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Produção brasileira de aço bruto sobe 6,6% em março, diz Aço Brasil

A produção brasileira de aço bruto em março somou 2,944 milhões de toneladas, crescimento de 6,6% sobre o resultado de um ano antes, informou nesta quinta-feira o Aço Brasil, que representa siderúrgicas instaladas no país.

No acumulado do trimestre, a produção de aço bruto totalizou 8,477 milhões de toneladas, 2,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

As vendas de aço no mercado interno, enquanto isso, foram de 1,880 milhão de toneladas em março, alta de 10,7% na comparação anual, com crescimentos de 16,6% nos produtos planos e de 6,6% nos longos. No trimestre, houve expansão de 8% nas vendas internas, para 5,274 milhões de toneladas.

Segundo o Aço Brasil, o consumo aparente de produtos siderúrgicos no país — indicador que reúne importações e vendas de material produzido no país — somou 2,44 milhões de toneladas em março, avanço de 15,6% ano a ano.

Fonte: CNN
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/04/2025

Agrishow 2025 destaca potência do agro nacional para mais de 70 países

O Brasil atrai cada vez mais a atenção do mercado internacional pela capacidade produtiva de alimentos e commodities agrícolas. E os números seguem em ascensão.

Esse movimento se reflete também na Agrishow, principal feira de tecnologia para o agronegócio da América Latina, que acontece novamente em Ribeirão Preto (SP).

 A 30ª edição, que ocorre de 28 de abril a 2 de maio, espera receber novamente cerca de 195 mil visitantes de mais de 70 países diferentes e mais de 800 marcas.

Entre os expositores estão empresas nacionais e internacionais, tendo destaque para nações como Espanha, República Tcheca, Índia, Estados Unidos, Colômbia, Holanda, China e Hong Kong.

A feira contará novamente com a presença de pavilhões estrangeiros, Rodada Internacional de Negócios e ação do Programa Brazil Machinery Solutions, uma parceria da ABIMAQ com a ApexBrasil para promover as exportações de máquinas e equipamentos.

Um dos destaques é a 23º edição da Rodada Internacional de Negócios, que será realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio no International Visitor Center.

Ela reunirá compradores de diversos países interessados em estabelecer contatos comerciais para explorar oportunidades no mercado brasileiro.

João Carlos Marchesan afirma que a Agrishow se consolidou como um catalisador de negócios reconhecido internacionalmente, conectando o agronegócio brasileiro às principais demandas do mercado internacional.

“Além de ser um espaço de conexão entre produtores e novas tecnologias, o evento reforça a posição do Brasil como referência mundial na produção de alimentos e fibras”, diz.

“É ainda detentor de tecnologias de ponta, atraindo compradores e investidores de diferentes regiões do mundo”, finaliza.

PAVILHÃO ITALIANO: 24 ANOS DE PARCERIAS E INOVAÇÃO

O Pavilhão Italiano é um dos destaques da Agrishow e tem como objetivo fortalecer a conexão tecnológica entre o Brasil e a Itália, oferecendo soluções que vão desde máquinas agrícolas até tecnologias digitais para otimizar a produção rural.

Organizado pela Italian Trade Agency (ITA), agência ligada ao governo italiano, o pavilhão reforça a importância do país europeu como parceiro estratégico do Brasil no fornecimento de tecnologia para o setor. 

A Itália celebra 25 anos de participação ininterrupta na feira, sendo o único país estrangeiro a manter um Pavilhão Internacional desde os primórdios do evento. Em 2025 serão 900 m?2;.

“Esse espaço sempre abrigou empresas italianas que apresentaram e continuam a apresentar o melhor do Made in Italy no segmento de máquinas agrícolas”, afirma Antonio Monge, representante da Agência de Desenvolvimento Econômico da Itália (ICE/ITA).

Atento ao crescimento do setor de hortifruti (HF) no Brasil e às oportunidades que podem surgir para inovação tecnológica, o governo italiano, por meio da ITA, ampliou sua presença na Agrishow.

Em 2025, a agência inaugura um novo espaço expositivo de 450m?2; na Rua F1d2, dedicado a esse segmento.

SERVIÇO:

Data: 28 de abril a 2 de maio de 2025

Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto (SP)

Horário: das 8h às 18h

Site: www.agrishow.com.br

Fonte: Portal Radar
Seção: Agro, Máquinas & Equipamentos
Publicação: 22/04/2025

 

Importação crescente de aço afeta cadeia de reciclagem

A importação crescente de aço, principalmente da China, Índia, Turquia e Egito, que praticam preços mais baixos, está prejudicando a cadeia do setor e reduzindo a produção no Brasil e a demanda por sucata ferrosa. As usinas siderúrgicas e aciarias utilizam cerca de 30% de sucata na produção de aço.

“Com o menor processamento local de aço, há consequentemente uma diminuição na geração de sucata”, afirma Clineu Alvarenga,  presidente do Instituto Nacional de Reciclagem (Inesfa), órgão de classe que representa mais de 5,5 mil empresas recicladoras que praticam a economia circular, reinserindo insumos no ciclo da reciclagem para transformação.

