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Produção brasileira de aço bruto tem alta de 19,2% até outubro

A produção brasileira de aço bruto foi de 30,3 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a outubro de 2021, o que representa um aumento de 19,2% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 22,4 milhões de toneladas, aumento de 25,9% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2020. A produção de semiacabados para vendas totalizou 6,9 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2021, um acréscimo de 6,1% na mesma base de comparação*.

As vendas internas foram de 19,4 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2021, o que representa uma alta de 23,1% quando comparada com o apurado em igual período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 22,7 milhões de toneladas no acumulado até outubro de 2021. Este resultado representa uma alta de 31,0% frente ao registrado no mesmo período de 2020.

As importações alcançaram 4,2 milhões toneladas no acumulado até outubro de 2021, um aumento de 159,1% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 4,1 bilhões e avançaram 129,3% no mesmo período de comparação.

As exportações** de janeiro a outubro de 2021 atingiram 9,1 milhões de toneladas, ou US$ 7,5 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, retração de 2,0% e aumento de 65,6% na comparação com o mesmo período de 2020.

Dados de outubro de 2021

Em outubro de 2021 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 3,1% frente ao apurado no mesmo mês de 2020. Já a produção de laminados foi de 2,2 milhões de toneladas, 0,7% inferior à registrada em outubro de 2020. A produção de semiacabados para vendas foi de 685 mil toneladas, um aumento de 4,1% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2020*.

As vendas internas recuaram 14,7% frente ao apurado em outubro de 2020 e atingiram 1,7 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 5,9% inferior ao apurado no mesmo período de 2020.

As exportações*** de outubro foram de 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 1,1 bilhão, o que resultou em aumento de 58,5% e 170,2%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2020.

As importações de outubro de 2021 foram de 369 mil toneladas e US$ 421 milhões, uma alta de 126,5% em quantum e 154,8% em valor na comparação com o registrado em outubro de 2020.

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*Devido a uma perda que ocorre durante o processo produtivo do aço, a soma da produção de laminados e semiacabados para vendas não equivale ao total da produção de aço bruto.

**Em setembro, o Ministério da Economia revisou as informações de exportações de julho/21 divulgadas através do Portal Comex. Portanto, o Aço Brasil atualizou os dados de exportações siderúrgicas relativos ao mês de julho/21 que traz impactos nos volumes exportados do acumulado do ano. Nos dados de Outubro/21, foi registrado um aumento expressivo das exportações de produtos planos devido às operações de exportação com embarque antecipado, que geralmente registram volumes acima do exportado efetivamente. A correção dessas exportações, possivelmente, ocorrerá nas próximas divulgações dos dados do Comex

***Nos dados de Outubro/21, foi registrado um aumento expressivo das exportações de produtos planos devido às operações de exportação com embarque antecipado, que geralmente registram volumes acima do exportado efetivamente. A correção dessas exportações, possivelmente, ocorrerá nas próximas divulgações dos dados do Comex.
 
Fonte: IABr - Instituto Aço Brasil
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 22/11/2021

Minério de ferro sobe com alívio das preocupações no setor imobiliário da China

Os contratos futuros do minério de ferro se recuperaram nesta sexta-feira após algumas notícias positivas do conturbado setor imobiliário da China, mas os traders permaneceram cautelosos sobre as perspectivas de demanda geral por matéria-prima na maior produtora de aço do mundo.

O minério de ferro mais negociado de janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em alta de 2,5%, a 536 iuanes (84 dólares) a tonelada. O contrato atingiu 509,50 iuanes no início do dia, o menor valor desde 6 de novembro de 2020, e marcou sua sexta queda semanal consecutiva.

Na Bolsa de Valores de Cingapura, o contrato do minério de ferro para dezembro subia 5,1%, para 90,60 dólares a tonelada, às 4h24 (horário de Brasília).

“Houve uma série de notícias positivas dos incorporadores imobiliários chineses. Isso é movido pelo sentimento, nada realmente mudou”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.

China Evergrande retomou a construção de 63 projetos, enquanto a Country Garden Services Holding levantou 1 bilhão de dólares com a venda de ações.

