notável na procura de aço na China e na maioria das principais economias desenvolvidas em 2024. Em contraste, espera-se que a Índia mantenha a sua forte dinâmica, com um crescimento robusto na procura de aço projetado para 2024 e 2025. Para a maioria das outras grandes economias em desenvolvimento espera-se que testemunhem uma retomada na procura de aço em 2024, recuperando do arrefecimento registrado em 2022-2023.

Apesar dos desafios colocados por fatores como o aperto monetário, custos elevados, acessibilidade limitada e incertezas geopolíticas, Theuringer afirma estar cautelosamente otimista de que a procura global de aço entrará numa fase de crescimento moderado e generalizado em 2025. “Os principais determinantes da economia global para as perspectivas da procura de aço para 2025-2026 serão o progresso alcançado na estabilização do setor imobiliário da China, a eficácia dos ajustes das taxas de juro no estímulo ao consumo privado e o investimento empresarial, e a trajetória das despesas em infraestruturas dedicadas à descarbonização e à transformação digital nas principais economias globais.”

Espera-se que a atual recessão no setor imobiliário chinês pressione a procura de aço na China, resultando num declínio de 3% em 2024 e em mais 1% em 2025. A entidade admite que há um risco elevado para a previsão de 2025. Existe uma possibilidade crescente de uma intervenção governamental mais substancial e de apoio à economia real, o que poderá impulsionar a procura chinesa de aço em 2025.

A procura de aço no mundo em desenvolvimento, excluindo a China, deverá crescer 3,5% em 2024 e 4,2% em 2025, impulsionada pelo crescimento robusto da Índia e por uma recuperação em outras grandes economias emergentes.

A Índia emergiu como o motor mais forte do crescimento da procura de aço desde 2021, e esta tendência deverá continuar. A Wordsteel mantém as projeções de crescimento robustas para a Índia, antecipando um aumento de 8% na procura de aço ao longo de 2024 e 2025. Esta expansão é alimentada pelo crescimento em todos os setores consumidores de aço, especialmente pelo forte crescimento contínuo nos investimentos em infraestruturas.

A procura de aço noutras economias emergentes do mundo, como as regiões Mena (Oriente Médio e Norte da África) e Asean – Associação de Nações do Sudeste Asiático, que inclui dez países, deverá recuperar em 2024, após um abrandamento significativo durante 2022-2023.

Prevê-se que o mundo desenvolvido experimente uma diminuição de 2% na procura de aço em 2024, à medida que as principais economias, como os EUA, o Japão, a Coreia e a Alemanha, enfrentam quedas significativas. Contudo, há otimismo para 2025, com um crescimento projetado de 1,9% na procura de aço no mundo desenvolvido. Esta recuperação prevista é impulsionada pela tão esperada recuperação da procura de aço na União Europeia e por recuperações modestas nos EUA e no Japão.

TENDÊNCIAS SETORIAIS – Fraqueza persistente na atividade manufatureira global. A projeção anterior de uma recuperação contínua da atividade industrial mundial em 2024 não se concretizou. Em vez disso, o setor registrou uma desaceleração no terceiro trimestre, divergindo do crescimento inicial observado nos primeiros meses do ano e dos sinais positivos dos indicadores avançados. Um contribuinte significativo para o abrandamento da indústria de transformação é a contínua relutância das famílias e das empresas em investir em bens duráveis. Os custos elevados, a incerteza econômica e as condições de financiamento mais restritivas criaram uma atitude de “esperar para ver”, atrasando as decisões de despesa. Os efeitos persistentes dos últimos três anos de inflação corroeram o poder de compra de muitas famílias de rendimentos médios e baixos, diminuindo ainda mais a procura de bens manufaturados.

