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Plano Safra aquece mercado de tratores para agricultura familiar

O anúncio do Plano Safra 2022/2023 mostra que os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 36% em relação ao plano anterior.

No total, o Plano Safra 2022/2023 disponibiliza R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano, em um aumento de 36% em relação ao plano anterior.

Para o médio produtor, foram disponibilizados R$ 43,75 bilhões no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), aumento de 28% em relação à safra passada, com juros de 8% ao ano.

Além disso, serão destinados R$ 53,61 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com juros de 6% para investimentos como compra de maquinário agrícola.

Fabricante de linhas de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas para o segmento, a Agritech está otimista com o cenário, avaliando se tratar de uma das principais fontes de incentivo ao produtor rural brasileiro.

“Com o aumento da disponibilidade de recursos de custeio e taxas de juros favoráveis, os produtores pequenos e médios continuam sendo prioridade no Plano Safra”, diz o coordenador de vendas e marketing da Agritech, César Roberto Guimarães de Oliveira.

“O mercado deve ficar aquecido até fevereiro do próximo ano, com boas expectativas de vendas”, acredita.

De acordo com Oliveira, a procura pelos tratores cabinados da Agritech para as culturas de café e frutas deve ser alta, especialmente após a Portaria nº 9, do Ministério do Trabalho e Previdência, que exige que a aplicação de defensivo agrícola somente seja realizada por meio de tratores com cabine fechada.

Os cabinados da Agritech, diz o executivo, “são equipados com estruturas monobloco de proteção contra capotamento, porta traseira ampla, controles do ar-condicionado com botões de comandos com fácil acesso, sistemas de ar frio e renovação do ar da cabine por meio de sistema elétrico”.

Fonte: Revista M&T
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/07/2022

Cadastro Rural já pode ser consultado e emitido

O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) referente ao exercício de 2022 já pode ser consultado e emitido. O documento comprova a inscrição das propriedades e posses rurais no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) – base de dados federal, gerenciada pelo Incra, com informações das áreas públicas e privadas.

Para obter o CCIR, o interessado deve acessar o banner indicativo no site do Incra ou diretamente no endereço https://sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao. Também pode baixar o aplicativo “SNCR Mobile” para uso em dispositivos móveis, como tablets e celulares.

Quem não tem acesso à internet conta com o serviço nas Salas da Cidadania das superintendências regionais e unidades avançadas do Incra ou em uma Unidade Municipal de Cadastramento (UMC), instalada em parceria com as prefeituras.

É necessário pagar a Taxa de Serviço Cadastral, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), emitida com o certificado. O valor depende do tamanho da área e deve ser quitado até 16 de agosto, sem cobrança de juros e correção, exclusivamente na rede de atendimento do Banco do Brasil.

Caso a quitação não ocorra até a data limite, haverá cobrança de multa e juros. Débitos da taxa de anos anteriores serão cobradas no atual certificado. Em caso de impressão de segunda via do documento já quitado, não será preciso pagar novamente a taxa.

Importância

O CCIR constitui prova do cadastro do imóvel rural no SNCR. É indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou judicial (sucessão causa mortis) de acordo com os parágrafos 1º e 2º do artigo 22 da Lei nº 4.947, de 6 de abril de 1966.

Sem a apresentação do certificado, os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural não poderão, sob pena de nulidade, realizar qualquer tipo de alteração na titularidade, dimensão da área, localização, tipo de exploração realizada e classificação fundiária. O CCIR também é obrigatório para o produtor solicitar crédito agrícola em bancos e instituições financeiras.

As informações constantes do documento são exclusivamente cadastrais e, nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, “não fazem prova de propriedade ou de direitos a ela relativos”.

Informações

Dúvidas sobre o CCIR podem ser esclarecidas junto ao Incra e às Unidades Municipais de Cadastramento (UMC).

O instituto disponibilizou, este ano, um canal de comunicação via mensagens instantâneas para orientar o titular de imóvel rural cadastrado sobre o CCIR (emissão, pagamento, atualização e outras questões).

O atendimento é via WhatsApp, por meio de assistente virtual. É necessário salvar no celular o telefone (61) 3411-7001 para iniciar a conversa via aplicativo de mensagem. Neste primeiro momento, todas as operações no WhatsApp são informativas.

