Notícias

Máquinas agrícolas batem recorde de vendas

A venda de máquinas agrícolas em agosto somou 5,6 mil unidades, o que indica até pequena queda de 1,1% na comparação com julho. Porém, no acumulado dos oito meses, as fábricas repassaram às concessionárias 42,8 mil unidades, volume recorde para o período, com alta de 23,6% sobre iguais meses de 2021.

Os números foram divulgados na sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Safra puxa recorde na venda de máquinas agrícolas

“A Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] divulgou recentemente uma previsão de produção recorde de 312 milhões de toneladas de grãos para a safra 2022-2023”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes. 

“Será preciso mais caminhões e máquinas para esse cenário e vai ser muito interessante o acompanhamento do plantio e colheita nos próximos meses”, recorda o executivo. Se confirmada, a produção agrícola será 15,3% maior que a do ano anterior.

Alta também no segmento rodoviário

A venda de máquinas rodoviárias somou em agosto 3,4 mil unidades, com pequena queda de 4,3% na comparação com julho. Mas o acumulado do ano teve 25,1 mil unidades e alta de 33,3% sobre iguais meses de 2021. O resultado também é recorde.

“São máquinas utilizadas na construção leve e pesada, às vezes adquiridas para locação e também pelo setor agrícola como suporte à produção. Os setores de mineração, gás, energia e petróleo também impulsionaram as vendas”, afirma Bernardes.

Exportação crescente

As fábricas instaladas no Brasil exportaram em agosto 1,1 mil máquinas agrícolas. O total é 21,9% maior que o de julho. O acumulado dos oito meses teve 6,7 mil unidades enviadas ao exterior. A comparação com iguais meses de 2021 indica crescimentode 11,3%.

A análise das máquinas rodoviárias mostra mil unidades embarcadas em agosto e alta de 3,2% sobre julho. O acumulado do ano é superior ao de equipamentos agrícolas: 7,6 mil unidades e crescimento de 18,9% pela comparação interanual.

Alexandre Bernardes recorda que as associadas à Anfavea têm base exportadora e enviam produtos para a América Latina e outros mercados.


Fonte: Automotive Business
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 11/10/2022

Renda volta a crescer com inflação menor e alta do emprego formal

O rendimento do trabalho voltou a crescer, por uma combinação de menor inflação e composição dos empregos gerados, com mais postos de trabalho com carteira assinada. O movimento sinaliza uma mudança no comportamento da renda, que vinha sendo achatada desde a retomada das atividades presenciais.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Mensal mostram que a redução da inflação tem tido papel de aumentar o poder de compra da renda, mas as variações nominais também mostram aceleração, segundo o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Em análise exposta inicialmente na edição de setembro do Boletim Macro, do FGV Ibre, o economista afirma ainda que o efeito composição — que capta alterações nos perfis dos trabalhadores — deixou de contribuir negativamente para a variação média.

“Antes a renda estava sendo puxada em parte por uma composição pior de empregados, o que chamamos de efeito composição. Houve também forte desaceleração da inflação, que tem tido papel importante para a renda voltar a crescer. E não se deve deixar de reconhecer ainda que há um efeito do próprio aumento da renda nominal”, disse Duque ao Valor.

Ele estima que metade do aumento do rendimento se deve à influência da inflação menor e do efeito composição, e metade, ao crescimento da renda nominal. Segundo Duque, agosto é o primeiro mês em que o rendimento volta ao patamar de 2021.

“A renda cai com força no terceiro trimestre de 2021. Começa a crescer no fim do primeiro trimestre deste ano, na margem, e agora volta ao mesmo nível de 2021”, afirma, ao observar que os empregos no setor formal de serviços têm puxado a alta.

Com base nos microdados da Pnad C, a LCA Consultores projeta que o efeito composição vai se dissipar ao longo do ano e que orendimento real médio do trabalho reverta a queda acumulada, terminando o ano próximo de zero.