Apesar dos desafios, há razões para um otimismo cauteloso com relação a uma potencial recuperação da indústria de transformação mundial em 2025. A resiliência da economia global, a flexibilização das condições de financiamento, a demanda reprimida e os aumentos da renda real observados em grandes economias como a da zona euro e do Japão deverão apoiar uma recuperação do consumo privado e dos investimentos e, portanto, uma recuperação da atividade industrial mundial em 2025.

A construção civil permaneceu moderada na maioria dos principais mercados ao longo de 2024, especialmente em regiões-chave como a China, os EUA, a União Européia, o Japão e a Coreia do Sul. Após um período de crescimento robusto alimentado por taxas de juro historicamente baixas, a atividade imobiliária registrou um declínio acentuado em 2023 em muitas das principais economias, à medida que os bancos centrais aumentavam agressivamente os custos dos empréstimos para combater o aumento da inflação. Esta desaceleração persistiu em 2024, impactando o setor da construção e, consequentemente, a procura de aço. Espera-se que uma recuperação significativa na construção civil (na União Europeia, nos EUA e na Coreia) comece a partir de 2025, com a esperada flexibilização das condições de financiamento.

Depois de um ano excepcional de crescimento de dois dígitos nos principais países produtores de veículos em 2023, o setor automotivo se prepara para um arrefecimento significativo em 2024. As previsões de produção de veículos leves estão sendo revistas para baixo devido às preocupações crescentes com o aumento dos estoques e a uma desaceleração nas vendas de veículos elétricos a bateria (BEV) nos principais mercados. Esta mudança marca um forte contraste com o desempenho robusto do ano anterior, destacando a vulnerabilidade da indústria à evolução da dinâmica do mercado e aos potenciais desafios futuros. A WorldSteel  espera que a produção global de veículos leves apresente um crescimento modesto em 2025.

O investimento robusto em instalações de produção e infraestruturas públicas sustentou a procura global de aço ao longo de 2023 e em 2024. As principais economias em todo o mundo têm sustentado o crescimento nestas áreas de investimento, aproveitando o impulso de 2023. Estes investimentos estratégicos visam aumentar a produtividade e estimular a criação de emprego, acelerar os esforços de mitigação das alterações climáticas e garantir uma posição de liderança nas indústrias do futuro. O aumento dos custos de construção, a escassez de mão de obra e a crescente dívida fiscal podem representar desafios significativos para muitas das principais economias, limitando potencialmente um maior crescimento nestas áreas de investimento no curto prazo.

A transição verde da economia mundial é um dos principais fatores por trás da força dos investimentos em infraestruturas públicas, uma vez que necessita de uma transformação econômica de imensa escala e complexidade. A procura de aço para a expansão das redes elétricas globais deverá duplicar até ao final da década, atingindo aproximadamente 20 milhões de toneladas por ano, um aumento substancial em relação ao ritmo atual de 10 milhões de toneladas por ano. A estimativa é que a expansão da capacidade global de produção de energia renovável e a sua ligação aos centros de procura exigirão um aumento da procura de aço de aproximadamente 40 Mt até ao final da década. É provável que isto dê um apoio notável à procura global de aço, tanto nas principais economias em desenvolvimento, como a China e a Índia, como nas economias desenvolvidas, especialmente na Europa e na América do Norte. 

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/10/2024

 

Aço: Importações ainda são ‘espinhosas’

 

As importações de aço no mercado brasileiro ainda são um espinho enfrentado pelos players do setor, o que motiva uma escolha mais criteriosa de ações relacionadas à siderurgia. É o que destaca o banco BTG (BVMF:BPAC11) em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 18, em que questiona quando as pressões diminuirão e elenca a Gerdau (BVMF:GGBR4) como top pick no setor.

Os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi entendem que a Gerdau é um player de maior qualidade, com “rendimentos FCF de quase 10%, com seu programa de redução de custos obtendo progresso sólido”.

