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Fabricantes de implementos rodoviários projetam estabilidade

As fabricantes de implementos rodoviários projetam volume de vendas estável em 2022 na comparação com 2021, por uma série de fatores elencados por José Carlos Spricigo, presidente da Anfir, Gisele Bottura, diretora administrativa da Rodofort, e Alcides Braga, presidente da Truckvan, que participaram de painel durante o terceiro dia do Seminário AutoData Veículos Comerciais, realizado na quarta-feira, 27.

Para Spricigo os segmentos, este ano, terão comportamentos diferentes: “Acreditamos que as vendas de implementos para o segmento leve crescerá em 2022, e que os pesados deverão recuar em torno de 10%, o que seria totalmente administrável”.

A executiva da Rodofort revelou expectativa de estabilidade nos preços: “O cenário de aumento de preços deste ano deverá ser mais estável porque a indústria cresceu um pouco e tem maior oferta. Não esperamos grandes elevações nos preços dos implementos rodoviários”.

Braga, da Truckvan, disse que a estabilidade no resultado este ano pavimentará o caminho para 2023: “A expectativa é de um 2023 forte até porque não está acontecendo um grande movimento de antecipação de compras: pela falta de componentes as montadoras mal conseguem atender aos pedidos que já estão em carteira”.

As carretas com quarto eixo também deverão ajudar nos resultados durante o ano, segmento que está aquecido e que deverá avançar em alguns clientes, caso da distribuição de bebidas e do transporte de grãos.

Os participantes também alertaram para alguns pontos de atenção ao longo do ano, caso da inflação, da alta nos custos para o transportador, no pequeno crescimento do PIB e na cadeia de fornecimento, que sofre com alguns gargalos na área de freios e na parte elétrica. Os juros também devem criar impacto na demanda, pois existe mais crédito disponível no mercado ante 2021, só que com juros bem mais altos:

Para Bottura, da Rodofort, “ainda existe a expectativa de retração dos juros em 2023”.

Sobre os impactos do Renovar na indústria de implementos a expectativa dos executivos é a de que não crescerá o volume por causa do projeto, que é visto como importante para renovação de frota no País.

Para a renovação da frota de implementos rodoviários um movimento que poderia ser interessante seria a reciclagem dos equipamentos antigos com alto índice de aço e alumínio, que retornaria para as fabricantes como matéria-prima, permitindo que os transportadores utilizassem novos implementos, mais leves e com maior capacidade de carga.

Fonte: Autodata
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 28/04/2022

 

País tem 7 mil obras paradas, ao custo de R$ 9,3 bilhões, e mais da metade está no Nordeste

O Brasil tem cerca de 7 mil obras paralisadas, aponta levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que analisou cinco plataformas do governo federal. São escolas, postos de saúde e casas populares que não foram concluídas até hoje. Financiadas com recursos públicos, essas obras que não avançaram somariam investimentos de R$ 9,3 bilhões.

Mais da metade dessas obras paradas está no Nordeste: são 52,6%. A concentração de obras paralisadas – via de regra, as que não tiveram avanço em 180 dias – também é maior em cidades de pequeno porte.

O levantamento da CNM foi antecipado pelo jornal O Estado de S.Paulo. O GLOBO também teve acesso ao documento. O documento traz um diagnóstico sobre as obras inacabadas que estão sob responsabilidade dos governos municipais.

“No caso dos Municípios, a conclusão de obras públicas pode representar novas escolas, unidades de saúde, pavimentação de estradas, canalização de esgoto e iluminação pública, podendo elevar substancialmente a provisão de serviços públicos e o bem-estar social dos seus habitantes”, diz o documento, que alerta para o complexo arcabouço de regras para a execução dessas obras. A paralisação, diz a CNM, significa “desperdício de recursos públicos e prejuízo para a população”.

O relatório aponta que entre 2012 e 2021, o país tinha 6.932 paralisadas em municípios, que somam R$ 9,3 bilhões em valores contratados. Dessas, 52,6% estão no Nordeste e 17,7% no Norte do país. Na sequência aparecem as regiões Sudeste (14,6%), Sul (7,9%) e Centro-Oeste (7,1%).