Cosmo Donato, economista da LCA, lembra que no primeiro momento da pandemia houve aumento forte da renda do trabalho, porque os que ganham menos foram excluídos do mercado.

No processo de flexibilização das restrições sanitárias, muitos aceitaram retornar para o mercado ganhando menos, o que acabou achatando a renda por causa do efeito composição.

A inflação alta tampouco ajudou, afirma. “Essa reversão em termos de efeito composição já atingiu seu patamar mais baixo no fim de 2021, e agora está começando a se normalizar.”

Cálculos da LCA mostram que em 2021 houve queda de 4,5% do rendimento real médio, em relação a 2020. Destes, 2,1 pontos percentuais deveram-se ao efeito composição, e 2,4 pontos, ao efeito nível, que seria o impacto macroeconômico da inflação alta.

De janeiro a junho deste ano, observa, o rendimento médio acumulou queda de 4,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Donato afirma que, desses, 3,2 pontos percentuais se devem ao efeito composição.

Para o ano cheio, a projeção é de queda de 0,7% do rendimento real médio do trabalho, o que indica forte reversão do efeito composição, em paralelo à deflação, argumenta Donato. “O efeito composição deixará de contribuir negativamente. Ele se diluirá nessa conta”, afirma.

Na avaliação de Lucas Assis, da Tendências Consultoria, a deflação observada nos últimos meses foi o grande fator por trás do aumento do rendimento.

“A expansão do rendimento real habitual foi, fundamentalmente, provocada pela retração da inflação. A desoneração do ICMS, em julho, gerou um impacto baixista significativo sobre os preços de combustíveis e da energia elétrica”, afirma Assis.

Ele também acrescenta que a melhora relativa do mercado de trabalho brasileiro tem gerado efeitos positivos à renda real. Diferentemente de 2021, observa, o crescimento da ocupação tem sido impulsionado pelo aumento do emprego formal, em detrimento do informal.

No trimestre móvel encerrado em agosto, foram mais 5,2 milhões de pessoas no mercado formal, em alta de 9,5% em relação ao mesmo período do ano passado, ante 2,1 milhões a mais no informal, o que representou aumento de 5,7%.

“Não por acaso, o rendimento nominal atingiu o maior patamar da série histórica, no trimestre encerrado em agosto”, diz.

Assim, levando em conta a melhora do mercado de trabalho e a queda da inflação corrente, o rendimento real habitual do trimestre encerrado em agosto ficou em R$ 2.713, uma alta de 0,8% em relação aos três meses até julho, observa Assis. O crescimento é o quarto consecutivo em relação ao trimestre móvel anterior.

Assis acrescenta que agosto marcou o primeiro mês em que o rendimento voltou ao mesmo nível do ano passado, mas a renda segue 3,2% abaixo do nível observado no trimestre móvel encerrado em agosto de 2019, ou seja, antes da pandemia.

Dentre os grupos de atividades em que a alta foi mais intensa, estão agricultura, pecuária, pesca, produção florestal, informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, administrativas. Tiveram desempenho ruim alimentação, alojamento, transporte.

O movimento de expansão deve continuar ainda em 2023, quando a projeção é de alta de 2,5% da renda do trabalho, segundo a LCA. Isso porque os efeitos do bom momento econômico de 2022 demoram a ser totalmente absorvidos pelo mercado de trabalho , afirma Donato.

O economista acredita que o pior no que diz respeito à precarização do mercado de trabalho já passou e o que deve definir o ritmo daqui em diante será a inflação. A LCA espera inflação de 5,8% em 2022 e de 5,2% para 2023.

Fonte: Valor
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 10/10/2022

Exportações injetaram US$ 7 bilhões nas montadoras brasileiras

Em termos de valores, as exportações de veículos Made in Brazil injetaram nos caixas das montadoras instaladas aqui US$ 7,6 bilhões até setembro, um valor que representa alta de 37% sobre os nove meses do ano passado e, mais ainda, um valor similar ao total obtido em todo o ano passado.

