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Com investimento de R$ 100 milhões, Perfilor abrirá nova fábrica em março

A siderúrgica Perfilor (joint venture formada entre a ArcelorMittal e a Tekno) confirmou o início das operações da sua nova fábrica em Araquari (SC) para o início do próximo ano, em março. A expectativa do gerente regional da empresa em São Paulo, é de que com o investimento de cerca de R$ 100 milhões, a produção e o faturamento da companhia dobrem.

Durante o evento Modern Construction Show, realizado na capital paulista na última semana, que reuniu fornecedores do segmento de construção industrializada, a companhia apresentou painéis de aço para fachadas com opções de cores e padrões inovadores, como madeirado, concreto lavado e inox.

“Nosso carro-chefe são as telhas termoisolantes, um ‘sanduíche’ formado por chapa de aço galvalume nas duas faces e miolo de poliisocianurato apresentado em diferentes espessuras. Cerca de 80% do faturamento da empresa vêm das aplicações industriais e comerciais e só 20%, das residenciais”, explica Ruano.

Investimento da Perfilor em nova fábrica

O anúncio da nova fábrica da Perfilor em Araquari foi feito pela companhia no primeiro semestre deste ano e as obras iniciaram em abril. De lá sairão os mesmos produtos da unidade industrial de Lorena (SP): painéis termoisolantes, lajes steel deck e telhas termoisolantes para aplicação em galpões logísticos, industriais, hospitais e residências.

A joint venture investiu cerca de R$ 100 milhões no local. Em maio, o vice-presidente comercial da ArcelorMittal Aços Planos na América Latina, Eduardo Zanotti, afirmou que a nova unidade era estratégica para a expansão da companhia.

“A implementação da nova unidade é estratégica para a empresa e se trata da expansão geográfica com uma operação na região Sul, para atender segmentos da construção com coberturas termoisolantes para obras industriais e comerciais, como também câmaras frias e salas limpas para o agronegócio e indústria farmacêutica”, explicou.

Fonte: Monitor do Mercado
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 10/10/2024

Bateria fraca: O que levou as montadoras a repensarem os carros elétricos?

Se nos últimos anos diversas montadoras firmaram compromissos de produzir apenas veículos elétricos a partir de 2030, agora o discurso mudou. Diferentes companhias estão revendo seus planos nesse sentido e já admitem que não vão abandonar o abastecimento com gasolina ou etanol.

No começo do ano, a General Motorsanunciou que mudaria sua estratégia por trás da eletrificação da companhia. Em vez de carros elétricos, a meta da montadora, dona das marcas Chevrolet, Buick, GMC e Cadillac, agora é focar a produção exclusivamente em carros híbridos a partir de 2030.

A Ford veio na sequência, em maio. A montadora informou que poderia seguir com a venda de carros à combustão na Europa mesmo após 2030. Vale lembrar que a União Europeia estabeleceu uma meta para que as montadoras abandonassem os veículos à combustão a partir de 2035.

Em setembro, foi a vez da Volvo tomar o mesmo caminho. A fabricante sueca havia planejado vender apenas carros elétricos a partir de 2030. A queda na demanda por veículos totalmente elétricos na Europa, contudo, fez com que a montadora repensasse sua decisão.

O plano da Volvo agora é concentrar-se nos modelos híbridos plug-in (que possuem tomadas para serem recarregados, mas também podem ser abastecidos com gasolina). A expectativa é que esses veículos representem 90% das vendas ao fim desta década.

Ao comunicar a desistência de seu plano inicial, a Volvo afirmou que a “transição para a eletrificação não será linear e o mercado está se movendo em diferentes velocidades para essa adoção”. A falta de incentivos governamentais e de uma infraestrutura de carregamento também pesaram na decisão.

“Quando acaba o orçamento, acaba também o incentivo para o mercado. Isso explica por que o ritmo da eletrificação diminuiu em alguns mercados”, afirma Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). “É preciso apoio governamental e políticas relacionadas.”