A maior parte das obras paradas foram localizadas na plataforma +Brasil, do Ministério da Economia. São 2.714 empreendimentos que não avançaram, ao custo de R$ 2,4 bilhões. Dez pastas eram as responsáveis pela gestão desses contratos. O levantamento aponta que o os ministérios do Desenvolvimento Regional e Turismo são responsáveis por 75% das obras e valor global dos contratos.

Obras paradas nas escolas municipais

Paralisações nas construções ou restaurações de unidades escolares das redes municipais de ensino concentraram 2.668 ocorrências entre 2012 e 2021, apontou o levantamento da CNM junto ao Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). O valor de contrato é de R$ 2,6 bilhões.

O estudo contabilizou as obras paralisadas e inacabadas, que ainda podem ser repactuadas e retomadas pelos municípios. A maior parte das paralisações, 54%, foi registrada em cidades do Nordeste. Na sequência aparece o Norte (25%) e o Sudeste (10%).

A CNM também verificou o portal SisHab, do Ministério do Desenvolvimento Regional, que concentra dados dos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. Como ele foi substituído pelo Casa Verde e Amarela, só há dados disponíveis entre 2012 e 2019. Havia 896 empreendimentos parados, com valor de operação de R$ 3,4 bilhões. Norte e Nordeste concentravam 70% das obras e 65% dos recursos.

Na área da saúde, especificamente, duas plataformas do Ministério da Saúde foram consultadas. No Sistema Integrado de Monitoramento de Convênios (Sismoc), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foram listadas 131 obras paradas entre 2012 e 2019, com custo de R$ 533,7 milhões.

Já no Sistema de Monitoramento de Obras (Sismob), que monitora o andamento de obras de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre 2012 e 2021 havia 543 obras paradas, a um custo de R$ 150,2 milhões.

Fonte: O Globo
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/04/2022

 

Inflação da construção civil aumenta em abril

O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) registrou aumento de 0,87% em abril deste ano. O dado, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é superior ao do mês de março, quando o indicador apresentou resultado de 0,73%.

Apesar do crescimento em relação ao mês anterior, os dados apresentam boa atuação na comparação com o mês de abril de 2021, que apresentou INCC-M de 0,95% — manifestando, assim, um declínio significativo.

Desta forma, a taxa de inflação acumulada no ano foi para 2,74%, ao passo que, nos últimos 12 meses imediatos, a taxa ficou em 11,54%.

Os dados foram divulgados hoje (26), e a instituição também manifestou o que levou o indicador a chegar a este patamar: segundo a FGV, a elevação foi incentivada pela taxa de inflação dos materiais e equipamentos, que foi de 0,29% em março para 1,35% em abril.

A taxa relacionada aos serviços e à mão de obra, todavia, apresentou declínio. Os serviços foram de 0,79% em março, para 0,73% no mês seguinte; ao passo que a mão de obra teve recuo de 1,12%, para 0,46% em abril.

Fonte: AECWeb
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/04/2022

 

Construção civil prevê crescer 2,5% este ano

A construção civil mantém o otimismo para 2022 com uma projeção de alta de 2,5% em seu Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com balanço da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). A expectativa para o início deste ano era de que o segmento registrasse crescimento de 2%. No entanto, o ciclo de negócios no mercado imobiliário iniciado no segundo semestre de 2020, o avanço da vacinação, a reabertura da economia, e o maior controle da pandemia no país foram alguns motivos que contribuíram para a manutenção do otimismo.

O levantamento indica ainda que, em 2021, o crescimento do setor foi de 9,7%, superando as expectativas que indicavam um aumento em torno de 8%. Mesmo com este cenário, o estudo lembra que ainda existem preocupações. Entre elas estão os aumentos dos juros, dos preços de insumos e no custo com a mão de obra, a redução do dinamismo da atividade econômica, a inflação persistente, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, além das incertezas do período eleitoral e do aperto monetário nos Estados Unidos.
 