As exportações de veículos produzidos no Brasil seguem em ritmo de crescimento e só não foram maiores por causa do quadro econômico na Argentina, ainda o principal destino da produção brasileira, disse Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, na sexta-feira, 7.

"A restrição de liberação de licenças para importação na Argentina reduziu os embarques para lá. Também não exportamos mais volumes para a Colômbia porque extrapolamos a cota de exportação, sem imposto, de 50 mil unidades", disse o representante da entidade.

Exportações puxadas pelos veículos leves

Segundo os dados do balanço da associação, as exportações cresceram 31% no acumulado até setembro, na comparação com os nove meses do ano passado. Foram embarcadas 363,5 mil unidades no período. Apenas em setembro, os embarques chegaram a 28,5 mil unidades, queda de 40% ante setembro do ano passado.

Do total embarcado no janeiro-setembro, 341,5 mil unidades tratam dos modelos leves, alta de 33%. Os caminhões foram 18 mil unidades, crescimento de 8% sobre 2021. Já os embarques de ônibus somaram 4 mil unidades, resultado que representa alta de 40%.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/10/2022

Vendas de veículos elétricos e híbridos atingem recorde em setembro

As vendas de veículos elétricos e híbridos registraram recorde em setembro, com 6.388 emplacamentos, crescimento de 52% em relação a agosto, que contabilizou 4.246 unidades. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta sexta-feira, 7.

Ao todo, entre janeiro e setembro foram licenciados 34.232 veículos elétricos e híbridos, aumento de 59% na comparação com todo o ano de 2021, que registrou 21,4 mil emplacamentos.

Recorde de veículos elétricos para atender ao Rota 2030

Segundo a Anfavea, setembro foi o mês em que as fabricantes de veículos precisaram entregar os resultados das metas de eficiência energética previstas no Rota 2030. A performance de cada marca toma como base a média de consumo e emissões da frota vendida por cada montadora, diante disso, algumas empresas podem ter se esforçado para vender mais elétricos nesse mês com o objetivo de melhorarem seus resultados.

O presidente da associação que representa as montadoras no país, Marcio de Lima Leite, destacou ainda que o recorde de vendas de veículos elétricos e híbridos indica a relevância da eletrificação e a importância da criação de políticas para fomentar o segmento.

“Apesar dos números serem tímidos, temos um recorde na venda de veículos elétricos e híbridos. Isso é um dado importante e que precisamos acompanhar e fazer políticas que tenham e levem em conta a relevância da eletrificação. Ela é fundamental para um setor competitivo e para as rotas de descarbonização”, afirmou.

Já o segmento de caminhões e ônibus elétricos e a gás registrou em setembro uma queda significativa nas vendas. Após 87 emplacamentos em agosto, o setor anotou 39 unidades em agosto, recuo de 55%. Fevereiro foi o melhor mês de vendas para a modalidade em 2022, com 201 unidades comercializadas. 

Por outro lado, no total, entre janeiro e setembro foram emplacados 813 caminhões e ônibus com tecnologias alternativas de combustão. Significa crescimento superior a 580% em relação às 119 unidades registradas ao longo de todo o ano passado.

“A gente observa que em 2022 disparou o volume de caminhões e ônibus elétricos e a gás para longas distâncias. Isso mostra que as novas propulsões estão sendo absorvidas pelo mercado. A quantidade unitária ainda é muito baixa se comparada ao total, mas há uma tendência de crescimento”, analisou o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini.

Fonte: Automotive Business
Seção: Automobilística & Autopeças
Publicação: 10/10/2022

 

Mercado de usinagem está aquecido e ritmo deve se manter

Para a maioria dos participantes do X Encontro Tecnológico da Bener, o mercado de usinagem – máquinas, ferramentas, acessórios etc. – está aquecido e assim deve se manter no próximo ano. Um número menor de pessoas demonstra certo receio, seja por possíveis reflexos da política no setor industrial ou pela extensão do cenário atual de falta de componentes.