Largada queimada

É possível argumentar que houve uma certa precipitação das montadoras ao firmarem os compromissos de produção exclusiva de carros elétricos a partir de 2030. “O que puxa a demanda é o mercado”, afirma Milad Kalume Neto, consultor do mercado automotivo.

Milad também argumenta que as vendas atrapalharam os planos. “O mercado não cresceu conforme o esperado. Houve crescimento, mas inferior ao previsto”, diz o especialista. “Além disso, a infraestrutura necessária não se desenvolveu na mesma velocidade, complicando ainda um pouco mais esse cenário.”

Um relatório divulgado em maio pelo Goldman Sachs aponta queda nos emplacamentos de carros elétricos no mundo. Após o ápice em dezembro do ano passado, quando foram vendidos quase 1,2 milhão de automóveis elétricos, os números caíram quase pela metade no início de 2024.

O banco americano cita três fatores para a queda na penetração dos veículos elétricos: preocupações crescentes em torno da desvalorização dos automóveis usados; incerteza em torno das eleições de 2024 (principalmente nos Estados Unidos); e a escassez de estações de carregamento rápido.

Carros elétricos: E no Brasil?

Se no restante do mundo há uma certa desaceleração nos carros elétricos, o cenário brasileiro é diferente. Por aqui, as vendas aumentaram consideravelmente em 2024.

Segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), os emplacamentos de carros com motor elétrico subiram 146% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 79.304 carros emplacados no período.

As vendas ainda estão concentradas na região Sudeste. Juntos, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais representam 47,2% do mercado brasileiro de veículos elétricos. O Distrito Federal é exceção ao restante do país, com uma participação de 8% nas vendas.

Diferentes fatores explicam as vendas estarem em alta no país. Um deles é a questão de que os carros elétricos ainda são vistos como “novidade”. “É o que há de mais natural em relação a design, tecnologia e inovação”, afirma Milad. “As restrições tributárias protecionistas também ajudam.”

Carros chineses

Entre as montadoras, destaque para a chinesa BYD, que vendeu 32.574 automóveis nos seis primeiros meses do ano, contra 12.730 da compatriota GWM. Em terceiro lugar está a Toyota. A montadora japonesa vendeu 10.541 carros elétricos no Brasil durante o primeiro semestre de 2024.

Outro ponto bastante criticado está nas estações de carregamento. Além de faltarem estações, o tempo de recarga (que pode levar horas, dependendo da estação) se tornou uma reclamação constante dos consumidores.

Para Bastos, da ABVE, o consumidor que adquire um carro elétrico se prepara para carregar o veículo em casa. Contudo, ele diz também que o aumento nas estações de carregamento – principalmente de recarga rápida e ultrarrápida – é que vai permitir a entrada de novos clientes nesse mercado.

Fonte: Infomoney
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/10/2024

 

Fabricantes de produtos de aço para construção ampliam faturamento, mas ociosidade segue elevada

Os fabricantes de produtos para construção feitos de aço conseguiram elevar seu faturamento no país no ano passado, mas a demanda pela produção ainda não chega à metade da capacidade produtiva existente.

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), entidade que tem como gestor o Instituto Aço Brasil, que representa a indústria siderúrgica, divulgou três pesquisas sobre segmentos que atuam com tipos diferentes de estruturas do material. Apesar de terem sido divulgados agora, os estudos se referem ao resultado obtido em 2023, na comparação com o ano anterior.

O segmento de fabricantes de estruturas de aço, que contêm estruturas metálicas, torres de energia para transmissão e para energia eólica, estruturas para parques de energia solar e de defensas metálicas, teve aumento de 6,2% no faturamento, para R$ 17,2 bilhões.

A produção cresceu 2,4% em um ano, para 1 milhão de toneladas. A capacidade produtiva, no entanto, é de 2,3 milhões de toneladas, o que significa que a taxa de utilização ficou em 46%, estável sobre 2022.

Os fabricantes de telhas de aço e “steel deck” (lajes de aço e concreto) também tiveram alta no faturamento, de 2,5%, para R$ 8,2 bilhões. Foram produzidas 502,9 mil toneladas dos materiais, a maior parte em telhas, leve alta de 1,1%. Já a capacidade produtiva é de 1,2 milhão de toneladas, mais do que o dobro.