Preocupações com os problemas de endividamento das incorporadoras chinesas, setor que responde por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço, recentemente aumentaram a pressão sobre os preços do minério de ferro e do aço.

O preço spot de referência do minério de ferro com teor de 62% na China foi de 90 dólares a tonelada na quinta-feira, o menor em 18 meses, segundo dados da consultoria SteelHome.

As restrições ambientais, que forçaram as siderúrgicas chinesas a restringir a produção este ano, devem continuar até depois das Olimpíadas de Pequim em fevereiro, enquanto as autoridades buscam limpar os céus carregados de poluição.

“Apesar dos contínuos cortes na produção de aço, a fraca demanda resultou em uma falta de equilíbrio do mercado, puxando para baixo os preços e as margens do aço”, disse Richard Lu, analista sênior da CRU em Pequim.

“Além disso, os estoques de minério de ferro se acumularam em uma máxima de vários anos.”

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai subiu 2,2%, e a bobina laminada a quente avançou 1,3%. O aço inoxidável ganhou 0,4%.

O carvão metalúrgico em Dalian caiu 0,7%, enquanto o coque subiu 0,5%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/11/2021

 

Novo marco ferroviário pode gerar R$ 342 bi em negócios

A produtora de celulose Eldorado Brasil apresentou na semana passada ao governo o projeto de construção de uma ferrovia sob o novo marco regulatório do setor, implantado em agosto por medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

A produtora de celulose Eldorado Brasil apresentou na semana passada ao governo o projeto de construção de uma ferrovia sob o novo marco regulatório do setor, implantado em agosto por medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

É o 24º trecho requerido após a permissão para que ferrovias sejam construídas sem a necessidade de licitação, proposta defendida pelo Ministério da Infraestrutura como um impulso para dobrar a participação de trens na matriz de transporte brasileira para 40% até 2035.

A elevada demanda por novos trechos após a mudança nas regras surpreendeu o governo e, segundo a consultoria GO Associados, tem potencial para gerar cerca de 2,5 milhões de empregos e um efeito de R$ 342 bilhões na cadeia produtiva do setor, com encomendas de bens, insumos e serviços.

A estimativa é de estudo feito para a Associação Nacional do Transporte Ferroviário (ANTF) e considera os primeiros 23 projetos apresentados, com investimento de R$ 100 bilhões. Com o 24º, a cifra sobe para quase R$ 101 bilhões.

O mercado espera alguma mortandade de projetos, mas o Ministério da Infraestrutura diz que identifica na lista empreendimentos robustos, geralmente associados a terminais portuários ou a donos de carga, como empresas mineradoras e de celulose.

O assessor especial para ferrovias do ministério, Marcos Félix, diz que o número de projetos apresentados logo no início do programa surpreendeu. "Nós esperávamos uns seis ou sete projetos. Mas na primeira semana recebemos 11", diz.
Os agora 8,5 mil quilômetros propostos são suficientes para ampliar em mais de 25% a malha brasileira atual, que tem 30 mil quilômetros.

Fonte: Folhapress
Seção: Ferroviário
Publicação: 19/11/2021

Governo reduz imposto de importação para equipamentos de geração elétrica

O governo federal decidiu reduzir as alíquotas do Imposto de Importação que incidem sobre produtos ligados à produção de energia, para fomentar fontes mais limpas e reduzir o custo de produção e comercialização de eletricidade no longo prazo, informou nesta quinta-feira o Ministério da Economia.

A medida, aprovada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia na quarta-feira, será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

Após entrar em vigor, a medida permitirá uma redução da alíquota do imposto de importação aplicável para painéis solares de 12% para 6%; para determinados tipos de bateria de lítio, de 18% para 9%; para conversores de corrente contínua baixa de 14% para 7%; e para reatores nucleares, de 14% para zero.

"Em linha com os compromissos do país na área ambiental, o governo segue empenhado em utilizar todos os instrumentos disponíveis, inclusive os de gestão tarifária da política comercial brasileira, para adotar iniciativas com o objetivo de reduzir o custo da energia", disse em nota a secretária-executiva da Camex, Ana Paula Repezza.