“O mercado continua comprador”, avalia Jacques Mazo, gerente de Vendas América do Sul da Seco Tools. “Os investimentos estão sendo feitos, muitos já foram concretizados. O mercado continua aquecido e não vemos perspectiva de desaceleração. Muito pelo contrário, pelas informações que temos também o segmento aeroespacial vai voltar e vai voltar forte no próximo ano”.

Érico Nascimento, especialista de Aplicação MTS (Machine Tools Solutions) da Sandvik Coromant, tem visão semelhante. Segundo ele, o departamento em que trabalha é voltado ao acompanhamento dos investimentos em novas máquinas e equipamentos realizados pelas empresas e esse movimento está tendo continuidade. “Sinal de que as indústrias estão investindo para aumentar sua capacidade produtiva e a qualidade de seus produtos”. E isto pode ser notado no X Encontro da Bener, “que teve uma boa visitação, com clientes em busca desde máquinas de pequeno porte até máquinas portais, com objetivo de agregar capacidade e tecnologia às suas produções”.

Para Fábio Gomes, gerente de Marketing da Oximag, o crescimento expressivo que a sua empresa registrou em setembro é um sinal de que o mercado está positivo e a tendência é de melhora em 2023. “Tanto que estamos dando sequência aos nossos projetos de expansão da área fabril”, destaca. De acordo com Gomes, foi possível perceber a tendência de alta no evento, com muitos visitantes interessados em melhorar seus processos de produção e agregar novas tecnologias. No X Encontro, a Oximag deu destaque às linhas de morsas, levantadores magnéticos, além da placa magnética quadrangular.

“O ritmo da atividade industrial está muito bom e os negócios não se abalaram com as eleições. Acho que o empresário aprendeu, o mercado brasileiro está amadurecendo… Se a política não atrapalhar, vamos continuar evoluindo”, observa Marcos Silva, gerente de Produto e Marketing da Iscar do Brasil. Quanto ao X Encontro, considerou o evento muito dinâmico, produtivo e eficiente “ao permitir que os visitantes tenham contato com várias empresas num curto espaço de tempo (às vezes mais de uma ao mesmo tempo), o que permitiu inclusive o encontro de soluções conjuntas aqui mesmo”.

“A percepção que se tem aqui é que os visitantes estão interessados em ferramentas de alta produtividade, que ajudem a reduzir seu custo por peça”, comenta Marcos Alves, engenheiro de Produto da TaeguTec do Brasil. “E esse movimento vem ao encontro do nosso mais recentemente lançamento, a linha SfeedTec, desenvolvida dentro do conceito de alta produtividade, com altas taxas de avanço, altas velocidades de corte e baixo tempo de set-up”. No evento, a empresa destacou duas linhas da área de furação, a DrillSfeed e a MaxiRush, ambas com pontas intercambiáveis.

Na visão de Valdecir Pereira, diretor da GRV Software, o mercado está bem aquecido e isso se refletiu no movimento do Encontro da Bener, realizado num momento em que praticamente não existem outras feiras do setor industrial. “Está bem movimentado, vieram muitos clientes, muito parceiros, que nos trouxeram várias oportunidades para trabalhar nas próximas semanas”, diz e completa: “Espero que continue neste ritmo”.

A Gesac do Brasil participou do evento tendo como principal objetivo a divulgação da marca, que acaba de completar dois anos no mercado brasileiro, e também em busca de ampliar o networking com potenciais parceiros. “O evento teve boa visitação, com clientes com foco bem determinado. Foi possível estabelecer bons contatos, cotações e futuros negócios”, comenta. “A sensação que tivemos aqui é que os clientes estão otimistas”.

Para Francisco Nunes, diretor da FW Tecnologia, o evento atraiu muitos visitantes profissionais bem focados, realmente interessados e precisando de soluções. “Isso permitiu que fizéssemos muitos contatos aqui, com clientes que já vieram ao evento determinados, sabendo o que precisavam e onde buscar as soluções”, diz, acrescentando que o mercado está otimista – mesmo com algumas dificuldades e contratempos – desde o ano passado. “Os investimentos em máquinas e equipamentos cresceram no ano passado e se mantêm”.