Fonte: O Dia
Seção: Construção, Obras & Infraestrutura
Publicação: 28/04/2022

 

Falta de matérias-primas, demanda insuficiente, taxa de juros e logística preocupam empresário industrial

Mesmo com um corte linear de 25% na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo governo no fim de fevereiro, os preços de bens duráveis como eletrodomésticos e automóveis subiram em março, mostram dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Entre os equipamentos domésticos a alta chegou a 2,24% no caso do fogão, enquanto o valor de um veículo próprio teve aumento médio de 1,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

À época do anúncio da desoneração, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, embora o objetivo da medida fosse estimular a indústria, o corte poderia conter a alta de preços no curto prazo. “Tem um impacto de curto prazo, sim, no IPCA”, disse. “Tira mesmo um pouco a pressão dos preços industriais, vai dar uma derrubadinha no IPCA, mas o que vai determinar se vai ter inflação é a atuação do Banco Central”, ressalvou.

A redução foi de 25% para todos os setores, com exceção de tabaco e derivados, e de automóveis que transportem até dez pessoas, para os quais o corte foi de 18,5%. Como o setor já conta com regime diferenciado, na prática a desoneração chegou também a 25%. Segundo o governo, a medida beneficiou mais de 300 mil empresas.

Em fevereiro, após o governo anunciar o corte no imposto, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse que a medida poderia reduzir os preços dos produtos industrializados, “com benefícios para os consumidores e no controle da inflação”, lembrando que os produtos industriais representam 23,3% do IPCA.

A medida entrou em vigor no dia 25 de fevereiro. Em março, eletrodomésticos e equipamentos para casa, no entanto, tiveram alta de 1,25%, em média, puxadas por aumentos em utensílios como fogão (2,24%), máquina de lavar roupa (1,14%), chuveiro elétrico (1,11%), refrigerador (1,03%), entre outros.

A inflação oficial para o mês foi de 1,62%, o maior índice para março em 28 anos, ou seja, desde o período que antecedeu a implantação do Real. Com isso, o IPCA acumula alta de 3,2% no ano e de 11,3% em 12 meses.

Redução no IPI foi absorvido por alta de custos da indústria

Para o economista Mauro Rochlin, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), fatores externos levaram a redução do IPI a ser totalmente absorvida pela indústria. “Alguns componentes de custo da cadeia produtiva dos bens de consumo duráveis, como carro e eletrodomésticos, foram fortemente impactados. O aço, por exemplo, está em um patamar historicamente muito elevado”, explica. “É o caso também dos semicondutores, que chegou a atrasar toda a oferta na indústria automobilística.”

Rochlin avalia que, sem o corte, as altas poderiam ter sido ainda maiores. “A questão é se essa redução do IPI pode ter se refletido em termos de margem de lucro mais folgada ao longo de toda a cadeia de produção. Eu acredito que não”, afirma.

“Em um momento de recessão, fica difícil para qualquer etapa da cadeia pensar em aumentar margem de lucro”, diz. “O que a gente está vendo é um aumento de preços impactado por custos, como, aliás, está acontecendo em todos os setores no mundo todo, não só no Brasil. É só ver o que acontece nos Estados Unidos, na China e até mesmo na Europa”, explica.

A pressão inflacionária que vem desde o ano passado está relacionada a um choque negativo de oferta, provocado inicialmente pelo fechamento das economias em todo o mundo com o avanço da pandemia de Covid-19. “A gente viu cadeias produtivas literalmente paralisarem, e isso ainda não foi completamente equilibrado”, diz Rochlin.

Ele destaca o caso da indústria de semicondutores, que ainda não consegue atender o mercado. “Você tem uma inflação de custos. Mesmo sem pressão de demanda, os preços sobem.”

Indústria está pessimista em relação à economia

No dia 13, a CNI revisou para baixo suas projeções sobre crescimento do Brasil e da indústria. A entidade avalia agora que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai aumentar 0,9%, ante previsão anterior de 1,2%, e que a indústria deve recuar 0,2% neste ano. Em dezembro de 2021, a previsão era de que a indústria cresceria 0,5%.

A indústria de transformação, por ser a mais afetada pelos problemas de insumos e matérias-primas e diante de uma demanda mais fraca, deve registrar queda no PIB de 2% este ano, após crescer 4,5%, em 2021, segundo o Informe Conjuntural do 1.º trimestre da CNI.