Fonte: Datagro
Seção: Máquinas & Agro
Publicação: 20/07/2022

 

Índice Geral de Preços acumula alta de 9,18% no ano

O Índice Geral de Preços–10, medido pela Fundação Getúlio Vargas, variou 0,60% em julho. O resultado representa uma desaceleração em relação a taxa de 0,74% medida em junho. Com isso, o IGP-10 acumula alta de 9,18% no ano e de 10,87% em 12 meses. O Indicador de inflação IGP-10 monitora o comportamento dos preços na passagem entre o dia 10 de um mês e a mesma data do mês seguinte. Ele é calculado a partir de outros três subindices.

No período avaliado, O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede a oscilação de preços no atacado, variou 0,57%, sob influência dos alimentos e combustíveis. Os destaques foram o leite industrializado, registrando alta de 16,30%, e o Diesel, com aumento de 10,91%. De acordo com os especialistas da FGV, a inflação ao produtor só não foi mais intensa porque algumas commodities importantes registraram queda, como o Minério de ferro, o milho e o algodão.

Já o Índice de Preços ao Consumidor, que calcula a inflação no varejo, desacelerou para 0,42% em julho, após sete das oito classes de despesa registrarem decréscimo em suas taxas. As principais contribuições para este movimento, vieram da gasolina, que caiu 1,49%; das passagens aéreas, que subiram menos, e dos artigos de higiene e cuidado pessoal. Em contrapartida, os alimentos ficaram 1,48% mais caros, puxados principalmente pelos laticínios,  com alta de 8,81%.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção subiu 1,26% no período apurado, também abaixo da medição de 3,29% feita em junho.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022

 

Brasil ganha competitividade com aprovação de decreto que reduz uso de HFCs

Maior competitividade no mercado internacional de refrigeração, economia para os consumidores na conta de energia elétrica e redução da emissão de gases que causam aquecimento global. Esses são os principais benefícios apontados pela indústria da aprovação, pelo Senado Federal, do decreto legislativo que ratifica o acordo para redução da emissão de gases hidrofluorcarbonos (HFCs), o PDL 179/2022.

Usados como fluido de refrigeradores, ar-condicionado e em alguns produtos aerossóis, os HFCs causam elevado impacto no sistema climático global. Sua redução em nível mundial está prevista na chamada “Emenda de Kigali’, um adendo ao Protocolo de Montreal que inclui o controle desses gases e estabelece obrigações de redução gradativa para seu consumo e produção.

De acordo com o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, a aprovação do decreto estimula a promoção de tecnologias mais avançadas em refrigeração e ar-condicionado, alinhando o mercado brasileiro às melhores práticas internacionais e tornando o país apto à competição no mercado externo.

Além disso, possibilita acesso aos recursos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal - cerca de US$ 100 milhões - destinado à adoção de fluidos refrigerantes mais sustentáveis e menos agressivos ao clima. A CNI estima que a medida também contribui para a qualificação de cerca de 80 mil microempreendedores individuais para trabalharem na modernização de sistemas de climatização.

Para o consumidor, a redução do uso desses gases nos refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado se reflete na conta de luz, resultando em menor consumo de energia e, consequentemente, economia nos gastos. Isso ocorre em função da adoção de tecnologias com maior eficiência energética na indústria de refrigeração e climatização. Em 15 anos, estima-se uma economia de R$ 152 bilhões para os consumidores nas contas de energia elétrica.

O que a adoção da Emenda pelo Brasil possibilita, entre 2021 e 2035 (*):

R$ 152 bilhões de economia para os consumidores nas contas de energia elétrica
R$ 81 bilhões de economia em investimentos necessários para aumento da capacidade instalada da indústria
326 TWh em economia de eletricidade (equivale a 65,6% do consumo de todo o país em um ano)
11,3 GW de demanda evitada no setor elétrico (equivale a 6% de toda a capacidade instalada no Brasil em 2022)
Evita emissão de 60 milhões de toneladas de CO2

Sobre a Emenda de Kigali

A Emenda de Kigali é um adendo ao Protocolo de Montreal (tratado multilateral sobre temas ambientais com ratificação universal) que inclui o controle dos gases hidrofluorcarbonos (HFCs) e estabelece obrigações de redução gradativa para seu consumo e produção. Foi assinada em 2016 por 119 países. Das 144 nações em desenvolvimento, só o Brasil e o Iêmen ainda não haviam ratificado ou enviado carta-compromisso sobre a Emenda de Kigali à ONU.