A fabricante de ferramentas de furação AMEC também esteve presente ao evento, em parceria com o seu distribuidor Wolf. Deivid Raniere, gerente da filial brasileira, também notou um público muito interessado, tanto que estabeleceu vários contatos com visitas marcadas e, inclusive, com a concretização de alguns negócios. No evento a empresa apresentou a T-A Pro drilling system, para furação profunda, mais rápida e produtiva que as versões anteriores, com modelos de 11 a 47 mm e comprimento de furo até 15 x D.

EVENTO REGIONAL?

Segundo Rogério Moraes, diretor da Blum-Novotest do Brasil, as indústrias estão motivadas a procurar novas soluções que possibilitem a otimização do tempo de produção, redução de tempo de set-up, aumento das margens, e isso se confirmou no evento da Bener, com muitas consultas, cotações, contatos. “Fechamos negócios aqui”, comemora, lembrando que já não se trata de um evento regional, pois recebeu clientes de outras regiões do Estado, como Araraquara e São Carlos.

Eder Callejon, vendedor Técnico da Dormer Pramet, concorda com Moraes sobre a abrangência do evento. Aliás, diz ter recebido clientes de outros estados, de cidades como Curitiba e Joinville. “O evento acabou atraindo clientes de outros estados, que estão em busca de novos produtos e novas tecnologias”, diz. “O evento teve um movimento bem maior que os anteriores, com visitantes muito interessados e objetivos. Estabelecemos vários contatos aqui para trabalhar tecnicamente”.

Para Adalberto Moraes, diretor Comercial da MachSystem, fabricante de sistemas de alta pressão e coletores de névoa, o mercado está bom e poderia estar melhor, não fosse o aumento dos prazos de entrega de máquinas e equipamentos, isto por vários motivos, desde falta de componentes até a alta na demanda. “Temos crescido nos últimos cinco anos e vamos crescer também em 2022. Aliás, este deve ser um melhores anos em vendas e faturamento da MachSystem em vendas e faturamento e os projetos que temos conhecimento e nos quais estamos trabalhando, já nos garantem no mínimo um 2023 igual a este ano”.

CLIMA DE NEGÓCIOS

Organizador do X Encontro, Ricardo Lerner, diretor Comercial da Bener, se mostrava muito satisfeito com os resultados do evento. Seja pelo número de expositores, 72 (quase o dobro do evento anterior), quanto pela visitação, que se aproximou de mil pessoas (foram 1.500 inscritos). “Os expositores estão contentes, todos fechando negócios. Nós fechamos negócios aqui. Vieram muitos clientes novos e está perceptível aqui o clima de negócios”, observa, acrescentando que o formato da feira torna as visitas mais produtivas e eficientes, permitindo que os visitantes entrem em contato com vários fornecedores num curto espaço de tempo.

Em sua opinião, o mercado está bom. “Se por um lado a indústria automotiva ainda sofre os efeitos da falta de componentes, outros setores estão bem ativos, como o agronegócio, e outros que estão se movimentando também, como o ferroviário, o de infraestrutura, de saneamento”.

E acrescenta: “O mercado está embalado, em crescimento. As indústrias estão com pedidos em carteira. A questão é se esse processo terá continuidade em 2023. Mas o clima é de otimismo. Eu diria que 80% estão otimistas e 20% têm algum receio sobre o resultado das eleições para a continuidade dos negócios”, diz. “No que se refere à Bener, registramos bons resultados em todos os meses de 2022 e devemos fechar o ano com crescimento na faixa de 20 a 30%”.

Fonte: Usinagem-Brasil
Seção: Metalurgia
Publicação: 10/10/2022

Preço médio do frete por km aumentou 11% no terceiro trimestre, mas tendência é de queda

De acordo com dados do Índice de Frete Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado fechou o terceiro trimestre de 2022 com média de R$ 7,87, um acréscimo de 11% em relação ao trimestre anterior. Já em comparação ao mesmo período de 2021, foi registrado um aumento de 56%.