Os fabricantes de perfis galvanizados, o que inclui o sistema construtivo “light steel frame e drywall” (chapas feitas de aço e gesso), apresentaram a maior alta no faturamento, por partirem de uma base menor. O crescimento foi de 18,7%, para R$ 1,6 bilhão. Foram fabricadas 107,6 mil toneladas de perfis, alta de 12%. O volume fabricado equivale a 39% da capacidade produtiva.

Importação preocupa, mas há otimismo

Perguntados sobre os maiores desafios e dificuldades externas aos negócios, tanto os fabricantes de telhas de aço e steel deck quanto os de perfis galvanizados tiveram o tema “concorrência com o material importado e/ou não qualificado” como o mais citado, com 50% e 39% de prevalência, respectivamente. Em ambos, no entanto, a porcentagem caiu de 2022 para 2023.

A entrada de produtos importados no país, principalmente chineses, foi critica pelo presidente do Aço Brasil, Marco Pollo Mello, durante reunião do grupo Coalizão Indústria, no último mês. “A indústria está sob ataque”, disse, destacando que há uma política de Estado da China para escoar sua capacidade ociosa de produção ao Brasil, o que inclui fazer exportações com margens negativas.

A tributação aparece como outro problema muito citado, vindo logo atrás, com 48% de participação para os fabricantes de telhas e steel deck. Foi ainda o item mais citado pelos fabricantes de estruturas de aço, com 54% de prevalência.

Em 2022, esse setor tinha elegido o custo de matéria-prima como o maior entrave, apontado por 68,3% da amostra, mas o preço do aço arrefeceu no período.

Nos três segmentos, mesmo com as dificuldades, a visão para 2024 é positiva. Entre os fabricantes de estruturas de aço, 78% preveem crescimento, algo também esperado por 76% dos produtores de telhas de aço e steel deck e 82% dos fabricantes de perfis galvanizados.

Fonte: Valor
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 10/10/2024

 

Ações de Vale e outras siderúrgicas caem forte, com os investidores atentos às notícias vindas da China

As ações de Vale (BOV:VALE3), R$ 60,96, -3,28% e outras siderúrgicas como Usiminas (BOV:USIM5), R$ 6,05, -3,66%, CSN (BOV:CSNA3), R$ 12,25, -4% e Gerdau (BOV:GGBR4), R$ 19,16, -1,34% caem forte na sessão desta terça-feira (8), com os investidores atentos às notícias vindas da China.

Os preços dos contratos futuros de minério de ferro passaram por uma montanha-russa nesta terça-feira conforme alguns investidores desfaziam posições compradas para garantir lucros, com alguns analistas dizendo que a China não correspondeu às expectativas de revelar medidas de estímulo mais vigorosas em uma coletiva de imprensa.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou a sessão do dia com queda de 2,37%, a 783,5 iuanes (111,15 dólares) a tonelada.

“Os preços das commodities caíram porque a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) não anunciou novas medidas de estímulo, decepcionando os investidores que esperavam gastos agressivos para impulsionar a economia. Embora as autoridades da NDRC tenham frustrado as expectativas dos investidores, continuaremos monitorando novos desenvolvimentos, pois o governo continua comprometido em fornecer mais estímulos para apoiar o crescimento econômico da China”, avalia o BBI.

Também entre as commodities, o petróleo recua abaixo de US$ 80 o barril, com o aumento da aversão ao risco originada na China, apesar dos receios de uma retaliação de Israel ao Irã. O brent caía cerca de 2%, a US$ 79,32. Com isso, Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) tinha baixa de quase 2%, tanto para os papéis ON (R$ 41,26, -1,90%) quanto PN (R$ 37,68, -1,80%). Brava Energia (BOV:BRAV3), R$ 17,82, -3,10%, PRIO (BOV:PRIO3), R$ 44,63, -2% e PetroReconcavo (BOV:RECV3, R$ 18,28, -1,46%.