Os HFCs foram adotados como alternativa aos clorofluorcarbonos (CFCs), banidos pelo Protocolo de Montreal, e são utilizados como gases refrigerantes em equipamentos como câmaras e balcões frigoríficos, refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado. Apesar de não causarem danos à camada de ozônio, apresentam elevado impacto no sistema climático global.

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo dos HFCs. Segundo o texto, países em desenvolvimento, como o Brasil, deverão “congelar” seu consumo do gás HFC até 2024; reduzir seu consumo em 10% até 2029; e reduzir em 85% até 2045. Já os países desenvolvidos se comprometeram a reduzir seu consumo de HFCs em 10% em 2019 até alcançar menos de 85% em 2036.

Fonte: CNI
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022

Mercado financeiro prevê inflação de 7,54% em 2022. O cálculo para a cotação do dólar ao fim do ano apresentou estabilidade fechando a R$ 5,13

 O mercado financeiro manteve estável, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a taxa básica de juros (Selic) de 2022, que deve fechar o ano em 13,75%. Para 2023, são previstos 10,75%, percentual acima do projetado há uma semana (10,5%) O mercado financeiro reduziu, pela terceira semana consecutiva, a expectativa para os índices inflacionários projetados para 2022. De acordo com o Boletim Focus, divulgado ontem (18), em Brasília, pelo Banco Central, o ano deve fechar com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,54%. O IPCA é a inflação oficial do país. Na semana passada, a previsão era de uma inflação de 7,67%; e há quatro semanas, as projeções estavam em 8,27%.

Para 2023, a previsão de inflação aumentou agora de 5,09% para 5,20%. É a 15ª semana seguida de previsões de alta deste índice. Há quatro semanas estimava-se inflação de 4,83% para o próximo ano. Para os anos de 2024 e 2025 não há diferenças nas estimativas inflacionárias: 3,3% e 3%, respectivamente.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

PIB TEM ALTA

Pela terceira semana seguida, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), apresentam alta. Na semana passada, a estimativa era de um crescimento de 1,59% em 2022, índice que subiu para 1,75% nesta semana. Há quatro semanas, o mercado financeiro projetava um PIB de 1,5% para o mesmo ano.

Não houve alterações nas projeções de PIB para 2023, 2024 e 2025, na comparação com os índices apresentados na semana passada. Para 2023, a expectativa é de um PIB de 0,5%. Em 2024, a projeção se mantém em 1,8%; e para 2025, em 2%.

TAXA DE JUROS

O mercado financeiro manteve estável, pela quarta semana consecutiva, as projeções para a taxa básica de juros (Selic) de 2022, que deve fechar o ano em 13,75%. Para 2023, são previstos 10,75%, percentual acima do projetado há uma semana (10,5%).

Há quatro semanas, a previsão era de que 2023 fecharia com uma Selic de 10,25%. Para 2024 e 2025, a previsão se manteve estável: 8% e 7,5%, respectivamente.

DÓLAR

O cálculo para a cotação do dólar ao fim do ano apresentou estabilidade na comparação com a semana passada, com a moeda norte-americana fechando o ano a R$ 5,13. Há quatro semanas, o cálculo era que a moeda norte-americana fecharia em R$ 5,06.

Ainda segundo o Boletim Focus, o dólar fechará 2023 em R$ 5,10 - o mesmo valor da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de que a moeda custaria R$ 5,10 ao final do próximo ano.

Para 2024, a expectativa de cotação é ligeiramente abaixo da projetada na semana passada, passando de R$ 5,06 para R$ 5,05. É a terceira semana seguida que se registra previsão de recuo do valor da moeda norte-americana na comparação com o real.

Há quatro semanas, o mercado previa uma cotação de R$ 5,07 para o dólar ao fim de 2024. Para 2025, espera-se que ele feche em R$ 5,14. Há uma semana, a projeção era de que a moeda encerraria o ano cotada a R$ 5,15.