Cenário segue pressionado com importações em foco

Dados do IABr (Instituto Siderúrgico Brasileiro) indicariam tendências semelhantes em uma “dura realidade” em que seguem as pressões de importações e o “recente sistema de cotas implementado pelo governo não gerou nenhum impacto significativo no setor”. A perspectiva dos analistas, após conversas com companhias que atuam neste setor, é de que as pressões para que o governo defina novas medidas devem ocorrer até o final do ano, mas o resultado destas solicitações segue incerto.

Por outro lado, a demanda segue forte, com embarques domésticos de aços planos aumentando em alta anual de 18%. “Não vemos escassez de procura – a questão principal continua a ser falta de poder de fixação de preços e pressões competitivas”, destaca O BTG, que possui perspectivas negativas para o aço global.

A sobrecapacidade é um desafio, com excesso de oferta da China, enfraquecendo os preços internacionais e resultando em condições desafiadoras nos próximos trimestres para as companhias brasileiras desta commodity. 

Fonte: Money Times
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 21/10/2024

 

Governo Lula aprova aumento de imposto sobre produtos metalúrgicos

O Gecex (Comitê Executivo de Gestão) da Camex (Câmara de Comércio Exterior) decidiu nesta 5ª feira (17.out.2024) aumentar o imposto de importação de 11 produtos de ferro e aço para 25%. O colegiado é vinculado ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

A medida atende a pedido do Sicetel (Sindicato Nacional das Indústrias de Trefilação e Laminação de Metais Ferrosos). Outros produtos também serão variação no imposto de importação:

cabos e fibras óticas – de 11,2% e 9,6%, respectivamente, para 35% de imposto de importação durante 6 meses;
motores elétricos para liquidificadores e processadores de alimentos – redução de 18% para 0%;
fios de poliéster usados em tecidos técnicos, pneus, grelhas, lonas, laminados de PVC e linha de costura – queda de 18% para 0%.

ANTIDUMPING

De acordo com a decisão do colegiado, as folhas metálicas que vierem da China terão uma sobretaxa de US$ 257,97 a US$ 341,28. A medida faz parte do antidumping provisório aplicado pelo governo para contemplar a indústria nacional.

Outros produtos importados também passarão a ter uma sobretaxa provisória:

nebulizadores da China – de US$ 0,83 a US$ 2,62 por unidade importada;
pigmentos de dióxido de titânio chineses – de US$ 577,33 a US$ 1.772,69 por tonelada importada; e
fibras de poliéster da China, Índia, Vietnã, Malásia e Tailândia – de US$ 68,32 a US$397,04 por tonelada importada.

Já o antidumping definitivo será aplicado sobre a importação de luvas não-cirúrgicas da China, da Malásia e da Tailândia. As sobretaxas vão de US$ 1,86 a US$ 33,52 por mil unidades importadas.

Fonte: Poder 360
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 18/10/2024

 

Siderúrgicas elevam produção em 10% em setembro

A produção brasileira de aço bruto em setembro cresceu 9,9% em setembro sobre o mesmo período do ano passado, somando 2,842 milhões de toneladas, informou o Aço Brasil, entidade que reúne as usinas produtoras da liga no país, nesta quinta-feira.

Ante agosto, a produção caiu 4%, mas se manteve no mesmo nível desde que entrou em vigor em junho o sistema de cotas e sobretaxas sobre alguns produtos siderúrgicos importados, após meses de queixas do setor contra importações de produtos siderúrgicos no Brasil.

No acumulado de janeiro ao final do mês passado, a produção de aço bruto do Brasil subiu 4,4% na comparação com o mesmo período de 2023, para 25,2 milhões de toneladas, segundo os dados da entidade.

O crescimento da produção em setembro foi basicamente puxado pelos aços longos, que tiveram uma expansão anual de 23%, para 879 mil toneladas, em meio à ainda forte demanda do setor de construção civil do país.

Enquanto isso, os laminados planos, usados em setores como o automotivo e máquinas agrícolas, tiveram expansão de apenas 3,3% na produção de setembro sobre um ano antes, a 1,154 milhão de toneladas. O segmento foi o mais beneficiado pela proteção comercial decidida pelo Brasil mais cedo neste ano.