Segundo ela, as ações vão beneficiar os diversos setores da economia e os consumidores finais por meio do fomento da produção e comercialização de energia através de fontes limpas de energia.

Fonte: Reuters
Seção: Energia, Óleo & Gás
Publicação: 19/11/2021

O que explica o sobe-desce do preço do minério de ferro

A volatilidade na cotação do minério de ferro tem provocado verdadeiros altos e baixos nas ações das mineradoras e siderúrgicas listadas na B3. Num dia, a commodity dispara e ações sobem, noutro, derrapa e as ações cedem bastante, mas, afinal, o que justifica tamanhas oscilações e o que se pode esperar desse ativo para os próximos meses?

Fatores como a aprovação do pacote trilionário de infraestrutura nos Estados Unidos e o pagamento parcial de juros de três títulos em dólar realizado na última quinta-feira, 11, pela gigante Evergrande, que está à beira da falência e pode provocar um impacto gigantesco na cadeia imobiliária da China, trazer algum afago ao minério, mas a tendência, segundo os analistas, é de baixa.

“A expectativa de menor crescimento das economias globais em 2022 tende a puxar a cotação para baixo dos 100 dólares, isso é fato. A avaliação da variação do dia que a gente tem visto deve ser mais cautelosa em função de fatores específicos daquele dia, mas o pano de fundo disso tudo é a percepção de uma demanda menor para o próximo ano”, diz Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital. Em Dalian, o minério de ferro fechou a sexta-feira, 12, em queda de 1,6%, a 85,4 dólares, e registrou um recuo de quase 3% no acumulado da semana. Sem uma definição clara de para onde vai a Evergrande, o morde e assopra do mercado deve continuar.

Fonte: Veja
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 16/11/2021

Minério de ferro segue para 5ª queda semanal por preocupações com demanda da China

Os preços do minério de ferro estavam a caminho de uma quinta queda semanal consecutiva na sexta-feira, com as preocupações pela fraca demanda por matéria-prima na principal produtora de aço, a China, superando as esperanças de um afrouxamento nas restrições ao financiamento no setor imobiliário do país, abalado por dívidas.

O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Bolsa de Commodities de Dalian fechou em queda de 1,6%, a 546,50 iuanes (85,48 dólares) a tonelada, e estava a caminho de uma queda semanal de quase 3%.

O contrato do minério de ferro para dezembro na Bolsa de Valores de Cingapura caía mais de 4%, para 88,35 dólares a tonelada, no início da manhã (horário de Brasília), com queda de cerca de 3% em relação à semana passada.

O minério de ferro spot na China foi negociado na sexta-feira a uma mínima de 18 meses, 90 dólares a tonelada, queda de cerca de 5% esta semana, de acordo com dados da consultoria SteelHome.

Os traders ficaram cautelosos após uma recuperação nos mercados futuros de elementos ferrosos da China na quinta-feira, impulsionada pelo China Evergrande Group fazendo pagamento de última hora para alguns detentores de títulos e conversas sobre um potencial afrouxamento do crédito no setor imobiliário. O setor é responsável por cerca de um quarto da demanda doméstica de aço.

"A questão é mais sobre os detalhes da implementação", disseram analistas da J.P. Morgan em uma nota, referindo-se às possíveis medidas de flexibilização do crédito.

Mesmo assim, a China se manterá firme nas políticas para conter o excesso de empréstimos por parte dos incorporadores imobiliários, ao mesmo tempo que faz ajustes de financiamento para ajudar os compradores de imóveis e atender à demanda "razoável" em meio a uma crise de liquidez em todo o setor, dizem banqueiros e analistas.

Somando-se às perspectivas pessimistas para a demanda de aço e minério de ferro da China, a ArcelorMittal --maior siderúrgica do mundo-- disse que prevê uma leve contração na demanda de aço chinesa em 2021, citando o setor imobiliário do país.

O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai caiu 2,3% após um salto de 5% na sessão anterior, enquanto a bobina a quente caiu 1%. O aço inoxidável caiu 2,1%.

O carvão metalúrgico em Dalian caiu 4,9%, enquanto o coque recuou 2,9%.

Fonte: Reuters
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 12/11/2021