Entre os meses pesquisados deste ano, o valor do frete vem apresentando oscilações entre recuo e altas e, no comparativo entre agosto e setembro, a redução chegou a 4,6%.

O preço médio cauculado pela pesquisa fechou em R$ 7,10. Dentro deste valor, 40,12% corresponde a gastos com combustível; 34,45% sobre a manutenção de caminhões; e 9,57% a impostos. Ainda, o IFR apurou que o percentual de custo de mão de obra do caminhoneiro na composição do preço médio do frete diminuiu de 14,82%, contra 12,12% deste ano.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG

"Quando comparamos o cenário atual com 2019, período pré-pandemia, em que o custo de mão de obra do caminhoneiro correspondia a 18% do valor do frete, percebemos que esses profissionais acabam barateando sua mão de obra para continuarem trabalhando. Esses números apontam que as despesas estão pesando cada vez mais no bolso dos caminhoneiros", destaca Vinicios Fernandes, diretor da Repom.

O índice também apurou que, em 2021, 14% da frota de caminhões que circulam nas rodovias do Brasil tinha idade média de até três anos; 29% entre 4 a 10 anos; 43% entre 11 e 20 anos; e 12% com mais de 20 anos.

"Isso significa que a maior parte da frota circulante está envelhecida e que a renovação está acontecendo de forma lenta, um reflexo do aumento do preço dos caminhões e das taxas de juros, o que impulsiona a demanda por manutenção e o consumo de combustível", reforça Fernandes.

Mercadorias e preço do frete

Durante a análise das mercadorias transportadas que mais pesam no preço do frete, o IFR identificou que o valor médio, no segmento do agronegócio, aumentou 65% em 2022 em relação a 2020.

Os dados sobre o tipo de mercadoria com maior custo médio de frete, o milho e a soja são os campeões de variação desde 2016. Se comparado a 2021, neste ano, o frete do milho ficou 67% mais caro, e o da soja 33%.

Já o aço, metal e cimento, tiveram um crescimento de 132% no preço médio do frete por km em relação a 2020. O valor para transporte dos itens como pedras, britas, mástique e cimento aumentou 64% em relação a 2020; e do ferro, cobre e aço, 47%.

Preços de frete seguem tendência de queda nos estados

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta sexta-feira a edição de setembro do Boletim Logístico, que traz como um dos destaques a queda nos preços de frete para a maioria dos estados, conforme pesquisa realizada para as principais rotas de escoamento de grãos no país.

De acordo com o Boletim, o estado de Mato Grosso apresentou uma considerável queda nas demandas após o encerramento do período de colheita em agosto. Já em Mato Grosso do Sul, o mercado de fretes apresentou estabilidade, sustentado pela movimentação do milho segunda safra.

Para Goiás, em agosto, o escoamento de grãos por via rodoviária ficou abaixo do esperado por parte das transportadoras em razão da redução estadual nos volumes embarcados para exportação. No Distrito Federal, os fretes rodoviários também apresentaram recuo na maioria das rotas pesquisadas. A queda nos preços dos combustíveis e a finalização da colheita do milho segunda safra resultaram na redução dos preços praticados.

No Paraná, a comercialização de milho para exportação segue paralisada, devido ao direcionamento dos grãos para o uso regional. Na Bahia, os fretes em agosto apresentaram tendência de queda ou estabilidade, sinalizando o efeito da redução do valor do combustível e redução da demanda por transporte dos produtos agrícolas. Em relação aos fretes no Piauí, as variações observadas se dão em decorrência das condições das estradas, especialmente nos períodos de chuva, e, também, das reduções nos preços dos combustíveis.


* Com agências de notícias (Monitor Mercantil e Giro Marília)

Fonte: Infomet
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 10/10/2022