Os dois principais motivos para os cálculos mais pessimistas são a guerra na Ucrânia e a variante Ômicron do novo coronavírus, que têm causado novas interrupções de produção na China, em importantes centros industriais, além de problemas logísticos.

Para a entidade, a redução da renda real da população e a alta nos juros desestimulam a aquisição de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, que já se encontram em patamar baixo de produção.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em março houve queda de 7,8% na produção do setor na comparação com o volume produzido nos mesmo mês do ano passado. Em balanço divulgado na semana passada, a entidade atribuiu o fraco desempenho à crise global de semicondutores.

Desvalorização do dólar pode ajudar a conter alta de preços

Apesar disso, há uma tendência de que os preços desacelerem ou até passem a cair nos próximos meses, a depender do cenário econômico. A forte valorização do real frente ao dólar, observada desde o início do ano, ainda não foi totalmente incorporada pela indústria, que importa componentes, além de concorrer com produtos de fora.

“Eu vejo que o mercado ainda não precificou essa desvalorização do dólar de maneira muito precisa, porque temos pela frente um ano eleitoral, cheio de incertezas, e isso pode ter um impacto no câmbio”, avalia o economista da FGV.

“Para que essa valorização cambial se reflita de fato no mercado, isso começa a acontecer por meio do preço dos importados. Em seguida vem uma maior oferta de importados e, com isso, a gente começa a ver a inflação ser contida”, explica. “Mas isso só vai acontecer se o dólar se mantiver nesse patamar; se houver estabilidade dentro desse novo patamar.”


Fonte: Gazeta do Povo
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 26/04/2022

Como o Brasil pode entrar na rota do aço verde

O setor de ferro e aço tem pela frente o enorme desafio de oferecer produtos com baixa intensidade de carbono — o segmento é a maior fonte industrial de emissões de gases de efeito estufa (GEE) do mundo –, o que pode ser uma oportunidade para o Brasil transformar sua produção.

Estudo do Instituto E+ Transição Energética aponta que o Brasil tem potencial abundante para a produção de hidrogênio renovável e a produção e exportação de aço verde.

“Não há uma ‘bala de prata’ para descarbonização do aço, mas sim uma combinação de tecnologias e iniciativas voltadas para as especificidades das regiões em que as indústrias estão localizadas”, explica Emilio Matsumura, diretor-executivo do Instituto E+ e um dos autores do estudo.

Em entrevista à agência epbr, Matsumura afirma que os recursos minerais brasileiros combinados à alta renovabilidade da matriz energética deixam o país bem posicionado para a produção de aço com baixo teor de carbono a custos significativamente mais baixos.

Isso significaria também uma mudança no perfil de exportações — o país poderia deixar de exportar minério de ferro para vender produtos mais valiosos e aço verde, diz o estudo.

“O Brasil já tem um minério de ferro de alta qualidade. No mundo, o setor siderúrgico é visto dentro das estratégias de descarbonização como um setor chave, porque ele consome muita energia e emite bastante. Então muitos governos, empresas e consumidores estão olhando para a capacidade de [a siderurgia] produzir com a menor emissão possível”, explica Matsumura.

A indústria siderúrgica mundial responde individualmente por 8% da demanda total de energia final, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). O setor também contribui com 7% das emissões de CO2 relacionadas à produção e uso de energia.

Um dos caminhos da transição é substituir o carvão mineral por gás natural nos fornos de produção e, futuramente, hidrogênio.

75% da produção global utiliza altos fornos a carvão mineral, a rota mais intensiva em carbono. Os outros 25% são em fornos elétricos, que usam sucata de aço como matéria-prima principal e emitem menos que a rota tradicional.

Mas eliminar o carvão tem um custo e a competitividade fala mais alto.

“Você poderia produzir aço com menor emissão ainda que se utilizasse insumos mais caros? Sim, desde que as pessoas estivessem dispostas a pagar um prêmio por esse aço”.

Países europeus, por exemplo, se movimentam nesse sentido. Enquanto as empresas lançam mão de investimentos para descarbonizar produção e cadeia de suprimentos.

O pacote Fit for 55, lançado em julho passado pela Comissão Europeia, cria um ajuste de fronteira para exportações e um dos setores que precisarão reduzir emissões para vender aos países do bloco é o de aço.