As importações de aço somaram em setembro 658 mil toneladas, uma expansão anual de 19,8% e acima das 646 mil toneladas de agosto, segundo os dados do Aço Brasil. Há meses, o setor vem afirmando que a China tem promovido esforços para exportar sua enorme produção excedente a preços muitas vezes abaixo do custo de produção.

No acumulado do ano, as importações mostram alta de 24%, para 4,6 milhões de toneladas. O volume é próximo da capacidade anual de produção da usina Ternium Brasil, no Rio de Janeiro, que é de 5 milhões de toneladas.

Segundo o Aço Brasil, as importações de aço em setembro atingiram o maior patamar da série histórica. Do total importado, 344 mil toneladas vieram da China, afirmou a entidade.

Além das importações, a queda nas exportações também pesou sobre a produção nacional no mês passado. As vendas externas de produtos siderúrgicos do Brasil caíram 15,5% em setembro sobre um ano antes, para 704 mil toneladas. No acumulado do ano, as exportações mostram recuo de 13%, com as usinas locais optando por concentrar a produção no mercado interno diante da pressão chinesa sobre os preços internacionais da liga.

As vendas de aço no Brasil em setembro somaram 1,89 milhão de toneladas, expansão de 14% na comparação anual, o que levou o acumulado a 15,89 milhões de toneladas, 7,4% acima das vendas de janeiro a setembro de 2023.
 
Fonte: CNN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/10/2024

 

Importação de aço salta 19,8% em setembro, apesar da imposição de cotas pelo governo

A produção de aço bruto no país subiu em setembro e atingiu 2,8 milhões de toneladas, uma alta de 9,9% na comparação anual, segundo levantamento do Instituto Aço Brasil. As importações, contudo, também seguiram em alta e superaram em 19,8% o volume registrado um ano antes, com 658 mil toneladas.

O nível de importação continua aumentando mesmo depois que o governo realizou, em junho, a imposição de cotas de importação para nove tipos de aço.

As importações de aço no acumulado dos nove primeiros meses de 2024 avançaram 24%, para 4,6 milhões de toneladas frente a 3,7 milhões registradas no mesmo período de 2023.

Os dados de setembro ainda mostram que, comparadas a agosto, as importações subiram 1,9%, para 658 mil toneladas, frente às 646 mil do mês anterior.

Conforme a organização, a produção de aço bruto também cresceu no acumulado de janeiro a setembro de 2024, subindo 4,4% em relação a igual período de 2023, para 25,2 milhões de toneladas.

As exportações caíram 13,1%, para 7,7 milhões de toneladas, e as vendas internas subiram 7,4%, para 15,9 milhões de toneladas. O consumo aparente aumentou 8,4%, para 19,6 milhões de toneladas, na mesma base de comparação.

No movimento mensal de setembro, frente a agosto, a produção de aço bruto diminuiu 4,1%, para 2,8 milhões de toneladas, e as exportações encolheram 15%, para 704 mil toneladas.

As vendas internas recuaram 2,5%, para 1,9 milhão de toneladas e o consumo aparente fechou em 2,4 milhões de toneladas, queda de 2,6%.

Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/10/2024

 

O que esperar da mineração brasileira em 2025?

O desempenho do setor de mineração brasileiro em 2025 deve ser bastante semelhante ao deste ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

As mineradoras registraram receitas combinadas de R$ 186 bilhões (US$ 33 bilhões) nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com números apresentados pela entidade em uma entrevista coletiva.

“Olhando para 2025, teremos um cenário de aumento da produção, já que alguns projetos do setor provavelmente entrarão em fase de produção. Em termos de receitas, a tendência é ter níveis semelhantes aos que estamos vendo ao longo deste ano”, disse o presidente do Ibram, Raul Jungmann, em resposta a uma pergunta da BNamericas.