Fonte: Agência Brasil
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 19/07/2022

 

Mineradora BHP prevê salto de produção, apesar de problemas no Brasil e na Austrália

A mineradora BHP, a maior do mundo em valor de mercado, informou nesta segunda-feira (18) que espera aumentar a produção decommodities, incluindo cobre e carvão, no próximo ano. No último ano fiscal, a produção foi prejudicada pelo clima úmido e por restrições trabalhistas.

A mineradora prevê melhoria operacional, apesar de ainda estar avaliando julgamento de tribunal do Reino Unido sobre decisões jurídicas recentes no Brasil, acerca de provisões de sua subsidiária Samarco em relação à tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015.

A empresa também está avaliando se uma decisão do Estado australiano de Queensland de aumentar as taxas de royalties do carvão afetará as reservas econômicas ou a vida das minas dentro de suas operações de carvão metalúrgico.

A BHP relatou recuperação no quarto trimestre fiscal, com produção deminério de ferro 8% acima dos três meses imediatamente anteriores, de cobre 25% maior e carvão energético 52% maior. Embora isso tenha permitido à empresa relatar produção de minério de ferro estável em relação ao ano fiscal anterior, os volumes anuais das outras commodities foram mais fracos após interrupções anteriores, devido a fortes chuvas e escassez de mão de obra.

A BHP é a maior exportadora mundial de carvão metalúrgico, em joint venture com a Mitsubishi Corp., e a terceira maior produtora de minério de ferro. É também um dos maiores produtores mundiais de cobre e opera a maior mina desse mineral do mundo no Chile.

A mineradora disse que atingiu as metas de produção de um ano inteiro para suas unidades de minério de ferro e carvão energético, bem como a projeção recentemente rebaixada para cobre e carvão metalúrgico. A produção de níquel do ano inteiro foi menor do que as expectativas revisadas, no entanto, devido a uma interrupção da fundição no quarto trimestre.

A BHP disse que a produção equivalente de cobre do grupo para o ano fiscal de 2022 caiu 4%. No entanto, prevê uma recuperação no próximo ano, estimando um aumento de 4% na produção do grupo no ano até junho de 2023.

[Mina Escondida, da BHP, no Chile: mineradora estima produção de minério de ferro entre 249 milhões e 260 milhões de toneladas neste ano fiscal — Foto: Div/BHP]

Mina Escondida, da BHP, no Chile: mineradora estima produção de minério de ferro entre 249 milhões e 260 milhões de toneladas neste ano fiscal — Foto: Div/BHP

A mineradora estimou a produção de minério de ferro entre 249 milhões e 260 milhões de toneladas neste ano fiscal, contra 253,2 milhões de toneladas no ano fiscal passado. A produção de cobre pode subir para entre 1,635 milhão e 1,825 milhão de toneladas, de 1,574 milhão de toneladas.

A BHP também informou que a produção de carvão metalúrgico deve ficar estável ou superior, prevendo 29 milhões a 32 milhões de toneladas contra 29,1 milhões no ano fiscal de 2022.

O executivo-chefe, Mike Henry, disse que as reservas econômicas e vidas de minas naquele negócio estavam sendo avaliadas à luz do novo regime de royalties de Queensland. As autoridades daquele estado disseram no mês passado que, em 1º de julho, introduziriam taxas de royalties progressivas após um congelamento de uma década.

"A quase triplicação dos royalties de alto nível piorou o que já era um dos maiores regimes de royalties de carvão do mundo", disse Henry. Ele também alertou sobre as contínuas pressões de custos e a piora das perspectivas econômicas globais.

“A volatilidade mais ampla do mercado continua e esperamos que o efeito defasado das pressões inflacionárias continue até o ano fiscal de 2023, juntamente com o aperto do mercado de trabalho e as restrições da cadeia de suprimentos”, disse ele.

Embora a China deva contribuir positivamente para o crescimento à medida que as políticas de estímulo surtam efeito, a guerra na Ucrânia, a crise energética europeia e a alta nos juros em várias economias devem resultar na desaceleração do crescimento global, afirmou.

Henry disse que a BHP está trabalhando para antecipar a primeira produção de seu projeto de potássio Jansen, o único atualmente em desenvolvimento pela empresa. Também está avaliando opções para acelerar uma segunda fase proposta para esse projeto.

Fonte: Dow Jones Newwires
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/07/2022