Cabe destacar que os preços do petróleo subiram cerca de 13% até o fechamento de segunda-feira, desde que o Irã disparou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel na semana passada, aumentando os temores de que Israel possa retaliar atingindo a indústria de petróleo bruto do Irã.

Além disso, antes da recente escalada no Oriente Médio, o mercado foi varrido pelo sentimento de baixa sobre a fraca demanda na China, o maior importador de petróleo bruto do mundo, e preocupações de que o fornecimento de petróleo excederá a demanda em 2025. No início de setembro, os preços do petróleo atingiram seu nível mais baixo desde dezembro de 2021.

“Após a alta de ontem, os preços do petróleo estão recuando um pouco, em parte devido ao fato de que o governo chinês não adicionou nenhum novo estímulo ao sistema”, disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group, em uma nota na terça-feira.

Fonte: ADVFN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/10/2024

 

Siderúrgicas ampliam exportações em cenário positivo

Importações menores e exportações maiores de produtos siderúrgicos reforçam a visão positiva dos analistas do Banco Safra para o setor.

Os dados do comércio de aço em setembro foram positivos para a indústria siderúrgica brasileira, com exportações totais (exceto semiacabados) aumentando 5% em relação ao ano passado e importações 9% abaixo também na comparação anual.

Embora os níveis de importação permaneçam altos para ambos os produtos, o Safra destaca uma perspectiva relativamente melhor para longos do que para planos.

O principal destaque foi a forte redução nas importações de aço longo laminado (-17% A/a), embora os planos também tenham visto uma redução tímida (-3% A/a).

As exportações de aço longo laminado aumentaram 10% na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as exportações de aço plano caíram 18%.

Os dados do comércio de aço de setembro apoiam preferência relativa do Safra por aço longo em vez de aço plano no Brasil.

No terceiro trimestre de 2024, as exportações totais (exceto semiacabados) caíram 4% em relação ao ano passado, enquanto as importações permaneceram estáveis.

As exportações de aço plano laminado aumentaram 11%, mas as exportações de longos caíram 15% em relação ao ano passado.

Do lado das importações, os produtos planos laminados aumentaram 9% na comparação anual, enquanto as importações de aço longo caíram 8% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado.

Principais pontos positivos:

(i) As importações de aço longo diminuíram 17% a/a, para 109kt;
(ii) As importações de aço plano diminuíram 3% a/a, para 323kt;
(iii) As exportações de aço longo aumentaram 10% a/a, para 69kt;
(iv) As importações de outros aços longos diminuíram 24% a/a, para 55kt.

Principais pontos negativos:

(i) As importações de aço semiacabado aumentaram 341% a/a, para 175kt;
(ii) As exportações de aço plano diminuíram 18% a/a, para 46kt;
(iii) As exportações de aço semiacabado diminuíram 35% a/a, para 531kt.

Fonte: O Especialista
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 08/10/2024

Anfir estima que setor de implementos rodoviários pode crescer 5% este ano

De acordo com a ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, a projeção sobre a média mensal de emplacamentos de implementos rodoviários indica que o setor poderá fechar 2024 com aproximadamente 157 mil produtos. Isso representa variação positiva de cerca de +5% sobre o total registrado em 2023, que foi 151 mil implementos rodoviários.

Segmentos

O segmento de Reboques e Semirreboques registrou 67.429 implementos rodoviários emplacados de janeiro a setembro de 2024. Em igual período de 2023, o volume foi de 65.824, o que representa crescimento de +2,44%.

No setor de Carroceria sobre chassi Leves, foram emplacados, de janeiro a setembro desse ano, 50.565 produtos, ante 45.352 unidades no mesmo período do ano passado. Com isso, o segmento apresenta variação positiva de +11,49%.

No total, a indústria de implementos rodoviários cresceu +6,13%. De janeiro a setembro de 2024 foram comercializados 117.994 produtos, contra 111.176 unidades no mesmo período de 2023.

Fonte: Abifa
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 08/10/2024