“Até 2025, veremos a continuidade da crescente demanda por projetos envolvendo minerais críticos associados à transição energética, como lítio, cobre e nióbio, entre outros”, apontou Jungmann. “Porém, o setor de mineração brasileiro continua muito influenciado pelo desempenho do minério de ferro, já que a maior parte das receitas e dos investimentos do setor vem desse segmento.”

No terceiro trimestre, o minério de ferro foi responsável por 55,4% da receita do setor, com 70% do total enviado para a China.

“Os últimos anúncios do governo chinês em relação a estímulos econômicos são um tanto positivos para a demanda por minério de ferro no próximo ano. Também não podemos esquecer que o minério de ferro produzido no Brasil conta com um apelo associado à redução das emissões de gases de efeito estufa, porque é um produto de alta qualidade e com menos contaminantes”, disse à BNamericas Afonso Sartorio, líder do setor de mineração e metais da EY para a América do Sul.

A atratividade do minério de ferro do Brasil está gerando novos acordos.

No início desta semana, o grupo industrial brasileiro CSN anunciou que o conglomerado japonês Itochu Corporation concordou em aumentar sua participação na CSN Mineração, braço de minério de ferro da CSN.

A Itochu, que atualmente detém uma participação de 9,26% na CSN Mineração por meio da Japan Brasil Minério de Ferro Participações, vai adquirir uma participação adicional de até 11%.

As empresas não divulgaram o valor da operação, enquanto o valor de mercado da CSN Mineração chegava a R$ 32,4 bilhões na última quarta-feira (16).

A compra foi anunciada no momento em que o maior projeto do pipeline da CSN Mineração está avançando: o Itabirito P15, ou Casa de Pedra, em Minas Gerais.

A empresa planeja iniciar a produção no primeiro trimestre de 2027, com capacidade de 15 milhões de toneladas por ano. Itabirito é considerado pela empresa um projeto transformador, pois melhorará a qualidade do minério de ferro ao aumentar o teor de ferro de 58% para 65% até 2028.

CAPEX

O Ibram afirmou que mantém sua última previsão de investimentos para as mineradoras que atuam no Brasil.

De acordo com a previsão, o setor investirá um total de US$ 64,5 bilhões entre 2024 e 2028, acima dos US$ 50 bilhões da projeção para 2023 a 2027.

“Anunciaremos as projeções de investimentos para o novo ciclo, entre 2025 e 2029, em janeiro do ano que vem. Anunciamos sempre as projeções para um ciclo de cinco anos porque a maioria das mineradoras define seus planos de investimentos nesse formato”, explicou Julio Nery Ferreira, diretor de sustentabilidade do Ibram.

IMPOSTOS

Enquanto isso, o setor de mineração continua com seus esforços para evitar o aumento dos impostos.

Em julho, a Câmara aprovou o texto-base da regulamentação da reforma tributária aprovada no ano passado, com o objetivo de simplificar o complexo sistema tributário brasileiro.

A reforma substituiu impostos como PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS pelos impostos IBS e CBS, que são aplicados de forma semelhante ao IVA em outros países.

A Câmara também autorizou a cobrança de um imposto seletivo sobre atividades consideradas prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, inicialmente definido em 1%, mas que acabou sendo reduzido para 0,25% devido à pressão da indústria de mineração. Embora o setor tenha garantido uma vitória parcial, os atores continuam pressionando pela eliminação completa desse imposto, que está em discussão no Senado.

“Somos totalmente contra esse imposto seletivo contra a mineração, primeiro porque a mineração não é um setor com impacto negativo no meio ambiente; pelo contrário, é crucial para a transição energética. E, segundo, porque não deveria haver impostos sobre produtos que são para exportações, como é o caso da mineração brasileira”, destacou Fernando Azevedo e Silva, vice-presidente do Ibram. 

Fonte: BN Americas
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/10/2024