Segundo Alvarenga, o consumo aparente de aço se mantém, “o que não acontece com a produção e consumo de sucata local.”

A guerra fiscal entre os estados, que persiste, também tem desestimulado a produção e criado situações de  concorrência desleal.

“A guerra fiscal está atrapalhando o setor siderúrgico como um todo, seja na importação de aço com incentivos de ICMS,  como ocorre no estado de Santa Catarina,  ou com incentivos na compra de sucata usados de forma irregular pelo Estado do Rio de Janeiro”, diz Alvarenga.

IMPOSTOS 

O Inesfa continua empenhado na questão tributária, atuando fortemente pela aprovação no Senado do Projeto de Lei 1.800/21, do deputado federal Domingos Sávio, que traz apensada a proposta do deputado federal Vinicius de Carvalho e que isenta recicladores e cooperativas de catadores do pagamento de PIS e Cofins na venda de materiais reciclados p/ a indústria. O PL já foi aprovado por todas as Comissões da Câmara dos Deputados.

A PEC da Reciclagem, de 2019, que altera a Constituição Federal para criar a imunidade de impostos sobre produtos feitos com material reciclado ou reaproveitado, também está avançando. Conforme Alvarenga, a PEC já tem 72 assinaturas favoráveis entre os parlamentares e deve receber inúmeras novas adesões neste ano. “A aprovação da PEC alinharia o Brasil aos países do Hemisfério Norte, que incentivam o setor há muitos anos.”

Fonte: IPESI
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 17/04/2025

 

OMC prevê retração no comércio global em 2025 e alerta para impacto das tarifas

O volume do comércio mundial de mercadorias deverá encolher 0,2% em 2025 nas condições atuais, segundo o mais recente relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado nesta quarta-feira (16). A projeção é quase três pontos percentuais abaixo do esperado em um cenário de tarifas baixas. Caso se intensifiquem as tensões comerciais e se reinstalem tarifas recíprocas, a retração poderá chegar a 1,5%.

A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, destacou a preocupação com o impasse tarifário entre Estados Unidos e China e os riscos que a incerteza na política comercial representa para o crescimento global, especialmente em economias mais vulneráveis. Em 2025, as exportações da América do Norte devem cair 12,6%, com importações recuando 9,6%, influenciando negativamente o comércio global.

Em contrapartida, Ásia e Europa devem apresentar crescimento modesto. O desvio de comércio causado pelas tensões entre EUA e China pode beneficiar países menos desenvolvidos, especialmente exportadores de têxteis e eletrônicos.

O comércio de serviços, que cresceu 9% em 2024, também deve sentir os efeitos das tarifas sobre bens, com crescimento global previsto de 4,0% em 2025, ritmo mais lento que o inicialmente estimado.

As previsões são mais otimistas para Europa e Ásia, enquanto América do Norte, Oriente Médio, África e América Latina devem enfrentar desaceleração ou queda nas exportações de serviços.

A OMC reforça que o atual cenário demanda uma revisão urgente dos acordos comerciais para garantir maior previsibilidade e competitividade no comércio global.

 
Fonte: Portos e Navios
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 17/04/2025

 

Trump cogita isenção para peças de automóveis e alivia pressão sobre montadoras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que está considerando isenções em suas tarifas sobre veículos e autopeças importados, com o objetivo de dar mais tempo às montadoras para estabelecerem produção nos EUA.

“Estou analisando algo para ajudar as montadoras. Elas estão trocando peças por outras feitas no Canadá, México e em outros países, e precisam de um pouco mais de tempo, porque vão passar a fabricar aqui”, disse Trump a repórteres nesta segunda-feira, no Salão Oval.

As declarações podem oferecer algum alívio às fabricantes afetadas pelas tarifas sobre carros e caminhonetes, mas também aumentam a incerteza sobre a política comercial do governo. As ações da General Motors, Ford e da Stellantis (controladora da Chrysler) subiram após os comentários, revertendo as quedas registradas mais cedo.

As tarifas sobre importações de veículos ameaçam elevar os preços para consumidores americanos e causar rupturas nas cadeias de suprimento automotivas, que são profundamente integradas entre EUA, Canadá e México. Trump argumenta que as tarifas são necessárias para revitalizar a indústria manufatureira do país.

O governo impôs uma tarifa de 25% sobre veículos completos, com tarifas sobre peças programadas para entrar em vigor até 3 de maio. As medidas já preveem exceções para veículos com conteúdo suficiente para atender aos requisitos do acordo comercial da América do Norte.

As três grandes montadoras de Detroit vinham, há semanas, pressionando o governo Trump para excluir determinadas autopeças de baixo custo das tarifas planejadas. Segundo fontes próximas às negociações, Ford, GM e Stellantis aceitaram pagar tarifas sobre carros completos e componentes grandes, como motores e transmissões.

No entanto, as empresas alertaram que tarifas amplas sobre peças aumentariam os custos em bilhões de dólares e poderiam levar a alertas de lucro e cortes de empregos — efeitos contrários ao objetivo de Trump de reforçar a produção local.