Para transformar sua siderurgia, o país precisa investir na expansão das florestas, produção sustentável de carvão vegetal, produção de hidrogênio e novas instalações e tecnologias, diz o estudo do E+.

Menos representativo na média mundial, o aço produzido com carvão vegetal responde por 10% da produção brasileira e reduz a intensidade de carbono do aço nacional.

O que já foi um problema no passado, pode ser parte da solução, diz o diretor do E+. “Cada vez mais o Brasil tem consciência e caminha para obter carvão vegetal com certificação, com todo cuidado possível”, completa Matsumura.

A limitação é que ele só pode ser usado em pequenos fornos, que precisam estar próximos à produção do carvão.

Outra possibilidade vem do hidrogênio renovável. O Brasil acumula memorandos de entendimentos para projetos em larga escala em portos — mas quase todos visam exportação.

No Rio de Janeiro, o Porto do Açu pretende utilizar sua expertise e infraestrutura na indústria de óleo e gás para se tornar um grande playerna produção de hidrogênio azul e verde e ainda viabilizar a implantação de um hub de aço verde.

A ideia é industrializar o minério de ferro que chega via minerioduto de Minas Gerais usando o hidrogênio produzido no porto e fornecer aço de baixo carbono.

Frete marítimo na corrida verde

A gigante do comércio de commoditiesCargill espera que alguns de seus navios de carga sejam movidos a combustível marítimo limpo antes do final desta década.

Em 2020, a Cargill embarcou quase 200 milhões de toneladas de minério de ferro, grãos e outros bens ao redor do mundo. Tem até 700 embarcações na água ao mesmo tempo, e a maioria delas é alugada. Todas essas transportadoras atualmente são movidas a petróleo — assim como a maioria da frota de navios mercantes do mundo.

O número de navios de carbono zero que a Cargill controlará e o tipo de combustível que eles usarão ainda não foi determinado. A empresa com sede em Minneapolis está envolvida em testes de opções alternativas, incluindo biocombustíveis, amônia e metano. Bloomberg

Alemanha planeja ‘passaporte de bateria’

Um consórcio de montadoras, fabricantes de baterias e cadeia de suprimentos financiado pelo governo alemão planeja desenvolver um ‘passaporte’ para rastrear a pegada de carbono e o ciclo de vida das baterias fabricadas ou implantadas na União Europeia.

O consórcio — que inclui montadoras como BMW e VW, e as empresas de produtos químicos para baterias Umicore e BASF — fará parte de um projeto piloto de três anos para desenvolver os padrões técnicos do passaporte para baterias.

A Circulor, empresa de rastreabilidade da cadeia de suprimentos com sede no Reino Unido, implementará a tecnologia de passaporte digital.

O esquema deve seguir o novo regulamento de bateria da UE que deverá entrar em lei ainda este ano, e exigirá passaportes para todas as baterias usadas na UE até 2026.

Os dados digitais sobre a pegada de carbono da bateria deverão incluir desde reparos e origens, até as condições de trabalho das pessoas envolvidas na mineração de matérias-primas. Argus

Para a agenda

26/4 — Fórum de Saneamento e Recuperação Energética vai discutir o novo marco do saneamento e a recuperação energética de resíduos. O evento acontece no Expo Center Norte, em São Paulo, de forma presencial. Inscrições no site do evento

29/4 — Ministério de Minas e Energia (MME) realiza workshop sobre o Decreto 11.042/2022, que regulamenta artigos da Lei de Desestatização da Eletrobras (14.182/2021) para contratação de energia elétrica proveniente de empreendimentos hidrelétricos até 50 MW e termelétricos a partir de gás natural. Transmissão pelo canal do MME no YouTube, a partir das 9h

3/5 — ACI Airport Day Brasil, organizado pelo Conselho Internacional de Aeroportos vai reunir os CEOs da indústria aeroportuária do país para discutir desenvolvimento sustentável e as metas socioambientais do setor. Em foco: o papel dos aeroportos na adoção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês). Evento presencial no auditório do Aeroporto

Internacional de São Paulo/Guarulhos.
Fonte: EPBR
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 26/04/2022