Trump também afirmou nesta segunda-feira que pretende aplicar tarifas sobre importações farmacêuticas “num futuro não muito distante”.

As mudanças frequentes nos planos tarifários do presidente têm gerado sinais confusos para mercados, empresas e parceiros comerciais, que buscam entender como lidar com um governo que promete negociar dezenas de novos acordos para reduzir desequilíbrios comerciais.

Na segunda-feira, Trump elogiou as isenções concedidas a eletrônicos populares das tarifas de 125% aplicadas à China, bem como a tarifa global básica de 10%, dizendo que beneficiam empresas americanas como a Apple e citou investimentos da fabricante de chips Nvidia nos EUA.

“Olha, sou uma pessoa muito flexível. Não mudo de ideia, mas sou flexível”, disse Trump a repórteres.

“Ajudei o Tim Cook recentemente, e toda aquela operação”, continuou, referindo-se ao CEO da Apple. “Não quero prejudicar ninguém. Mas o resultado final é que vamos alcançar a grandeza para o nosso país.”

No fim de semana, porém, Trump indicou que o alívio para os produtos de tecnologia será temporário. Ele e seus assessores disseram que essas importações deverão ser alvo de tarifas setoriais específicas futuramente.

Fonte: Infomoney
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 15/04/2025

Brasil e EUA fazem primeira reunião 'pós-tarifaço'

A primeira negociação entre o Brasil e os EUA depois do tarifaço de Donald Trump ocorreu ontem. Os americanos dizem que estão negociando acordos com mais de 70 países.

Conforme a coluna apurou, os negociadores brasileiros e americanos discutiram essencialmente dois temas: primeiro, novos esclarecimentos sobre o pacote das ditas ‘tarifas recíprocas’, pela qual o Brasil sofre taxação adicional de 10% sobre todas suas exportações.

E segundo, o acesso para o aço brasileiro no mercado dos EUA. O governo brasileiro continua tentando negociar o restabelecimento pelo menos das cotas que foram impostas ainda no primeiro governo Trump, como a de 3,5 milhões de toneladas para o aço semiacabado, que é matéria-prima para a siderurgia americana.

Negociadores discutiram ideias sobre como avançar nos dois temas. Brasília e Washington vão marcar nova reunião.

Como já publicamos nesta coluna, o governo Trump mostra-se obcecado com a tarifa de importação de etanol do Brasil, de 18% comparado à alíquota de 2,5% nos EUA. Não será surpresa se, no final das contas, se barganha houver, etanol e aço acabem misturados num pacote, para satisfazer Brasília e Washington.

Enquanto o governo Trump corre para avançar em negociações bilaterais, sob pressão agora cada vez maior de parte de seu setor privado, as contas sobre a fatura do desastre provocado por Trump parecem continuar aumentando.

Trump reduziu algumas das tarifas exibidas em seu grande pedaço de papelão na semana passada no jardim da Casa Branca. A menos que ocorra outra mudança de política, a União Europeia agora enfrentará uma tarifa de 10% nos próximos três meses, em vez de 20%. Mas a tarifa sobre a China, o terceiro maior parceiro comercial dos EUA depois do Canadá e do México, passou de 34% para mais de 130%. E ainda tem altas tarifas sobre o aço e o alumínio.

Paul Krugman, prêmio Nobel da economia, acha que na verdade os observadores que afirmam que as tarifas diminuíram estão perdendo a maior parte da história.

Ele nota que economistas que realmente analisaram os números, como os do Yale Budget Lab, estimam que o regime tarifário de 9 de abril aumentará os preços ao consumidor ainda mais do que o pacote de 2 de abril. É que Trump nivelou as tarifas adicionais sobre todos os países em 10%, mas aumentou extraordinariamente a alíquota sobre as importações procedentes da China.

Com isso, a estimativa é de que a versão mais recente da guerra comercial de Trump aumentará os preços ao consumidor em 2,9% nos EUA. Isso é cerca de dez vezes o impacto provável da infame tarifa Smoot-Hawley de 1930, que fez uma recessão passar a depressão e causar mais estragos na economia mundial, pavimentando o terreno para mais nacionalismo e guerra.

Krugman indaga o que os EUA deveriam estar negociando. Afinal, os outros países não podem prometer reduzir suas barreiras comerciais quando, em muitos casos, não há nenhuma barreira. Lembra que Peter Navarro, o assessor de comércio de Trump e chamado por Elon Musk de idiota, tem afirmado que os impostos sobre valor agregado são tarifas de fato, "mas não são, e as nações da União Europeia literalmente não podem se dar ao luxo de abrir mão deles".

Para Krugman, outros países "podem fazer concessões falsas que Trump pode reivindicar como vitórias falsas". Lembra que foi isso que ele fez com a China durante seu primeiro mandato, alegando que Pequim tinha feito concessões significativas - alegações que, no final, eram falsas. "De fato, os produtores de soja americanos nunca recuperaram totalmente a perda de participação no mercado. E lembre-se também de como Trump fez pequenas alterações no NAFTA (acordo dos EUA com México e Canadá) e alegou ter negociado um pacto comercial totalmente novo."

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 14/04/2025